sábado, 21 de fevereiro de 2015

FEB comemora 70 anos da tomada de Monte Castelo na 2ª Guerra Mundial

Força Expedicionária Brasileira - ANVFEBDepois de quatro meses de combate, iniciado em 24 de novembro de 1944, a maior parte deles no inverno europeu, as tropas brasileiras conseguiram derrubar os soldados dos exércitos nazi-fascistas de Itália e Alemanha, dando passo importante em pleno território inimigo.

A Tomada de Monte Castelo, em 21 de fevereiro de 1945, foi fundamental para o avanço dos Aliados rumo a Bolonha, completando no dia de hoje 70 anos.



O Retorno à Pátria Amada

Mas nem tudo foram flores para esses honrados guerreiros. A volta dos Pracinhas ao Brasil foi, antes de tudo, árdua e penosa.

Após mais de sete meses de guerra e a morte de 450 brasileiros, o retorno dos Pracinhas iniciou-se após a rendição da Alemanha, em maio de 1945, tendo os primeiros combatentes desembarcado no Rio de Janeiro em julho.

Os Pracinhas eram louvados em versos e em prosa. No rádio, Ataulfo Alves e suas pastoras, cantavam: “…E por isso a Nação vos recebe pondo flores no vosso fuzil. Salve, bravos soldados da FEB. Salve heróis, filhos bons do Brasil.”

Iniciou-se o desfile, ou melhor: a marcha lenta em coluna por um, porque o povo, descontrolado, entusiasmado, rompeu os cordões de isolamento e impediu a parada em coluna por quatro, como era o regulamento.


Aos que conseguiram rever o solo pátrio a readaptação à vida civil não foi fácil, pois os benefícios e direitos a que faziam jus, como recolocação profissional e auxílio médico-psicológico, demoraram cerca de 40 anos para serem reconhecidos pelo governo.

Aqui homenageamos estes valorosos brasileiros, verdadeiros heróis de nossa pátria, que, muitos com sacrifício da própria vida, lutaram para elevar o nome do Brasil e seus princípios de soberania, paz e democracia.

Aos PRACINHAS, nossos verdadeiros heróis e exemplo de brasilidade patriótica, o nosso 

BRAVO ZULU!

Joaquim Barbosa reclama da tentativa de livrar os empreiteiros no tapetão

Por Políbio Braga


Fonte: YouTube

Dilma recusa credencial de embaixador da Indonésia para atuar no Brasil

Por Luana Lourenço - Agência Brasil
A presidente Dilma Rousseff entrega credenciais a novos embaixadores que atuarão no Brasil(Elza Fiúza/Agência Brasil)
A presidente Dilma Rousseff entrega credenciais a novos embaixadores que atuarão no Brasil 
(Elza Fiúza/Agência Brasil)Elza Fiúza/Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff não recebeu hoje (20) a carta credencial do novo embaixador da Indonésia no Brasil, Toto Riyanto. Com isso, ele não poderá representar a Indonésia em audiências ou solenidades oficiais no Brasil. Toto Riyanto esteve no Palácio do Planalto para repassar ao governo brasileiro a carta credencial, assim como os novos embaixadores da Venezuela, de El Salvador, do Panamá, do Senegal e da Grécia. A cerimônia foi encerrada sem a participação do indonésio.

“Achamos que é importante que haja uma evolução na situação para que a gente tenha clareza em que condições estão as relações da Indonésia com o Brasil. O que nós fizemos foi atrasar um pouco o recebimento de credenciais, nada mais que isso”, explicou a presidenta em entrevista após a cerimônia. Foi a primeira vez que ela conversou com jornalistas desde o fim de dezembro, antes de tomar posse do segundo mandato.

No dia 17 de janeiro, o brasileiro Marco Archer foi fuzilado na Indonésia, em cumprimento à pena de morte por tráfico de drogas. Após a execução, Dilma convocou o embaixador brasileiro na Indonésia, um ato diplomático que demonstrou a insatisfação do Brasil. Outro brasileiro condenado à pena de morte no país, Rodrigo Gularte, aguarda execução.


A violência no Brasil. Um quadro estarrecedor.

O MAPA DA VIOLÊNCIA DO BRASIL EM 2014...UM BANHO DE SANGUE... UMA GUERRA CIVIL NAS RUAS E NO TRÂNSITO... FALÊNCIA TOTAL DO PODER PÚBLICO... PARA ONDE VAMOS? ESSE BURACO NÃO TEM FUNDO?

Divulgado o mapa da violência do ano de 2014, o verde e amarelo dá lugar ao vermelho do sangue das vítimas. O mapa mostra a realidade social como ela é, não a partir do que os governantes dizem e nem do que o povo acha. Mais de 100 mil mortos entre assassinatos e mortos no trânsito: Assustadoras as estatísticas do mapa da violência no Brasil no ano de 2014. A fonte de estudo são os dados do Ministério da Saúde e os registros policiais. Se a origem do Estado, que é Poder Público, que no Brasil pode ser traduzido como Municípios, Estados da Federação, Distrito Federal e União, tem entre seus fundamentos a proteção à vida, sendo a segurança pública uma das formas de proteção á vida.

O PODER PÚBLICO FRACASSOU! O ESTADO FRACASSOU! NÃO MAIS É CAPAZ DE PROTEGER A VIDA!

Por outro lado, que sociedade é essa que produz tantos assassinos, que dentre seus valores está o total desrespeito pela vida? Que indivíduos são esses que matam sem pestanejar, sem sentimento de culpa, destituído de valores mínimos??? E esse instinto assassino está no que usa a arma... está no que dirige embriagado e mata muitas vezes muitos de uma só vez, num acidente, uma família inteira... Vamos aos dados estarrecedores:

1) 10 Municípios do Ceará mais violentos estão entre os duzentos mais violentos do Brasil - A surpresa é Fortaleza - que é apenas a 4ª mais violenta do Ceará - embora uma das grandes cidades mais violentas do mundo. Todavia o interior do Ceará está mais violento que Fortaleza - logo os programas policiais televisivos, que vivem de alardear a violência deveriam mudar para cidades do o interior - Eis os 10 municípios mais violentos do Ceará:

MUNICÍPIO SITUAÇÃO NACIONAL

1º Eusébio --> 36º
2º Itaitinga --> 39º
3º Barbalha --> 56º
4º Fortaleza --> 60º
5º Tabuleiro do Norte --> 66º
6º Aquiraz --> 73º
7º Horizonte --> 77º
8º Jaguaribara --> 112º
9º Quixeré --> 132º
10º Senador Pompeu --> 155º

2) A taxa de suicídio entre jovens de 17 e 18 anos de idade aumentou 05 vezes no últimos anos;

3) Entre 1980 e 2012 - Nos últimos 32 anos, têm-se: A) 1.202.245 homicídios(hum milhão, duzentos e dois mil, duzentos e quarenta e cinco); B) 1.041.335 mortos em acidentes de trânsito (hum milhão, quarenta e um mil e trezentos e trinta e cinco) e C) 216.211 suicídios (duzentos e dezesseis mil, duzentos e onze). Somando os números da tragédia quase 2,5 milhões de mortos. Quase uma população inteira ativa do Uruguai;

4) Os homicídios aumentaram 148%, os suicídios aumentaram 62,5% e mortes em acidente de trânsito aumentaram em 38,7%. Para cada mulher que se suicida 02 homens se suicidam. A VIOLÊNCIA SÓ AUMENTA;

5) Entre o ano de 2003 e o ano de 2012 houve uma interiorização da violência. O interior dos Estados passou a ser mais violento. O que é fato claro no Ceará. A FALÊNCIA DO ESTADO É GENERALIZADA;

6) A maioria das vítimas se localizam na faixa dos 20 aos 30 anos, portanto jovens, e de cor parda ou negra;

7) O número de homens assassinados é 11 vezes superior ao número de mulheres mortas, isto é, para cada mulher assassinada 11 homens são mortos;

8) O Brasil é o 7º país mais violento do mundo;

9) 46.000 vítimas em acidentes de trânsito em todo o Brasil. O Brasil é o 4º colocado no mundo com mortes no trânsito;

10) 56.337 homicídios ocorrido no Brasil, último levantamento estatístico.

Acesse o Mapa da Violência no link Mapa da Violência 2014

CONCLUSÃO: A violência só aumentou. Inclusive contra as mulheres, demonstrando o fracasso da Lei Maria da penha, criada mais como marketing, para elevar uma cortina de fumaça, que se esvaiu na fumaça... vez que não foi seguida de várias medidas para combater a cultura machista, quando deveria ter envolvido escolas, associações, a mídia, toda a a sociedade civil. A atualidade, segundo o grande sociólogo Zygmunt Bauman, é resultado de uma soma terrível de falência do Estado, com o excesso de individualismo, mais o consumismo vazio, enfraquecimento da sociedade civil, a vitória do mundo das drogas e no Brasil, ainda, há a questão do patrimonialismo e da corrupção.

MATA-SE MAIS NO BRASIL QUE EM GUERRAS: Para se ter ideia, somando-se os mortos na guerra civil da Síria, do Iraque, no conflito entre russos e ucranianos, entre israelenses e palestinos... em um ano... MATA-SE MAIS NO BRASIL NO ESPAÇO DE UM ANO. E se pegar o total dos mortos no Brasil, por homicídios e acidentes de trânsito, nos últimos 10 anos... O NÚMERO DE MORTES NO BRASIL É SUPERIOR AO NÚMERO DE MORTOS NOS ÚLTIMOS 10 ANOS NOS 12 MAIORES CONFLITOS DE GUERRA EXISTENTES ATUALMENTE NO MUNDO! Não é o inferno, porque no inferno não existem assassinatos.

CHEGAMOS A UM PONTO ONDE O DIREITO À VIDA NÃO É GARANTIDO PELA SEGURANÇA PÚBLICA.

Onde a maioria das pessoas não valoriza nem respeita a vida do outro, sequer a própria vida. Fenômeno que ocorre em todo o Ocidente, mas ressoa pior no Brasil, pela fraqueza da sociedade civil, descompromisso dos governantes e falência total do Poder Público. E assim, por ironia, quando a internet permite o maior exercício de liberdade de expressão possível, o maior acesso ao conhecimento em toda história da humanidade, quando toda a ciência e tecnologia nunca foram tão avançados... A HUMANIDADE, SOBRETUDO O BRASIL, encontra-se à deriva... feliz de você...que lê este artigo se amanhã, quando sair à rua não for assaltado no primeiro sinal, não ser vítima de uma bala perdida na sala de casa,não sofrer um acidente de trânsito ou sofrer algum ataque de um cidadão comum por conta de um desentendimento qualquer... pois se ficar ferido aí poderá enfrentar outro problema, a falência da saúde pública...aí já setem outro fracasso e matéria para outro artigo... Mundo Ocidental, oh mundo Ocidental, para onde vais? Brasil, para onde vais? Será que esse buraco, em que se está em queda livre, não tem fundo???


(Recebido por email de Valdecy Alves)


Publicado originalmente no site A Direita Brasileira em Ação

Exercício de Imaginação

Por Gen Gilberto Rodrigues Pimentel

Ao verificar o quadro em que vivemos atualmente no Brasil, caberia perguntar como viveríamos se as tentativas de tomada do poder pelos comunistas não fossem frustradas pela ação da sociedade brasileira, respaldada por seus militares.

Não vamos tratar de como seria o panorama agrícola, a infraestrutura, a educação, o comércio exterior, a tecnologia, as comunicações, os transportes e tantas outras coisas que devem ao período revolucionário seu maior progresso até hoje, obras realizadas com dedicação, visão de futuro e honestidade pelos governos de então.

Nunca antes, na história deste país, tantos deveram tanto a tão poucos, e por tanto tempo.

Limitados pelo espaço e pelo tempo, vamos nos ater apenas a dois dos mais graves desafios atuais: a falta de água e de energia elétrica.

Lutando contra o colapso hídrico, passou quase despercebida a notícia recentemente publicada nos jornais: mais de 80% dos grandes reservatórios de água e barragens hoje existentes foram construídos ou ampliados pelos governos militares. Ou seja, há mais de trinta anos não se constrói obra hidráulica de vulto no país.

Se os comunistas – sim, eles existem, embora se escondam, mudem de denominação, digam-se democratas e até neguem existir – tivessem tomado o poder na década de 60, com toda a certeza as obras não seriam realizadas, e a falta de água teria se manifestado muito antes.

Preocupados com a próxima eleição e não com o futuro do país, os governos de esquerda ou socialistas – e não democráticos, como se autointitulam – não teriam a visão, o desprendimento e a coragem de construir as grandes represas, como Itaipu, Tucurui, Jupiá e Ilha Solteira. Pelo contrário, estariam perdidos em discussões estéreis, com as obras pela metade e com os custos das mesmas atingindo as nuvens. Além disso, a corrupção endêmica, típica dos governos esquerdistas, devoraria grande parte dos recursos públicos destinados às obras.

As grandes represas cumpriram duas importantes funções: a criação de um grande lago de acumulação de água e a geração de energia resultante do acionamento das turbinas pela vazão do líquido.

A Petrobrás, no período militar, aumentou a produção de 75 mil para 750 mil barris/dia de petróleo.

Na parte específica de energia foram criadas ainda a Eletrobras e a Nuclebras, construídas as Usinas de Angra I e Angra II e iniciou-se a prospecção de petróleo a grandes profundidades, na Bacia de Campos.

Surgiu também o Pró-Álcool, que chegou a abastecer 95% dos automóveis brasileiros – lembremos que no período a frota nacional cresceu de 1,6 para 13 milhões de veículos. Hoje, os motores dos automóveis são bicombustíveis e a gasolina consumida tem 25% de álcool.

Para ficarmos apenas no campo da hidrologia e da energia, os governos “socialistas” fariam tantas e tão importantes obras? Ou tudo não passaria de grandes promessas, com surtos de construção e grandes paralisações, como acontece com as hidrelétricas de Jirau e de Santo Antonio? Ou, ainda, com a infindável Transposição do Rio São Francisco, que, aliás, só teve concluído antes do prazo e com gastos menores que os orçados, o trecho executado pela Engenharia do Exército? Ou com a alardeada produção de petróleo do pré-sal, redenção econômica e energética do Brasil, que se arrasta por tanto tempo, embora já tenha sido vendida como a grande descoberta atual da Petrobras, não obstante seja conhecida desde o governo Geisel? Na verdade, sua exploração hoje é tão antieconômica quanto o era naqueles dias.

A triste realidade é que os políticos dos governos que se seguiram aos militares, como quase nada fizeram, querem destruir o que foi feito ou apossar-se dos louros por obras alheias. De preferência, enriquecendo no processo.

Muito pior, por certo, seria nossa situação atual se a esquerda tivesse assumido o poder na década de 60, transformando-nos numa “grande Cuba”.

Publicado originalmente no site do Clube Militar


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Gen Gilberto Rodrigues Pimentel é o Presidente do Clube Militar

Neguinho da Beija-Flor desafia o Estado e zomba as leis ao defender a contravenção, mas não foi preso

neguinho_beijaflor_01Hospício oficial – O Brasil é o país da piada pronta, como afirma com muita propriedade o jornalista José Simão, da “Folha de S. Paulo”. Sabem os brasileiros de bem que contravenção é crime, mas no Brasil dos desmandos petistas isso é um mero detalhe. A sensação de impunidade que reina no País é tamanha, que há quem use os veículos de comunicação para defender a ilegalidade, o desmando.

Sambista conhecido e interprete oficial dos sambas-enredos da Beija-Flor, escola de samba da cidade de Nilópolis, no Rio de Janeiro, Luiz Antônio Feliciano Marcondes, nacionalmente conhecido como “Neguinho”, abusou da ousadia e, em claro desafio às autoridades, defendeu a contravenção, fonte de financiamento do carnaval do Rio de Janeiro, assim como de outras cidades brasileiras.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, nesta quinta-feira (19), Neguinho da Beija-Flor disse que o dinheiro sujo custeou o carnaval carioca. A afirmação do sambista não é novidade para a extensa maioria dos brasileiros, mas configura uma afronta ao Estado Democrático de Direito e à legislação vigente. A bordo de interpretação mais apurada das leis pode-se afirmar que Neguinho está a fazer apologia ao crime. Sem contar que os bicheiros do Rio de Janeiro, patronos de muitas escolas de samba, ganham dinheiro não apenas com a chamada “zooteca”, mas com máquinas caça-níqueis, tráfico de drogas, sem contar os assassinatos que ocorrem no meio.

“Se não fosse a contravenção meter a mão no bolso, organizar, estaríamos ainda naquele negócio de arquibancada caindo, desfile terminando duas horas da tarde, cada escola desfilando duas, três horas e a hora que quer. E a coisa se organizou”, afirmou o sambista. Na sequência, “Neguinho da Beija-Flor” subiu a rampa da ironia e afirmou: “Se hoje temos o maior espetáculo audiovisual do planeta, agradeça à contravenção”.

Fosse o Brasil um país minimamente sério e com autoridades igualmente responsáveis, a diretoria da Beija-Flor de Nilópolis e seu “puxador oficial’ estariam presos por crimes variados e cumplicidade criminosa. A fala de Neguinho da Beija-Flor é não apenas um deboche, mas um convite descabido e perigoso para que outros insanos passem a defender com mais ênfase o crime organizado.

Como se não bastasse o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, ter aberto a porta de seu do seu gabinete para os advogados dos quadrilheiros da Lava-Jato, agora o Brasil precisa enfrentar a verborragia insana e criminosa do sambista-mor da escola campeã do Carnaval 2015 do Rio de Janeiro. Só falta aparecer alguém para dizer que Fernandinho Beira-Mar é inocente e que jamais se envolveu com o tráfico de drogas.

Fosse cumpridor dos seus deveres, o ministro José Eduardo Cardozo já teria determinado à Polícia Federal a realização de uma operação pente fino nas principais escolas de samba do País. O grande problema é encontrar doses extras de coragem.


Publicado originalmente no site UCHO.INFO

Sergio Moro, duro de matar

Os encontros secretos entre o advogado administrativo José Eduardo Cardozo, ocupador do Ministério da Justiça, e os defensores das empreiteiras do Petrolão levaram o juiz Sergio Moro a decretar nova ordem de prisão preventiva contra os empreiteiros Ricardo Pessoa, da UTC, e Eduardo Hermelino Leite, Dalton Avancini e João Auler, todos os três da Camargo Corrêa. O argumento de Sergio Moro é perfeito do ponto de vista legal: está demonstrado que as empreiteiras tentam interferir nas investigações.

Disse Moro, no seu despacho:

a) "Existe o campo próprio da Justiça e o campo próprio da política. Devem ser como óleo e água e jamais se misturarem. A prisão cautelar dos dirigentes das empreiteiras deve ser discutida, nos autos, perante as Cortes de Justiça."

b) "Intolerável que emissários dos dirigentes presos e das empreiteiras pretendam discutir o processo judicial e as decisões judiciais com autoridades políticas. Mais estranho ainda é que participem desse encontros, a fiar-se nas notícias, políticos e advogados sem procuração nos autos das ações penais."

c) "Não socorre os acusados e as empreiteiras o fato da autoridade política em questão ser o ministro da Justiça. Apesar de a Polícia Federal, órgão responsável pela investigação, estar vinculada ao ministério, o ministro da Justiça nã
o é o responsável pelas ações de investigações."

d) O ex-ministro do STF Joaquim Barbosa "bem definiu a questão ao dizer que, se você é advogado em um processo, deve recorrer ao juiz, nunca a políticos."

e) "A mera tentativa por parte dos acusados e das empreiteiras de obter interferência política em seu favor no processo judicial já é reprovável, assim como foram as aludidas tentativas de cooptação de testemunhas, indicando mais uma vez a necessidade da preventiva para garantir a instrução e a aplicação da lei penal e preservar a integridade da Justiça contra a interferência do poder econômico."


Sergio Moro, o estrategista, evitou atirar em José Eduardo Cardozo neste momento, atribuindo tudo à empreita bandida e aos seus advogados eriçados. Moro, o enxadrista, sabe como jogar. Moro, duro de matar.


Publicado originalmente no site A Verdade Sufocada

O Carnaval Pragmático

Por Paulo Roberto Gotaç
 
Por mais que se queira, é quase impossível dissociar o carnaval da Beija flor, tecnicamente impecável, do enredo por ela escolhido que, talvez involuntariamente, serviu para promover um governo despótico e sanguinário, o da Guiné Equatorial, que teria, segundo fortes rumores, patrocinado a pompa e o luxo ostentados no desfile.

O país é, por outro lado, um dos mais pobres do mundo, vivendo seu povo  abaixo da mais humilhante linha de miséria e subjugado por ditadores há mais de 35 anos no poder, proprietários de várias mansões mundo afora e titulares de polpudos ativos financeiros aninhados em alguns dos inúmeros paraísos fiscais espalhados pelo planeta.

Os carnavalescos e dirigentes da agremiação, apressaram-se em afirmar que o dinheiro proveio de empreiteiras com interesses na Guiné e não dos seus cofres públicos, o que não alivia a sensação de pragmatismo indecente vislumbrado pelos donos da Escola, aquele que justifica qualquer postura - o vale tudo- e que sublinhou a diplomacia praticada pelo PT ao longo da execução de uma política externa que, afinal, não redundou em benefício para o progresso das transações comerciais, mas tirou o Brasil dos fluxos de riqueza, culminando com o estigma criado pelo melancólico apelido de" anão diplomático"

Por mais que se admire e se apoie a maior festa popular do mundo, há que serem observados por parte dos organizadores alguns limites quanto às homenagens, para que sejam evitados no futuro lembranças como a do nazismo ou do estado islâmico, por exemplo, temas capazes de, nas mãos de competentes coreógrafos, produzirem desfiles também perfeitos.


Publicado originalmente no site Alerta Total 


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Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

Quando a ficção se confunde com a realidade:
O caso Rosenberg 60 anos depois

Por Carlos I. S. Azambuja

“O Paraíso é um lugar para onde as pessoas desejam ir. Não um lugar de onde elas queiram sair. No entanto, nesse nosso Paraíso as portas estão fechadas e trancadas. Que merda de socialismo é esse que tem de manter as pessoas acorrentadas? Que espécie de ordem social é essa? Que espécie de Paraíso?”
(Nikita Kruschev, “As Fitas da Glasnost”, página 253, Edições Siciliano, 1991)

Igor Gussenko, funcionário encarregado da criptografia da Inteligência Militar soviética (GRU) na embaixada da URSS no Canadá, com sua deserção, em setembro de 1945, foi o estopim que desencadeou a caça aos espiões atômicos nos EUA e Grã-Bretanha.

Durante décadas a inocência do casal Rosenberg foi uma crença generalizada. Sustentando que eles haviam sido vítimas de uma farsa judicial, as esquerdas americanas, como as de todo o mundo, apresentaram os Rosenberg como mártires, sacrificados no altar da intolerância ideológica.

Todavia, a verdade revelou-se outra com a liberação de documentos secretos da ex-União Soviética e dos arquivos Venona (nome da operação que descodificou os códigos soviéticos) guardados a sete chaves durante décadas pelo governo norte-americano, bem como graças às memórias de antigos chefes da Inteligência soviética, recentemente publicadas, que jogaram uma luz definitiva sobre o caso.

O caso Rosenberg tem todos os ingredientes de um thriller: espionagem, política e politicagem, perseguição, amor, ideologia, mentiras, traição, maquinações e, finalmente, um final trágico para Julius e Ethel Rosenberg, na cadeira elétrica, em 19 de junho de 1953, uma sexta-feira, no presídio de Sing-Sing, nas cercanias de Nova York.

A inocência foi sustentada por ambos até o último instante da vida. Para as esquerdas, Julius e Ethel foram vítimas de uma armação judicial e da histeria anticomunista da época. Foram considerados heróis da causa socialista e colocar em dúvida esse artigo de fé era considerado um anátema.

Escreveu William Douglas, um dos juízes que atuou no caso Rosenberg, em seu livro de memórias “The Court Years” (“Os Anos de Tribunal”), que Emanuel Bloch (Manny Bloch), principal advogado de defesa – também judeu e também membro do Partido Comunista americano – deixou-lhe a impressão de que, conforme o consenso comunista da época entendia ser melhor para a causa, se os Rosenberg pagassem o preço mais alto, preferindo ver seus clientes mortos. Ainda hoje, mais de 60 anos após os fatos, a atuação de Emanuel Bloch – às vezes tímida e sem criatividade, outras vezes vacilante, subserviente a promotores e juízes – é motivo de conjecturas, uma das quais é a de que fosse um instrumento dissimulado do FBI!

Outra possibilidade é que Bloch temesse uma retaliação do FBI contra o partido, do qual era membro, caso os Rosenberg falassem o que sabiam, poupando o PC do inconveniente de ter detalhes de suas entranhas expostos na imprensa. Não faltam também os que sustentam a hipótese de que Manny Bloch, ainda que inconscientemente, desejasse a condenação de seus clientes, temendo que um eventual acordo com o Estado em troca de confissão - como fizera o ex-sargento do Exército David Greenglass, irmão de Ethel - que trabalhou no Projeto Manhathan e cooperava com a espionagem de Julius -, pudesse desencadear uma avalanche de prisões.

Os promotores ouviram David Greenglass como testemunha de acusação. Mesmo assim, ele foi condenado a 15 anos de prisão, sentença moderada por ter, segundo o juiz, “se arrependido e trazido à Justiça aqueles que o aliciaram” (Julius e Ethel).

A descoberta dos Rosenberg e de David Greenglass decorreu após os britânicos terem prendido o físico Klaus Fuchs sob a acusação de passar segredos atômicos à URSS. Pressionado, Klaus Fuchs entregou Harry Gold que havia mantido contatos com Greenglass e Julius nos EUA. No dia seguinte à prisão de Harry Gold, Moscou autorizou à rezidentura entregar 10 mil dólares a Julius e David, instruindo-os a que viajassem para o México, onde receberiam novos documentos, e daí para a Suécia. Essa viagem nunca se concretizou.

Os Rosenberg escreveram 568 cartas na prisão, as quais foram reunidas no livro “The Rosenberg Letters”, editado por Michael Meeropol, o filho mais velho do casal. Os textos dessas cartas são infectados de retórica ideológica. Eles escreveram como quem discursa, como quem se dirige aos pósteros, à eternidade.

A vasta documentação disponibilizada pela abertura dos arquivos da ex-União Soviética, as mensagens Venona, tornadas públicas pelo governo americano quatro décadas após a sua decodificação, e as revelações feitas pelo espião russo Aleksandr Feklissov em sua recente autobiografia, jogaram uma luz definitiva sobre o caso.

Julius Rosenberg, com a conivência passiva de sua esposa, espionou para a URSS, passando à Inteligência soviética, durante anos, material científico e tecnológico da mais alta importância. Somente para se ter uma idéia: o desenvolvimento do fusível de proximidade, um sofisticado dispositivo de detonação da bomba, custou aos americanos cerca de 1 bilhão de dólares. Julius, que nas mensagens para Moscou era citado pelo codinome “Liberal”, entregou um exemplar desse fusível a Aleksandr Feklissov, seu controlador na rezidentura de Nova York. Quem fez a revelação foi o próprio Feklissov no livro “The Man behind the Rosenbergs”, publicado em 2001. Na época, o fusível de proximidade era o segundo maior segredo militar dos EUA.

Graças a ele, os soviéticos conseguiram derrubar, em 1960, o avião-espião U2, pilotado pelo americano Gary Powers, o que elevou dramaticamente a temperatura entre EUA e URSS.

O mais bem guardado segredo militar norte-americano – a bomba atômica(Projeto Manhattan) - teve o mesmo destino. Através de Julius Rosenberg os soviéticos obtiveram dados preciosos que lhes permitiram saltar etapas, avançar em suas próprias pesquisas e detonar seu primeiro artefato nuclear já em 1949, apenas 4 anos depois das bombas americanas em Hiroshima e Nagasaki.

Nikita Kruschev, que assumiu o poder na URSS após a morte de Stalin, revelou em suas memórias (“As Fitas da Glasnost”, Edições Siciliano, 1991) que os Rosenberg haviam sido espiões de seu país. Até o Papa protestou contra a pena de morte aplicada aos Rosenberg. Todavia, documentos secretos dos arquivos da União Soviética, divulgados em 12 de julho de 1995, comprovam que os Rosenberg eram espiões e que Julius era o chefe de uma grande rede de espionagem. Segundo o livro, o próprio Stalin confirmou a contribuição “muito significativa” de Julius e Ethel ao projeto da bomba atômica soviética.

Ao lhes ser aplicada a sentença da pena de morte, em 1951, Julius tinha 35 anos; Ethel, 37. A última pessoa a ver os Rosenberg antes da execução foi o rabino Irving Koslowe, que lhes levou um recado do Secretário de Justiça, Herbert Brownel Jr: se dessem um único nome de seus parceiros na espionagem, a execução seria suspensa pelo presidente. Julius Rosenberg e Ethel Rosenberg não deram nenhum nome.

Às 20:16 horas do dia 19 de junho de 1953 Julius e Ethel Rosenberg foram executados. Pouco antes dos últimos raios de sol darem início ao Sabah judaico.

No final do verão de 1996, Aleksandr Feklissov retornou a Nova York a fim de participar de um documentário sobre os Rosenberg produzido pelo canal Discovery. Depois dirigiu-se ao cemitério Wellwood e, em frente ao túmulo de Julius e Ethel, em posição de sentido, disse, em voz alta: “Julius e Ethel, aqui estou eu diante de suas sepulturas para prestar meus respeitos. Vocês nos ajudaram fielmente, com devoção e bravura, durante a guerra sangrenta contra nosso inimigo, a Alemanha nazista. Seremos eternamente gratos a vocês! Perdoem-nos por não termos sabido salvar suas vidas. Que a glória e a paz estejam com vocês para sempre”.

Harry Gold, condenado a 30 anos, obteve liberdade condicional em 1966, seis anos após David Greenglass ter deixado a prisão. E morreu em 1972, aos 60 anos. David Greenglass ainda está vivo. Usa pseudônimo e esconde-se em algum lugar nas proximidades de Nova York.

Klaus Fuchs, em 1959, após cumprir a sentença de 14 anos em uma prisão inglesa, foi viver na Alemanha Oriental. Morreu em 1988, aos 76 anos.

Publicado originalmente no site Alerta Total


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Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

General da Petrobras

O General Enzo Martins Peri já se prepara para assumir o tradicional posto que é reservado a quem deixa o cargo de Comandante do Exército: a função de membro do Conselho de Administração da Petrobras.

Enquanto se prepara para o lugar hoje ocupado pelo também ex-chefe da força terrestre, General Francisco de Albuquerque, o General Enzo já tem sido visto em visitas cuidadosas á penhorada sede da Petrobras.

O engenheiro Enzo dá mais uma demonstração da coragem dos bravos guerreiros ao aceitar assumir uma função tão espinhosa em tempos de escândalos da Lava Jato, que talvez nem compense, na forma de jetons, o tamanho da dor de cabeça.


O mais importante é que o General Enzo poderá dar sua contribuição pessoal como um dos mais longevos comandantes do Exército para aconselhar e deliberar sobre atos da presidência de uma empresa que perde, fragorosamente, a guerra contra a corrupção.

Com conteúdo do site Alerta Total

TJ autoriza registro de nomes de duas mães e um pai em certidão

Por Rachel Sheherazade