Caros amigos
Da mesma forma,
também aprendi o quanto está certa a lição de Santo Inácio de Loyola quando nos
diz que devemos rezar como se tudo dependesse de Deus, mas trabalhar
como se tudo dependesse de nós.
Após as
manifestações de ontem, 16 de agosto, e apesar delas, continuam circulando,
entre as inúmeras mensagens de júbilo, entusiasmo e orgulho pelo que foi feito
nas ruas, um bom número de comentários negativos que depõem
contra seus autores quando confrontadas com os irrefutáveis
ensinamentos contidos nos parágrafos anteriores.
Se acreditamos de
fato na DEMOCRACIA, temos que entender, o quanto antes, que assim
como o derrotismo, o conformismo e a acomodação são
os melhores antídotos contra as mudanças que queremos ver realizadas no Brasil,
o imediatismo é o germe que não nos permite aprofundar o
conhecimento e que compromete o nosso futuro enquanto nos mantém vulneráveis à
demagogia das lideranças de palanque e nos compele à insensatez da
superficialidade nas escolhas e nas decisões.
Ninguém tem dúvidas
– em particular Lula, Dilma, seus comparsas e os políticos em geral – de que a
maioria absoluta do povo quer mudanças na política brasileira e que juntou-se
ao grupo dos que sempre souberam o quanto os brasileiros têm sido enganados e
induzidos a fazer escolhas que só aos canalhas interessam.
Esta é a realidade a
ser explorada e maturada por aqueles que conhecem e acreditam na democracia.
Este é o significado dos “panelaços” e das últimas três manifestações de rua.
Esta é a agarra que nos dá o apoio para mais um lance seguro na exaustiva e
longa escalada rumo à conquista do topo da montanha. Esta é a FORÇA que os fará
respeitar a vontade e os direitos dos verdadeiros e legítimos detentores do
poder!
A utilização de
qualquer outro meio para conquistar a montanha é o mesmo que só rezar e
entregar, sem mérito ou luta, o futuro nas mãos dos outros.
É preciso confiar no
processo democrático e entender que não há atalhos para a conquista da
maturidade política. É preciso acreditar que não há, nem
pode haver, força maior do que a vontade da maioria. É
preciso mudar o comportamento e eliminar do quadro de representantes e
dirigentes aqueles que transformaram a carreira política em sinônimo de
esperteza e de desonestidade. É preciso que os derrotistas, os acomodados e,
principalmente, os imediatistas se unam aos que, antes de tudo, acreditam em si
próprios e no poder da vontade nacional e que contestam e
protestam, ao vivo e nas cores da pátria, contra o estado de coisas
que nos empobrece econômica e moralmente!
Sérgio Moro está a
nos mostrar que as instituições, mesmo aparelhadas, estão vivas e que, com o
trabalho intenso e bem feito dos homens e das mulheres de bem, a imundice que
tomou conta da política pode ser eliminada. O pavor que se apodera dos
Congressistas é uma prova disso e nos mostra o quanto temos errado nas nossas
escolhas. É preciso, portanto, acreditar que é possível, necessário e urgente
mudar o perfil dos nossos representantes.
As eleições de 2016
serão a primeira oportunidade para mostrarmos que não estamos acovardados, que
não somos derrotistas, que não estamos apenas rezando, mas trabalhando e
lutando para conquistar, com a força da nossa vontade, o futuro que queremos
para o Brasil!
= Nenhuma ditadura
serve para o Brasil =