A inflação deve ceder mesmo no ano que vem. Primeiro, porque
não vamos ter um tarifaço como deste ano. Os preços administrados pelo governo,
como energia, devem subir bem menos. Só isso já vai fazer diferença. Depois,
tem recessão, o aumento do desemprego, a própria inflação e o custo mais alto
do crédito derrubando a demanda. Com demanda mais fraca, as empresas têm menos
espaço pra subir preços e são forçadas, em alguns casos, até a baixar, fazer
promoções, pra garantir algum movimento. E o Banco Central ainda deve aumentar
mais os juros, reforçando todo esse processo.
A expectativa é que o Copom, o Comitê de Política Monetária,
aumente a taxa básica, a selic, de 13,75 para 14,25% ao ano, na reunião desta
semana. Mais aumento dos juros básicos pode provocar mais uma rodada de alta
nas demais taxas da economia.
É por tudo isso que o mercado, de acordo com o relatório
semanal Focus, divulgado hoje pelo Banco Central, prevê que o IPCA, o índice
oficial de inflação, feche o ano em 9,23%, caindo, no ano que vem, para 5,4%. O
que pode atrapalhar um pouco é dólar, que já subiu bastante desde a semana
passada, pelas incertezas quanto ao andamento da economia e um possível
rebaixamento da nota de avaliação do País, após a redução da meta de superávit
das contas públicas, anunciada pelo governo. O dólar mais alto pressiona os
preços dos importados e a inflação Pode até ser que tenha alguma estabilidade
no curto prazo. Mas temos no cenário muitos fatores de incerteza que podem
jogar o dólar para um patamar bem mais alto.
Além da possibilidade de rebaixamento, tem a evolução ruim
da economia e a crise política. O mercado já prevê uma retração do PIB, do
Produto Interno Bruto, de 1,76% este ano, com expansão de apenas 0,2% no ano
que vem. Mas ainda deve rever esses números, porque a economia continua piorando
Cresceu o risco de recessão também no ano que vem.
Qualquer projeção que
se faça hoje tem de levar em conta muita coisa, desde a capacidade de o governo
ajustar as contas e encaminhar uma agenda mais positiva, até o risco de
rebaixamento do País ou de um eventual processo de impeachment. O que se espera
é que 2016 seja menos ruim. É o que dá pra esperar, por enquanto, Mas sem essa
confiança toda que o governo quer passar.
Josias Teófilo é cineasta e está fazendo um filme, "o percurso
biográfico, a rotina e o pensamento do filósofo brasileiro Olavo de Carvalho",
esses são os eixos temáticos do documentário de longa-metragem O
JARDIM DAS AFLIÇÕES. O filme retratará o cotidiano do filósofo na sua casa em Colonial
Heights, estado da Virgínia (EUA), onde reside atualmente, captando a atmosfera
de trabalho intelectual, convívio familiar e, principalmente, o seu pensamento
filosófico no que concerne à autonomia da consciência individual em oposição à
tirania da coletividade. A contraposição entre a vida cotidiana e a
transcendência filosófica será o eixo de sustentação do documentário".
Josias é "jornalista recifense radicado em Brasília,
desde 2011 Josias Teófilo é colaborador da revista Continente, onde escreve
especialmente sobre arte".
Ano passado no Brasil: 56.765 homicídios. Isso fora sub-notificação e
estatística maquiada.
Campeão mundial em números absolutos, mantida essa média taxa superior
a 50 mil/ ano, o Brasil fechará 2015 com 1 milhão e meio de homicídios em 35
anos.
Esse massacre no Brasil é maior do que a soma dos mortos dos 27 anos de
guerra civil em Angola com todos os soldados norte-americanos mortos na II
Guerra e no Vietnã.
Se some a isso os mortos nos 4 anos de Guerra na Síria, os mortos nas
primeira Guerra no Iraque, e ainda não se alcança a tragédia brasileira...E não
apenas.
Não se atinge nosso milhão e meio mesmo somando-se a isso...todos os
mortos em 12 conflitos pelo mundo na primeira década desse século.
Mortos nos conflitos Israel/ Palestina, Sudão, Afeganistão, Colômbia,
Congo, Sri Lanka, Índia, Somália, Nepal, Paquistão, na Caxemira e na 2ª Guerra
no Iraque.
Nesses 12 conflitos mataram 169 mil 574 pessoas. Isso o Brasil mata em
3 anos.
Em 2014, as Polícias Militares mataram 2.368 pessoas... 7 dos nossos
155 mortos de cada dia. Grande parte nos chamados "autos de
resistência".
A propósito: 6 de fevereiro, bairro do Cabula, Salvador, 12 mortos por
9 PMs. Comoção na periferia... Os PMs acabam de ser absolvidos em
sentença-relâmpago dada em 6 meses.
Em Manaus, o sargento PM Afonso Camacho foi assassinado durante
assalto. No mesmo fim de semana, 37 pessoas chacinadas. Em uma noite, 22
executados a tiros.
Nesse domingo, 26, testemunha disse ao Fantástico: a chacina foi
retaliação comandada por 5 ou 6 PMs de um grupo de extermínio.
Programas de TV e rádio - e nos parlamentos as Bancadas da Bala -
faturam com esse morticínio... Quase sempre de pobres, estatística sem nome e
sem rosto.
Embotadas, apavoradas pela multiplicação desse espetáculo da violência,
multidões acreditam que a solução para essa "guerra civil" não
declarada está no bang-bang.