sexta-feira, 22 de maio de 2015

Dá-lhe corrupção: nem o pré-sal escapa do Petrolão



Dia agitado envolvendo o petrolão: Operação Lava-Jato descobre indícios de corrupção no pré-sal, CPI da Petrobras e amigão de José Dirceu na cadeia. Enquanto isso, o dia da liberdade de impostos mostra em 19 cidades o quanto o brasileiro é assaltado pelos governos.

ALERTA AOS PAIS


Duvido que algum pai, ao matricular o filho numa escola, fique na expectativa de que lhe sejam enfiadas na cabeça as ideias políticas que seus professores tenham. Os pais esperam exatamente o oposto. Esperam que os professores não façam isso porque reservam tal tarefa para si mesmos, segundo os valores e a cultura familiar. Quando um professor, o sujeito no quadro negro, o cara de cima do estrado, que corrige prova e dá nota, usa a autoridade e os poderes de que está revestido, para fazer a cabeça de crianças e jovens, exerce sua profissão de modo abusivo. Figurativamente, pratica estupro de mentes juvenis. Se o professor quer fazer proselitismo político, se anseia por cooptar militantes para sua visão de mundo, de sociedade, de economia, de política, de história, que vá procurar um vizinho, um colega, um superior. Figurativamente, que deixe de ser abusador e vá enfrentar alguém de seu tamanho intelectual.

Volto a este assunto porque, aqui no Rio Grande do Sul, o Sinepe/RS, sindicato patronal das escolas particulares, convidou o Dr. Miguel Nagib, coordenador do movimento Escola sem Partido, para uma palestra aos diretores de escolas. Ótimo, não é mesmo? Sim, ótimo para todos os alunos e pais, mas não para o sindicato dos professores das escolas particulares, o Sinpro/RS. Em assembleia geral, o sindicato emitiu Moção de Repúdio ao evento, em veemente defesa do direito dos professores de influenciarem politicamente seus alunos. No texto (que pode ser lido em aqui), os docentes afirmam que "retirar da Educação a função política é privá-la de sua essência" para colocá-la a serviço "da ideologia liberal conservadora" à qual os mestres de nossos filhos atribuem todas as perversidades humanas, das pragas do Egito ao terremoto do Nepal, passando por Caim e Jack o Estripador.

Não é por acaso que nosso sistema de ensino se tornou um dos piores do mundo civilizado. Afinal, sua essência é ser campo de treinamento de militantes para os partidos de esquerda. Os dirigentes do sindicato dos professores do ensino particular (e não pensam diferente as lideranças dos professores do ensino público) estão convencidos de serem detentores não do dever de ensinar, mas do direito de doutrinar! E creem que essa vocação política, superior a todas as demais, "essencial à Educação", encontra na sala de aula o espaço natural para seu exercício. Se lhes for suprimida essa tarefa "missionária" e lhes demandarem apenas o ensino da matéria que lhes é atribuída, esses professores entrarão em pane, talvez porque seja isso o que não sabem fazer.

Espero que tão destapada confissão de culpa emitida pelo Sinpro/RS sirva de alerta aos pais e à direção das escolas. Os pais pagam para que seus filhos recebam os conteúdos pedagógicos do estabelecimento de ensino escolhido. Entregar junto com isso, ao preço de coisa boa, mercadoria ideológica estragada, vencida, não solicitada e sem valor comercial, é fraude.



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Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar.

Viver é arriscado...
As causas e os motivos da criminalidade



Joseval Peixoto faz uma reflexão acerca da violência em cima da coluna publicada na Folha de S. Paulo, nesta quinta-feira (21), de autoria de Contardo Caligaris.


Lobista ligado a Zé Dirceu pagou propina mesmo após a Lava Jato


Milton Pascowitch é preso pela PF
Milton Pascowitch é preso pela PF
(Luiz Carlos Murauskas/Folhapress)
O empresário Milton Pascowich, preso na 13ª fase da Operação Lava Jato, enviou dinheiro para o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque mesmo após o início das investigações do petrolão no ano passado. O pagamento de propina foi camuflado como prestação de serviços entre as empresas Jamp, de Pascowich, e D3TM, de Duque. Houve também a compra de obras de arte, a preços que chegaram a 400.000 reais, como complemento ao pagamento de propina ao ex-diretor da estatal.

Ligado ao ex-ministro mensaleiro José Dirceu, Pascowich já era investigado pelo Ministério Público por indícios de que a empresa de fachada Jamp era usada para lavar dinheiro do escândalo do petrolão.
Na 11ª fase da Lava Jato, os investigadores chegaram a pedir a prisão de Pascowich, mas o juiz Sergio Moro negou por avaliar, na época, que os indícios de participação do operador estavam baseados principalmente na delação do ex-gerente de Serviços Pedro Barusco.

Desta vez, no entanto, foi possível mapear que Milton Pascowich continuava praticando os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. "A Jamp prestava serviços para a Engevix, um serviço de monitoramento. Milton alegava que prestava serviços genéricos para a D3TM [de Renato Duque] e realmente não existe prestação de serviços", disse o procurador Carlos Fernando Lima, da força tarefa do Ministério Público. "Temos a reiteração criminosa e não temos duvida de que isso será objeto de uma ação penal próxima. Temos claramente a ideia de que vai ser feita uma denúncia sobre os fatos. Houve reiteração de corrupção ativa mesmo depois da Lava Jato", completou ele.

Renato Duque, que está preso em Curitiba, guardava o dinheiro de propina no exterior. Nas contas da D3TM Consultoria e Participações, foram encontrados cerca de 140.000 reais. Os maiores valores, porém, foram detectados nas contas da Hawk Eyes Administração de Bens (6,5 milhões de reais) e da Technis Planejamento e Gestão em Negócios (2 milhões de reais).

Dirceu - Em depoimento ao juiz Sergio Moro, o vice-presidente da Engevix Gerson Almada havia relatado que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu fazia "lobby internacional" em nome da empreiteira e que Milton Pascowitch atuava como mediador das "relações partidárias" da empresa. A Engevix pagou mais de 1 milhão de reais à JD Consultoria. De acordo com Almada, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso na fase anterior da Operação Lava Jato, e o próprio Pascowitch pediram que a empresa fizesse doações a petistas.

Como Milton Pascowich é ligado ao ex-ministro José Dirceu, o Ministério Público e a Polícia Federal continuam investigando a atuação do petista no escândalo do petrolão. "Existe este fato, das consultorias supostamente prestadas, que está sob investigação de Dirceu. Gerson Almada confirma que contratou o Pascowich para fazer lobby na diretoria de Serviços da Petrobras e perante a diretoria de Serviços e o PT", disse o procurador Carlos Fernando Lima. "O que eles chamam de lobby a gente chama de corrupção", resumiu hoje o procurador Carlos Fernando. ​completou o representante do MP.
Ao cumprir mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira, policiais federais encontraram 60 obras de arte, sendo 40 na casa do irmão de Pascowich, José Adolfo. Ele prestou depoimento e foi liberado. Foram apreendidos três carros de Milton Pascowich - um Audi, uma Land Rover Evoque e uma BMW.

O operador Henry Hoyer, cistado como sucessor do doleiro Alberto Youssef no esquema de propina do PP na Petrobras, prestou esclarecimentos aos policiais nesta quinta-feira, mas acabou preso porque a Polícia Federal encontrou na casa dele três armas sem registro e munição de uso restrito.

Hoyer é peça-chave na nova fase da Operação Lava Jato porque é mais um personagem ligado a políticos que podem ter sido beneficiados pelo propinoduto na Petrobras. Ele foi alvo de mandado de busca e apreensão em dois imóveis. Para garantir que não houvesse questionamentos sobre esta fase das investigações, nem o MP nem a Polícia Federal utilizaram como embasamento para o mandado o fato de o operador ser apontado como titular de contas bancárias no HSBC da Suíça, alvo do escândalo conhecido como Swissleaks. "Não descartamos nenhuma das hipóteses de que ele tenha ou não contas no exterior. Mas não usamos nesse momento nenhum dado do HSBC para evitar questionamentos sobre legalidade das investigações", disse o procurador.

Fachin será vigiado e fiscalizado pela sociedade

Por Marco Antonio Villa


O professor Marco Antonio Villa nos traz um retrospecto histórico da atuação do STF ao longo dos dos séculos passado no Brasil. Segundo Villa, a partir de 1988, o Supremo Tribunal Federal começou a atuar de forma mais contundente nos assuntos da República. Atualmente, a sociedade está de olhos nos passos da Suprema Corte.

Direito da posse de arma reduz criminalidade, afirma Harvard

Por IMB em Mundo - Internacional

Os recentes acontecimentos em Ottawa, Canadá, comprovam, pela enésima vez, que controle de armas serve apenas para deixar uma população pacífica ainda mais vulnerável. O desarmamento não apenas deixa uma população menos livre, como também a deixa menos segura.  E não existe liberdade individual se o indivíduo está proibido de se proteger contra eventuais ataques físicos.  Liberdade e autodefesa são conceitos totalmente indivisíveis.  Sem o segundo não há o primeiro.

Respeitar o direito de cada indivíduo poder ter armas de fogo ainda é a melhor política de segurança, como os fatos listados abaixo mostrarão.  Já restringir, ou até mesmo proibir, o direito de um indivíduo ter uma arma de fogo o deixa sem nenhuma defesa efetiva contra criminosos violentos ou contra um governo tirânico.

A Universidade de Harvard, que não tem nada de conservadora, divulgou recentemente um estudo que comprova que, quanto mais armas os indivíduos de uma nação têm, menor é a criminalidade.  Em outras palavras, há uma robusta correlação positiva entre mais armas e menos crimes.  Isso é exatamente o oposto do que a mídia quer nos fazer acreditar.

Mas o fato é que tal correlação faz sentido, e o motivo é bem intuitivo: nenhum criminoso gostaria de levar um tiro.

Se o governo de um país aprova um estatuto do desarmamento, o que ele realmente está fazendo é diminuindo o medo de criminosos levarem um tiro de cidadãos honestos e trabalhadores, e aumentando a confiança desses criminosos em saber que suas eventuais vítimas — que obedecem a lei — estão desarmadas.

A seguir, 20 fatos pouco conhecidos que comprovam que, ao redor do mundo, mais armas deixam uma população mais segura.

01) Um estudo publicado pela Universidade de Harvard — Harvard Journal of Law & Public Policy — relata que países que têm mais armas tendem a ter menos crimes

02) Ao longo dos últimos 20 anos, as vendas de armas dispararam nos EUA, mas os homicídios relacionados a armas de fogo caíram 39 por cento durante esse mesmo período.  Mais ainda: “outros crimes relacionados a armas de fogo” despencaram 69%.

03) Ainda segundo o estudo da Harvard, os nove países europeus que apresentam a menor taxa de posse de armas apresentam taxas de homicídios que, em conjunto, são três vezes maiores do que as dos outro nove países europeus que apresentam a maior taxa de posse de armas.

04) Quase todas as chacinas cometidas por indivíduos desajustados nos Estados Unidos desde 1950 ocorreram em estados que possuem rígidas leis de controle de armas.

Com uma única exceção, todos os assassinatos em massa cometidos nos EUA desde 1950 ocorreram em locais em que os cidadãos são proibidos de portarem armas.  Já a Europa, não obstante sua rígida política de controle de armas, apresentou três dos seis piores episódios de chacinas em escolas.

05) Os EUA são o país número 1 do mundo em termos de posse de armas per capita, mas estão apenas na 28ª posição mundial em termos de homicídios cometidos por armas de fogo para cada 100.000 pessoas.

06) A taxa de crimes violentos nos EUA era de 757,7 por 100.000 pessoas em 1992.  Já em 2011, ela despencou para 386,3 por 100.000 pessoas.  Durante esse mesmo período, a taxa de homicídios caiu de 9,3 por 100.000 para 4,7 por 100.000.  E, também durante esse período, como já dito acima, as vendas de armas dispararam.

07) A cada ano, aproximadamente 200.000 mulheres nos EUA utilizam armas de fogo para se proteger de crimes sexuais.

08) Em termos gerais, as armas de fogo são utilizadas com uma frequência 80 vezes maior para impedir crimes do que para tirar vidas.

09) O número de fatalidades involuntárias causadas por armas de fogo caiu 58%entre 1991 e 2011.

10) Apesar da extremamente rígida lei desarmamentista em vigor no Reino Unido, sua taxa de crimes violentos é aproximadamente 4 vezes superior à dos EUA.  Em 2009, houve 2.034 crimes violentos para cada 100.000 habitantes do Reino Unido.  Naquele mesmo ano, houve apenas 466 crimes violentos para cada 100.000 habitantes nos EUA.

11) O Reino Unido apresenta aproximadamente 125% mais vítimas de estupro por 100.000 pessoas a cada ano do que os EUA.

12) Anualmente, o Reino Unido tem 133% mais vítimas de assaltos e de outras agressões físicas por 100.000 habitantes do que os EUA.

13) O Reino Unido apresenta a quarta maior taxa de arrombamentos e invasões de residências de toda a União Europeia.

14) O Reino Unido apresenta a segunda maior taxa de criminalidade de toda a União Europeia.

15) Na Austrália, os homicídios cometidos por armas de fogo aumentaram 19% e os assaltos a mão armada aumentaram 69% após o governo instituir o desarmamento da população.

16) A cidade de Chicago havia aprovado uma das mais rígidas leis de controle de armas dos EUA.  O que houve com a criminalidade?  A taxa de homicídios foi 17% maior em 2012 em relação a 2011, e Chicago passou a ser considerada a “mais mortífera dentre as cidades globais“.  Inacreditavelmente, no ano de 2012, a quantidade de homicídios em Chicago foi aproximadamente igual à quantidade de homicídios ocorrida em todo o Japão.

17) Após essa catástrofe, a cidade de Chicago recuou e, no início de 2014, voltou a permitir que seus cidadãos andassem armados.  Eis as consequências:  o número de roubos caiu 20%; o número de arrombamentos caiu também 20%; o de furto de veículos caiu 26%; e, já no primeiro semestre, a taxa de homicídios da cidade recuou para o menor nível dos últimos 56 anos.

18) Após a cidade de Kennesaw, no estado americano da Geórgia, ter aprovado uma lei que obrigava cada casa a ter uma arma, a taxa de criminalidade caiu mais de 50% ao longo dos 23 anos seguintes.  A taxa de arrombamentos e invasões de domicílios despencou incríveis 89%.

19) Os governos ao redor do mundo chacinaram mais de 170 milhões de seus próprios cidadãos durante o século XX (Stalin, Hitler, Mao Tsé-Tung, Pol Pot etc.).  A esmagadora maioria desses cidadãos havia sido desarmada por esses mesmos governos antes de serem assassinados.

20) No Brasil, 10 anos após a aprovação do estatuto do desarmamento — considerado um dos mais rígidos do mundo —, o comércio legal de armas de fogo caiu 90%.  Mas as mortes por armas de fogo aumentaram 346% ao longo dos últimos 30 anos.  Com quase 60 mil homicídios por ano, o Brasil já é, em números absolutos, o país em que mais se mata.

Quantas dessas notícias você já viu na mídia convencional, que dá voz apenas a desarmamentistas?

Armas são objetos inanimados, tão inanimados quanto facas, tesouras e pedras.  Costumes, tradições, valores morais e regras de etiqueta — e não leis e regulações estatais — são o que fazem uma sociedade ser civilizada.  Restrições sobre a posse de objetos inanimados não irão gerar civilização.

Essas normas comportamentais — as quais são transmitidas pelo exemplo familiar, por palavras e também por ensinamentos religiosos — representam todo um conjunto de sabedoria refinado por anos de experiência, por processos de tentativa e erro, e pela busca daquilo que funciona.  O benefício de se ter costumes, tradições e valores morais regulando o comportamento — em vez de atribuir essa função ao governo — é que as pessoas passam a se comportar eticamente mesmo quando não há ninguém vigiando.  Em outras palavras, é a moralidade a primeira linha de defesa de uma sociedade contra comportamentos bárbaros.

No entanto, em vez de se concentrar naquilo que funciona, os progressistas desarmamentistas querem substituir moral e ética por palavras bonitas e por leis de fácil apelo.

Por último, vale um raciocínio lógico: quem é a favor do desarmamento não é contra armas, pois as armas serão necessárias para se desarmar os cidadãos.  Logo, um desarmamentista nunca será contra armas — afinal, ele quer que a polícia utilize armas para confiscar as armas dos cidadãos.

Consequentemente, um desarmamentista é necessariamente a favor de armas.  Mas ele quer que apenas o governo (que, obviamente, é composto por pessoas honestas, confiáveis, morais e virtuosas) tenha armas.

Conclusão: nunca existiu e nem nunca existirá um genuíno ‘desarmamento’.  Existe apenas armamento centralizado nas mãos de uma pequena elite política e dos burocratas fardados que protegem os interesses dessa elite.


Fonte: Epoch Times

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Participaram desse artigo:

Walter Williams, professor honorário de economia da George Mason University e autor de sete livros.  Suas colunas semanais são publicadas em mais de 140 jornais americanos.

Ron Paul, médico e ex-congressista republicano do Texas. Foi candidato a presidente dos Estados Unidos em 1988 pelo Partido Libertário e candidato à nomeação para as eleições presidenciais de 2008 e 2012 pelo partido republicano.
É autor de diversos livros sobre a Escola Austríaca de economia e a filosofia política libertária como Mises e a Escola Austríaca: uma visão pessoalDefinindo a liberdadeO Fim do Fed – por que acabar com o Banco Central (2009), The Case for Gold (1982), The Revolution: A Manifesto (2008), Pillars of Prosperity (2008) e A Foreign Policy of Freedom (2007).
O doutor Paul foi um dos fundadores do Ludwig von Mises Institute, em 1982, e no ano de 2013 fundou o Ron Paul Institute for Peace and Prosperity e o The Ron Paul Channel.

Stefan Molyneux, ex-empresário do ramo de software, hoje se dedica inteiramente à filosofia. Já escreveu sete livros, todos disponíveis em seu website.

Michael Snyder, colunista do blog Economic Collapse.


Imagem via Shutterstock

DILMA - Trafico humano de Haitianos

Por Reinaldo Azevedo


O PAPA E O "ANJO DA PAZ"

Por Heitor de Paola

NOTA DO EDITORO Papa Francisco anda demonstrando, desde a sua posse, uma preferência pelas esquerdas, pelos Muçulmanos, por teorias ecológicas falsas e anticristãs, por terroristas, bandidos e assassinos. Assim, apoiou o Acordo EUA-Irã (caminho da paz), mediou o acordo entre o marxista (ou Muçulmano?) Obama e a ditadura assassina cubana – tendo recebido em troca a afirmação irônica e hipócrita de Raúl que se ele, Francisco, continuasse a agir assim poderia até voltar à Igreja. Os Castros, os Aiatolás assassinos de Cristãos, a negação, por parte de Obama do papel dos Cristãos e Judeus na formação da nação Americana, o assassinato de centenas de milhares de Cristãos, incluindo o estupro de freiras e o fechamento das Igrejas em Cuba, os constantes massacres de Cristãos por Muçulmanos, tudo indica que Francisco anda em más companhias.

Agora, no entanto, extrapolou quaisquer limites ao chamar o bandido Abbas de “anjo da paz”! Um Papa deveria no mínimo ter cuidado ao usar a palavra Anjo, os Emissários do Deus Judaico-Cristão, papel que não pode ser atribuído a um assassino precisamente de Judeus e Cristãos. Nem comento a palavra “paz” pelo ridículo da expressão dirigida a um terrorista! Quem será o diabo na história de Francisco? Israel? Os Judeus?

Estará Francisco tentando voltar ao anacrônico antissemitismo católico, agora no pior dos mundos, pois unido à Teologia de “libertação” comunista? Enquanto os jovens da PUC-GO se arriscam para mostrar os desvios teológicos da CNBdoB, o próprio Chefe da Igreja incorre nas mesmas heresias, negando seus sucessores Leão XIII, Pio XI, Pio XII e João Paulo II que afirmavam que todo católico que entrasse em conluio com comunistas estava automaticamente excomungado?

Abaixo um excelente artigo sobre o caso.

Heitor de Paola

Crianças libanesas treinando para a Jihad pelo Hezbollah. Serão eles os “anjos da paz”?

As razões para o suicídio 
Por Ugo Volli - (da série “Cartões postais da Eurábia”)

Caros amigos,

O mundo muda, a contra-ofensiva histórica do islamismo agora chega na forma militarmente organizada a algumas dezenas de quilômetros de nossas fronteiras (na Líbia) e com vanguardas armadas (terrorismo) já no coração da Europa, a América de Obama se curva (pela covardia e a ideologia do presidente, mas também pela fadiga da opinião pública e das dificuldades econômicas e militares) para a arrogância de um país, somando tudo, pequeno e economicamente insignificante como o Irã de frente a cada ameaça e a cada inimigo explícitoa, do Iêmen à Crimea passando por Cuba, o Ocidente foge, tentando apaziguar o inimigo, fazendo concessões, desarmando amigos.

O mundo muda, mas não para melhor: as ditaduras se estendem, os Estados democráticos diminuem, as revoluções democráticas (lembrem-se da “verde” em Teerã, há alguns anos atrás) são traídas e abandonadas à própria sorte. O autorirtarismo avança. O mundo muda, as democracias estão mais isoladas, estão sendo experimentadas (na China, na Turquia, na Rússia) formas de autoritarismo modernista. No entanto, permanece intacto ódio pelo Ocidente, a matriz de todo o mal para bilhões de pessoas ideologizadas pelas diversas variantes do Islã, daquilo que resta do comunismo, do neoperonismo da América do Sul, e das formas híbridas destas doenças políticas. Não importa que todas essas populações adotem os objetos e rituais da cultura material ocidental, a partir dos smartphones às calças de brim e até o Facebook, o ódio à liberdade não é incompatível com o consumismo.

E, naturalmente, esse rancor, na sequência, focaliza-se no antissemitismo, no temor e na agressividade contra a pequena nação que sempre se manteve espiritualmente livre e há quase 70 anos obteve o imperdoável erro de ganhar também a liberdade política, violando a teologia política islâmica, assim como a cristã e a marxista, que todas as três a queriam como escrava e sofredora pelo mal de não ter-se convertido, e ficando servil e diluída nas grandes grandes massas populacionais do mundo.

O aspecto mais chocante desta situação é que a cultura ocidental assumiu para dentro de si esse ódio. O ódio contra si, levando todos os pecados, tentativa mais ou menos consciente de desistir de seu lugar no mundo e destruir sua cultura, em primeiro lugar. Algo mais do que o niilismo, que seria a destruição de todos os valores: a destruição de seus próprios valores e a atribuição de mérito inexistente para os outros, só porque são os outros. A compulsão para repetir todos os pedidos de desculpas, desvalorização de suas próprias realizações, a negação de sua identidade. As sociedades ocidentais não são o paraíso na terra, é claro, mas levaram a um nível de prosperidade, justiça social, liberdade, desenvolvimento da vida absolutamente sem precedentes na história humana. Nunca houve uma sociedade onde a igualdade de gênero, a cura para os doentes, a assistência à saúde, a liberdade de opinião, o tempo livre para o lazer, a justiça social, a disponibilidade de bens e serviços, o acúmulo do conhecimento científico, e a liberdade artística fosse tão difundida e elevada. Tudo isso vem da liberdade política e econômica que, crescendo progressivamente, foram os verdadeiros mananciais da ascensão do Ocidente.

Mas, ao invés de se vangloriar deste imenso sucesso, este verdadeiro salto na história da humanidade que a Europa e, depois, os territórios influenciados por sua cultura, fizeram nos últimos três séculos, o Ocidente se despreza, acusa a si de colonialismo (ignorando o colonialismo dos outros, que ainda continua, enquanto o nosso, na verdade, durou menos de um século), vendo suas injustiças residuais e não aquelas dos outros, como a escravidão americana (também durou um tempo limitado) e não aquelas islâmicas que duram desde o tempo de Maomé e ainda continuam.

O ódio contra si, do Ocidente, foca também contra o povo judeu, teologicamente, condenado à escravidão e à destruição, que se obstina a viver, governar a si próprio, a produzir cultura e prosperidade. Só isso explica a centralidade continuada, num mundo que está mudando muito, da tentativa de reforçar o terrorismo palestino, que hoje é talvez o único empenho europeu da política internacional. A Europa não tem uma voz sequer sobre a Ucrânia, Chipre, o Estado Islâmico, ou sobre aquele tratado comercial transatlântico destinado a mudar radicalmente nossas vidas, que passamos. A Europa é uma enorme burocracia, não uma política explícita, exceto num só ponto: a tentativa de criar com a máxima de urgência vigésimo Estado árabe e dar suas mãos às forças terroristas, à custa do único Estado verdadeiramente democrático entre o Atlântico e a Índia, entre o Mediterrâneo e o Cabo da Boa Esperança.

Se não, como explicar por que o papa não só “reconhece” um Estado que clara e realmente não existe como a “Palestina” (sem um território definido, com duas autoridades em guerra um contra o outro, sem independência econômica, nem militar) mas, até mesmo nomeando “anjo da paz” um terrorista não arrependido, um incentivador e organizador do terrorismo como Mohammed Abbas (chamado Abu Mazen segundo seu nome de guerra).

É uma história exemplar, porque o “anjo da paz” em questão, denominado com um título totalmente novo para a tradição teológica, é o organizador dos atentados em Munique, onde os atletas israelenses foram mortos no meio dos Jogos Olímpicos (e lembremo-nos, não só os países árabes, mas também os comunistas recusaram-se a observar um minuto de silêncio em sua memória), mas é também aquele que usa a ajuda internacional para pagar altos salários a terroristas presos, que lança companhas sangrentas de agressão contra civis israelenses, que recusou todos os acordos de paz que foram apresentados

Para aproximar-se da pessoa do Papa Francisco, o “anjo da paz”, quando foi convidado pelo papa para uma cerimônia de paz nos jardins do Vaticano, no ano passado, teve a boa ideia de fazer recitar, no momento da oração, os versos da segunda Sura do Alcorão, que invoca a derrota dos infiéis um fato escandaloso, certamente não angelical e totalmente não pacífico, que o comentário do Vaticano sobre a cerimônia fez tudo para encobrir até retirar o vídeo do YouTube por “violação de direitos autorais”.

Em resumo, até mesmo o oscilante Papa Francisco, apesar de algum choque de orgulho, como o ocasional reconhecimento do genocídio armênio, inclina-se para a narrativa árabe que representa o terrorismo como a paz e a paz como a ocupação. Talvez porque, desta forma, se põe em perfeita continuidade com o milenar antijudaísmo católico. Mas também porque de alguma forma herda a “teologia da libertação”, ou seja, o ódio contra o Ocidente, a política filo-comunista de uma parte da Igreja, que estava, em princípio, com o totalitarismo do “povo oprimido” contra a liberdade — mesmo quando os “povos oprimidos”, depois de eliminar os judeus dos territórios que controlam, aumentaram sua intolerância aos cristãos, obrigando-o a fugir ou matando-os, como faz não só o Estado islâmico, mas também, porém em silêncio, e com cautela, mas não menos eficazmente, o estado não terrorista do “Anjo da Paz”.

Contra esta tendência suicida, temos hoje de resistir, se queremos legar às gerações futuras nossa prosperidade e nossa liberdade. Mas resistir ao ódio pela liberdade significa primeiro apoiar Israel. A batalha contra o islamismo triunfante não é travada hoje nem na Líbia, nem na Síria (onde já está perdida e ninguém sabe o que fazer), mas nas fronteiras de Israel e contra a tentativa de Obama e da Europa de destruir o Estado judeu.

Tradução: Szyja Lorber




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Ugo Volli é professor e especialista em semiótica do texto na Faculdade de Letras da Universidade de Turim, onde também coordena o Centro Interdepartamental de estudos sobre comunicação e dirige o curso de doutorado em linguística e comunicação. De 1976 a 2009, foi crítico de teatro do La Repubblica. Entre seus livros estão Apologia del silenzio imperfetto ([Apologia de silêncio imperfeito], Feltrinelli 1991), Per il politeismo ([Pelo politeísmo], Feltrinelli 1992), Il libro della comunicazione ([O Livro da comunicação], (Il Saggiatore 1994), Il telegiornale – istruzioni per l’uso ([O telejornal – instruções de uso], com Omar Calabrese, Laterza, 1995), Fascino ([Fascinação, Feltrinelli 1997]), La comunicazione politica fra prima e seconda Repubblica ([Comunicação política entre a primeira e a segunda República], com Marino Livolsi, Franco Angeli 1995), Domande alla Torah. Semiotica e filosofia della Bibbia hebraica ([Pergunte à Torá. Semiótica e filosofia da Bíblia hebraica], L’epos 2012). Pertencente à comunidade judaica de Trieste, nos últimos anos, ele tem se envolvido cada vez mais com o judaísmo: presidiu a Lev Chadash (2006-2012), primeira sinagoga liberal italiana, filiada à World Union Progressive Judaism. Em 2007, criticou a posição “minoria conservadora” rabino Riccardo Di Segni sobre a homossexualidade. No início de 2008 ele e outra professora, Daniela Santus, apresentaram-se na sala de aula da universidade envoltos na bandeira de Israel para denunciar a intolerância e a agressão de que foram objeto por seu apoio explícito a Israel. Em maio, durante o auge da controvérsia sobre a Feira do Livro de Turim dedicada a Israel, ele acusou o reitor de ter transformado a universidade em um shouk [mercado, em árabe] de extremistas e a sede da Faculdade de Ciências Humanas em um enorme tazebao [jornal de parede, em chinês] em favor do boicote à feira.

O texto original foi públicado dia 17/5 no excelente site italiano ‘Informazione Corretta’, que tem como subtítulo, “Como a mídia italiana apresenta Israel e o Oriente Médio”.