Por Gen Bda Paulo Chagas
Caros amigos
A prefeitura de São Paulo construiu com dinheiro público um
monumento em homenagem aos mortos e desaparecidos políticos na “ditadura
militar”, no parque do Ibirapuera, com o objetivo de preservar a lembrança de
fatos que, por suas características, se pretende que sejam abolidos do
repertório das ameaças aos “Direitos Humanos” (DH) no Brasil.
A maior parte das “vítimas” lembradas no monumento foi
também responsável por atos de terrorismo que vitimaram outras pessoas,
inclusive inocentes passantes, sentinelas, militares estrangeiros, seguranças
de bancos, crianças, policiais e viajantes, entre tantos outros tipos de
desafortunados. Logicamente que estes serão excluídos da homenagem, já que, por
origem, ela é sectária.
Seguindo a mesma ideia de fazer lembrar para não repetir,
cabe, pela precisão e pela abrangência, a leitura do texto a seguir:
“A corrupção representa uma violação das relações de
convivência civil, social, econômica e política, fundadas na equidade, na
justiça, na transparência e na legalidade. A corrupção fere de morte a
cidadania. Num país tomado pela corrupção, como o Brasil, o cidadão se sente
desmoralizado porque se sabe roubado e impotente. Sabe-se impotente porque não
tem a quem recorrer. Descobre que os representantes traem a confiabilidade do
seu voto, que as autoridades ou são corruptas ou omissas e indiferentes à corrupção,
que os próprios políticos honestos são impotentes e que a estrutura do poder é
inerentemente corruptora”. José Genoino em “A corrupção e morte da cidadania” –
O Estado de S. Paulo, 29 de abril de 2000.
Trata-se da definição de um crime que, por atingir
indiscriminadamente todos os cidadãos, toma a forma de genocídio. Mais
importante se torna a descrição quando sabemos que o autor é um corrupto
julgado, condenado e, por obra da própria corrupção, recolhido apenas por algum
tempo à Penitenciária da Papuda, em Brasília.
Em tempos de caça às bruxas, de passar a limpo o passado e
de “comissões da verdade” que visam a fazer com que não se repitam práticas
que, na verdade, nunca deixaram de existir e que se estendem, de todas as
formas, ao conjunto da sociedade, nada mais justo e coerente do que erguer-se
também um “Memorial da Corrupção”, pois, nenhuma outra prática produz mais
ofensas aos DH do que a corrupção. Ela é como uma bomba terrorista de
destruição em massa, pois fere, mata e espalha destruição de forma
indiscriminada em todo o território nacional.
No Brasil de hoje, patrocinados pelo oficialismo, os
corruPTos já causaram mais vítimas entre nós – e seguem causando – do que todas
as guerras que lutamos ao longo da nossa história.
A iniciativa de construir um monumento em homenagem às
vítimas do regime militar, partindo da “comissão municipal da verdade”, estando
a prefeitura entregue ao PT, é, com toda a certeza, uma ação a ser investigada,
pois tem todos os ingredientes de uma obra inútil e superfaturada, ou seja,
mais uma oportunidade para ter posto em prática a especialidade dos que, como o
Sr José Genoíno, sobreviveram ao regime!