Tempos de Fifagate são inspiradores... Imitemos o
"treinador" $talinácio e vamos usar metáforas futebolísticas para
demonstrar que o Brasil precisa passar, urgentemente, por uma ampla
transformação estrutural, com conceitos corretos, definições estratégicas
transparentes e valores morais claros para todos, como pré-condição histórica
para que tenha a chance de chegar a ser um País no rumo concreto de
desenvolvimento. Até a presente data, continuamos nos comportando como aquela
pátria de chuteiras que tomou uma goleada de 7 a 1 (de quem mesmo?), mas
insiste em permanecer refém dos erros históricos de sempre.
Desenhemos na prancheta do técnico! Meu time, o Flamengo,
tomou do Corinthians do $talinácio o atacante Guerreiro - que tem um histórico
de eficiência em fazer gols. O problema é que o rubro-negro tem uma deficiência
tática crônica: o meio campo não funciona corretamente, e não faz a bola chegar
ao artilheiro que deve cumprir a missão precípua de meter bola na rede. Além do
problema de fragilidade psicológica do time, que não consegue segurar um placar
favorável e se desespera facilmente quando o quadro é desfavorável, o clube padece
do mesmo problema estrutural de tantos outros no decadente futebol brasileiro:
seus dirigentes têm visão rentista, dando mais importância ao equilíbrio de
caixa que aos resultados positivos concretos que a equipe precisa ter até para
se sustentar suas finanças.
O desgoverno federal, e maioria esmagadora dos estados e
municípios, apresentam a mesma deficiência estrutural daquela que é considerada
a "Nação Rubro-Negra". O Capimunismo, combinado com a visão
pragmático rentista que exige resultados no curto prazo, senão não presta, está
inviabilizando o Brasil. Não é possível que nossos "treinadores" não
percebam o suicídio tático de continuar fingindo acreditar que tenha chances de
se desenvolver um País com juros estratosféricos, noventa e tantos "impostos"
elevadíssimos e tanta corrupção institucionalizada. Marcamos um gol contra por
segundo na gestão da coisa pública. Os negócios privados ficam reféns do mesmo
esquema que tudo depende do poder estatal.
Pela mesma ótica ludopédica de análise, tem algo muito
errado na estratégia e na tática dos movimentos que tentam se organizar para
promover grandes protestos contra o desgoverno, pelos mais variados objetivos e
fins. Alguns aparentemente parecem legítimos e outros claramente se comportam
como oportunistas e sem legitimidade democrática. O que mais chama atenção é
que todos eles carecem hoje de propostas concretas para sensibilizar e
mobilizar o povo para as mudanças estruturais que o Brasil precisa, mas vive
adiando. A pergunta mais comum é: "O que fazer?".
O líder da revolução russa Vladimir Lênin escreveu um livro
sobre o assunto. Independentemente da ideologia, a obra pode ser muito útil
para brasileiros perdidos na hora de mexer com a massa ignara - que não está a
fim de nada, ou até tem boa intenção, mas não consegue traçar objetivos e metas
bem claras e possíveis de serem cumpridas, em favor da Pátria (que não é aquela
de chuteiras - muito bem explorada economicamente pelas as empresas CBF e
Globo). Frases soltas de Lênin rendem excelentes reflexões. Afinal, foi ele
quem disse: "Ideias são mais letais que as armas"
O pragmatismo de Lênin é objetivo: "Toda cozinheira
deve aprender a governar o Estado". Lênin definiu: "O Estado é a
organização especial de um poder: é a organização da violência". Lênin
acrescentou: "Salvo o poder, tudo é ilusão". Lênin conceituou:
"Ditadura é o poder baseado diretamente na força e irreprimido por
quaisquer leis". Lênin também constatou: "O crime é produto dos
excessos sociais". Lênin salientou: "Muitas vezes, é verdade, que, em
política, você aprende com o inimigo". Lênin proclamou: "A
morte de uma organização acontece quando os de baixo já não querem e os de cima
já não podem". O mesmo Lênin observou: "Um imbecil pode, por si
só, levantar dez vezes mais problemas que dez sábios juntos não conseguiriam
resolver".
Um dos conselhos úteis de Lênin trata da relação entre o
sonho das pessoas e o mundo real: "É preciso sonhar, mas com a condição de
crer em nosso sonho, de observar com atenção a vida real, de confrontar a
observação com o nosso sonho, de realizar escrupulosamente nossas fantasias.
Sonhos, acredite neles"... Tanto é assim que Lênin também filosofou sobre
o tempo real: "Há décadas em que nada acontece e há semanas em que décadas
acontecem". E Lênin, grande frasista, tem outra muito útil aos
brasileiros no momento presente: "Se você não é parte da solução, você é
parte do problema".
Divertindo-me com tais frases soltas, juntadas em um texto
de forma cinicamente maniqueísta, chego a conclusão que Lênin daria um belo
treinador para o Flamengo. Infelizmente, não dá para dizer o mesmo do
companheiro $talinácio ou da torcedora Dilma - mais "prestigiada" que
técnico de time que não para de perder de goleada... Ou mais
"prestigiada" que dirigente da Fifa no torneio de futebol do FBI...
Partindo dos entretantos para os finalmentes, como
proclamaria oPresidente Odorico, o Brasil carece de uma Elite Moral que
consiga definir rumos estratégicos para o País, obtendo o milagre
comunicacional de conseguir convencer os "jogadores da nação" da
estratégia e da tática correta para virar nosso jogo - há muito tempo em
permanente derrota política, econômica e, pior ainda, cultural e civilizatória.
Não precisamos estudar na escolinha de futebol do professor
Lênin... Mas não podemos continuar sob risco de sermos treinados por falsos
mitos de visão egoísta como o treinador $talinácio. Da mesma forma, não podemos
esperar que, milagrosamente, o time das Forças Armadas entre em campo para
salvar um jogo que é perdido pela incapacidade de cada jogador brasileiro - que
ignora ser a gestão de uma nação uma obra coletiva.
Enfim, não adianta achar que tudo no Brasil se resolverá com
jogadas mágicas de uma partida de futebol. Impeachment, intervenção
constitucional, renúncia ou derrubada do governo por outro fim, combate
inocente à corrupção sistêmica... Tudo parece distante do cenário real
previsível.
Precisamos, de verdade, criar as pré-condições históricas
para a mudança. Isto dá trabalho, consome tempo, neurônio e dinheiro. Exige
debate sincero, sem paixões ideológicas - que mais parecem manifestação de
torcida de futebol. Tal trabalho tem de começar ontem, para que o hoje chegue
até amanhã. A militância cidadã vai exigir, antes, que cada indivíduo cuidem
bem da própria vida e da família, para não terminar morto em campo...
O jogo é jogado... E não é para principantes nem amadores...
Amador que deu certo só o Aguiar, do Bradesco... No entanto, se ninguém
principar, nada vai acontecer...
Por isso, a dica aos organizadores de movimentos de rua e
aos ativistas da internet é que desenvolvam, imediatamente, a capacidade de produzir
soluções que as pessoas comuns entendam e constatem que têm capacidade real de,
no mínimo, ajudar a realizar.
Se não for assim, manifestações públicas (na rua ou nas
redes sociais) serão completamente inúteis. Nem adianta se matricular na escolinha
do professor Lênin que o time continuará perdendo... E tomem cuidado com
oportunistas, empresariais ou politiqueiros, que tentam se aproveitar da boa
vontade e do voluntarismo das pessoas, principalmente as mais jovens...
Vamos sair do negativo e virar o jogo... Soluções, já! Ou,
então, seremos o problema...
Salvem o presidente
Que time é teu, Dilma?
O "Observador dos Pampas" manda um recado,
injuriado e corretivo, porque erramos o time da Dilma lá no Sul:
"Apenas para esclarecer, DILMA torce, desde os
“velhos tempos” da dita-dura, pelo Internacional de Porto Alegre, o dito
colorado, como ela mesma declarou (e não pelo Grêmio, graças a Deus!)".
Nota da redação: Eu também agradeço a Deus que ela não torce
pelo Flamengo, embora o time hoje mais se pareça com o desgoverno dela: finge
que tem poder ofensivo, até contratando um atacante de renome como o Guerreiro,
mas é muito ruim na gestão do meio campo, o que compromete a eficiência e a
meta do time que parece fragilizado psicologicamente dentro de campo.
Aventuras de Marco Polo
Rompendo o círculo vicioso
De Régis D. C. Fusaro, um comentário relevante sobre o
artigo do Vice-Almirante Paulo Frederico Soriano Dobbin, publicado neste Alerta
Total de 29 de maio de 2015:
"Uma das primeiras atitudes para romper o ciclo
vicioso, muito bem apontado pelo Vice Almirante, é recusarmos qualquer outra
eleição que nos apresente a mesma URNA ELETRÕNICA fraudável. Bem a
propósito seria oportuno levantar esse problema já, enquanto há tempo
suficiente para as adaptações necessária à emissão de comprovante de
votação. E que todos nós pensemos em outros enfrentamentos pacíficos e
inteligentes ao governo. Afinal, para quem mesmo o governo deveria atuar?"
Alguém acha que Lula vai?
Requerimento 726/2015 do deputado Onix Lorenzoni (DEM-RS)
convocando Luiz Inácio Lula da Silva a prestar esclarecimentos na CPI da
Petrobras, acerca das denúncias de que praticou tráfico de influência no BNDES
e nos esquemas de corrupção na Petrolífera.
Alguém, em sã consciência, acredita que o Grande Mito em
Decadência vai aparecer na CPÌ?
Se Andrezinho delatar...