Em 08 de dezembro de 2014 o Município de São Paulo deu mostras de um gasto desnecessário ao contemplar a inauguração de "um monumento em homenagem a mortos na ditadura", com o intuito de transformar em heróis traidores da Pátria que tentavam implantar no Brasil uma ideologia vermelha, esta sim, causadora de vítimas pelo mundo afora.
Em sua sanha de enaltecer e homenagear os protagonistas responsáveis por atos terroristas que vitimaram pessoas
inocentes, sentinelas, militares estrangeiros, seguranças de bancos,
crianças, policiais e viajantes, é claro que esqueceram de mencionar as verdadeiras vítimas, muitas das quais pagaram com suas próprias vidas assassinados pelos integrantes da chamada "luta
armada", de inspiração marxista, que se propunha a derrubar o regime
militar para estabelecer uma ditadura comunista no Brasil.
O grande número de
brasileiros atingidos por atos criminosos diversos não pode ser esquecido,
pois são as verdadeiras vítimas inocentes da brutalidade vermelha, e para tanto, republicamos abaixo uma série de artigos em homenagem àqueles que a CNV (Comissão Nacional da Verdade - ou seria "Omissão Nacional da Verdade"; ou ainda: Circo Nacional da Verdade?) propositalmente omitiu em seu relatório, e cujos nomes e condições de infortúnio foram publicados originalmente no site "A Verdade Sufocada".
O relatório da CNV lembrará deles?
119 vitimas do terrorismo político: Trabalhadores,
estudantes, mães e pais de família que cumpriam com seu dever – Ato público em
frente ao Congresso Nacional
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Nesta série que publicaremos diariamente , reverenciaremos a
todos os que, em meses de janeiros a dezembros
passados, tombaram pela fúria política de terroristas. Os seus algozes,
sob a mentira de combater uma ditadura militar, na verdade queriam implantar
uma ditadura comunista em nosso país.
Cabe-nos lutar para que recebam isonomia no tratamento que
os “arautos” dos direitos humanos - Comissão Nacional da Verdade - dispensam
aos seus assassinos, que hoje recebem pensões e indenizações do Estado contra o
qual pegaram em armas.
A lembrança deles não nos motiva ao ódio. Move-nos, verdadeiramente, o desejo de que a sociedade brasileira lhes faça justiça e resgate aos seus familiares a certeza de que não serão esquecidos.
Eles perderam a vida no confronto do qual os seus verdugos, embora derrotados, exibem, na prática, os galardões de uma vitória bastarda, urdida por um revanchismo odioso.
Relação de Vítimas do Terrorismo - Janeiros
A esses heróis o reconhecimento da Democracia e a garantia
da nossa permanente vigilância, para que o sacrifício de suas vidas não tenha
sido em vão.
10/01/68 – Agostinho Ferreira Lima - (Marinha Mercante - Rio
Negro / AM)
No dia 06/12/67, a lancha da Marinha Mercante “Antônio
Alberto” foi atacada por um grupo de nove terroristas, liderados por Ricardo
Alberto Aguado Gomes “Dr. Ramon”, o qual, posteriormente, ingressou na Ação
Libertadora Nacional (ALN). Neste ataque Agostinho Ferreira Lima foi ferido
gravemente, vindo a falecer no dia 10/01/68.
07/01/69 – Alzira Baltazar de Almeida - (Dona de casa – Rio
de Janeiro / RJ)
A bomba jogada por terroristas, embaixo de uma viatura
policial, estacionada em frente à 9ª Delegacia de Polícia, ao explodir, matou a
jovem Alzira, de apenas 18 anos de idade, uma vítima inocente que na ocasião
transitava na rua.
11/01/69 – Edmundo Janot - (Lavrador – Rio de Janeiro / RJ)
Morto a tiros, foiçadas e facadas por um grupo de terroristas
que haviam montado uma base de guerrilha nas proximidades da sua fazenda.
29/01/69 – Cecildes Moreira de Faria -
(Subinspetor de Polícia – BH/ MG)
29/01/69 – José Antunes Ferreira - (Guarda Civil – BH / MG)
O terrorista Pedro Paulo Bretas, “Kleber”, ao ser
interrogado “entregou” um “aparelho” do Comando de Libertação Nacional
(Colina), na rua Itacarambu nº 120, bairro São Geraldo.
COLINA era a organização da qual a presidente Dilma Roussef
e seu marido na época, Cláudio Galeno. eram membros. Imediatamente, uma equipe
de segurança se dirigiu ao local e quando se anunciou como polícia, foi
recebida por rajadas de metralhadora, disparadas por Murilo Pinto Pezzuti da
Silva, “Cesar” ou “Miranda”, que, com 11 tiros, mataram o Subinspetor Cecildes
Moreira da Silva , que deixou viúva Irene Godoy de Faria e oito filhos menores,
e o Guarda Civil José Antunes Ferreira, ferindo, ainda, o Investigador José
Reis de Oliveira.
Foram presos no interior do “aparelho” o assassino Murilo
Pinto Pezzuti da Silva o os terroristas do COLINA:
- Afonso Celso Lana Leite, ”Ciro”;
- Mauricio Vieira de Paiva, ”Carlos”;
- Nilo Sérgio Menezes Macedo;
- Júlio Antonio Bittencourt de Almeida, “Pedro”;
- Jorge Raimundo Nahas, “Clovis” ou “Ismael”;
- Maria José de Carvalho Nahas, “Celia” ou “Marta”.
17/01/70 – José Geraldo Alves Cursino - (Sargento PM – São
Paulo / SP)
Morto a tiros por terroristas.
07/01/71 – Marcelo Costa Tavares - (Estudante – 14 anos - MG)
Morto por terroristas
durante um assalto ao Banco Nacional de Minas Gerais.
Participaram da ação: Newton Moraes, Aldo Sá Brito, Macos
Nonato da Fonseca e Eduardo Antonio da
Fonseca.
18/01/72 – Tomaz Paulino de Almeida - (sargento PM – São
Paulo / SP)
Morto, a tiros de metralhadora, no bairro Cambuci, quando um
grupo terrorista roubava o seu carro.
Autores do assassinato: João Carlos Cavalcante Reis,
Lauriberto José Reyes e Márcio Beck Machado, todos integrantes do Movimento de
Libertação Nacional (Molipo).
As famílias dos assassinos João Carlos Cavalcante Reis e
Lauriberto José Reyes foram indenizadas pela Lei nº 1.140/95.
20/01/72 – Sylas Bispo Feche - (Cabo PM São Paulo / SP)
O cabo Sylas Bispo Feche, integrava uma Equipe de Busca e
Apreensão do DOI/CODI/II Exército. Sua equipe executava uma ronda, quando um
carro VW, ocupado por duas pessoas, cruzou um sinal fechado quase atropelando
uma senhora que atravessava a rua com uma criança no colo. A sua equipe saiu em
perseguição ao carro suspeito, que foi interceptado. Ao tentar aproximar-se
para pedir os documentos dos dois ocupantes do veículo, o cabo Feche foi,
covardemente, metralhado por eles. Foi travado um tiroteio entre a equipe e os
dois terroristas que também morreram no local.
Os assassinos do cabo Feche, ambos membros da Ação
Libertadora Nacional (ALN), são:
- Gelson Reicher “Marcos” que usava identidade falsa com o nome de Emiliano Sessa, era chefe de um Grupo Tático Armado (GTA) e já tinha praticado mais de vinte atos terroristas, inclusive o seqüestro de um médico.
- Alex Paula Xavier Pereira “Miguel”, que usava identidade falsa com o nome de João Maria de Freitas, fez curso de guerrilha em Cuba e praticou mais de quarenta atos terroristas, inclusive atentados a bomba na cidade do Rio de Janeiro.
- As famílias dos assassinos Gelson Reicher e Alex Paula Xavier Pereira foram indenizadas pela Lei nº 9.140/95.
25/01/72 – Elzo Ito - (Estudante – São Paulo / SP)
Aluno do Centro de Formação de Pilotos Militares foi morto
por terroristas quando roubavam seu carro.
Relação de Vítimas do Terrorismo - Fevereiros
20/02/70 – Antônio
Aparecido Posso Nogueró (sargento PM – São Paulo)
Morto pelo terrorista da VPR Antônio Raimundo de Lucena
quando tentava impedir um ato terrorista no Jardim Cerejeiras, Atibaia/SP.
Leia mais no artigo
" Raimundo Lucena assassina o sargento Nogueró "
12/02/71 – Américo Cassiolato (Soldado PM – São Paulo)
Morto por terroristas em Pirapora do Bom Jesus.
28/02/71 – Fernando Pereira
(Comerciário – Rio de Janeiro )
Morto por terroristas quando tentava impedir um assalto ao
estabelecimento “Casa do Arroz”, do qual era gerente.
01/02/72 – Iris do Amaral (Civil – Rio de janeiro)
Morta durante um tiroteio entre terroristas da ALN e
policiais. Ficaram feridos nesta ação os civis Marino Floriano Sanchez, Romeu
Silva, Altamiro Firezo,Irene Dias (na época com oito anos) e Rodolfo Archmman.
Autores: Flávio Augusto Neves Leão Salles(“Rogério”,
“Bibico”) e Antônio Carlos Nogueira
Cabral(“Chico”, “Alfredo”), ambos da Aliança Libertadoira Nacional - ALN.
A família de Antonio Carlos Nogueira Cabral foi indenizada
de acordo com a Lei 9140/95
05/02/72 – David A. Cuthberg
(Marinheiro inglês – Rio de Janeiro)
A respeito desse assassinato, sob o título “REPULSA” o jornal “O Globo”, do Rio de Janeiro,
publicou:
“Tinha dezenove anos o marinheiro inglês David A. Cuthberg que, na madrugada de sábado,
tomou um táxi com um companheiro para conhecer o Rio, nos seus aspectos mais
alegres. Ele aqui chegara como amigo, a bordo da flotilha que nos visita para
comemorar os 150 anos de Independência do Brasil. Uma rajada de metralhadora
tirou-lhe a vida, no táxi que se encontrava. Não teve tempo para perceber o que
ocorria e, se percebesse, com certeza não poderia compreender. Um terrorista,
de dentro de outro carro, apontara friamente a metralhadora antes de desenhar
nas suas costas o fatal risco de balas, para, logo em seguida, completar a
infâmia, despejando sobre o corpo, ainda palpitante, panfletos em que se
mencionava a palavra liberdade. Com esse crime repulsivo, o terror quis apenas
alcançar repercussão fora de nossas fronteiras para suas atividades, procurando
dar-lhe significação de atentado político contra jovem inocente, em troca da
publicação da notícia num jornal inglês. O terrorismo cumpre, no Brasil, com
crimes como esse, o destino inevitável dos movimentos a que faltam motivação
real e consentimento de qualquer parcela da opinião pública: o de não
ultrapassar os limites do simples banditismo, com que se exprime o alto grau de
degeneração dessas reduzidas maltas de assassinos gratuitos”.
A ação criminosa, tachada como “justiçamento”, foi praticada
pelos seguintes terroristas, integrantes de uma frente formada por três organizações
comunistas:
- Flávio Augusto Neves Leão Salles(“Rogério”, “Bibico”) – ALN, que fez os disparos com a metralhadora. - Organização de José Dirceu, Clemente e muitos outros
- Antônio Carlos Nogueira Cabral(“Chico”, “Alfredo”) – ALN.(família recebeu indenização)
- Aurora Maria Nascimento Furtado(“Márcia”, “Rita”) – ALN ( família recebeu indenização).
- Adair Gonçalves Reis(“Elber”, “Leônidas”, “Sorriso”) – ALN.
- Lígia Maria Salgado da Nóbrega(“Ana”, “Célia”, “Cecília”) – VAR PALMARES, que jogou dentro do táxi os panfletos que falavam em vingança contra os “Imperialistas Ingleses”.(família recebeu indenização)
- Hélio Silva(“Anastácio”, “Nadinho”) – VAR-PALMARES. Orgasnização da presidente Dilma e seu 2ºmarido Carlos Franklin Paixão Araujo
- Carlos Alberto Salles(“Soldado”) – VAR-PALMARES.
- Getúlio de Oliveira Cabral(“Gogó”, “Soares”, “Gustavo”) – PCBR. ( família recebeu indenização)-
- James Allen Luz - VAR -Palmares
18/02/72 – Benedito Monteiro da Silva (Cabo PM – São Paulo)
Morto quando tentava evitar um assalto terrorista a uma
agencia bancária em Santa Cruz do Rio Pardo.
27/02/72 – Napoleão Felipe Bertolane Biscaldi (Civil – São
Paulo)
Morto durante um tiroteio entre os terroristas Lauriberto
José Reyes ( a família foi indenizada) e José Ibsem Veroes com policiais, na
rua Serra de Botucatu, no bairro Tatuapé. Nesta ação um policial foi ferido a
tiros de metralhadoras por Lauriberto. Os dois terroristas morreram no local.
28/02/72 – Luzimar
Machado de Oliveira (Soldado PM –
Goiás)
O terrorista Arno Preiss encontrava-se na cidade de Paraiso
do Norte, que estava incluída dentro de esquema de trabalho de campo do MOLIPO.
Usava o nome falso de Patrick McBundy Comick. Arno tentou entrar com sua
documentação falsa no baile carnavalesco do clube social da cidade. Sua
documentação levantou suspeita nos policiais, que o convidaram a comparecer à
delegacia local. Ao deixar o clube, julgando-se desmascarado, Arno sacou seu
revólver e disparou à queima roupa contra os policiais, matando o PM Luzimar
Machado de Oliveira e ferindo gravemente o outro PM que o conduzia, Gentil
Ferreira Mano.Protegido pela escuridão, Arno homiziou-se num matagal, sendo
entretanto localizado por populares que, indignados, auxiliavam a polícia. Arno
travou, ainda, intenso tiroteio com seus perseguidores, antes de tombar sem
vida. Com dificuldade, a polícia impediu a violação do corpo.
21/02/73 – Manoel Henrique de Oliveira (Comerciante – São Paulo)
No dia 14 de junho de
1972, as equipes do DOI de São Paulo, como já faziam há vários dias, estavam
seguindo quatro terroristas da ALN que resolveram almoçar no restaurante
Varela, no bairro da Mooca. Quando eles saíram do restaurante, receberam voz de
prisão e reagindo desencadearam tiroteio com os policiais. Ao final, três
terroristas estavam mortos e um conseguiu fugir.Erroneamente, a ALN atribuiu a
morte de seus três companheiros à delação de um dos proprietários do
restaurante e decidiu justiçá-lo.
O comando “Aurora Maria do Nascimento Furtado” constituído
por Arnaldo Cardoso Rocha (família indenizada), Francisco Emanuel Penteado( família indenizada),
Francisco Seiko Okama(família indenizada) e Ronaldo Mouth Queiroz( família
indenizada), foi encarregado da missão e assassinou no dia 21 de fevereiro o
comerciante Manoel Henrique de Oliveira, que foi metralhado sem que pudesse
esboçar um gesto de defesa. Seu corpo foi coberto por panfletos da ALN,
impressos no Centro de Orientação Estudantil da USP, por interveniência do
militante Paulo Frateschi.
Manoel Henrique deixou além de sua esposa, duas crianças
pequenas, desamparadas, que aguardam uma indenização do governo.
22/02/73 – Pedro Américo Mota Garcia (civil – Rio de
Janeiro)
Por vingança foi “justiçado” por terroristas por haver
impedido um assalto contra uma agência da Caixa Econômica Federal.
25/02/73 – Octávio Gonçalves Moreira Júnior (Delegado de
polícia – São Paulo)
Com a tentativa de intimidar os integrantes dos órgãos de
repressão, um “Tribunal Popular Revolucionário” decidiu “justiçar” um membro do
DOI/CODI/II Exército.
O escolhido foi o delegado de polícia, Dr. Octávio Gonçalves
Moreira Júnior que viajava, seguidamente de São Paulo para o Rio de Janeiro,
onde estava noivo ..
O levantamento de sua vida no Rio de Janeiro foi feito pela
terrorista Bete Chachamovitz, da ALN, que repassava todos os dados para um
comando terrorista chamado “Getúlio de Oliveira Cabral”.
No início de fevereiro de 1973, Bete concluiu o seu
trabalho.
No dia 23/02/73, o Dr. Octávio viajou de São Paulo para o
Rio de Janeiro e Bete avisou o comando terrorista da chegada do delegado. Ficou
decidido que iriam executá-lo no dia seguinte.
No domingo, dia 25, o Dr. Octávio foi à praia em Copacabana,
e depois almoçou com um amigo. Quando voltava do almoço, Bete fez o
reconhecimento visual do delegado e o apontou para os seus assassinos que se
encontravam num automóvel estacionado na esquina da Avenida Atlântica com a rua
República do Peru.
Do carro saltaram três terroristas. Um deles trazia uma
esteira de praia, enrolada debaixo do braço. Dentro da esteira uma carabina
calibre 12.
Um dos assassinos deu o primeiro tiro nas costas,
derrubando-o e atirando-o a alguns metros de distância. Um segundo atirou
perfurando seu pulso direito e enquanto que o terceiro assassino aproximou-se e
deu-lhe dois tiros no rosto com uma pistola 9mm.
O Dr. Octávio morreu instantaneamente.
O comando terrorista seguiu à risca o ensinamento do manual
de Carlos Marighela que afirma: “guerrilheiros não matam por raiva, nem por
impulso, pressa ou improvisação. Matam com naturalidade. Não interessa o
cadáver, mas seu impacto sobre o público”.
O comando terrorista que assassinou o Dr. Octávio estava
assim constituído:
- Bete Chachamovitz – ALN;
- Tomaz Antônio da Silva Meirelles Netto(“Luiz”) – ALN;
- Merival Araújo(“Zé”) – ALN( família indenizada);
- Flávio Augusto Neves Leão Salles(“Rogério”) – ALN;
- José Carlos da Costa(“Baiano”) – VAR-PALMARES;
- James Allen Luz(“Ciro”) – VAR PALMARES;
- Ramires Maranhão do Vale(“Adalberto”) – PCBR;
- Ranúsia Alves Rodrigues(“Florinda”) – PCBR( família indenizada)
Relação de Vítimas do Terrorismo - Marços
27/03/65 – CARLOS ARGEMIRO CAMARGO (Sargento do Exército –
Paraná)
Morto em combate contra um grupo guerrilheiro comandado por
Jeferson Cardin de Alencar Osório, em Leônidas Marques, PR.
31/03/69 – MANOEL DA SILVA DUTRA (Comerciante – Rio de
Janeiro)
Morto durante assalto ao Banco Andrade Arnaud, na rua
Visconde da Gávea 92. Participaram deste assalto Carlos Minc Banfeld
, Fausto Machado Freire e outros. Organização : VAR-Palmares
Move-nos, verdadeiramente, o desejo de que a sociedade
brasileira lhes faça justiça por terem
perdido a vida no confronto do qual os seus verdugos, embora derrotados,
exibem, na prática, os galardões de uma vitória bastarda, urdida por um revanchismo
odioso.
11/03/70 – Newton de Oliveira Nascimento (Soldado PM – Rio de Janeiro)
No dia 11/03/70, os militantes do grupo tático armado da
ALN, Mário de Souza Prata, Rômulo Noronha de Albuquerque e Jorge Raimundo
Júnior deslocavam-se num carro Corcel azul, roubado, dirigido pelo último,
quando foram interceptados no bairro de Laranjeiras- RJ, por uma patrulha da
PM. Suspeitando do motorista, pela pouca idade que aparentava, e verificando
que Jorge Raimundo não portava habilitação, os policiais ordenaram-lhe que
entrasse no veículo policial, junto com Rômulo Noronha Albuquerque, enquanto Mauro
de Souza Prata, acompanhado de um dos soldados, iria dirigindo o Corcel
até a delegacia mais próxima.
Aproveitando-se do descuido dos policiais, que não revistaram os detidos,
Mário, ao manobrar o veículo para colocá-lo à frente da viatura policial, sacou
de uma arma e atirou, matando com um tiro na testa o soldado da PM Newton
Oliveira Nascimento, que o escoltava no carro roubado. O soldado Newton deixou
a viúva dona Luci e órfãos duas filhas menores de quatro e dois anos.
31/03/70 – JOAQUIM MELO
(Investigador de Polícia – Pernambuco)
Morto por terroristas durante ação contra um “aparelho”.
08/03/71 – DJALMA PELUCCI BATISTA (Soldado PM – Rio de Janeiro)
Morto por terroristas, durante assalto ao Banco do Estado do
Rio de Janeiro.
24/03/71 – MATEUS LEVINO DOS SANTOS (Tenente da FAB – Pernambuco)
O PCBR necessitava
roubar um carro para participar do seqüestro do cônsul norte-americano, em
Recife.
No dia 26/06/70 resolveram roubar um volks, estacionado em
Jaboatão, na Grande Recife, nas proximidades do Hospital da Aeronáutica.
Quatro militantes do PCBR desceram do carro dirigido por
Nancy Mangabeira Unger: Carlos Alberto Soares Rodrigues de Sousa, José Gersino
Saraiva Maia e Luiz “Jacaré”, (até hoje não identificado).
Ao tentarem render o motorista, este ao identificar-se como
Tenente da Aeronáutica, foi ferido gravemente por Carlos Alberto, com dois
tiros, um na cabeça e outro no pescoço.
O Tenente Mateus Levino dos Santos, após nove meses de
impressionante sofrimento, veio a falecer em 24/03/71, deixando viúva e duas
filhas menores.
O imprevisto levou o
PCBR a desistir do seqüestro.
Nancy Mangabeira Unger, banida em 13/01/71, em troca da vida
do embaixador suíço, era filha de Arthur Unger, de nacionalidade
norte-amaricana, e de Edyla Mangabeira, brasileira, essa, filha de Otávio
Mangabeira.
Por ironia, o próprio consulado americano, sem saber do
planejamento do seqüestro de seu cônsul, correu em defesa de Nancy, alegando a
dupla nacionalidade dela, brasileira e norte-americana.
Nancy, atualmente é professora de Filosofia da Universidade
Federal da Bahia.
06/03/72 – WALTER CÉSAR GALETTI (Comerciante – São Paulo)
Terroristas da ALN assaltaram a firma F. Monteiro S/A . Após
o assalto fecharam a loja, fizeram um discurso subversivo e assassinaram o
gerente Walter César Galetti e feriram o subgerente Maurílio Ramalho e o
despachante Rosalindo Fernandes.
12/03/72 – MANOEL DOS SANTOS
(Guarda de segurança – São Paulo)
Morto durante assalto terrorista à fábrica de bebidas Charel
Ltda.
12/03/72 – ANÍBAL FIGUEIREDO DE ALBUQUERQUE (Coronel R1 do
Exército – São Paulo)
Morto durante assalto à fábrica de bebidas Charel Ltda., da
qual era um dos proprietários.
12/03/73 – PEDRO MINEIRO
(Capataz da Fazenda Capingo – Para)
“Justiçado” por terroristas na Guerrilha do Araguaia.
Relação de Vítimas do Terrorismo - Abril
14/04/69 – FRANCISCO BENTO DA SILVA - (Motorista - SP) / LUIZ
FRANCISCO DA SILVA - (Guarda bancário –SP)
Mortos durante um assalto, praticado pela Ala Vermelha do PC
do B, ao carro pagador (uma Kombi) do Banco Francês-Italiano para a América do
Sul, na Alameda Barão de Campinas, quando foram roubados vinte milhões de
cruzeiros. Participaram desta ação os terroristas: Élio Cabral de Souza, Derly
José de Carvalho, Daniel José de Carvalho, Devanir José de Carvalho, James
Allen Luz, Aderval Alves Coqueiro, Lúcio da Costa Fonseca, Gilberto Giovanetti,
Ney Jansen Ferreira Júnior, Genésio Borges de Melo e Antônio Medeiros Neto.
As famílias de Daniel José de Carvalho, Devanir José de
Carvalho, James Allen Luz, Aderval Alves Coqueiro, tiveram seus pedidos de indenização deferidos pela Comissão de Anistia. Na realidade todos cujas as
famílias ou eles próprios solicitaram
indenização foram atendidos.
04/04/71 – JOSÉ JÚLIO TOJA MARTINEZ - (Major do Exército
– Rio de Janeiro)
Julgando que o casal nada tinha a ver com a subversão,
Martinez iniciou a travessia da rua, a fim de solicitar-lhe que se afastasse
daquela área. Ato contínuo, de sua “barriga”, formada por uma cesta para pão
com uma abertura para saque da arma ali escondida, a mulher retirou um
revólver, matando-o instantaneamente, sem qualquer chance de reação. O capitão
Parreira, de sua equipe, ao sair em sua defesa foi gravemente ferido por um
tiro desferido pelo terrorista. Nesse momento, os demais agentes desencadearam
cerrado tiroteio que causou a morte do casal de terroristas. Estes foram
identificados como sendo os militantes do MR-8 Mário de Souza Prata e sua
amante Marilena Villas-Bôas Pinto, ambos de alta periculosidade e responsáveis
por uma extensa lista de atos terroristas.
No “aparelho” do casal foram encontrados explosivos, munição
e armas, além de dezenas de levantamentos de bancos, de supermercados, de
diplomatas estrangeiros e de generais do Exército.
O major Martinez.
deixou viúva e quatro filhos, três meninas e um menino, a mais velha, à
época, com onze anos de idade.veram.
A família de Marilena Villas-Boas e Mario de Souza Prata foram indenizadas pelo governo federal.
07/04/71 – MARIA ALICE MATOS - (Empregada doméstica – Rio de
Janeiro)
Morta por terroristas quando do assalto a um depósito de material de
construção.
15/04/71 – HENNING ALBERT BOILESEN - (Industrial – São
Paulo)
Os terroristas,a pedido de Carlos Lamarca, escolheram três
nomes para serem assassinados, como forma de intimidar os demais colaboradores.
Estes eram: Henning A. Boilesen, Peri Igel e Sebastião Camargo (Camargo Correia)
O escolhido foi o presidente da Ultragás, Henning Albert Boilesen, um
dinamarquês, naturalizado brasileiro.
Da ação participaram: Devanir José de Carvalho, Dimas
Antonio Casemiro, Gilberto Faria Lima e José Dan de Carvalho, pelo MRT; Carlos
Eugênio Sarmento Coelho da Paz, pela ALN; Gregório Mendonça e Laerte Dorneles Méliga -VPR - (chefe de
gabinete do então governador do RS, Olívio Dutra) VPR.
No dia 15 de abril de 1971 um Comando Revolucionário,
integrado pelos terroristas Yuri Xavier Pereira, Joaquim Alencar Seixas, José
Milton Barbosa, Dimas Antonio Casimiro e Antonio Sérgio de Matos, covardemente
assassinou Boilesen. Joaquim Alencar Seixas e Gilberto Faria Lima jogaram os
panfletos por cima do cadáver. Sobre o
corpo de Boilesen, mutilado com dezenove tiros, os panfletos da ALN e do MRT,
dirigidos “Ao Povo Brasileiro”, traziam a ameaça:
“Como ele, existem muitos outros e sabemos quem são. Todos
terão o mesmo fim, não importa quanto tempo demore; o que importa é que eles
sentirão o peso da JUSTIÇA REVOLUCIONÁRIA. Olho por olho, dente por dente”.
As famílias de Devanir José de Carvalho, Dimas Antonio
Casimiro, Yuri Xavier Pereira, Joaquim Alencar Seixas , José Milton
Barbosa e Antonio Sérgio de Matos foram
indenizadas pelo governo federal.
10/04/74 – GERALDO JOSÉ NOGUEIRA - (Soldado PM – São Paulo)
Morto quando da
captura de terroristas.
Dos que estão vivos, alguns já foram indenizados e outros
aguardam deferimento de seus pedidos, onde alegam perseguição política ou Se dizem torturados.
Relação de Vítimas do Terrorismo - Maios
Morto
na região do Araguaia, quando uma equipe comandada por um Tenente e composta
ainda, por dois Sargentos e pelo Cabo Rosa, foram emboscados por terroristas
comandados por Oswaldo Araújo Costa “Oswaldão”, na região de Grota Seca, no
Vale da Gameleira.
Nos dias 16/04/70 e 18/04/70 foram presos no Rio de Janeiro, Celso Lungaretti e
Maria do Carmo Brito, ambos militantes da Vanguarda Popular Revolucionária
(VPR), uma das organizações comunistas que seguia a linha cubana.
Morto por Ana Maria Nascimento Furtado (Márcia, Patrícia,
Rita ou Lola) ao pedir documentos a ela e Flávio Augusto Neves Sales,
militantes da ALN. Ela foi presa e morreu em tiroteio dois dias depois, quando
conduziu a polícia ao esconderijo de seu grupo e alertou seus companheiros.
Veja notícia na imagem ao lado (Jornal Correio da Manhã - 11/11/1972).
Morto, por terroristas, durante assalto contra um carro transportador de valores da Brink’s, na Via Dutra.
Os mortos aqui relacionados não dão nomes a logradouros públicos, nem seus parentes receberam indenizações mas os responsáveis diretos ou indiretos por suas mortes dão nome à escolas, ruas, estradas e suas famílias receberam vultosas indenizações, pagas com o nosso dinheiro.
31/05/68 – AILTON DE OLIVEIRA - (Guarda Penitenciário - RJ)
O Movimento Armado Revolucionário (MAR), montou uma ação
para libertar nove de seus membros que cumpriam pena na Penitenciária Lemos de
Brito (RJ) e que uma vez libertados deveriam seguir para região de Conceição de
Jacareí, onde o MAR pretendia estabelecer
um embrião de um foco guerrilheiro.
"Um desses prisioneiros era o ex-marinheiro Marco Antônio
da Silva Lima, que havia realizado curso de guerrilha em Cuba e era obcecado pelas idéias da 1ª Conferência da OLAS, em Havana. Para as esquerdas, mesmo no
presídio, a idéia principal para a derrubada do governo era o foco
guerrilheiro." ( A Verdade Sufocada - A história que a esquerda não quer
que o Brasil conheça)
Dando prosseguimento ao plano, que tinha como um dos líderes
o jornalista Flávio Tavares, no dia 26/05/69 o estagiário Júlio César entregou
à funcionária da penitenciária Naterça Passos, dentro de um pacote, três
revólveres calibre 38 que seriam usados pelos detentos durante a fuga. Às 17:30
horas os subversivos, ao iniciarem a fuga foram surpreendidos pelos guardas
penitenciários Ailton de Oliveira e Jorge Félix Barbosa. Os guardas foram
feridos pelos presos em fuga, sendo que Ailton de Oliveira veio a falecer cinco
dias depois, em 31/05/68.
Ainda ficou gravemente ferido o funcionário da Light, João
Dias Pereira que se encontrava na calçada da penitenciária.
O autor dos disparos que atingiram o guarda Ailton foi o
terrorista Avelino Brioni Capitani
08/05/69 – JOSÉ DE CARVALHO
(Investigador de Polícia – SP)
Atingido com um tiro na boca, durante um assalto ao União de Bancos
Brasileiros, em Suzano, no dia 07 de maio, vindo a falecer no dia seguinte.
Nessa ação, os terroristas feriram, também, Antonio Maria Comenda Belchior e
Ferdinando Eiamini.
Participaram os seguintes terroristas da Ação Libertadora
Nacional (ALN): Virgílio Gomes da Silva, Aton Fon Filho, Takao Amano, Ney da
Costa Falcão, Manoel Cyrilo de Oliveira Neto e João Batista Zeferino Sales
Vani.
Takao Amano foi baleado na coxa e operado, em um “aparelho
médico” por Boanerges de Souza Massa, médico da ALN.
08/05/72 – ODILO CRUZ ROSA
(Cabo do Exército – PA)
Neste tiroteio foi
morto o Cabo Rosa e feridos o Tenente e um Sargento.
Julgando que o Cabo
Rosa estivesse desgarrado da equipe, o Tenente e os dois Sargentos retiraram-se
para Xambioá, a procura de atendimento médico. Lá souberam, através de um
mateiro, que o Cabo Rosa tinha sido morto e que “Oswaldão” dissera aos
habitantes da região que permaneceria mantendo guarda ao corpo do Cabo, até que
ele apodrecesse, e que o Exército não teria coragem para resgatá-lo.
Uma patrulha
embrenhou-se pela selva e conseguiu resgatar o corpo do Cabo Rosa.
09/05/69 – ORLANDO
PINTO DA SILVA (Guarda Civil – SP)
Morto com dois tiros, um na nuca e outro na testa, disparados por Carlos
Lamarca, durante assalto ao Banco Itaú, na rua Piratininga, Bairro da Mooca. Na
ocasião também foi esfaqueado o gerente do Banco, Norberto Draconetti.
Organização responsável por esse assalto: Vanguarda Popular
Revolucionária (VPR).
27/05/69 – NAUL JOSÉ
MONTAVANI (Soldado PM – SP)
Em
27/05/69 foi realizada uma ação contra o 15º Batalhão da Força Pública de São
Paulo, atual PMESP, na Avenida Cruzeiro do Sul, SP/SP.
Os terroristas Virgílio Gomes da Silva, Aton Fon Filho,
Carlos Eduardo Pires Fleury, Maria Aparecida Costa, Celso Antunes Horta e Ana
Maria de Cerqueira César Corbisier, metralharam o soldado Naul José Montovani
que estava de sentinela e que morreu instantaneamente. O soldado Nicário
Conceição Pulpo que acorreu ao local ao ouvir os disparos, foi gravemente
ferido na cabeça, tendo ficado paralítico.
Organização responsável : ALN
02/05/70 – JOÃO
BATISTA DE SOUZA (Guarda de Segurança -
SP)
Um comando terrorista, integrado
por Devanir José de Carvalho, Antonio André Camargo Guerra, Plínio Petersen
Pereira, Waldemar Abreu e José Rodrigues Ângelo, pelo Movimento Revolucionário
Tiradentes (MRT) e mais Eduardo Leite (Bacuri) pela Resistência Democrática
(REDE) assaltaram a Companhia de Cigarros Souza Cruz, no Cambuci/SP. Na ocasião
Bacuri assassinou o guarda de segurança João Batista de Souza.
10/05/70 – ALBERTO MENDES JÚNIOR (1º Tenente PMESP – SP)
Ao serem interrogados os dois informaram que desde
janeiro/70, a VPR, com a colaboração de outras organizações comunistas,
instalara uma área de treinamento de guerrilhas, na região de Jacupiranga,
próxima a Registro, no Vale da Ribeira, no Estado de São Paulo, sob o comando
do ex-capitão do Exército, Carlos Lamarca.
No dia 19/04/70, tropas do Exército e da Polícia Militar do
Estado de São Paulo foram deslocadas para a área, para verificar a
autenticidade das declarações dos dois militantes presos e neutralizar a área,
prendendo, se possível os seus 18 ocupantes.
No início de maio/70 uma parte da tropa da Polícia Militar
foi retirada da área, permanecendo, apenas, um pelotão. Como voluntário para
comandá-lo, apresentou-se um jovem de 23 anos, o Tenente Alberto Mendes Júnior.
Com 5 anos de Polícia Militar, o Tenente Mendes era conhecido, entre os seus
companheiros, por seu espírito afável e alegre e pelo altruísmo no cumprimento
das missões. Idealista, acreditava que era seu dever permanecer na área, ao
lado se seus subordinados.
No dia 08/05/70, 7 terroristas, chefiados por Carlos Lamarca,
que estavam numa pick-up, ao pararem num posto de gasolina em Eldorado
Paulista, foram abordados por policiais que, imediatamente, foram alvejados por
tiros que partiram dos terroristas que ocupavam a pick-up e que após o tiroteio
fugiram para Sete Barras.
Ciente do ocorrido, o Tenente Mendes organizou uma patrulha,
que, em duas viaturas, dirigiu-se de Sete Barras para Eldorado Paulista. Cerca
das 21:00 horas, houve o encontro com os terroristas que estavam armados com
fuzis FAL enquanto que os PMs portavam o velho fuzil Mauser modelo 1908. Em
nítida desvantagem bélica, vários PMs foram feridos e o Tenente Mendes
verificou que diversos de seus comandados estavam necessitando urgentes
socorros médicos.
Um dos terroristas,
com um golpe astucioso, aproveitando-se daquele momento psicológico,
gritou-lhes para que se entregassem. Julgando-se cercado, o oficial aceitou
render-se, desde que seus homens pudessem receber o socorro necessário. Tendo
os demais componentes da patrulha permanecido como reféns, o Tenente levou os
feridos para Sete Barras.
De madrugada, a pé e
sozinho, o Tenente Mendes buscou contato com os terroristas, preocupado que
estava com o restante de seus homens. Encontrou
Lamarca que decidiu seguir com seus companheiros e os prisioneiros para
Sete Barras. Ao se aproximarem dessa localidade foram surpreendidos por um
tiroteio, ocasião em que dois terroristas Edmauro Gopfert e José Araújo Nóbrega
desgarraram-se do grupo e os cinco terroristas restantes embrenharam-se no
mato, levando consigo o Tenente Mendes. Depois de caminharem um dia e meio na
mata, os terroristas e o Tenente pararam para descansar. Nesta ocasião Carlos
Lamarca, Yoshitame Fugimore e Diógenes Sobrosa de Souza afastaram-se e formaram
um tribunal revolucionário que resolveu assassinar o Tenente Mendes pois o
mesmo, pela necessidade de vigiá-lo, retardava a fuga. Os outros dois Ariston Oliveira Lucena e Gilberto Faria
Lima ficaram vigiando o prisioneiro.
Poucos minutos
depois, os três terroristas retornaram, e, acercando-se por traz do Oficial,
Yoshitame Fugimore desfechou-lhe violentos golpes na cabeça, com a coronha de
um fuzil. Caído e com a base do crânio partida, o Tenente Mendes gemia e se
contorcia em dores. Diógenes Sobrosa de Souza desferiu-lhe outros golpes na
cabeça, esfacelando-a. Ali mesmo, numa pequena vala e com seus coturnos ao lado
da cabeça ensangüentada, o Tenente Mendes foi enterrado.
Em 08/09/70, Ariston
Lucena foi preso pelo DOI/CODI/IIEx e apontou, no local, onde o Tenente estava
enterrado. Seu corpo foi exumado e sepultado sob forte comoção popular.
Dos cinco assassinos do Tenente Mendes, sabe-se que:
- Carlos Lamarca, morreu na tarde de 17/09/71, no interior da Bahia, durante tiroteio com o DOI/CODI/6ª RM;
- Yoshitame Fugimore, morreu em 05/12/70, em São Paulo, durante tiroteio com o DOI/CODI/IIEx;
- Diógenes Sobrosa de Souza, preso em 12/12/70, no RS. Em novembro de 71 foi condenado à pena de morte (existia na época esta punição para os terroristas assassinos, que nunca foi usada). Em fins de 1979, com a anistia foi libertado;
- Gilberto Faria Lima, fugiu para o exterior.
- Ariston Lucena, após a anistia foi libertado e teria se suicidado, recentemente, no RS.
Observação: Embora
Carlos Lamarca tenha desertado no posto de capitão, por lei especial, sua
família recebe a pensão de coronel.
Todas as famílias dos terroristas assassinos, inclusive a de
Carlos Lamarca receberam uma grande indenização em dinheiro.
O Tenente Mendes,
promovido após sua morte, por bravura, ao posto de capitão, deixou para sua
família a pensão relativa a esse posto. Sua família nunca ganhou nenhuma
indenização dos governos federal e estadual,
Seus pais não se conformam em ter filho
assassinado de forma brutal, por
bandidos sempre tão endeusados pela nossa mídia.
10/05/71 – MANOEL SILVA NETO (Soldado PM – SP)
Morto por terroristas
durante assalto à Empresa de Transporte Tusa.
Organização terrorista - ALN
14/05/71 – ADILSON
SAMPAIO (Artesão – RJ)
Morto por terroristas durante assalto às
lojas Gaio Marti.
Relação de Vítimas do Terrorismo - Junhos
26/06/68 – MARIO KOSEL FILHO (Soldado do Exército - 18 anos - SP)
Mario Kosel Filho |
Na madrugada fria e nublada do dia 26 de junho de 1968, no
Quartel General do II Exército, o silêncio e a tranqüilidade eram visíveis.
Oficiais, sargentos e soldados dormiam e descansavam.
Nos seus postos, as
sentinelas estavam atentas, zelando pela vida de seus companheiros e protegendo
as instalações do QG, pois o período era conturbado. As guaritas estavam
guarnecidas por jovens soldados que, aos 18 anos, cumpriam com o dever,
prestando o serviço militar obrigatório. Todos pertenciam ao efetivo do 4º RI e
se apresentaram nos primeiros dias de janeiro.
Durante a instrução, eram continuamente alertados a respeito
da situação que o País atravessava. Sabiam que nessas ocasiões os quartéis são
muito visados, como possíveis alvos para as ações terroristas. Além disso,
todos foram alertados e souberam dos detalhes do assalto ao Hospital Militar,
pois as vítimas eram seus colegas do 4º RI, unidade do Exercito onde servia
Lamarca, que já pertencia à VPR.
Quando assumiram o serviço de guarda no QG, foram instruídos
quanto aos procedimentos em caso de um ataque às instalações do quartel. Todos
estavam tensos e ansiosos. Mal sabiam que um grupo de dez terroristas, entre
eles duas mulheres, rodavam em um pequeno caminhão, carregado com 50 quilos de
dinamite, e mais três Fuscas, na direção do QG. Tinham a missão de causar
vítimas e danos materiais ao Quartel General. Por medo e por covardia, não
tiveram a coragem de atacá-lo de outro modo que não fosse por um ato de terror.
Seguiam os ensinamentos de seu líder, Carlos Marighella que,
no seu Mini-manual dizia:
- “O terrorismo é uma arma a que jamais o revolucionário pode renunciar.”
- “Ser assaltante ou terrorista é uma condição que enobrece qualquer homem honrado.”
Destruição de parte do Quartel-general pela explosão
de uma
camionete cheia de explosivos. VPR
|
Às 4h30, a madrugada estava mais fria e com menos visibilidade.
Nessa hora, uma sentinela atirou em uma caminhonete, que passava na Avenida
Marechal Stênio Albuquerque Lima, nos fundos do QG, e tentava penetrar no
quartel. Desgovernada, batera, ainda na rua, contra um poste. As sentinelas
viram quando um homem saltou desse veículo em movimento e fugiu correndo.
O soldado Edson Roberto Rufino disparou seis tiros contra o
veículo. O soldado Mário Kozel Filho, pensando que se tratava de um acidente de
trânsito, saiu do seu posto com a intenção de socorrer algum provável ferido.
Ao se aproximar, uma violenta explosão provocou destruição e morte num raio de
300 metros.
Passados alguns minutos, quando a fumaça e a poeira se
dissiparam, foi encontrado o corpo do soldado Kozel totalmente dilacerado.
O coronel Eldes de Souza Guedes, os soldados João Fernandes
de Souza, Luiz Roberto Juliano, Edson Roberto Rufino, Henrique Chaicowski e
Ricardo Charbeau ficaram muito feridos.
Consumava-se mais um ato terrorista da VPR.
Os estragos só não foram maiores porque a caminhonete, ao
bater no poste, parou e não penetrou no quartel.
O soldado Mário Kozel Filho morreu no cumprimento do dever e
foi promovido a sargento após a sua morte. O Exército Brasileiro, numa justa
homenagem, colocou o seu nome na praça principal do QG do antigo II Exército,
hoje Comando Militar do Sudeste.
Participaram deste crime hediondo os terroristas da
Vanguarda Popular Revolucionária - VPR:
- Diógenes José de Carvalho Oliveira (o Diógenes do PT).
- Waldir Carlos Sarapu,
- Wilson Egídio Fava,
- Onofre Pinto,
- Edmundo Coleen Leite,
- José Araújo Nóbrega,
- Oswaldo Antônio dos Santos,
- Dulce de Souza Maia,
- Renata Ferraz Guerra Andrade
- José Ronaldo Tavares de Lima e Silva.
27/06/68 – NELSON DE BARROS - (Sargento PM – RJ)
No início de junho de 1968, no Rio de
Janeiro, pequenas passeatas realizadas em Copacabana e na Rua Uruguaiana,
pressagiaram as grandes agitações que estavam por vir, ainda nesse mês, e que
ficaram conhecidas como “As Jornadas de Junho”.
No dia 19/06/68, cerca de 800 estudantes, liderados por Wladimir
Palmeira, tentaram tomar de assalto o edifício do Ministério da Educação e
Cultura, no Rio de |Janeiro.
No dia seguinte, cerca de 1500 estudantes invadiram e
ocuparam a Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Avenida Pasteur, fazendo
com que professores e membros do Conselho Universitário passassem por vexames,
obrigando-os a saírem por uma espécie de corredor polonês formado por centenas
de estudantes.
Vinte e quatro horas depois, em 21/06/68, também ao meio
dia, foi realizada nova passeata no centro do Rio. Conhecido como a “Sexta
feira Sangrenta”, este dia foi marcado por brutal violência.
Cerca de 10.000 pessoas, os estudantes engrossados por
populares, ergueram barricadas, incendiaram carros, agrediram motoristas,
saquearam lojas, atacaram a tiros a embaixada americana e as tropas da Polícia
Militar. No final da noite, mais de 10 mortos, e centenas de feridos atestavam
a violência dos confrontos. Entre os feridos graves estava o sargento da
Polícia Militar Nelson de Barros que veio a falecer no dia 27/06/68.
A violência estudantil continuou no dia 22, quando tentaram,
sem sucesso, ocupar a Universidade de Brasília, (UNB), e no dia 24, em São
Paulo, quando realizaram uma passeata no centro da cidade, depredando a
Farmácia do Exército, o City Bank e a sede do jornal “O Estado de São Paulo”.
No dia 26, no Rio de Janeiro ocorreu a “Passeata dos Cem Mil”.
27/06/68 – NOEL DE OLIVEIRA RAMOS - (Civil – RJ)
Morto com
um tiro no coração, em conflito na rua. Estudantes distribuíam no Largo de São
Francisco, panfletos a favor do governo e contra as agitações estudantis
conduzidas por militantes comunistas.
Gessé Barbosa de Souza - VPR - eletricista , conhecido como
“Juliano” ou “Julião” infiltrado no movimento, tentou impedir a manifestação
com uma arma. Os estudantes, em grande maioria, não se intimidaram e tentaram
segurar Gessé que fugiu atirando, atingindo mortalmente Noel de Oliveira Ramos
e ferindo o engraxate Olavo Siqueira.
04/06/69 – BOAVENTURA
RODRIGUES DA SILVA - (Soldado PM – SP)
Morto por terroristas durante
assalto ao Banco Tozan.
22/06/69 – GUIDO BONE - (Soldado PM – SP) / NATALINO AMARO TEIXEIRA - (Soldado PM – SP)
Mortos por militantes da
ALN que atacaram e incendiaram a radio-patrulha RP 416, da então Força Pública
de São Paulo, hoje Polícia Militar, matando os seus dois ocupantes, os soldados
Guido Bone e Natalino Amaro Teixeira, roubando suas armas.
11/06/70 – IRLANDO DE MOURA RÉGIS - (Agente da Polícia
Federal – RJ)
No dia 11/06/70, o embaixador da Alemanha, Ehrenfried Von
Hollebem, saiu da Embaixada, no Rio de Janeiro, para a sua residência. Sentado
no banco de trás de sua Mercedes preta, o embaixador tinha como motorista o
funcionário Marinho Huttl e o agente da Polícia Federal Irlando de Moura Régis,
sentado no banco da frente e portando um revólver .38. Seguindo a Mercedes,
como segurança, ia uma Variant com os agentes da Polícia Federal Luiz Antônio
Sampaio como motorista e José Banharo da Silva, com uma metralhadora INA.
Tendo ocupado o dispositivo desde antes das 19:00 horas, o
“Comando Juarez Guimarães de Brito” executou o seqüestro às 19:55 horas, nas
proximidades da residência do embaixador, no cruzamento das ruas Cândido Mendes
com a Ladeira do Fialho.
Ao aproximar-se o carro diplomático, Jesus Paredes Soto deu
um sinal a José Maurício Gradel que avançou uma “pick up” Willys, abalroando a
Mercedes. Incontinente o casal que “namorava” na Escadinha do Fialho, Sônia
Eliane Lafóz e José Milton Barbosa, este com uma metralhadora, disparou sua
arma contra a Variant da segurança, ferindo Luiz Antônio Sampaio no abdômen e
na coxa esquerda e José Banharo da Silva na cabeça. Ao mesmo tempo, Eduardo Coleen
Leite “Bacuri”, à queima roupa, disparou três tiros de revólver .38 em Irlando
de Moura Régis, matando-o com um tiro na cabeça.
Herbert Eustáquio de Carvalho, empunhando uma pistola .45
arrancou o diplomata da Mercedes e embarcou-o no Opala, dirigido por José
Roberto Gonçalves de Rezende.
Participaram, ainda, deste crime hediondo os terroristas
Alex Polari Alvarenga e Roberto Chagas da Silva.
Organização: Vanguarda Popular Revolucionária - VPR
Decorridos 33 anos, vemos que neste período as famílias de
subversivos, de assaltantes de bancos, de seqüestradores, de assassinos e de
terroristas políticos foram indenizadas pelo governo.Enquanto isto, famílias de
cidadãos inocentes, atingidos em ações dos “guerrilheiros” como em assaltos a
bancos, ou despedaçados por bombas nos atos terroristas, como no atentado ao
Aeroporto de Guararapes, em Recife, são totalmente esquecidas. .
09/06/71 – ANTÔNIO LISBOA CERES DE OLIVEIRA - (Civil – RJ)
Morto por terroristas durante assalto à boate Comodoro.
02/06/72 – ROSENDO REZENDE -
(Sargento PM – SP)
Morto ao interceptar 04 terroristas que assaltaram
um bar e um carro da Distribuidora de Cigarros Oeste LTDA.
29/06/72 – JOÃO PEREIRA - (Mateiro-região do Araguaia – PA)
“Justiçado" pelo PC do B, por ter servido de guia para as forças legais
que combatiam os guerrilheiros. João pereira, de 17 anos , foi esquartejado ,
vivo na frente de seu pai, Antônio Pereira e de sua mãe, moradores nos confins
de Pará da Lama, a 100 km de São Geraldo.
A respeito, Ângelo Arroyo , um dos chefes da Guerrilha do
Araguaia, confirmando o acontecido, declarou em seu relatório: “A morte desse bate-pau causou pânico entre os demais da
zona”.
Relação de Vítimas do Terrorismo - Julhos
Em de julho de 1966 ocorreu, no Brasil, o primeiro ato
terrorista com consequências sérias.
Uma
bomba, explodiu no saguão do Aeroporto Guararapes, em Recife , matando 2
pessoas e ferindo outras 13.
Esse ato insano é considerado o início da luta
armada no Brasil
25/07/66 - Edson Régis de Carvalho - (Jornalista - PE)
Morto em decorrência do atentado a bomba, no Aeroporto de Guararapes, em
Recife, contra o então candidato à Presidência da República, general Costa e
Silva.
25/07/66 - Nelson Gomes Fernandes - (Almirante - PE)
Morto no mesmo atentado.
Além das duas vítimas fatais ficaram feridas 13 pessoas, entre elas uma criança
e o então coronel do Exército Sylvio Ferreira da Silva que, além de fraturas
expostas, teve amputados quatro dedos da mão esquerda e Sebastião Tomaz de
Aquino, o Paraíba, guarda civil que teve a perna direita amputada.
Um dos executores do atentado, revelado pelas pesquisas e
entrevistas de Jacob Gorender, é Raimundo Gonçalves de Figueiredo, codinome
Chico, que viria a ser morto pela Polícia Civil, em abril de 1971, já como
integrante da VAR-PALMARES.
Ainda, segundo Jacob Gorender, militante do Partido Comunista
Brasileiro Revolucionário - PCBR -, O mentor
do atentado foi o ex-padre Alípio
de Freitas, da Ação Popular - AP .
A família de Raimundo
Gonçalves de Figueiredo foi indenizada e, hoje, tem seu nome dado a uma rua em
Belo horizonte.Padre Alípio Freitas, que está vivo, foi indenizado, como
perseguido político, com uma pensão mensal e mais o retroativo no valor de R$ 1.900. 000,00 .
01/07/68 - Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von
Westernhagen
Major do Exército Alemão - RJ - Morto no Rio de Janeiro onde
fazia o Curso da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. Assassinado na
rua Engenheiro Duarte, Gávea, por ter sido confundido com o major boliviano
Gary Prado, suposto matador de Che Guevara, que também cursava a mesma escola.
Autores: Severino Viana Callou, João Lucas Alves e José
Roberto Monteiro. Amilcar Baiardi, esperava no "aparelho para
redigir" o comunicado da organização terrorista denominada COLINA- Comando
de Libertação Nacional, assumindo o atentado.
11/07/69 - Cidelino Palmeiras do Nascimento (Motorista de táxi - RJ)
Morto a tiros
quando conduzia em seu carro, policiais que perseguiam terroristas que haviam
assaltado o Banco Aliança, agência Muda.
Participaram deste assassinato os terroristas da Vanguarda
Popular Revolucionária - VPR:
- Chael Charles Schreier,
- Adilson Ferreira da Silva,
- Fernando Borges de Paula Ferreira,
- Flávio Roberto de Souza, Reinaldo José de Melo,
- Sônia Eliane Lafóz
- Darci Rodrigues, autor do todos disparos
24/07/69 - Aparecido dos Santos Oliveira - (Soldado PM - SP)
Neste dia, atuando em "frente " foi assaltado o Banco Bradesco, na
rua Turiassu, no Bairro de Perdizes, de onde foram roubados sete milhões de
cruzeiros. Participaram da ação:
Pelo Grupo de Expropriação e Operação:
- Devanir José de Carvalho – MRT
- James Allen Luz - VPR
- Raimundo Gonçalves de Figueiredo - VPR
- Chael Charles Schreier, Roberto Chagas e Silva - VPR
- Carmem Monteiro dos Santos Jacomini - VPR
- Eduardo Leite - VPR
- Ney Jansen Ferreira Júnior - VPRJosé Couto Leal- VAR- Palmares
Grupo do Gaúcho:
- Plínio Petersen Pereira
- Domingos Quintino dos Santos
- Chaouky Abara
Essa ação terminou de forma trágica: Raimundo Gonçalves
Figueiredo baleou o soldado da então Força Pública do Estado de São Paulo,
atual PMESP, Aparecido dos Santos Oliveira que, já caído, recebeu mais quatro
tiros disparados por Domingos Quintino dos Santos.
01/07/71 - Jaime Pereira da Silva (Civil - RJ)
Morto por
terroristas , na varanda de sua residência, durante tiroteio entre terroristas
e policiais.
24/07/73 - Francisco Valdir de Paula (soldado do Exército -
Região do Araguaia- PA)
Instalado em uma posse de terra no município de
Xambioá, fazendo parte de uma rede de informações montada na área da Guerrilha
do Araguaia, foi identificado pelos guerrilheiros e assassinado.Seu corpo nunca
foi encontrado.
Relação de Vítimas do Terrorismo - Agostos
20/08/69 – José Santa Maria (Gerente de Banco – RJ)
Morto
por terroristas que assaltaram o Banco de Crédito Real de Minas Gerais, do qual
era gerente.
25/08/69 – Sulamita Campos Leite (Dona de casa – PA)
Parente do terrorista
Flávio Augusto Neves Leão Salles - ALN - Morta na residência dos Salles, em
Belém, ao detonar, por inadvertência ,uma carga de explosivos escondida pelo
terrorista.
31/08/69 – Mauro Celso Rodrigues (Soldado PM - MA)
Morto
quando procurava impedir a luta entre proprietários e posseiros, incitada por
movimentos subversivos.
12/08/70 – Benedito Gomes (Capitão do Exército – SP)
Morto
por terroristas, no interior do seu carro, na Estrada Velha de Campinas.
19/08/70 – Vagner Lúcio Vitorino da Silva (Guarda de
segurança – RJ)
Morto durante assalto do Grupo Tático Armado da organização
terrorista MR8, ao Banco Nacional de Minas Gerais, no bairro de Ramos.Sônia
Maria Ferreira Lima foi quem fez os disparos que o mataram. Participaram,
também, dessa ação os terroristas Reinaldo Guarany Simões, Viriato Xavier de
Melo Filho e Benjamim de Oliveira Torres Neto, os dois últimos recém chegados
do curso em Cuba.
29/08/70 – José Armando Rodrigues (Comerciante - CE)
Proprietário da firma Ibiapaba Comércio Ltda. Após ter sido assaltado em sua
loja, foi seqüestrado, barbaramente torturado e morto a tiros por terroristas
da ALN. Após seu assassinato seu carro foi lançado num precipício na serra de
Ibiapaba, em São Benedito, CE.
Autores:
- Ex-seminaristas Antônio Espiridião Neto
- e Waldemar Rodrigues Menezes, ( autor dos disparos),
- José Sales de Oliveira,
- Carlos Timoschenko Soares de Sales,
- Francisco William de Montenegro Medeiros,
- Gilberto Telmo Sidney Marques.
Relação de Vítimas do Terrorismo - Setembros
Curiosamente, talvez por conter a Semana da Pátria, os meses
de setembro destacavam-se como os mais trágicos de todos os meses manchados
pela insânia comunista.
Como hoje, para eles, a comemoração da efeméride da
Independência significava “coisa de militares”, o que açulava o ódio e a gana
dos assassinos vermelhos e estimulava o desencadeamento de ações fratricidas.
28/09/66 – Raimundo de Carvalho Andrade - (Cabo PM – GO)
Em meados de 1966, eram numerosas as agitações estudantis em várias cidades do
Brasil, com numerosos incêndios suspeitos em São Paulo e conflitos no Rio de
Janeiro e na Bahia. Apesar da proibição, foi realizado, em Belo Horizonte, o
28º Congresso da UNE, entidade que estabeleceu a data de 22 de setembro para
ser o “Dia Nacional de Luta Contra a Ditadura”.
Tarzan de Castro (Luis, Osvaldo, Rogério, Sérgio), além de
líder estudantil em Goiânia, era um militante que, em junho de 1966, havia
liderado uma dissidência do Partido Comunista do Brasil (PC do B), que iria
formar uma das mais violentas organizações terroristas daquela época, a Ala Vermelha.
Preso na Fortaleza de Santa Cruz, em Niterói, chegaram as falsas notícias de
que ele havia morrido na prisão e de que seu corpo chegaria no aeroporto de
Goiânia à meia noite de 28/09/66, uma quarta feira.
Em protesto, estudantes, dirigidos por agitadores
comunistas, resolveram invadir e ocupar o Colégio Estadual Campinas. A diretora
solicitou policiamento. A POLÍCIA MILITAR , então, reuniu os PMs Por volta das
20:00 horas, quando a “tropa”, armada com fuzis modelo 1908, com tiros de
festim, chegou ao colégio – que estava invadido – foi recebida por tiros vindos
do seu interior, ocasião em que foi atingido, mortalmente, o cabo Raimundo de
Carvalho Andrade .
07/09/68 – Eduardo Custódio de Souza - (Soldado PM – SP)
Morto, com sete tiros, por terroristas da ALN, quando de sentinela no DEOPS, em
São Paulo.
20/09/68 – Antônio Carlos Jeffery (Soldado PM – SP)
Morto
a tiros quando de sentinela no quartel
da então Força Pública de São Paulo (atual PM) no Barro Branco.
Organização terrorista que praticou o assassinato: Vanguarda
Popular Revolucionária - VPR .
Assassinos:
- Pedro Lobo de Oliveira;
- Onofre Pinto;
- Diógenes José Carvalho de Oliveira, atualmente conhecido como o Diógenes do PT, ex-auxiliar de Olívio Dutra no Governo do RS.
03/09/69 – José Getúlio Borba (Comerciário - SP)
João
Guilherme de Brito (Soldado PM – SP) - Os terroristas da Ação Libertadora
Nacional (ALN) Antenor Meyer, José Wilson Lessa Sabag, Francisco José de
Oliveira e Maria Augusta Tomaz, resolveram comprar um gravador na loja Lutz
Ferrando, na esquina da Avenida Ipiranga com a Rua São Luis. O pagamento seria
feito com um cheque roubado num assalto. Descobertos, receberam voz de prisão e
reagiram. Na troca de tiros o guarda civil João Szelacsak Neto ficou ferido com
um tiro na coxa e o funcionário da loja, José Getúlio Borba, foi mortalmente
ferido. Perseguidos pela polícia o terrorista José Wilson Lessa Sabag matou a
tiros o soldado da Força Pública (atual PM) João Guilherme de Brito . Na troca
de tiros José Wilson Lessa Sabag foi morto.
20/09/69 – Samuel Pires (Cobrador de ônibus – SP)
Morto
por terroristas quando assaltavam uma empresa de ônibus.
22/09/69 – Kurt Kriegel (Comerciante - RS)
Morto por
terroristas, com três tiros durante assalto ao restaurante de sua propriedade.
Organização VPR
30/09/69 – Cláudio Ernesto Canton (Agente da Polícia Federal
- SP)
Após ter efetuado a prisão
de um terrorista da ALN foi atingido na coluna vertebral,
vindo a falecer em conseqüência desse ferimento.
14/09/70 – Bertolino Ferreira da Silva (Guarda de segurança
- SP)
Morto durante assalto praticado pelas organizações terroristas ALN e
MRT ao carro pagador da empresa Brinks, no Bairro do Paraíso em são Paulo.
21/09/70 – Célio Tonelly (Soldado PM - SP)
Morto em Santo
André, quando de serviço em uma rádio patrulha tentou deter terroristas que
ocupavam um automóvel.
22/09/70 – Autair Macedo
(Guarda de segurança - RJ)
Morto por terroristas, durante assalto a
empresa de ônibus Amigos Unidos.
02/09/71 – Gentil Procópio de Melo (Motorista de praça - PE)
A organização terrorista denominada Partido Comunista Revolucionário
determinou que um carro fosse roubado para realizar um assalto. Cumprindo a
ordem recebida, o terrorista José Mariano de Barros tomou um táxi em Madalena,
Recife.
Ao chegar ao Hospital das Clínicas, quando fingia que ia
pagar a corrida apareceram seus comparsas Manoel Lisboa de Moura e José Emilson
Ribeiro da Silva, que se aproximaram do veículo, tendo José Emilson disparado
dois tiros que mataram o motorista Gentil Procópio de Melo.
02/09/71 – Cardênio
Jaime Dolce / Silvâno Amâncio dos Santos / Demerval Ferreira dos Santos (Guardas de segurança - RJ)
Cardênio Jaime Dolce
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Assalto à Casa de Saúde Dr Eiras
Animados com o resultado do assalto ao Hospital da Ordem
Terceira, A CR/GB (Coordenação Regional/Guanabara da ALN – Ação Libertadora
Nacional ) planejou o assalto à Casa de Saúde Dr Eiras, em Botafogo. Levantaram
o dia do pagamento dos funcionários , 2 de setembro de 1971, e partiram para a
ação. Faziam parte do GTA (Grupo Tático
Armado):
- Flávio Augusto Neves Leão Sales
- Hélcio Pereira Fortes
- Antonio Carlos Nogueira Cabral
- Sônia Hipólito
- Aurora Nascimento Furtado
- Isis Dias de Oliveira
- Paulo César Botelho Massa
- José Milton Barbosa
- Antônio Sergio de Matos
- Hélber José Gomes Goulart
O GTA entrou em ação com a chegada do carro pagador na casa
de saúde.
A guarda de segurança do hospital reagiu ao assalto. Depois
de intenso tiroteio, Cardênio Jaime Dolce, Silvano Amâncio dos Santos e
Demerval Ferreira dos Santos estavam mortos. Ficaram feridos o médico Dr.
Marilton Luiz dos Santos Morais e o enfermeiro Almir Rodrigues de Moraes.
3 crianças ficaram órfãs.
23/09/72 – Mário Abraim da Silva (Segundo Sargento do
Exército - PA)
Pertencia ao 2º Batalhão de Infantaria de Selva, com sede em
Belém. Sua Companhia foi deslocada para combater a guerrilha na região do
Araguaia. Morto em combate, durante um ataque guerrilheiro no lugarejo de
Pavão, base do 2º Batalhão de Selva.
??/09/72 – Osmar
(Posseiro - PA)
"Justiçado" na região do Araguaia pelos
guerrilheiros por ter permitido que uma tropa de para-quedistas acampasse em suas terras.
27/09/72 – Sílvio Nunes Alves (Bancário - RJ)
Assassinado
em assalto ao Banco Novo Mundo, na Penha, pelas organizações terroristas PCBR –
ALN – VPR – Var Palmares e MR8. Autor do assassinato: José Selton Ribeiro.
Relação de Vítimas do Terrorismo - Outubros
12/10/68 - Charles Rodney Chandler - (Capitão do Exército
dos EUA - SP)
Herói na guerra com o Vietnã, veio ao Brasil para fazer o
Curso de Sociologia e Política, na Fundação Álvares Penteado, em São Paulo/SP.
No início de outubro/68, um "Tribunal Revolucionário", composto pelos
dirigentes da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), Onofre Pinto (Augusto,
Ribeiro, Ari), João Carlos Kfouri Quartin de Morais (Manéco) e Ladislau Dowbor
(Jamil), condenou o capitão Chandler à morte, porque ele "seria um agente
da CIA". Os levantamentos da rotina de vida do capitão foram realizados
por Dulce de Souza Maia (Judite) - que ainda vive, dedicando-se à "defesa
do meio ambiente". O capitão Chandler quando retirava seu carro da garagem
para seguir para a Faculdade, foi assassinado friamente com 14 tiros de
metralhadora e vários tiros de revólver, na frente da sua esposa Joan e seus 3
filhos.
O grupo de execução era constituído pelos terroristas Pedro
Lobo de Oliveira (Getúlio) - militar reformado da PM/SP -, Diógenes José de
Carvalho Oliveira (Luis, Leonardo, Pedro) e Marco Antônio Bráz de Carvalho
(Marquito).
Diógenes José de Carvalho Oliveira, também conhecido como
Diógenes do PT, na década de 90 ingressou nos quadros do PT/RS, e vive em Porto
Alegre/RS, sempre assessorando os líderes partidários mais influentes.
João Carlos Kfouri Quartin de Morais é Professor de
Filosofia e Ciências da UNICAMP e, Ladislau Dowbor é Professor de Economia da
PUC/SP e trabalha no Instituto de Economia da UNICAMP.
24/10/68 - Luiz Carlos Augusto - (civil - RJ)
Morto, com um tiro, durante uma passeata estudantil.
25/10/68 - Wenceslau Ramalho Leite - (civil - RJ)
Morto, com 4 tiros de pistola Luger 9mm, durante o roubo de
seu carro, na avenida 28 de Setembro, Vila Isabel, RJ.
Autores: Murilo Pinto da Silva (Cesar ou Miranda) e Fausto
Machado Freire (Ruivo ou Wilson) ambos integrantes da Organização Terrorista
COLINA (Comando de Libertação Nacional).
04/10/69 - Euclídes de Paiva Cerqueira - (Guarda particular
- RJ)
Morto por terroristas durante assalto ao carro transportador
de valores do Banco Irmãos Guimarães.
06/10/69 - Abelardo Rosa Lima - (Soldado PM - SP)
Metralhado por terroristas numa tentativa de assalto ao
Mercado Peg-Pag.
Autores: Devanir José de Carvalho (Henrique), Walter
Olivieri, Eduardo Leite (Bacuri), Mocide Bucherone e Ismael Andrade dos Santos,
militantes das Organizações Terroristas: REDE (Resistência Democrática) e MRT
(Movimento Revolucionário Tiradentes).
07/10/69 - Romildo Ottenio - (Soldado PM - SP)
Morto quando tentava prender um terrorista.
31/10/69 - Nilson José de Azevedo Lins - (Civil - PE)
Gerente da firma Cornélio de Souza e Silva, distribuidora da
Souza Cruz, em Olinda. Foi assaltado e morto quando ia depositar no Banco o
dinheiro da empresa (50 milhões de "cruzeiros novos").
Autores: Alberto Vinícius Melo do Nascimento, Rholine Sonde
Cavalcante Silva, Carlos Alberto Soares e João Maurício de Andrade Baltar,
militantes do PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário).
27/10/70 - Walder Xavier de Lima - (Sargento da Aeronáutica
- BA)
Morto quando, ao volante de uma viatura, conduzia
terroristas presos, em Salvador.
O assassino, Theodomiro Romeiro dos Santos (Marcos),
militante do PCBR o atingiu covardemente com um tiro na nuca. Atualmente,
Theodomiro é Juiz do Tribunal Regional do Trabalho, em Recife/PE.
??/10/71 - Alberto da Silva Machado - (Civil - RJ)
Morto por terroristas durante assalto à Fábrica de Móveis
Vogal Ltda, da qual era um dos proprietários.
01/10/72 - Luiz Honório Correia - (Civil - RJ)
Morto por terroristas quando do assalto a Empresa de Ônibus
Barão de Mauá.
06/10/72 - Severino Fernandes da Silva e José Inocêncio
Barreto - (Civis - PE)
Mortos por terroristas durante agitação no meio rural.
Relação de Vítimas do Terrorismo - Novembros
12/11/64 - Paulo Macena - (Vigia - RJ)
Morto durante a explosão de uma bomba colocada Cine Bruni,
no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro, em protesto contra a "Lei
Suplicy". Também ficaram feridas seis pessoas.
24/11/67 - José Gonçalves Conceição "Zé Dico" -
(Fazendeiro em Presidente Epitácio/SP)
Assassinado por Edmur Péricles de Camargo, vulgo
"Gauchão". O crime, que também teve a participação de Demerval
Pinheiro dos Santos e outros 17 "posseiros", e ocorreu na Fazenda
Bandeirantes por ordem de Rolando Frate, líder do PCB, em função da resistência
que o fazendeiro exercia contra o "movimento camponês" da região. O
relato do planejamento e execução do crime foi publicado na Folha de São Paulo,
em 1970.
07/11/68 - Estanislau Ignácio Correia - (Civil - SP)
Morto pelos terroristas Ioshitame Fugimore, Oswaldo Antônio
dos Santos e Pedro Lobo Oliveira, todos integrantes da Vanguarda Popular
Revolucionária (VPR), quando roubavam seu automóvel na esquina das ruas Carlos
Norberto Souza Aranha e Jaime Fonseca Rodrigues, em São Paulo.
04/11/69 - Estela Borges Morato - (Investigadora do DOPS -
SP)
Morta a tiros quando participava da operação em que morreu o
terrorista Carlos Marighela.
04/11/69 -
Friederich Adolf Rohmann - (Protético - SP)
Morto durante a operação que resultou na morte do terrorista
Carlos Marighela.
07/11/69 - Mauro Celso Rodrigues - (Soldado PM - MA)
Morto em uma emboscada, durante a luta travada entre
lavradores de terra, incitados por militantes da Ação Popular (AP).
14/11/69 - Orlando Girolo - (Bancário - SP)
Morto por terroristas durante assalto ao Banco Brasileiro de
Descontos (Bradesco).
17/11/69 - Joel Nunes - (Sub-Tenente PM - RJ)
Morto a tiros por Avelino Bioen Capitani, durante um assalto
da Organização Terrorista PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário) ao
Banco Sotto Mayor, na Praça do Carmo, Rio de Janeiro. Desde janeiro de 2003, Capitani, que vive em
Porto Alegre, é reconhecido como segundo tenente da Marinha.
10/11/70 - José Marques do Nascimento - (Civil - SP)
Morto por terroristas em confronto com policiais.
10/11/70 - Garibaldo de Queiroz e José Aleixo Nunes -
(Soldados PM - SP)
Mortos em confronto com terroristas da VPR (Vanguarda
Popular Revolucionária) que faziam uma panfletagem armada na Vila Prudente, São
Paulo.
01/11/71 - Nelson Martinez Ponce - (Cabo PM - SP)
Metralhado por Aylton Adalberto Mortati, durante um atentado
praticado por cinco terroristas do MOLIPO (Movimento de Libertação Popular),
contra um ônibus da Empresa de Transportes Urbano S/A, em Vila Brasilândia, São
Paulo.
10/11/71 - João Campos - (Cabo PM - SP)
Morto na estrada de Pindamonhangaba ao interceptar um carro
que conduzia terroristas armados.
22/11/71 - José do Amaral Villela - (Oficial da Reserva do
Exército - RJ)
Morto pelos terroristas da VAR PALMARES (Vanguarda Armada
Revolucionária Palmares) e do MR8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro),
Sérgio Landulfo Furtado, Norma Sá Ferreira, Nelson Rodrigues Filho, Paulo
Roberto Jabour, Thimothy William Watkin Ross e Paulo Costa Ribeiro Bastos, que
assaltaram um carro-forte da firma TRANSPORT, na Estrada do Portela, em
Madureira. José do Amaral Villela, que trabalhava como guarda, foi morto a
rajadas de metralhadora e ficaram feridos os guardas Sérgio da Silva Taranto,
Emílio Pereira e Adilson Caetano da Silva.
27/11/71 - Eduardo Timóteo Filho - (Soldado PM - RJ)
Morto por terroristas, durante assalto contra as Lojas Caio
Marti.
09/11/72 – Mário
Domingos Panzariello - (Detetive Polícia Civil / RJ)

Por uma
questão de justiça, também lembramos aqui alguns membros de organizações
terroristas que foram "justiçados" por seus companheiros de luta.
Para isso, relato mais um desses "justiçamentos". Trata-se de Carlos
Alberto Maciel Cardoso, da Ação Libertadora Nacional (ALN), “justiçado” em 13
de novembro de 1971, no Rio de Janeiro. Ele e sua companheira Hermelinda de Jesus Melo e Silva foram
presos dia 9 de outubro pela Polícia Federal, por suspeita de participação no
assalto ao Hospital da Ordem Terceira da Penitência. Admitiram algumas coisas,
procurando ganhar a confiança de seus inquisidores. Vislumbrando a
possibilidade de ser solto, Carlos Alberto propôs entregar os militantes da
organização. Solto no dia 10, Carlos Alberto entregou um "ponto
frio", com um dirigente de CR/GB, conseguindo fugir do controle dos
policiais.
Retornando ao seio da organização, narrou a sua astúcia para
conseguir a liberdade. Não convenceu. Foi julgado por um "tribunal
revolucionário", composto pela direção da CR/GB, naquela altura
constituída por Hélcio Pereira Fortes, Flávio Augusto Neves Leão de Sales e
Antonio Carlos Nogueira Cabral e condenado à morte.
No dia 13 de novembro os juízes, transvestidos de carrascos,
tiveram um encontro com Carlos Alberto e informaram-no do seu destino.
Apavorado, Carlos Alberto saiu correndo, sendo perseguido por Flávio Augusto e
Antonio Carlos, disparando suas armas.
Ferido, ainda tentou abrigo no interior de uma casa da Rua
Bernardo, no Encantado, onde seus algozes terminaram o serviço. Hélcio Pereira
Fortes recolheu os companheiros, de carro, após concluída a missão de
"justiçamento".
Os dirigentes da CR/GB não se preocuparam com Carlos
Alberto, apesar dos "relevantes serviços" prestados em levantamentos
que proporcionaram ações de vulto para a organização. Os argumentos de traição
não se confirmaram, pois a organização nada sofreu com a prisão de Carlos
Alberto. Apenas as suspeitas de três elementos, constituídos em "tribunal
revolucionário", foram suficientes para determinar a sua morte ....
Em janeiro de 2005, uma certidão fornecida pela Agência
Brasileira de Inteligência (ABIN), atestou que Carlos Alberto nunca passou
qualquer informação ao CENIMAR (O Globo - 31/01/2005 - página 3). O
"tribunal revolucionário" errou. Carlos Alberto fora
"justiçado" sem ter traído seus companheiros terroristas.
Relação de Vítimas do Terrorismo - Dezembros
15/12/67 – Osíris Motta Marcondes - (Bancário – SP)
Morto quando tentava impedir um assalto terrorista ao Banco
Mercantil, do qual era o gerente.
17/12/69 – Joel Nunes - (Sargento - PM – RJ)
Neste dia o PCBR assaltou o Banco Sotto Maior, na Praça do
Carmo, no subúrbio carioca de Brás de Pina, de onde foram roubados cerca de 80
milhões de cruzeiros. Na fuga, obstados por uma viatura policial, surgiu um
violento tiroteio no qual Avelino Bioen Capitani matou o sargento da PM Joel
Nunes. Na ocasião foi preso o terrorista Paulo Sérgio Granado Paranhos.
18/12/69 – Elias dos Santos - (Soldado do Exército – RJ)
Paulo Sérgio Granado Paranhos, preso no dia anterior, ao ser
interrogado “abriu” um “aparelho” do PCBR localizado na rua Baronesa de
Uruguaiana nº 70, no bairro de Lins de Vasconcelos. Ali,Antonio Prestes de
Paula, ao fugir pelos fundos da casa, matou, à queima-roupa, com um tiro de
pistola .45, o soldado do Exército Elias dos Santos que integrava a equipe que
“estourou” o “aparelho”.
A respeito do soldado Elias, morto em combate no cumprimento
do dever, o Ternuma recebeu um comovente e-mail: “Fico feliz de achar uma
página da Internet a qual faz uma homenagem a uma pessoa que não conheci, mas
com certeza, muito especial. Desde pequena vejo minha avó aos prantos lembrar
de seu filho Elias dos Santos, morto brutalmente por assassinos terroristas.
Não conhecia direito a história, fiquei sabendo agora. Realmente é revoltante
saber que a família de Carlos Lamarca tem direitos que minha avó não teve. Não
tenho palavras, só agradeço Daniele Esteves”.
10/12/70 – Hélio de Carvalho Araújo - (Polícial Federal –
RJ)
No dia 07/12/70 a VPR, Vanguarda Popular Revolucionária,
seqüestrou no Rio de Janeiro, o Embaixador da Suíça no Brasil, Giovani Enrico
Bucher.
Participaram, ativamente, da operação os terroristas Adair Gonçalves
Reis, Gerson Theodoro de Oliveira, Maurício Guilherme da Silveira, Alex Polaris
de Alvarenga, Inês Etienne Romeu, Alfredo Hélio Sirkis, Herbert Eustáquio de
Carvalho e Carlos Lamarca.
Após fecharem e paralisarem o carro que conduzia o
Embaixador, Carlos Lamarca bateu com um revólver Smith-Wesson, cano longo,
calibre .38, no vidro do carro. Abriu a porta traseira e a uma distância de 2
metros atirou, duas vezes, no agente Hélio. Uma das balas seccionou a medula do
policial.
Os terroristas levaram o Embaixador e deixaram o agente
agonizando. Transferido para o Hospital Miguel Couto, faleceu no dia 10/12/70.
Carlos Lamarca desertou do Exército como capitão. Morreu
lutando, não contra a “ditadura” como a esquerda propaga, mas de armas na mão,
tentando implantar no Brasil, uma ditadura no modelo cubano.
Sua vítima fatal, neste seqüestro, foi um Agente da Polícia
Federal, morto em serviço, no cumprimento do dever, dando proteção a um
Embaixador, cuja segurança era uma obrigação do governo brasileiro.
A família do assassino Lamarca recebe a pensão de coronel,
porque ele, se não morresse, poderia chegar a este posto. Além disto, sua
família recebeu uma polpuda indenização, assim como todas as famílias de todos
os subversivos e terroristas mortos, cerca de 300. Os que permaneceram vivos
estão recebendo pensões vitalícias por terem sido “perseguidos politicamente”.
13/12/71 – Hélio Ferreira de Moura - (Guarda de Segurança
– RJ)
Morto, por terroristas, durante assalto contra um carro transportador de valores da Brink’s, na Via Dutra.
A esses heróis omitidos pela CNV o reconhecimento da Democracia e a garantia da nossa permanente vigilância, para que o sacrifício de suas vidas não tenha sido em vão.
Os mortos aqui relacionados não dão nomes a logradouros públicos, nem seus parentes receberam indenizações mas os responsáveis diretos ou indiretos por suas mortes dão nome à escolas, ruas, estradas e suas famílias receberam vultosas indenizações, pagas com o nosso dinheiro.