Por Lício Maciel
A placa de bronze homenageando as vítimas do episódio foi
retirada e desapareceu. Com toda a certeza, foi derretida, sem que surgisse
alguém para protestar.
Naquele registro histórico, estava gravado:
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Corpo do Jornalista Edson Regis |
“HOMENAGEM DA CIDADE DO RECIFE AOS QUE TOMBARAM NESTE
AEROPORTO DOS GUARARAPES, NO DIA 25 DE JULHO DE 1966, VITIMADOS PELA INSENSATEZ
DOS SEUS SEMELHANTES. – ALMIRANTE NELSON
FERNANDES – JORNALISTA EDSON REGIS GLORIFICADOS PELO SACRIFÍCIO, SEUS NOMES
SERÃO SEMPRE LEMBRADOS RECORDANDO AOS PÓSTEROS O VIOLENTO E TRÁGICO ATENTADO
TERRORISTA, PRATICADO À SORRELFA PELOS INIMIGOS DA PÁTRIA.”
Hoje, os terroristas daquela época, arvorando-se em “heróis”
libertários, afirmam que o que fizeram foi uma reação à “violência” do Governo
brasileiro. Intencionalmente, procuram deturpar a História e levar ao
esquecimento as vítimas que causaram em sua sanha fratricida. Passaram-se muitos anos. Mas as bombas do Recife e o atentado de
Guararapes jamais serão esquecidos.
Sebastião Tomaz de Aquino, o “canhão do Arruda”, no hospital e seu filho |
Sebastião Tomaz de Aquino, o “canhão do Arruda”, foi um dos
maiores artilheiros do time do Santa Cruz de Recife, PE. É um dos sobreviventes
do atentado terrorista ocorrido no aeroporto dos Guararapes no dia 25 de julho
de 1966.
Seguindo os procedimentos de praxe, Sebastião pegou uma
maleta preta que achou abandonada no saguão do aeroporto e seguia para o
Departamento de Aviação Civil – DAC, para entregá-la, quando no meio do
caminho, cerca das 08:30h, houve uma grande explosão que ocasionou a morte de
duas pessoas, deixando dezenas de vítimas gravemente feridas, entre elas, uma
criança de 6 anos de idade.
Sebastião foi um dos primeiros socorridos, mas teve a perna
amputada e quase morreu de hemorragia.
Já o secretário do governo de Pernambuco jornalista Edson
Régis de Carvalho e o vice-almirante reformado Nelson Gomes Fernandes não
sobreviveram à explosão.
O alvo do atentado era a comitiva do general Arthur da Costa
e Silva, então Ministro do Exército e candidato à sucessão do general Castello
Branco.
Nas investigações, culpou-se pelo vil atentado dois
militantes fanáticos, o ex-deputado Ricardo Zaratini e o professor Edinaldo
Miranda (UFPE), militantes do Partido Comunista Revolucionário (PCR) e do
Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), respectivamente.
A verdade só apareceria bem mais tarde, no livro “Combate
nas Trevas”, publicado pela primeira vez em 1987, pelo ex-militante do Partido
Comunista Revolucionário Brasileiro, Jacob Gorender, no qual ele revela que o
ato foi cometido por Raimundo Gonçalves de Figueiredo.
Gorender ainda revela que o mentor intelectual foi o padre
Alípio de Freitas, do Ação Popular (AP), na qual militava e onde era um dos
mais ativos, fanático José Serra.
A Ação Popular (AP), organização terrorista, foi criada em
1962, dois anos antes da Contra-Revolução de 1964, em pleno regime democrático
(governo João Goulart), a partir de um congresso em Belo Horizonte, resultado
da atuação dos militantes estudantis da Juventude Universitária Católica (JUC),
buscando inspiração ideológica em Emmanuel Mounier, Teilhard de Chardin,
Jacques Maritain e Padre Lebret. A AP aproximou-se da POLOP e do MR-8. Com base
em seu Programa Básico, a AP propôs ao PCdoB e a outras organizações de
inspiração leninista, a conjugação de esforços para a formação de um forte
partido do proletariado.
Seus fundadores, não tinham, portanto, necessidade de lutar
pela liberdade democrática. Os “estudantes inocentes”, “vítimas das
truculências dos militares” estavam todos orientados pela esquerda da Igreja.
O mês de Julho de 1966 começou com uma série de três bombas
sacudindo Recife. Uma, na sede da União de Estudantes de Pernambuco, ferindo,
com escoriações e queimaduras no rosto e nas mãos, o senhor José Leite, de 72
anos, vítima inocente que passava pelo local. A outra, nos escritórios de uma
repartição americana, causando, apenas, danos materiais, e, a terceira bomba, a
mais potente, no Aeroporto dos Guararapes, que passou a ser o marco balizador
do início da luta contra o terrorismo no Brasil.
Aí, que verdadeiramente, começaram os que eles, os
terroristas, denominam “anos de chumbo”. Ninguém combate terrorista com luvas
de pelica.
Após o atentado dos Guararapes, Zé Serra fugiu para o CHILE,
junto com seu parceiro FHC, e se casou com uma chilena de nome Mônica.
O terrorismo indiscriminado, atingindo pessoas inocentes e,
até, mulheres e crianças, mostrou a frieza e o fanatismo de seus executores.
No livro “Combate nas Trevas” (1987), o ex-militante do
PCBR, Jacob Gorender, revelou que a AP foi a responsável pelo atentado. Aponta
como autor intelectual o ex-padre português Alípio de Freitas, um dos
fundadores das Ligas Camponesas. A autoria da operação, aquele que colocou a
bomba no saguão do aeroporto, foi o militante Raimundo Gonçalves Figueiredo,
que se transferiria depois para a VAR-Palmares (Vanguarda Armada
Revolucionária).
Raimundo Gonçalves de Figueiredo adotaria o nome de José
Francisco Severo Ferreira (“Chico”), e veio a morrer em 27 de abril de 1971, no
Recife, em confronto com policiais. Preso pela polícia, o padre Alípio deixa a
prisão em 1979, com a Anistia, e em 1981 vai para Moçambique, na África. Ainda
nos anos 80, retornou a Portugal. Agora, retornou ao Brasil, tendo sido
recebido como verdadeiro herói.
Um conhecido comunista de carteirinha, o espanhol Luís Mir,
foi processado pela “cumpanheirada” por mentir, acusando um conhecido militante
da esquerda da autoria do atentado do Aeroporto dos Guararapes. A acusação era
falsa, claro, baseada em ouvir dizer e um dos autores do atentado, já falecido,
o Raimundinho, agradeceu do túmulo (o acusado era o Quartin de Morais).
É a modalidade, adotada pelos comunistas, de maltratar a
história da aventura da luta armada. Outra flagrante, verdadeira galhofa,
pueril mentira do Luís Mir foi afirmar que João Amazonas voltou ao Araguaia,
versão montada para livrar a cara de desertor de um covarde, pela palavra de
outro covarde fugidio – o Micheas. Até “comunas” de quatro costados estrilaram
com tanta mentira, tanta desfaçatez.
Após a tragédia do Guararapes, Sebastião Thomaz de Aquino,
entregou-se ao álcool, dependência que conseguiu superar com o apoio da mulher,
Eurídice Cavalcanti de Aquino, 80, funcionária pública aposentada. Hoje, com 82
anos, convive com o Mal de Alzheimer, além das sequelas originadas na tragédia.
Impressionante destacar as” encruzilhadas do destino” de
bandidos no Brasil: todos os terroristas que atuaram na luta armada estão bem
de vida, ricos, em cargos regiamente remunerados, alguns até milionários às
custas do erário desviado para suas conta-correntes particulares no Brasil ou
nos paraísos fiscais. O cabo Anselmo, por exemplo, se tivesse continuado na
subversão, estaria hoje milionário.
“Fugitivo no Chile e militante da AP (Ação Popular), José
Serra, integrava a frente criada para propagar, no exterior, “falsas denúncias”
de assassinato e tortura de presos políticos no Brasil. No esquema de
disseminação de “notícias deturpadas” sobre o país, era um “ativo
pombo-correio” no circuito Chile/Uruguai”, denegrindo o Brasil. Hoje, é
político em São Paulo, tendo sido candidato à presidente da república. José
Serra estava metido na maracutaia do PROER, junto com FHC. Envolvido no
Satiagraha, era quem passava informações privilegiadas ao investidor sem
escrúpulos Naji Nahas. O maior dos escândalos de corrupção envolvendo José
Serra, e que o levou ao banco dos réus, foi sobre o PROER, com rombo nos cofres
públicos de R$ 3 bilhões beneficiando o Banco Econômico, e de R$ 1,7 bilhões
para o Banco Bamerindus ser comprado pelo HSBC.
O processo 2003.34.00.039140-7 corre na Justiça Federal do
DF, e demonstra que José Serra, junto a outros tucanos do governo FHC,
descumpriram as leis e as normas do próprio PROER, ao injetar bilhões do
dinheiro público que foi para o ralo, em instituições que não poderiam receber
socorro, e teriam que ser liquidadas.
Já houve uma decisão da juíza Daniele Maranhão Costa, da 5ª
Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, aceitando que houve dano ao
erário, enriquecimento ilícito e violação aos princípios administrativos no caso.
É a ante-sala para José Serra entrar na lista dos fichas
sujas, caso se confirme uma condenação por juízes, em colegiado.
Sebastião Thomaz de Aquino, para José Serra, é um tremendo
desconhecido.
O terrorista Raimundo Gonçalves de Figueiredo foi morto em
tiroteio com a polícia, em 1971, já como integrante do grupo terrorista
VAR-Palmares. Sua família foi regiamente indenizada e ganha uma polpuda pensão.
Seu nome foi usado para batizar uma rua de Belo Horizonte (MG).
E o “Canhão do Arruda”, o SEBASTIÃO HOJE COMO VIVE ?
Sebastião Tomaz de Aquino, o “canhão do Arruda”, depois da bomba |
Atualmente, com 82 anos, o ex-jogador que foi esquecido até
pelo Santa Cruz, por onde marcou 105 gols, trava uma batalha diária pela
sobrevivência, em sua humilde casa localizada no Conjunto do IPSEP, bairro
pobre e afastado do Recife, recebendo salários como aposentado da Polícia Civil
e da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), onde trabalhou
como auxiliar de portaria após a amputação da perna, porém as despesas com
tratamentos e remédios consomem a maior fatia de um montante inferior a R$ 2
mil.
Ele faz parte da História que a ESQUERDA faz questão de
esconder!!!
MAS NÃO CONSEGUE!
MENTOR DO ATENTADO DÁ AULAS NO BRASIL
Padre Alípio de Freitas |
Hoje, Padre Alípio mora no Brasil, onde dá aulas em escolas
da rede pública, dá palestras e integra associações beneficentes do Fórum
Social Mundial.
Contando seus feitos e os dos “cumpanheiros” na luta
armada, para a criançada entusiasmada,
alimenta o ódio aos “ferozes militares brasileiros”. É um verdadeiro turista,
abastado e respeitado pelos partidos do desgoverno.
A bomba no Guararapes faz parte da história que a ESQUERDA
faz questão de esconder!!!
MAS NÃO CONSEGUE.
Publicado originalmente no Blog do Lício Maciel