terça-feira, 28 de abril de 2015

LULA CALA SOBRE SÍTIO LUXUOSO QUE A OAS REFORMOU A PESO DE OURO PARA A FAMÍLIA SILVA


Ao lado, foto aérea do sítio de Lula. Na montagem, o ex-presidente da OAS conta como pagou tudo em dinheiro vivo

Até o meio da manhã desta segunda-feira, Lula e o seu Instituto Lula, nada falaram sobre a reportagem de capa da revista Veja, que mostra as fotos e as condições de compra e de reforma do luxuosíssimo sítio que o ex-presidente tem em nome de laranjas no município de Atibaia.

O material de Veja está nas memórias do cárcere que são elaboradas pelo ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro. Ele está preso há meio ano em Curitiba, envolvido no escândalo do Lava Jato.

O sítio Santa Bárbara foi visitado pela reportagem de Veja, que usou helicóptero para fotografá-la. São 150 mil m2.  Veja ouviu arquitetos, engenheiros e até operários que reformaram tudo. Eles informaram que chegavam a ganhar duas a três vezes mais, porém com o compromisso de apressar as obras. Foram três turnos por dia. Os pagamentos eram feitos pela OAS em dinheiro vivo.

Os nomes conseguidos por Veja estão com sobrenome.

Lula costuma passar os fins de semana no imóvel, equipado com piscina, churrasqueira, campo de futebol e até lago artificial para Lula pescar.

Em 2010, antes de sair do governo, o ex-presidnte pediu a Leo Pinheiro uma ampla reforma no local.

A propriedade foi adquirida em nome de Fernando Bittar e Jonas Suassuna, este sócio de Fábio Luís da Silva, filho de Lula, que mora num apartamento de R$ 6 milhões que o laranja "possui" numa das áreas mais luxuosas de São Paulo. Fernando e Jonas compraram o sitio em agosto de 2010, quatro meses antes do término do mandato de Lula.

O sítio de Atibaia já era conhecido por amigos íntimos da família do ex-presidente, mas os detalhes da compra e reforma da propriedade foram fornecidos para a revista Veja pelo ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro, que está preso há meio ano em Curitiba.

Leo Pinheiro repete o jogo feito por Ricardo Pessoa, dono da UTC, que também adiantou trechos do que diria para o MPF em delação premiada.

Ambos visam chantagear Lula, o PT e o governo e seus aliados, para que pressionem o ministro Teori Zavascki, STF, visando libertá-los do jugo do severo juiz Sérgio Moro.

As promessas levadas ao cárcere pelos advogados dos réus é de que isto acontecerá.

Estas promessas estão contendo Ricardo Pessoa e Leo Pinheiro, mas ambos já causaram estragos monumentais ao PT, para Lula e para o governo Dilma, que não sabem mais o que fazer, a não ser pressionar Teori Zavascki.

“Buzinaço” pelo impeachment de Dilma faz Michel Temer deixar feira agrícola sem discursar


michel_temer_24Vexame oficial – Um grupo de cerca de 50 manifestantes fez o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), deixar a Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, logo após a cerimônia de abertura, sem fazer discurso ou mesmo conceder entrevista aos jornalistas.

Antes do constrangedor episódio, a organização do evento previa um pronunciamento de Temer, entretanto, no local onde ocorreria o discurso, os manifestantes fizeram um ruidoso “buzinaço” pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff e também do vice-presidente.

Vale ressaltar que a própria cerimônia de abertura da feira foi prejudicada pela manifestação, não sendo possível que nenhuma das autoridades presentes no evento fizesse qualquer tipo de pronunciamento.

Além de Temer, estavam presente os ministros da Agricultura, Kátia Abreu, e de Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) – estes dois últimos foram aplaudidos. Apesar dos protestos, não houve qualquer incidente durante a feira.

Em relação ao exigido pedido de impeachment, faz-se necessário esclarecer que o eventual impedimento de Dilma não se estende a Michel Temer, que nesse acaso assume o Poder Executivo em substituição à presidente da República.

A saída de Temer, em concomitância à da presidente da República, só se dá em duas condições: se o vice também for alvo de pedido de impeachment, com fato determinado devidamente comprovado, cabendo ao Congresso Nacional decidir sobre o tema, ou no caso de cassação do registro da candidatura pelo Tribunal Superior Eleitoral. Do contrário, o vice continua sendo o primeiro na lisa sucessória do chefe da nação.

O pavor de Dilma em relação aos “buzinaços” tornou-se tão grande, que a presidente, por orientação de assessores e do próprio Lula, analisa a possibilidade de não fazer pronunciamento oficial na próxima sexta-feira, 1º de maio, quando se comemora o Dia do Trabalhador.

Para alguém que integra do PT, essa decisão, se confirmada, será uma prova de que a crise de credibilidade da petista é muito maior do que se imaginava. Fosse o Brasil um país que adota o impeachment clássico, Dilma já teria se tornado alvo de um processo de impedimento por não mais gozar da confiança da população. 

(Danielle Cabral Távora com Ucho Haddad)

Decisão do Cade contra Gemini mexe com Dilma por responsabilidade no Consórcio Petrobras/White Martins

 
Na semana em que a "rainha" Dilma Rousseff aguarda que juristas e a oposição peçam seu impeachment (quarta-feira, dia 29), um fato de pouca repercussão midiática causa grande dor da cabeça pessoal à Presidenta. A recente decisão do Cade, que afeta a parceria entre a Petrobras e a White Martins no consórcio Gemini, aceitando uma bronca de Comgás, tem tudo para causar prejuízos judiciais a Dilma - caso o assunto se transforme em mais um pedaço da ação judicial movida por investidores, lesados nos EUA, contra a Petrobras.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) adotou medida preventiva para determinar cautelarmente a cessação de possível tratamento discriminatório no fornecimento de gás pela Petrobras à Gemini (hoje chamada de GasLocal)– sociedade da Petrobras (40%) com a White Martins (60%) cujo objetivo é produzir e comercializar o Gás Natural Liquefeito (GNL). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União de sexta-feira passada (24/04). A White Martins é controlada pela Praxair, dos EUA.

O Cade tomou a decisão de adotar citada medida preventiva atendendo a um pedido da Comgás, que alega estar sendo prejudicada pelo fato de a Petrobras estar subsidiando o Gás Natural para a Gemini. A Gemini, arquitetada em 2003 – época em que Dilma Rousseff acumulava as funções de Ministra de Minas e Energia e Presidente do Conselho de Administração da Petrobras – é velha conhecida dos leitores do Alerta Total, que, entre outras coisas, publicou duas séries de artigos da maior gravidade: “Dossiê Gemini” e “O caso Geminigate”. Deste caso, Dilma sabia de tudo, porque recebeu todos os documentos protocolados, oficialmente, na Petrobras e no Palácio do Planalto.

Conforme consta do Acordo de Quotistas da Gemini firmado em 29 de janeiro de 2004, a Gemini contratou sua sócia-majoritária para a prestação de todos os serviços necessários a liquefazer o Gás Natural recebido da Petrobras e transportá-lo até as instalações dos clientes. Assim, a Petrobras não só se submeteu a ser sócia minoritária como também se limitou a ser coadjuvante no sistema, uma simples fornecedora da matéria prima.

Acontece que, além da possibilidade de a Petrobras estar subsidiando, o Gás Natural para a Gemini, existe também a possibilidade de a Gemini estar subsidiando o GNL para determinados clientes (indústrias grandes consumidoras, para funcionar como clientes-âncora) com o objetivo de inviabilizar a chegada do gás canalizado em certas regiões.

Diante do cenário acima descrito, especialistas no assunto dão uma sugestão profilática: exigir que na Nota Fiscal tirada pela Gemini seja discriminado o valor do frete. A propósito, tal medida já foi imposta pelo Cade à própria White Martins para evitar manipulação de preços do Gás Carbônico, logo que a mesma assumiu os serviços da Liquid Carbonic.

A nota do Cade

Eis a nota divulgada pela Assessoria de Comunicação do Cade:

A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica – Cade adotou medida preventiva no Processo Administrativo 08012.011881/2007-41 para determinar cautelarmente a cessação de possível tratamento discriminatório no fornecimento de gás pela Petrobras ao Consórcio Gemini. A decisão foi publicada Diário Oficial da União desta sexta-feira (24/04).

O Consórcio Gemini é formado pela Petrobras, White Martins Gases Industriais Ltda. e GNL Gemini Comercialização e Logística de Gás Ltda. – GásLocal, e tem como objetivo a liquefação e distribuição de gás natural a granel em estado liquefeito (GNL). No âmbito do consórcio, a Petrobrás fornece gás natural, enquanto a White Martins liquefaz esse gás e a GásLocal realiza a sua comercialização e distribuição.

O pedido de medida preventiva foi formulado pela Comgás. A empresa é uma das distribuidoras de gás canalizado no estado de São Paulo e alegou que não estaria conseguindo expandir sua rede de dutos para municípios paulistas, como os de Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Mococa e Rio das Pedras, porque os grandes clientes dessas localidades já receberiam gás da GásLocal a preços supostamente formados com base em vantagens anticompetitivas ilícitas obtidas pela empresa.

Segundo a Comgás, isso é possível pelo fato da Petrobras fornecer gás natural ao consórcio – e por consequência à GásLocal – a um preço muito mais baixo daquele entregue à Comgás. Segundo a representante, o Consórcio Gemini praticaria uma espécie de subsídio cruzado, pelo qual o fornecimento de insumo à GásLocal, a baixos custos, seria sustentado por meio do fornecimento discriminatório à Comgás e a outras concessionárias.

Além disso, o contrato de fornecimento à Comgás e a outras concessionárias teria uma série de desvantagens em relação ao contrato da GásLocal, tais como remuneração obrigatória mínima (take-or-pay e ship-or-pay), condições de reajuste mais severas e menos previsíveis, diferenças na moeda de precificação, prazo de duração e volume contratado menos flexíveis. Como resultado dessa alegada estratégia discriminatória, a Comgás deixa de ser capaz de investir e fornecer gás canalizado e de menor custo para residências e empresas de municípios ainda não atendidos.

A urgência na adoção da medida preventiva para cessação da alegada prática se dá em razão do atual processo quinquenal de revisão tarifária do gás canalizado no estado de São Paulo, por parte da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo – Arsesp. É neste período que os investimentos e expansões das concessionárias de gás canalizado para os próximos cinco anos devem ser planejados, por determinação regulatória.

O objetivo da medida preventiva é evitar que a potencial discriminação verificada no fornecimento de gás a favor da GásLocal e em detrimento da Comgás impossibilite a inclusão de determinados investimentos pela Comgás no processo de revisão tarifária em andamento. Isso poderia prejudicar milhares de consumidores residenciais, comerciais e industriais no caso da não inclusão de determinados municípios no próximo ciclo de investimentos da Comgás.  
 
Após consultas ao mercado e pareceres preliminares do Departamento de Estudos Econômicos do Cade, a Superintendência considerou plausíveis as alegações de discriminação, de fechamento dos mercados municipais e de urgência decorrente da revisão tarifária iminente. A Arsesp manifestou concordância com o pedido de medida preventiva, após apresentar parecer sobre a denúncia, em que corrobora a tese de discriminação.

Diante das evidências, a Superintendência-Geral deferiu parcialmente o pedido de medida preventiva formulado pela Comgás, pela qual fica determinada, no prazo de 60 dias, a celebração de contrato isonômico de fornecimento de gás natural da Petrobras no âmbito do Consórcio Gemini, nas mesmas condições de contratos de fornecimento firmados com a Comgás e outras concessionárias, bem como medidas de monitoramento. As determinações deverão ser seguidas até a decisão final do Cade no processo.

Cabe recurso da decisão de medida preventiva ao Plenário do Cade, no prazo de cinco dias.

O processo administrativo continuará em trâmite na Superintendência-Geral até a emissão de relatório final, que poderá concluir pela configuração da infração ou pelo arquivamento do caso. Em seguida, o processo será remetido ao Tribunal do Cade para decisão final.

Pressão de Panelaço nela


Sugestão oportuna do nosso leitor Wilton Vieira:

"Se alguém já sugeriu, não vi. Que tal usar o teu poderoso "www.ALERTA TOTAL.net" para sugerir aos leitores, e também aos líderes dos movimentos contra a quadrilha encastelada no poder, para enquanto durar o chamado HORÁRIO POLÍTICO DO PT milhões de panelas
sejam batidas em todo o Brasil??? - 11/05/2015 - 20h 30min".

TRAMONTINA & ROCHEDO vão gostar muito... Melhora o faturamento em tempos de crise e panela vazia...

Dado não é roubado


Unidos contra Cunha

Filho de Lula mora em apartamento de R$ 6 milhões

Por Reinaldo Azevedo


Eduardo Bolsonaro Denuncia plano Nefasto do PT



Dep. Fed. Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) discursa em sessão solene do aniversário de Brasília na Câmara dos Deputados, 17/04/15, relembra governo Agnelo Queiroz (PT-DF) e escancara intenções do PT em:- Cassar ministros do STF que condenaram mensaleiros;- Construir um governo com base na CUT e MST;- CASSAR O DEPUTADO JAIR BOLSONARO.Tudo expresso no Site oficial do PT

ATRAINDO POLÊMICA: MARIA DO ROSÁRIO

Por Leonardo Faccioni
 
Zero Hora, o principal jornal do sul do país, indagou em reportagem dominical o porquê de a deputada gaúcha Maria do Rosário Nunes (PT), notória flor de candura, “atrair tantas polêmicas” nas redes sociais. Diversas entrevistas rechearam a matéria, todas à guisa de canonizar seu objeto, com tintas dignas de mocinha de romance romântico.

Tais genuflexões à esquerda, vez ou outra mais chamativas — como no caso — e, de outro modo, quotidianas, sempre cativaram minha atenção. Fazem-no, primeiramente, pela linguagem. A parcialidade entrega-se logo de cara. Vale anotar que não vejo mal algum na parcialidade em si — a bem dizer, jornalismo imparcial é expressão beirante ao oximoro. Tanto assim que, nas grandes capitais do mundo democrático, jornais impressos de linha editorial “conservadora” e “progressista” rotineiramente se confrontam pela preferência do público, sem esconder a distinção de valores entre um e outro. No Brasil, o “monopólio de fato” (ou, em São Paulo, o “cartel”, digamos assim) contribuiu à hegemonia petistóide sobre a imprensa. Mas deixemos a digressão para depois.

Quando essa espécie de mídia obriga-se a apresentar uma personalidade liberal ou conservadora que, à revelia sua (da mídia), fez-se notória entre o público, o primeiro adjetivo que lhe aplicam vem embalado na seguinte fórmula: “Fulano de Tal é polêmico”, ou “sustenta opiniões polêmicas”, de modo que a polêmica lhe é intrínseca. Serve como alerta ao público para manter distância do problema. Rosário, todavia, “atrai polêmicas”. Eis um convite para que alguém a defenda: a coitadinha não o escolheu, é uma vítima das circunstâncias. Como o sujeito que andava pela rua e, “pimba!”, atrai um raio em dia ensolarado. “Polêmicos são os outros, os que a perseguem, não ela”. A linguagem, dizíamos, os revela.

Se a embalagem é reveladora, o conteúdo mistifica. Não façamos como eles, pois. Sejamos sintéticos. Por que será que Maria do Rosário, vá lá, “atrai polêmicas”? Conheço tipos como Rosário desde que me entendo por gente (sim, acompanho política e atento aos petistas desde então). Sempre disseram aquilo que bem entenderam, sob a simpatia de todos os tradicionais “formadores de opinião”, passando-se por pontífices incontestáveis inclusive nas maiores barbaridades. Detinham o monopólio da agressão, da afronta, do achaque, do ataque, mesmo da ofensa — e o exerciam com gosto. “Polemizavam” em monólogos furiosos contra tudo e todos — e nada, nem ninguém, atrevia-se a “polemizar” com eles. Rosário já estava lá.

Foi a dinamização das redes sociais a possibilitar que o brasileiro médio respondesse às Rosários de muitos nomes, e a ação educadora de personalidades como Olavo de Carvalho (com bibliografia e cultura fartas, outrora inacessíveis em Terra Brasilis, país até então submetido a verdadeiro bloqueio editorial) a lhe permitir discernir as raízes profundas de comportamentos verdadeiramente alucinados como os da parlamentar, que veementemente [so]nega a realidade em favor da ideologia — algo que, de outro modo, chocava a população ao ponto de torná-la atônita, balbuciante apenas, e que hoje, e somente hoje, as pessoas comuns descobrem palavras aptas a verbalizar.

Rosário “atrai polêmicas” porque, na companhia de seus partidários, dedicou a vida a procedimentos calculados com o estrito fito de destruir a sociedade e assaltar o patrimônio moral de cada cidadão. Não se trata, aqui, de um libelo contra sua pessoa: é precisamente essa a estratégia preconizada por Marcuse, autor caríssimo à “new left” e, pois, ao partido governante. Seus passos envolvem o fomento ao crime, a promoção intransigente e sistemática de elementos disruptores da paz social, a despersonalização do criminoso — especialmente o mais violento —, que deixa de ser indivíduo responsável por seus atos para se converter em “vítima do sistema”. Um sistema, pois, que se há de sabotar.

Rosário e o PT desejam ardentemente o caos e a falência da legalidade, crentes de, com seu advento, poderem reconstruir, sobre a ruína da “sociedade burguesa”, sua própria e particular utopia. Assim está escrito, não por seus críticos, senão por seus inspiradores — e é ela própria, e bem assim os documentos internos de partidos como o seu, a reconhecerem-no.

Rosário “atrai polêmicas” porque aqueles a quem ela tenciona destruir, vejam só!, após cinquenta anos encontraram, pela primeira vez, armas — retóricas — com as quais se defender. E defendem-se como podem: ela os bombardeia com os canhões dos jornalões; o orçamento de quarenta ministérios; projetos de lei no parlamento; ativismo judicial o mais fraterno; o apoio de toda a base alugada; a cumplicidade da academia sitiada, onde o debate há muito morreu. Os brasileiros respondem com as pistolinhas d'água de comentários em redes sociais. E, ainda assim, a valente parlamentar, com suas “décadas de luta”, corre em afetação histérica a cada gotinha de H2O que respinga em suas madeixas guerreiras.

Ao contrário do que infere o jornal, o público pensante não responde a Rosário, nem a satiriza, por uma “compreensão insuficiente de sua luta por direitos humanos”. Enquanto não a compreendiam, estavam calados. Compreendem-na agora, e otimamente. Por isso resistem.

Muitos dos novos debatedores são leitores inveterados, autodidatas, conhecedores do “status quaestionis” a nível internacional e confiantes na busca da verdade — julgada existente e cognoscível. Foram estes a primeiro diagnosticarem, na parlamentar e alhures, a ilogicidade deliberada do discurso que, em nome dos “direitos” [deturpados], mina cada fundamento da sociedade que os tornou possíveis [onde legítimos]. Matérias como a de ZH são autorreferenciais precisamente por isso: caso franqueassem espaço equânime a quem realmente polemiza com Maria do Rosário, todo o argumento vitimista sairia fragilizado, mocinhos e vilões embaralhados, e o público, apto a formar, por si, sua opinião a respeito. Um disparate. Não foi para isso que, de partida, encomendou-se a reportagem.


Publicado no site de Percival Puggina