Por Jornal da Gazeta
quinta-feira, 10 de março de 2016
“O Oportunismo de Lula”
Quem gastar alguns minutos lendo os termos da delação
premiada do senador Delcídio verá que praticamente todos os itens do documento
– Pasadena, Bumlai, Cerveró, Sítio de Atibaia – só para citar alguns, de há
muito são do conhecimento geral. A maioria foi manchete de jornais ou capa das
principais revistas por mais de uma vez. A novidade é que os fatos são agora
ratificados na íntegra e com detalhes pela terceira pessoa em importância do
governo petista, nada mais nada menos do que seu líder no Senado. Todos, de uma
ou outra forma, envolvem o ex-presidente Lula, no exercício ou não do seu
mandato.
Nos seus seguidos encontros com a presidente, certamente,
Lula deve gastar bom tempo para alertá-la sobre o risco de que parte
considerável dos integrantes do seu governo terminem nas barras dos tribunais,
ela incluída.
Lula está desesperado e, como é do seu estilo, valeu-se do
chamamento da Lei, por meio de “condução coercitiva, ” de resto aplicada a
todos os demais investigados. Qualquer que fosse a forma de convocação do Juiz
Sergio Moro, ela seria usada por ele para armar o ridículo espetáculo que se
seguiu ao seu depoimento.
E é sobre isso em especial que desejo manifestar nossa
preocupação. Lula, uma vez mais, claramente, incitou à violência fazendo-se de
vítima. “Nós e eles”, “pobres e ricos”, “elite e explorados” e, mais grave, a
convocação do que ele em outra ocasião chamou de “exército do Stedile”. Deveria
ser chamado à responsabilidade por isso. Mais ainda porque não desconhece o
ambiente explosivo que reina no país, fruto do desastre que os treze anos de
experiência petista provocaram. Uma pena que no noticiário sobre o assunto,
parte da mídia embarcasse na imagem de perseguido que Lula tentou passar e,
acreditem, definisse seu “pronunciamento” como o de um “grande orador”.
Incorrigíveis oportunistas como sempre.
Utilizar as Forças Armadas para combater mosquitos, socorrer
populações atingidas por tragédias ambientais, organizar jogos esportivos e
tantas outras ações estranhas à sua real destinação, muitas vezes abusivamente
porque substitui órgãos instituídos, exatamente, para cuidar de tais tarefas, é
uma coisa, mas empregá-las para garantir ou restabelecer a ordem pública depois
do caos instalado é coisa muito diferente. Isso se faz com armas nas mãos, e
armas de guerra. Já vimos, participamos e esperamos que não mais se repita no
nosso País.
Por isso, é essencial que todas as atenções estejam voltadas
para os próximos e temerários passos do ex-presidente, mas sem que se admita
possam seus impensados atos constranger a Justiça no propósito de investigar
cada um dos eventuais delitos por ele praticados. Afinal, a Lei é para todos.
Berzoini compara Lula a Pelé e vê como positiva eventual ida do lobista para um ministério
Por UCHO.Info
O Palácio do
Planalto, que sangra sobre a cimitarra da múltipla crise, prepara com muito
cuidado um duro e covarde golpe contra a sociedade e o Estado Democrático de
Direito. A ideia absurda que é embalada pelos palacianos é transformar Luiz
Inácio da Silva, o lobista-palestrante, em ministro de Estado para que o mesmo
livre-se, por enquanto, da crescente possibilidade de ser preso na Operação
Lava-Jato.
Lula, a jararaca de
pelúcia, é covarde conhecido, o que explica a armação palaciana, mas sua
empáfia não permite submissão a quem quer que seja na estrutura do mais
corrupto governo da história nacional. Que Lula é o dono de fato do governo
ninguém duvida, mas fazê-lo ministro seria, antes de tudo, interferir de
maneira escandalosa nas investigações sobre o Petrolão, ao mesmo tempo em que
comprovaria o colapso do mandato de Dilma Rousseff.
Não obstante, a
subserviência de muitos integrantes do governo a Lula chega a ser nauseante.
Ministro da Secretaria de Governo e um dos responsáveis pela débâcle da Bancoop
– a cooperativa ligada ao apartamento triplex creditado a Lula –, Ricardo Berzoini admitiu,
nesta quarta-feira (9), a importância para o governo de fazer de Lula um
ministro de Estado.
Questionado se essa
manobra não provocaria desgaste adicional a um governo que desmancha à sombra
de uma crise múltipla, Berzoini, recorrendo às metáforas futebolísticas, comparou
Lula a Pelé. “Qual time que não gostaria de colocar o Pelé em campo?”,
respondeu o ministro em tom de indagação.
Em conversa com
jornalistas no Palácio do Planalto, Berzoini não se avexou ao reconhecer que o
governo de Dilma Rousseff tem dono. “A bola sempre esteve com ele”, disse o
ministro, em referência não convincente de que a decisão de tornar-se ministro
depende do próprio Lula.
A declaração do
petista Ricardo Berzoini, que na noite de terça-feira participou de jantar
Palácio da Alvorada em foi discutida a aterrissagem de Lula em algum
ministério, é uma clara mostra de que existe pressão para que o lobista-palestrante
renda-se à proposta indecorosa e assuma um ministério, apesar da resistência de
Dilma e do próprio Lula.
Nas entranhas do
poder, em Brasília, fala-se que Lula poderia assumir o Ministério das Relações
Exteriores, como se os escândalos investigados na Operação Lava-Jato não
representassem empecilho para que o petista representasse o Brasil ao redor do
planeta. Fora isso, Lula ficaria quase que impedido de viajar a Portugal, onde
avançam as investigações sobre as reticências do Petrolão.
Como noticiou o UCHO.INFO em
matéria anterior, a aceitação por parte de Lula seria uma inequívoca admissão
de culpa, algo que está a um passo de ser provado pela força-tarefa da
Lava-Jato, que por enquanto não mandou o petista à prisão.
No caso de Lula
tornar-se ministro de Estado, a autorização para a sua prisão seria de
responsabilidade do Supremo Tribunal Federal (STF), onde a maioria dos
ministros foi indicada pelo ex-presidente. Ou seja, o governo despejaria sobre
a nação uma pizza enorme e mal cheirosa.
Como problema
acessório, Dilma teria de admitir o fim do seu governo, pois é inimaginável que
na hierarquia do poder a criatura começasse a mandar no criador.
Lula, o inimigo do Brasil !!!

Reitero, e agora com
muito mais razão, o meu o receio de aproximar-me e de simpatizar com o cidadão Lula da Silva. Estou convencido
de que se trata de uma pessoa cativante, muito falante, sem cultura, mas detentor
de uma memória privilegiada. Ainda fico a imaginar seu repertório de piadas do
papagaio, do Juquinha, do Joãozinho, de português (refiro-me ao personagem, não
ao idioma) e tantos outros temas do farto folclore brasileiro, neste tema de
botequim.
A julgar pelo que
sei hoje, foge à minha capacidade imaginar o quanto deve ser divertido
compartilhar o ambiente de um bar na companhia de Lula da Silva, saboreando
petiscos, degustando uma cerveja gelada e ouvindo, através de sua singular
dicção, uma seleção do seu inesgotável repertório de casos e mentiras.
Acrescento aos meus
temores, agora, depois de assistir suas indignadas queixas da ação dos agentes
da Polícia Federal que o tiraram mais cedo da cama nesta gloriosa manhã de 4 de
março, o terror/pânico de ser enfeitiçado pelo mesmo sentimento de doação que
os sócios dos seus filhos e os dirigentes das grandes empreiteiras brasileiras
passaram a sentir depois de terem, inadvertida e inocentemente, se aproximado
do Sr Lula da Silva, o que, só agora entendo, justifica o seu título de “Guru
de Garanhuns”.
Não tenho sítios,
tríplex, jatinhos ou dinheiro de sobra para doar ao Lula apenas para ser
embevecido por sua voz a dizer qualquer besteira justificada como palestra.
Talvez sejam piadas sobre os idiotas que conseguiu cativar e engambelar!
Se me tivesse
tornado uma de suas vítimas ficaria na miséria, porque Lula, como uma Madre
Tereza de Calcutá ao avesso, nada tem, vive da “caridade compulsiva” dos amigos
que conquistou ao longo de sua vida de grevista, sindicalista, político,
picareta e corrupto!
Lula é, na verdade,
um odioso mercador de ilusões que, de uma forma ou de outra, inclui no negócio
a alma e a consciência daqueles cujo apoio necessita para a consecução de seus
planos de poder e riqueza. Aos canalhas oferece conluio e posição, aos
ignorantes e miseráveis oferece esmolas e sanduiches de mortadela.
Seu plano diabólico
de vida incluiu, desavergonhadamente, a mentira, a enganação e o enriquecimento
ilícito à custa da ignorância e do erário. Combinou com os partidos corruPTos
que o apoiam que bastaria colocá-lo no poder, para que lá, sentado sobre o
cofre e com os meios de confisco à disposição, arrumasse a vida de todos.
Bastaram algumas
polpudas mesadas a políticos e jornalistas, a oferta de negócios superfaturados
a empresários corruptos – em troca de propinas, “pixulecos” e acarajés – e o
aceno de vida mansa, mas sem perspectiva, aos miseráveis possuidores de título
eleitoral – vítimas permanentes e tradicionais dos canalhas como ele – para permanecer
por 13 anos no poder.
A inteligência
maquiavélica de Lula e a aparente indignação (como se tivesse alguma dignidade)
dos seus últimos discursos visam apenas a manter o que lhe resta da ignorante
militância enraivecida, embevecida e apiedada da triste sina que lhe reservam a
descoberta da verdade e a determinação dos, estes sim, dignos, honestos e
competentes Juiz Sérgio Moro e sua equipe de Procuradores e Policiais Federais.
Por estas e outras
razões considero Lula o inimigo do Brasil, quero distância dele e não me
permito compartilhar com ele sequer uma mesa de bar, quanto mais conformar-me
com a ideia de vê-lo, ainda, em liberdade!
XEQUE !
O rei é o alvo do jogo. O jogador executa seus
lances visando sempre a defender seu rei e a conquistar o rei adversário.
A poderosa rainha é
outra peça vital. Embora perdê-la não acarrete a derrota, é uma peça tão
poderosa que sua falta enfraquece decisivamente quem a perdeu.
No conturbado
cenário do jogo de xadrez político, econômico, jurídico e social em que se
debate o Brasil, as brancas começaram a partida convencidas de sua
invulnerabilidade. Talvez tenham, mesmo, menosprezado as pretas.
Após movimentos
lentos e jogadas de ensaio, as pretas aceleraram, avançando seus peões e
conseguindo posição vantajosa, com o emprego de Delcídio, Bumlai e Santana
(bispos, cavalos, torres), após o ataque dos peões.
Assim, penetraram
com vigor no dispositivo das brancas, que acusaram o golpe. Trataram de montar
uma segunda linha de defesa de seu rei, com os últimos peões que lhes restam e
arriscando mesmo cavalos e bispos em funções meramente defensivas.
Em desespero de
causa, tentaram virar o jogo trocando o Ministro da Justiça por outra peça que
defenderia o rei e a rainha com mais eficiência, acreditavam.
Antes de tal
movimento surtir efeito, as pretas surpreenderam lançando um cavalo no meio da
defesa branca, saltando por cima da linha defensiva, o que é um movimento lícito
para cavalos.
Lula foi levado a
depor, coercitivamente, na Polícia Federal. Sob ataque direto, o rei está em
xeque.
Não se trata, ainda
de um xeque-mate, mas indica claramente a situação vulnerável das brancas.
Muitas vezes, após o primeiro xeque, os ataques se sucedem, cada vez mais
fortes, até levarem à desistência ou ao xeque-mate.
Quanto tempo de jogo
ainda resta para as brancas? Prosseguirão o jogo ou desistirão?
Em minha modesta
opinião, nunca desistirão. Lançarão mão até mesmo de recursos extratabuleiro,
mobilizando a parte da torcida comprada que ainda lhe é fiel e provocando
desordens, tumultos e enfrentamentos com grau variável de violência, tudo em
nome da manutenção do poder em suas mãos, a qualquer preço.
Não tenham, porém,
ilusões. O jogo está jogado e se aproxima do fim.
A Educação Marxista - A praxis contra a Verdade

A conseqüência
imediata dessa tese no ensino é a de que, para o marxismo, “educar não é pôr em
contato com a verdade e sim com a prática”. Mao-Tsetung afirmou que uma das
características do materialismo dialético “é o seu caráter prático; sublinha a
dependência da teoria à prática; que a prática é a base da teoria; que o
critério da verdade nada mais é que a prática social”.
A educação e o
ensino, para o marxismo, devem realizar, na prática, a vinculação do homem ao
sentido da História. “A educação é necessária e seu significado e sua tarefa
consistem em provocar a máxima aceleração no processo histórico e fazer
possível a transformação da consciência dos homens”.
Para o marxismo, a
única forma possível de educar consiste em lograr que consciente e livremente –
falamos de liberdade marxista – o educando se realize, por contradições
sucessivas na natureza e na história; “a educação marxista deve ser
interpretada como acomodação...a educação é uma atividade acomodadora à
situação revolucionária...educar é socializar”.
O professor
desempenha papel importante e “é fundamental que o ensino esteja em mãos de
professores ideologicamente doutrinados e capacitados para acender a chispa da
consciência comunista em seus alunos e, ademais de uma formação adequada, deve
ter, acima de tudo, uma consciência política. A Escola e o Ensino devem estar
permanentemente controlados para evitar a infiltração de resíduos e concepções
burguesas”
É esse o objetivo da
educação marxista: formar consciências comunistas.
E isso, como é
obtido?
O procedimento varia
segundo as circunstâncias. Não é o mesmo quando o marxista esteja no Poder, ou
quando ainda não tenha conseguido a tomada do Poder. Quando domina a sociedade
todos sabem como opera e, no outro caso?
Em primeiro lugar
devemos ter em mente que o marxismo não trata de melhorar nada, e sim fazer uma
transformação total, face ao seu próprio caráter dialético. A crítica do
marxismo a toda a injustiça real ou a toda situação que se apresente como
injusta, ou que se faça passar como tal, não tem por finalidade restabelecer a
justiça ou melhorar as coisas em seu melhor e mais amplo sentido, e sim inserir
o homem na dialética, lograr que os homens aceitem sua vinculação ao processo
dialético, que é aquilo que, para o marxismo, constitui o progresso.
O marxismo não se
preocupa com o proletariado porque ele esteja oprimido ou porque seja débil, e
sim na medida em que é uma força, e quanto mais proletários existirem maior
será sua força como classe revolucionária e mais próximo possível estará o
socialismo.
O objetivo confesso
dos marxistas é a tomada do Poder pela classe trabalhadora. Isso, todavia, não
significa que nada se possa fazer antes que o Poder passe às mãos dessa classe.
A luta pela melhoria da educação tem uma importância fundamental, pois sem a
dedicação a essa luta não podem tomar forma e desenvolver-se nem os meios para
tornar possível a ofensiva final, nem a ideologia que sustenta essa luta.
Daí a importância e
o perigo do marxismo nos centros escolares da sociedade em que este ainda não
tenha assumido o Poder. Perigo mais latente e real hoje, quando a doutrina
comunista pretende chegar ao final da história – comunismo – por meio da
conquista da sociedade civil, o que tornaria possível a subseqüente conquista
do Estado. Ou seja, a conquista da sociedade civil como prelúdio da conquista
da sociedade política, pois, conforme a terminologia de Gramsci, “antes de
tomar o Poder é preciso conquistar a cultura”.
Exemplo clássico de
derrota do marxismo, por não possuir a hegemonia na sociedade civil, foi a
sofrida por Salvador Allende, no Chile, em 1973.
Antonio Gramsci,
ideólogo marxista italiano, falecido na década de 30, e seus seguidores
eurocomunistas, descartam, por esse motivo, a violência revolucionária – que,
no entanto, admitem, em último extremo – e dão mais importância à educação
levada a cabo pelos intelectuais, considerando-a o principal fator
revolucionário. Desse modo pretende-se evitar que a forte personalidade da
sociedade civil nos países ocidentais se rebele contra o governo
revolucionário, levando-o ao fracasso, como ocorreu com Allende.
É impossível que uma
luta política possa culminar em verdadeiros resultados se não vier acompanhada
de ma revolução, de uma reforma intelectual e moral, se não se modifica a
mentalidade das pessoas e, por conseguinte, a superestrutura da sociedade. Por
isso, o problema da revolução é, também, um problema de educação.
Daí a importância da
Escola – na qual a política, a cultura e a pedagogia estão indissoluvelmente
unidas – que poderá vir a cumprir, com relação aos jovens, o mesmo fim que um
partido político.
Por tudo isso –
ainda, segundo Gramsci, a difusão, desde um centro hegemônico – a Escola – de
um modo de pensar homogêneo, é a principal condição para a elaboração de uma
consciência coletiva.
Direção, organização
da cultura, centro hegemônico, modo de pensar homogêneo, consciência coletiva,
escola unitária, tudo isso é destinado a impor que se assimile a filosofia da
práxis. Isto é, o marxismo, pela chamada sociedade civil.
No fundo, no
entanto, nada mudou. Trata-se da instrumentalização da cultura e do ensino para
atingir o objetivo visado pelo marxismo: a submissão do homem, mediante a
submissão da inteligência.
Volodia Teitelboim,
que foi membro da Comissão Política do Partido Comunista Chileno durante o
governo Allende, referiu-se ao tema abordado neste artigo na Revista
Internacional número 1/1982: “Quem controlar a cultura e sua base
imprescindível, a educação, poderá não só definir retrospectivamente o
acontecido como também controlar o futuro”.
___________________
Carlos I. S.
Azambuja é Historiador.
MP de São Paulo denuncia Lula por lavagem de dinheiro
Ex-presidente Lula, na sede do Partido dos
Trabalhadores (Stringer/AFP) |
Petista é acusado
ainda de falsidade ideológica em processo que investiga propriedade de tríplex
do Guarujá. Marisa Letícia e Lulinha também foram denunciados
O Ministério Público
de São Paulo denunciou nesta quarta-feira o ex-presidente Lula pelos crimes de
lavagem de dinheiro, na modalidade de ocultação de patrimônio, e falsidade
ideológica. A denúncia foi apresentada nesta tarde pelo promotor Cássio
Conserino, que comanda as investigações contra o petista. Outras quinze
pessoas, incluindo a ex-primeira-dama Marisa Letícia e Fábio Luís Lula da
Silva, o Lulinha, um dos filhos do casal, também foram acusadas. Segundo o MP,
Lula é o verdadeiro dono do tríplex no Guarujá (SP), reformado pela construtora
OAS. Em
entrevista a VEJA em janeiro deste ano, Conserino já havia
informado que havia indícios suficientes para apresentar denúncia contra o
ex-presidente.
Lula recusou-se por
duas vezes a depor na investigação. Nas últimas semanas, a defesa de Lula
encaminhou informações por escrito ao promotor de São Paulo e conseguiu um habeas
corpus no Tribunal de Justiça do Estado, depois de recorrer também
ao Conselho Nacional do Ministério Público e ao Supremo Tribunal Federal contra
o promotor.
A denúncia contra o
ex-presidente decorre da investigação de fraudes em negócios realizados pela
Bancoop, cooperativa habitacional de bancários que deu calote em seus
associados enquanto desviava recursos para os cofres do PT. A Bancoop quebrou
em 2006 e deixou quase 3 000 famílias sem seus imóveis, enquanto viam, inermes,
petistas estrelados receber seus apartamentos. Em abril do ano passado, VEJA
revelou que, depois de um pedido feito por Lula ao então presidente da OAS, Léo
Pinheiro, seu amigo do peito condenado a dezesseis anos de prisão no petrolão,
a empreiteira assumiu a construção de vários prédios da cooperativa. O favor
garantiu a conclusão das obras nos apartamentos de João Vaccari Neto, aquele
mesmo que, até ser preso pela Operação Lava-Jato, comandou a própria Bancoop e
a tesouraria do PT. A OAS assumiu também a reforma do tríplex de 297 metros
quadrados no Edifício Solaris, de frente para o mar do Guarujá, pertencente ao
ex-presidente Lula e a sua esposa, Marisa Letícia.
A OAS desempenhou
ainda o papel de "laranja" de Lula, passando-se por dona do tríplex.
A manobra foi cuidadosamente apurada pelos promotores do Ministério Público de
São Paulo, que trabalham a apenas quinze minutos de carro da sede do Instituto
Lula. Durante seis meses, eles se dedicaram a esquadrinhar a relação entre a
OAS e o patrimônio imobiliário dos chefes petistas. Concluíram que o tríplex no
Guarujá é a evidência material mais visível da rentável parceria de Lula com os
empresários corruptores que hoje respondem por seus crimes diante do juiz
Sergio Moro, que preside a Operação Lava Jato. Os promotores ouviram
testemunhas e obtiveram recibos e contratos que colocam o ex-presidente na
posição de ter de explicar na Justiça as razões pelas quais tentou de todas as
maneiras negar ser o dono do tríplex. Para os promotores, as negaças de Lula
configuram o crime de lavagem de dinheiro.
Em fevereiro, VEJA
revelou novos diálogos que mostram Lula e Marisa Letícia tratados
como "o chefe e a madame" pela cúpula da empreiteira OAS, que assumiu
a obra da cooperativa Bancoop, ligada ao PT, e reformou a cobertura para o
ex-presidente na praia das Astúrias.
A defesa do
ex-presidente emitiu nota sobre a denúncia:
A denúncia do
Ministério Público de São Paulo contra o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da
Silva foi antecipada no dia 22 de janeiro à revista Veja pelo promotor de
Justiça Cássio Roberto Conserino, antes, portanto, da conclusão do procedimento
investigatório. Hoje, Conserino apenas formalizou o resultado, deixando claro
que a apuração não foi isenta, decorrendo tão somente da parcialidade e da
intenção deliberada de macular a imagem de Lula, imputando crime a pessoa que o
promotor sabe ser inocente.
Conserino
transformou duas visitas a um apartamento no
Guarujá em ocultação de patrimônio. A família do ex-Presidente Lula nunca escondeu
que detinha uma cota-parte de um empreendimento da Bancoop, tendo solicitado o
resgate desta cota no final de 2015.
O promotor
responde a sindicância disciplinar no MP-SP, que é acompanhada pelo CNMP,
justamente por ter antecipado o resultado antes de ter chegado ao fim das
investigações.
A conduta de
promotor apenas confirma que o MP-SP e o MPF estão investigando os mesmos
fatos, apontando a necessidade de o STF decidir sobre qual órgão do MP tem
competência para tratar do assunto.
Se transformar Lula em ministro, Dilma precisará marcar a data do velório do seu governo
Por UCHO.Info
Há alguns anos a
presidente Dilma Rousseff insiste em incorporar aos seus
desconexos discursos o tema do combate à corrupção, como se o seu governo fosse
um exemplo de caçador de delinquentes que surrupiam o dinheiro público. O PT,
partido da presidente e que já foi acertadamente comparado a uma organização
criminosa, está a mandar pelos ares a bazófia discursiva da “companheira”
Dilma.
A primeira
estratégia da camarilha petista é emplacar Luiz Inácio da Silva, a
jararaca de pelúcia, em algum ministério, para que o responsável pelo período
mais corrupto da história brasileira se agarre ao foro privilegiado e mantenha
distância de eventual pedido de prisão, que pode ser expedido a qualquer
momento pela Operação Lava-Jato, que já tem razões e provas suficientes para
mandar o ex-metalúrgico para a cadeia.
Se isso acontecer,
como já explicou o UCHO.INFO em matérias anteriores, Dilma
demonstrará sua disposição de interferir nas investigações da Lava-Jato, não
sem antes marcar a data do velório do seu próprio governo, que agoniza na vala
putrefata da corrupção.
No caso de bancar
essa manobra ousada e criminosa, que serve apenas para tentar salvar o PT e a
trajetória bandoleira de Lula, a presidente da República não terá outra saída,
que não a renúncia. A crise econômica se agrava com o passar dos dias, ao mesmo
tempo em que o mercado financeiro reage positivamente a cada sinal de piora do
calvário do governo. Em outras palavras, Dilma, Lula e o PT são os problemas.
O outro drible que
começou a ser ensaiado pelos petistas é a indicação de um nome de confiança do
partido para o Ministério da Justiça, caso o atual titular da pasta decida
permanecer como membro do Ministério Público baiano. Na tarde desta
quarta-feira (9), o Supremo Tribunal Federal decidiu, por dez votos a favor e
um contra, pela anulação da nomeação de Wellington César Lima e Silva, que deve
se desvincular totalmente do MP da Bahia para continuar ministro. Do contrário,
terá de comprar uma passagem para Salvador.
A decisão foi tomada
em caráter amplo, o que obriga outros integrantes do MP que ocupam cargos no
Executivo a se enquadrarem no que determina a Constituição Federal no artigo
129, inciso IX.
O nome que vem sendo
incensado pelos petistas é do deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), um dos
obtusos que adulam continuamente Lula, como se o ex-metalúrgico fosse uma
espécie de divindade. Se nos planos superiores há algum deus da corrupção, por
certo Lula é seu parente.
Paulo Teixeira foi
responsável pela representação junto ao Conselho Nacional do Ministério Público
que suspendeu o depoimento de Lula ao promotor Cássio Conserino, do MP de São
Paulo, que investiga os escândalos da Bancoop e do apartamento triplex,
em Guarujá, que o petista nega ser dono. Nesta quarta-feira, Conserino
denunciou Lula e Marisa Letícia à Justiça por lavagem de dinheiro e falsidade
ideológica.
A ideia dos petistas
é emplacar Paulo Teixeira no Ministério da Justiça para que o “companheiro”
passe a controlar as ações da Polícia Federal, instituição subordinada à pasta
e que há muito luta pela independência. O tiro pode sair pela culatra, pois a
PF é, além de polícia de Estado, é polícia Judiciária. Ou seja, tem o dever de
cumprir as determinações da Justiça, ao mesmo tempo em que nas investigações
atua em parceria com o Ministério Público.
Não é difícil
imaginar o que pode acontecer no País se a Justiça Federal der uma ordem à PF,
enquanto o ministro impede a ação dos policiais. O Brasil vive um crise institucional
sem precedentes, cenário que piora muito com a avalanche de corrupção
protagonizada pelos “companheiros” e seus apaniguados e aliados.
Assinar:
Postagens (Atom)