Por UCHO.Info
O Palácio do
Planalto, que sangra sobre a cimitarra da múltipla crise, prepara com muito
cuidado um duro e covarde golpe contra a sociedade e o Estado Democrático de
Direito. A ideia absurda que é embalada pelos palacianos é transformar Luiz
Inácio da Silva, o lobista-palestrante, em ministro de Estado para que o mesmo
livre-se, por enquanto, da crescente possibilidade de ser preso na Operação
Lava-Jato.
Lula, a jararaca de
pelúcia, é covarde conhecido, o que explica a armação palaciana, mas sua
empáfia não permite submissão a quem quer que seja na estrutura do mais
corrupto governo da história nacional. Que Lula é o dono de fato do governo
ninguém duvida, mas fazê-lo ministro seria, antes de tudo, interferir de
maneira escandalosa nas investigações sobre o Petrolão, ao mesmo tempo em que
comprovaria o colapso do mandato de Dilma Rousseff.
Não obstante, a
subserviência de muitos integrantes do governo a Lula chega a ser nauseante.
Ministro da Secretaria de Governo e um dos responsáveis pela débâcle da Bancoop
– a cooperativa ligada ao apartamento triplex creditado a Lula –, Ricardo Berzoini admitiu,
nesta quarta-feira (9), a importância para o governo de fazer de Lula um
ministro de Estado.
Questionado se essa
manobra não provocaria desgaste adicional a um governo que desmancha à sombra
de uma crise múltipla, Berzoini, recorrendo às metáforas futebolísticas, comparou
Lula a Pelé. “Qual time que não gostaria de colocar o Pelé em campo?”,
respondeu o ministro em tom de indagação.
Em conversa com
jornalistas no Palácio do Planalto, Berzoini não se avexou ao reconhecer que o
governo de Dilma Rousseff tem dono. “A bola sempre esteve com ele”, disse o
ministro, em referência não convincente de que a decisão de tornar-se ministro
depende do próprio Lula.
A declaração do
petista Ricardo Berzoini, que na noite de terça-feira participou de jantar
Palácio da Alvorada em foi discutida a aterrissagem de Lula em algum
ministério, é uma clara mostra de que existe pressão para que o lobista-palestrante
renda-se à proposta indecorosa e assuma um ministério, apesar da resistência de
Dilma e do próprio Lula.
Nas entranhas do
poder, em Brasília, fala-se que Lula poderia assumir o Ministério das Relações
Exteriores, como se os escândalos investigados na Operação Lava-Jato não
representassem empecilho para que o petista representasse o Brasil ao redor do
planeta. Fora isso, Lula ficaria quase que impedido de viajar a Portugal, onde
avançam as investigações sobre as reticências do Petrolão.
Como noticiou o UCHO.INFO em
matéria anterior, a aceitação por parte de Lula seria uma inequívoca admissão
de culpa, algo que está a um passo de ser provado pela força-tarefa da
Lava-Jato, que por enquanto não mandou o petista à prisão.
No caso de Lula
tornar-se ministro de Estado, a autorização para a sua prisão seria de
responsabilidade do Supremo Tribunal Federal (STF), onde a maioria dos
ministros foi indicada pelo ex-presidente. Ou seja, o governo despejaria sobre
a nação uma pizza enorme e mal cheirosa.
Como problema
acessório, Dilma teria de admitir o fim do seu governo, pois é inimaginável que
na hierarquia do poder a criatura começasse a mandar no criador.
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