quarta-feira, 29 de abril de 2015

Fora do balanço: Dilma deu outros R$ 10 bi de prejuízo à Petrobras



A conta do rombo na Petrobras e da má-gestão praticada pelo governo não para de crescer. Muita coisa ficou fora do balanço apresentado pela estatal. A CPI da Petrobras descobriu mais um rombo de 10 bilhões de reais. O prejuízo foi causado pela decisão da presidente de fazer um congelamento artificial no preço da gasolina nos últimos anos.

PT diz que recebeu com indignação carta de desfiliação de Marta Suplicy


O PT divulgou hoje (28) nota dizendo que recebeu com “indignação” a carta da senadora Marta Suplicy (SP), que oficializou nesta terça-feira sua saída do partido. Segundo o texto, as razões da saída da senadora se devem à “ambição eleitoral e a um personalismo desmedido”.

 “O PT recebe com indignação a carta da senadora Marta Suplicy oficializando sua desfiliação do PT. Apesar dos motivos enunciados, entendemos que as razões reais da saída se devem à ambição eleitoral da senadora e a um personalismo desmedido, que não pôde mais ser satisfeito dentro de nossas fileiras. Por isso, resolveu buscar espaços em outros partidos”, diz a nota.

No texto – assinado pelo presidente do PT, Rui Falcão, e pelos presidentes dos diretórios estadual e municipal de São Paulo, Emidio de Souza e Paulo Fiorilo – o partido afirma que nunca cerceou atividades partidárias ou parlamentares da senadora e destaca que Marta foi prestigiada pela militância e pela direção da legenda, sendo eleita deputada federal, prefeita, senadora e duas vezes nomeada ministra.

“Lamentavelmente, a senadora retribui, com falta de ética e acusações infundadas, a confiança que o PT lhe conferiu ao longo dos anos. Ao renegar a própria história e desonrar o mandato, Marta Suplicy desrespeita a militância que sempre a apoiou e destila ódio por não ter sido indicada candidata à prefeitura de São Paulo em 2012”, diz a nota.


No texto, o partido critica ainda a falta de coerência da senadora e diz que ela age de forma oportunista. “Finalmente, é triste ver que a senadora jogue fora a coerência cultivada como militante do PT e passe a se alinhar, de forma oportunista, com aqueles que sempre combateu e que sempre a atacaram.”

APEOESP - Mero Aparelho do PT

Por Reinaldo Azevedo


Notas sobre uma nota da CNBB

Por Dante Mantovani 

Quem vai na contramão da segurança e do combate à violência é a própria CNBB, que é contra também a doutrina moral e social da própria Igreja Católica, ao dar voz, apoio e amparo institucional a um projeto de poder totalitário, assassino, cleptocrata , e o pior de tudo, anticristão, que é o projeto de poder do Foro de São Paulo, cujo tentáculo brasileiro mais vistoso é PT.
A nota emitida pela CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) em 21 de Abril de 2015, ao término da 53. Assembléia Geral da CNBB, a despeito de usar muitas vezes a palavra “equívoco”, é ela própria um equívoco, do início ao fim, no que faz jus à origem etimológica do termo: escolha errada.

A começar pela citação bíblica, o único ponto de veracidade do texto que deve ser seguido à risca: “Entre vós não deve ser assim” (Mc 10, 43). De fato, não se deve levar a sério o texto publicado pela antiga cúpula da entidade que encabeça o projeto de reforma política que visa dar amplos, ilimitados e eternos poderes ao PT/Foro de São Paulo.

Já no início da nota, os subscritores Cardeal Raymundo Damasceno Assis, Arcebispo de Aparecida e Presidente da CNBB; Dom José Belisário da Silva, OFM Arcebispo de São Luís do Maranhão e Vice-Presidente da CNBB e Dom Leonardo Ulrich Steiner, Bispo Auxiliar de Brasília e Secretário Geral da CNBB, deixam transparecer certa apreensão com a realidade brasileira, o que na verdade é a apreensão deles mesmos com situação do partido para o qual trabalham descaradamente, o PT, que está na berlinda e encurralado entre a gigantesca oposição que as ruas lhe tem feito e uma crescente onda de novos intelectuais não alinhados à esquerda que os tem desmascarado de maneira contumaz e sistemática.



A nota fala em “ameaça às conquistas a partir da Constituição Cidadã”, do que se pode entender que a verdadeira ameaça é a perda da hegemonia do esquema de poder do Foro de São Paulo, que começa a ruir no Brasil, que, por sua vez, é seu grande financiador. 


Os subscritores falam ainda em “risco à ordem democrática do País”. Ora, de qual ordem democrática eles falam? Acaso os prelados não estão informados das fraudes nas eleições de 2014 organizadas pela Smartmatic, que já foram amplamente denunciadas diante de jornalistas do mundo inteiro? Somente no Brasil não se fica sabendo de nada, porque aqui a mídia é totalmente comprometida com as subvenções estatais que garantem seu pleno alinhamento aos ditames do Foro de São Paulo.

A corrupção que a CNBB supostamente critica foi praticada em níveis nunca d ´antes vistos nesta terra - exatamente pelo partido que a entidade gerou, embalou e continua vergonhosamente a defender ainda hoje. E essa corrupção não tem a destinação de enriquecimento de seus operadores: visa financiar o esquema comunista mundial, o que é facilmente demonstrado pelos empréstimos secretos que o (dês)governo federal tem feito a ditaduras comunistas genocidas, como a de Cuba, por exemplo. Em seguida, a pérola: "O momento não é de acirrar ânimos, nem de assumir posições revanchistas ou de ódio que desconsiderem a política como defesa e promoção do bem comum".

Para quem não está acostumado com o modo de agir fraudulento de agentes comunistas, é sempre prudente lembrar a essência do modus operandi esquerdista, ditado por Lênin: “acuse-os do que fazes, chame-os daquilo que és”. Ora, a única chance que o PT tem de manter-se no poder é exatamente por meio de acirrar os ânimos, notadamente os de sua milícia para-militar comandada por João Pedro Stédile, que tem todo apoio da CNBB, e que dirige essa milícia armada e inimputável diante da lei brasileira, o MST, que pode fazer o que bem entende sem responsabilização civil nem penal. O Sr. Lula da Silva, um dos fundadores do Foro de São Paulo, em fevereiro deste ano, já conclamou este seu particular exército vermelho à defesa do projeto de poder do qual ele é o chefe no Brasil: o projeto do Foro de São Paulo. Já as aludidas “posições revanchistas”, na verdade são as adotadas pelo próprio PT-CNBB: contra os militares, contra a democracia, contra eleições limpas, contra a própria doutrina da Igreja Católica, conforme fica evidente em trechos subsequentes desta própria nota que estamos comentando.

Já o uso da palavra “ódio” é muito revelador: revela um truque sujo para atribuir a um adversário inventado uma prévia desqualificação. Qualquer alegação em contrário aos planos comunistas de PT-CNBB é previamente rotulado de “discurso de ódio”, dirige-se a inimigos inventados e revela a total inversão da realidade, pois são eles mesmos – a seguirem o conselho de Lênin – os maiores instigadores do ódio: ódio entre as classes sociais, ódio no campo, ódio entre raças, ódio entre os sexos, ódio entre hetero e homossexuais, ódio entre negros e brancos. O verdadeiro discurso de ódio é da claque esquerdista para quem trabalha a CNBB, aparelhando a mais Sagrada das instituições a finalidades as mais espúrias que se possa imaginar.


Veja-se, por exemplo, o teor neo-paganista, internacionalista e novo-ordista destas declarações: “Projetos, como os que são implantados na Amazônia, afrontam sua população, por não ouvi-la e por favorecer o desmatamento e a degradação do meio ambiente”. Note-se aqui:


1-)Não se falou quais são esses projetos, o que torna o discurso, além de lero-lero propositadamente vago e impreciso, uma prévia proibição a que se pense a ocupação do solo amazônico pelas multidões de despossuídos que há no Brasil, o que demonstra, inclusive, que a CNBB quer que o povo brasileiro permaneça para sempre na miséria.

2-)como pode um projeto inexistente “afrontar” a população? Qual população? Qual o nome, RG , endereço dos afrontados? Percebe-se aqui o flatus vocis, o charlatanismo verbal de quem usa palavras de efeito absolutamente desprovidas de conteúdo e significado, destinadas a despertar uma tomada de posição em prol do projeto anti-brasileiro, novo-ordista e neo-paganista em curso. Dentro do próprio texto divulgado pela CNBB, a entidade confessa que trabalha mesmo é para os maiores inimigos do cristianismo na atualidade.

Na sequência, a nota destila veneno contra os projetos de terceirização em trâmite no Congresso Nacional, como se fossem retirar “direitos sociais”, porém estes são uma impossibilidade, visto que direitos somente podem ser exercidos por indivíduos. Ao falar em “direitos sociais”, a nota da CNBB nega a própria doutrina do livre-arbítrio, pois somente uma decisão livre e soberana do indivíduo pode ativar o exercício de um direito, porque caso contrário tratar-se-ia de mera imposição exterior.

Além do mais, a crise que eles fingem querer ajudar a superar, foi gerada pelo partido que eles sempre apoiaram, o que é, no mínimo, uma postura absolutamente hipócrita e incoerente por parte da CNBB.

A nota não para por aí. Argumenta ainda que a praga da sociedade é a corrupção. Para não repetir que eles ajudaram a criar o maior corruptor da história do Brasil, o PT, de acordo com o próprio magistério da Igreja, a inversão de prioridades é gritante. A vida é o grande bem dado por Deus ao homem, e maior ainda a salvação das almas dos homens nascidos. A CNBB, contudo, nada pronuncia contra a prática do aborto, que é o assassinato de crianças no ventre materno, sem direito de defesa, e sem direito a um batismo cristão, ou seja, a horrenda prática nega não só a vida ao nascituro, mas também a própria possibilidade de salvação de sua alma. Ao não condenar as práticas abortistas do governo que apoia, a CNBB é cúmplice dos que trabalham pela implantação do aborto. É de se duvidar até mesmo que esta ONG esquerdista seja composta por pessoas cristãs, que omitem sobre assunto muito mais grave do que o desvio de dinheiro público.

Nenhuma palavra há na nota da CNBB, igualmente, contra o homicídio de parcelas significativas da população brasileira pelos associados ao narcotráfico internacional, tão defendidos pelo PT e pela própria CNBB, através de sua “pastoral carcerária”, que este ano entrou com pedido no STF para solicitar ao seu presidente, o petista Ricardo Lewandowsy, a libertação de mais de 24 mil presos. Se algum desses 24 mil “coitadinhos” matar alguém, de quem será a responsabilidade?

Na sequência, a nota diz ainda que a PEC 215/2000 é uma afronta à luta histórica dos povos indígenas “que até hoje não receberam reparação das injustiças que sofreram desde a colonização do Brasil”, ou seja, criticam a própria Igreja que dizem representar, que foi a grande responsável pela catequização dos indígenas e por sua cristianização, assim como pelo descobrimento do Brasil.

A CNBB quer dar mais terras aos índios, mais bens materiais, mas não profere uma só palavra sobre iniciativas que levem o Evangelho a esses povos. Nenhuma preocupação com a salvação das almas dos índios, apenas em engordar suas contas bancárias. Nenhuma preocupação também com o povo brasileiro, cristão em sua imensa maioria. Nenhuma preocupação em dar terra ao povo pobre e cristão, pois se não for índio nem integrante do grupo terrorista do MST, não merece ganhar terra, de acordo com o pensamento cenebebista. Esta seletividade diz muito sobre o verdadeiro “mestre” a quem serve a CNBB.

A completa subserviência ao projeto petista de poder não para por aí, pois a nota se posiciona contrariamente também à PEC 171/1993, que propõe a redução da maioridade penal, com o fulminante argumento de que ela “não é solução para a violência que grassa no Brasil”. De fato, não é. A extinção da CNBB seria uma solução melhor, pois ela apoia a libertação de bandidos encarcerados que já mataram, roubaram, estupraram e traficaram drogas, além de apoiar a instalação de uma ditadura comunista que consiste em todo lugar em que foi implantada num verdadeiro morticínio de inocentes. Além de que os “soldados do crime” do PCC são um verdadeiro contingente em prol do caos e da desordem tão apregoados pelos políticos de esquerda, que são tão docilmente apoiados pela CNBB.

Mas vejam a solução que a CNBB aponta: “Investir em educação de qualidade e em políticas públicas para a juventude e para a família(...)” . Que tipo de educação? Uma educação cristã? Que tipo de política, uma política que favoreça a pregação do Evangelho de Jesus Cristo? Porque a CNBB tem tanto medo de mencionar o nome Daquele a quem diz servir? Fica evidente que para essa entidade, CRISTO não é a solução para problema algum, somente o aumento do poder da esquerda continental é que pode ser, para eles, a salvação da humanidade.

Claro que não poderia faltar nesta nota - que muito bem poderia ter sido escrita por qualquer dirigente petista ou socialista - um posicionamento contrário ao Direito Natural à livre defesa.

A nota da CNBB diz que “o projeto de lei 3722/2012, que altera o estatuto do desarmamento, é outra matéria que vai na contramão da segurança e do combate à violência”. Esse argumento é uma perfeita inversão da realidade.

Em três pontos.

1-)a doutrina da Igreja Católica é base do Direito Natural, cujo cujos princípios básicos são : a-)defesa da vida e da família b-)defesa da liberdade; c-)defesa da propriedade. Ora, em um país onde grassa a impunidade, a violência e a depravação moral, como se poderá defender qualquer desses direitos naturais, derivados da própria moral da Igreja, sem a possibilidade do acesso às armas de fogo?

2-)Como a CNBB explicaria, então, o fato estatisticamente comprovado de que em TODOS OS lugares do mundo onde as armas de fogo foram liberadas para os cidadãos de bem, os índices de violência diminuíram drasticamente, inclusive – e principalmente - se comparados com países onde as armas são proibidas aos cidadãos idôneos.

3-) Uma entidade que se diz cristã, não pode defender o genocídio do povo de seu próprio país. Ora, todo governo que desarmou a população civil, logo na sequência praticou contra seu próprio povo o democídio e genocídio. Um milhão e meio de mártires cristãos armênios são prova disso, assim como os milhões de mortos na Alemanha Nazista, na União Soviética e na China de Mao-Tsé-Tung. O império turco-otomano, a Alemanha Nazista, a URSS e a China de Mao também eram contrários ao armamento da população civil, exatamente como a CNBB.

Portanto, é evidente que quem vai na contramão da segurança e do combate à violência é a própria CNBB, que é contra também a doutrina moral e social da própria Igreja Católica, ao dar voz, apoio e amparo institucional a um projeto de poder totalitário, assassino, cleptocrata , e o pior de tudo, anti-cristão, que é o projeto de poder do Foro de São Paulo, cujo tentáculo brasileiro mais vistoso é PT, que é um de seus fundadores, subscritores e em cujas atas de fundação declara apoio explícito ao comunismo.

Somente no penúltimo parágrafo da nota da CNBB é que aparece uma quase envergonhada menção a Cristo, “medida de nossa conduta moral” – o que é falso, e soa como um disfarce, para não dar muito na cara que a CNBB trabalha mesmo é para o reino de César. Um César redivivo, totalitário e totalmente comunista.

Não é a primeira vez na história que a Igreja está povoada desde dentro pelos inimigos que mais a querem destruir, pois conforme demonstra Richard Wurmbrand , em seu livro Marx and Satan, o marxismo é um verdadeiro projeto satânico, que visa não apenas destruir a humanidade, mas até mesmo a Deus. 

A CNBB, infelizmente, com esta nota abertamente pró-comunista e anti-cristã, escolhe mais uma vez apoiar os maiores e mais declarados inimigos da Igreja de todos os tempos e eras: os comunistas. O assunto não é irrelevante, vejam-se as consequências de tal prática para os cristãos: em acordo com o decreto do Papa Pio XII, de 1949, Decretum Contra Communismum, confirmado por São João XXIII, e que está em pleno vigor, quem apoiar o comunismo, usando para isso a estrutura ou a hierarquia da Igreja, está excomungado automaticamente, sem necessidade de sentença.


Decreto do Santo Ofício de 1949:

Q. 1 Utrum licitum sit, partibus communistarum nomen dare vel eisdem favorem praestare.

[Acaso é lícito dar o nome ou prestar favor aos partidos comunistas?]

R. Negative: Communismum enim est materialisticus et antichristianus; communistarum autem duces, etsi verbis quandoque profitentur se religionem non oppugnare, se tamen, sive doctrina sive actione, Deo veraeque religioni et Ecclesia Christi sere infensos esse ostendunt.

Q. 2 Utrum licitum sit edere, propagare vel legere libros, periodica, diaria vel folia, qual doctrine vel actioni communistarum patrocinantur, vel in eis scribere.

[Acaso é lícito publicar, propagar ou ler livros, diários ou folhas que defendam a ação ou a doutrina dos comunistas, ou escrever nelas?]

R. Negative: Prohibentur enim ipso iure

Q. 3 Utrum Christifideles, qui actus, de quibus in n.1 et 2, scienter et libere posuerint, ad sacramenta admitti possint.

[Se os cristãos que realizarem conscientemente e livremente, as ações conforme os n°s 1 e 2 podem ser admitidos aos sacramentos?]

R. Negative, secundum ordinaria principia de sacramentis denegandis iis, Qui non sunt dispositi

Q. 4 Utrum Christifideles, Qui communistarum doctrinam materialisticam et anti Christianam profitentur, et in primis, Qui eam defendunt vel propagant, ipso facto, tamquan apostatae a fide catholica, incurrant in excommunicationem speciali modo Sedi Apostolicae reservatam.

[Se os fiéis de Cristo, que declaram abertamente a doutrina materialista e anticristã dos comunistas, e, principalmente, a defendam ou a propagam, "ipso facto" caem em excomunhão ("speciali modo") reservada à Sé Apostólica?]

R. Affirmative.




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Dante Mantovani é doutor em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina, apresentador do programa Música Universal na Rádio Vox e aluno do Seminário de Filosofia do prof. Olavo de Carvalho.

O ministro do STF contra a família



O provável novo ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Edson Fachin, é dono de teses pitorescas que dialogam contra a família brasileira. Saiba quais são no 'Aqui entre nós' com Joice Hasselmann e Reinaldo Azevedo. Os colunistas de VEJA também comentam sobre os patrimônios suspeitíssimos de Lula e Lulinha.

A Democracia Sitiada

Por Milton Pires

Petistas merecem ser presos pelo simples fato de serem petistas.” Vou repetir: “petistas merecem ser presos pelo simples fato de serem petistas.” Não é fácil escrever isso, não é fácil acreditar nisso e é, mais difícil ainda, acreditar que uma frase assim possa ser verdadeira. Escrever algo assim significa, afinal de contas, o abandono da presunção da inocência, a negação do direito ao devido processo...enfim: a instituição do próprio Estado Policial e da Ditadura.

Quando pensei nessa frase, não pude deixar de me lembrar de uma das cenas finais de um filme de 1998 que sempre me impressionou muito e que se chama “Nova York Sitiada”. O título correto em inglês é simplesmente “The Siege”. Em Portugal recebeu uma tradução melhor: “Estado de Sítio”. Depois que o exército assume o controle total da cidade com o objetivo de encontrar terroristas, trava-se uma violenta discussão entre o general William Deveraux (Bruce Willis) e o agente do FBI Anthony Hubbard (Denzel Washington) em função das arbitrariedades e das barbaridades cometidas pelo Exército. Argumenta o general que tudo aquilo era necessário para que o “terror não tivesse vencido” e o sujeito do FBI responde: “pois é general, será que eles JÁ não venceram? Será que não era isso (colocar pessoas presas em estádios de futebol) que eles queriam???

Deixo agora o filme de lado para recordar um outro fato marcante do passado recente. Um famoso filósofo brasileiro, numa crítica ao Programa Mais Médicos, afirmou que esses eram os “novos judeus do PT” e alguém escreveu na internet que isso tratava-se de uma “jogada ensaiada”..de uma bola “levantada na área” para que judeus se mostrassem indignados com a comparação e o PT saísse, dessa acusação, mais forte. Observem o seguinte: tanto no caso do filme quanto no caso filósofo a crítica é: não podemos nos “adiantar”….nós não podemos “pressupor”...não podemos, combatendo o terror, fazer aquilo que ele, terror, quer prendendo todas as pessoas nos estádios e não podemos, de maneira alguma, acreditar que o PT traz uma ideologia que seja comparável, do ponto de vista moral, ao nazismo.

Colocado de uma maneira mais resumida e, talvez, mais acadêmica: não estamos autorizados a tirar lições da História, a nos basearmos em eventos anteriores, para tomarmos atitudes que afrontam as liberdades fundamentais, as garantias individuais e a própria base do Estado de Direito. Não podemos, diria eu, tampouco fazer comparações entre um regime que, de fato, construiu um genocídio na Europa, e um partido político latino-americano eleito democraticamente, não é?? Nós não podemos, maquiavelicamente, afirmar que “os fins justificam os meios.” É isso? Muito bem, então vamos adiante:

Tenho testemunhado discussões violentas nas redes sociais cujo tema é sempre o mesmo: “Nós não podemos, no desespero de derrubar o PT do Poder, agir como eles mesmos – os petistas – já que, se assim o fizermos, estamos jogando a água da banheira fora mas com o bebê (Democracia) dentro”. Gosto muito dessa comparação mas agora vou, eu mesmo, fazer o papel do agente do FBI na discussão com o General Deveraux e perguntar a todos vocês: E se o PT já venceu?? E se a Democracia já se foi??? Alguém há que esteja disposto a discutir isso comigo? Só leio pessoas que escrevem: “a liberdade de imprensa ainda está garantida, os poderes ainda são independentes”…

As pessoas me dizem: “com todas as imperfeições, ainda é uma democracia”. Será mesmo? Enquanto as pessoas não forem colocadas em gulags tropicais, enquanto a Rede Globo não for estatizada, enquanto não houver cadernetas de racionamento e a religião não for proibida é uma democracia?? É esse o conceito de democracia?? Qual (pergunto eu em desespero para não me tornar uma pessoa que defende a prisão de petistas sem motivo) deve ser o fato histórico que venha a nos provar a natureza do PT ? O que pode, ainda, o PT fazer para nos provar que não estamos mais numa democracia?

Por que podemos colocar pessoas que raspam a cabeça e andam com a camisetas estampadas com suásticas na cadeia? Porque apologia ao nazismo é crime, respondo eu mesmo. E apologia ao comunismo? Aí não é?? Nós precisaremos viver um holocausto no Brasil para que só depois, legalmente, sejamos autorizados a colocar petistas e comunistas na cadeia? É isso ? O partido escreve que ele, partido, está em “tempos de guerra” e isso não é suficiente?

Este texto foi escrito para mostrar que não existe, entre aqueles que querem derrubar o PT, consenso sobre aquilo que esse partido representa, ele mesmo, em termos de ruptura com a ordem institucional e com as liberdades individuais que tantos temem perder numa intervenção militar. Não é, em hipótese alguma, uma defesa da intervenção. Se fosse, eu o deixaria claro desde o início. Trata-se apenas de um convite à reflexão no sentido de saber se, afinal de contas, vivemos ou não, ainda, numa “democracia”.

O que é “democracia”? Quais são seus fundamentos? Quando ela está ameaçada? Quando ela deixa de existir e – talvez mais importante do que qualquer pergunta – o que estamos (em função da experiência histórica) autorizados a fazer do ponto de vista moral para preservá-la? Todas estas perguntas eu garanto a vocês que o PT já respondeu; quem quer derrubar o PT, não - prova mais do que suficiente para concluirmos: se é verdade que vivemos numa democracia, ela é uma Democracia Sitiada.


Fonte: Alerta Total


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Milton Simon Pires é Médico.