Nesta edição de Pronto Falei, o comentarista político
Reinaldo Azevedo fala sobre a saída do vice-presidente Michel Temer da
coordenação política. Segundo Reinaldo, o PMDB está cada vez mais longe do
Governo. "Temer não rompe com o Governo, porque assim como Dilma, ele foi
eleito", destaca. Reinaldo avalia ainda que a base do Governo Dilma está
se "esfarelando" e que, ao mesmo tempo que possui muitos
coordenadores políticos - ele cita Aloizio Mercadante, Nelson Barbosa, Jaques
Wagner e Miguel Rossetto - não possui nenhum.
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
O Exército, legado e sagrado compromisso
Por Eduardo Dias da Costa Villas Bôas
Opinião/O Estado
de São Paulo
Chefe militar invicto e cidadão inatacável, tornou-se
Patrono do Exército Brasileiro não apenas pela grandeza de suas conquistas na
luta pela independência, na manutenção da integridade nacional ou nas campanhas
do Prata, mas também pela visão de estadista com que cuidou da reconciliação
dos brasileiros nas lutas fratricidas que pacificou, e pelo respeito e
dignidade que dedicou àqueles que derrotou nos conflitos externos.
A trajetória deste grande general ensina aos soldados de
todos os tempos que a grande e generosa nação que almejamos todos exige a permanente
vigilância pela sua integridade e impõe a capacitação de suas Forças Armadas
para garantir seus interesses e assegurar sua soberania.
À integridade territorial construída por Caxias seguiu-se a
obra ainda por terminar da integração de todas as regiões do País à vida
socioeconômica brasileira.
Nessa epopeia, ninguém superou Cândido Mariano da Silva
Rondon, o marechal Rondon, militar e sertanista que no início do século passado
desbravou os mais inóspitos sertões para unir o Brasil pelas linhas telegráficas,
mapeou territórios selvagens e demarcou nossas fronteiras. Seu espírito
humanista garantiu que as comunidades indígenas até então desconhecidas
tivessem respeitadas suas culturas e sua integridade. Mato-grossense
descendente de índios bororós e terenas, cunhou a frase imortal que foi sua
divisa no trato com os silvícolas: “Morrer se preciso for, matar nunca”.
A continuidade desse esforço nos nossos dias pode ser vista
no entusiasmante trabalho de nossos soldados que, longe de tudo e contra todas
as dificuldades, representam o Estado brasileiro nos mais remotos pontos das
nossas fronteiras, levando, juntamente com a nossa Bandeira, a mão amiga para
socorrer aquelas longínquas populações.
Esse ideal de integração territorial, que outrora motivou
portugueses a construírem mais de 60 fortes para rechaçarem as investidas de
espanhóis, holandeses, ingleses e franceses, permanece vivo nos projetos
estratégicos que hoje impulsionam o Exército para o futuro.
Com esse propósito a Força Terrestre conduz o arrojado
Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), para ampliar o
controle da nossa extensa faixa de fronteira, aliando recursos de alta
tecnologia desenvolvidos por empresas nacionais à concepção que integra as
ações das Forças Armadas com todos os órgãos responsáveis pela segurança
pública e de fiscalização, nas três esferas do poder.
O Sisfron, apoiado numa extensa e sofisticada rede de
sensores, interligados a sistemas de comando e controle, por sua vez conectados
às unidades operacionais com capacidade de resposta em tempo real, permitirá um
salto de qualidade e eficiência na melhoria da vigilância daqueles limites
internacionais para o combate aos delitos transfronteiriços, a par de
importantes benefícios sociais, como controle ambiental, informações
climáticas, alerta e atuação em desastres naturais, educação, saúde e
vigilância sanitária, entre outros.
A tradição vitoriosa herdada de Caxias prossegue inviolada
até os nossos dias, honrada pelos pracinhas que há 70 anos cruzaram o Atlântico
na gloriosa campanha da Força Expedicionária Brasileira em campos italianos,
pelos milhares de soldados que desde 1948 cooperam para a paz mundial nas
missões das Nações Unidas ou da Organização dos Estados Americanos e por
aqueles que devolvem a cidadania usurpada aos moradores de comunidades antes
dominadas por organizações criminosas.
Esse cidadão fardado, o seu Soldado, que representa a força
da nossa Força, sustentado por valores culturais, morais e éticos cultuados
pelo povo a que serve e protege, pavimenta o sólido percurso que permite à
instituição gozar de elevados níveis de confiabilidade perante a sociedade.
Dessa forma, o Exército faz-se presente no cotidiano da
nossa gente, com responsabilidade e competência, atuando em resposta às
demandas conjunturais que lhe exigem a presença, como na condução da Operação
Pipa, na pacificação dos complexos do Alemão e da Maré, no socorro à população
diante das calamidades, no combate à dengue e nos eventos de singular
importância e de visibilidade internacional, como a visita do papa na Jornada
Mundial da Juventude, a Copa do Mundo e, no próximo ano, a Olimpíada.
O Exército de Caxias, fiel ao que preceitua o artigo142 da
Constituição federal, é o instrumento capacitado, juntamente com a Marinha de
Tamandaré e a Força Aérea de Eduardo Gomes, a garantir a normalidade do
ambiente propício ao desenvolvimento, no qual a verdadeira democracia,
despojada de adjetivos ou condicionantes, e a visão generosa dos homens e das
mulheres de bem em torno da prevalência dos interesses nacionais criem o
ambiente de oportunidades que induzirá a prosperidade que tanto perseguimos.
A ação do Exército foi, é e sempre será orientada para a
defesa de nossa soberania e da sociedade a que servimos, pela manutenção da
integridade territorial e garantia da estabilidade social, na senda da
legitimidade que o respeito à legalidade conquista.
Em breve retorno aos feitos de Caxias, constatamos que o
Exército Brasileiro mantém a sua missão constitucional como farol, fiel ao
sagrado compromisso com a Pátria, sempre ao lado da sociedade e em perfeita
harmonia com os valores que caracterizam desde sempre a instituição.
Fonte: A Verdade Sufocada
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Eduardo Dias da Costa Villas Bôas é General de Exército, e
Comandante do Exército Brasileiro
Nós, do Exército Brasileiro!
Fomos nós que asseguramos a Independência, que lutamos na
Cisplatina e que defendemos a honra, os interesses, a soberania e o patrimônio
da Pátria nas guerras e conflitos internos que abalaram, ameaçaram e fixaram
nossas fronteiras e asseguraram a unidade nacional.
Fomos nós que, aliados a antigos adversários, fizemos
malograr as intenções expansionistas de Solano Lopes.
Somos nós, do Exército Brasileiro, que temos na consciência
o peso da participação na derrubada do Império e que conhecemos a
responsabilidade que nos cabe na instauração desta República que, até os dias
de hoje, envergonha a história política do Brasil.
Fomos nós que lutamos em Canudos, no Contestado e na 1ª
Grande Guerra Mundial. Fomos nós que, ao morrermos movidos pelos ideais
“tenentistas”, escrevemos a epopeia dos “18 do Forte”
Fomos nós, do Exército Brasileiro, que ajudamos a colocar
Getúlio no poder e não o impedimos de implantar o Estado Novo.
Somos os mesmos que, em 35, sofremos na carne a traição e a
agressão assassina de comunistas fardados, falsos camaradas, idiotizados pelo
internacionalismo vermelho.
Fomos nós que lutamos na Itália e que trouxemos de lá
lauréis de bravura e de abnegação que refletem nosso exacerbado amor à
liberdade e à justiça.
Somos os mesmos, os do Exército Brasileiro, que, em MARÇO
DE 1964, assumimos a liderança do clamor popular que repudiava a ameaça
comunista que, mais uma vez, nos rondava às escâncaras e à sorrelfa, pregando
mentiras e preparando o golpe de morte aos valores pelos quais sangráramos em
guerras e revoluções.
Fomos nós, do Exército Brasileiro, que lutamos nas matas do
Araguaia contra uma guerrilha de lunáticos, preparados por fanáticos da utopia
comunista e liderados por falsos profetas que pregavam o ódio e exploravam
desigualdades e injustiças que nunca pretenderam ou seriam capazes de corrigir.
Somos os mesmos que, atônitos, vimos surgir nos
grandes centros a ação deletéria, covarde e assassina de terroristas treinados
longe da Pátria que, misturados às próprias vítimas, as usavam como escudo e
camuflagem. Aprendemos, não sem perdas e sem o sacrifício de pessoas inocentes,
a conhecê-los, a combatê-los e a vencê-los!
Fomos nós que, com o espírito aberto e pacificador de
Caxias, assistimos ao retorno dos banidos, dos fugitivos da justiça e dos
exilados e que, inocentemente, alimentamos a crença de que, anistiados,
voltavam ao convívio e ao aconchego da Pátria para ajudar na construção do
Brasil livre, desenvolvido e democrático que o desejo da maioria impunha construir.
Fomos nós, do Exército Brasileiro, que, como Soldados da
Paz, arriscamos nossas vidas na África, no Timor Leste e na Bósnia. Fomos nós
que, ao levarmos a paz e a solidariedade ao sofrido povo do Haiti, morremos com
ele, soterrados no cumprimento do dever.
Fomos nós, do Exército Brasileiro, que conduzimos e
executamos as operações que resultaram na retomada de áreas ocupadas por
facínoras e traficantes nos complexos de favelas do Rio de Janeiro, devolvendo
e assegurando àquelas comunidades os direitos de cidadãos que a covardia, a
omissão, os interesses e a conivência de políticos, governantes e até de
policiais lhes haviam tirado.
Este rápido, superficial e incompleto passeio pela história
de nossos feitos, faz ver que nós, do Exército Brasileiro, desde Guararapes até
a “Maré”, carregamos e continuaremos a carregar a herança desses fatos e
responsabilidades que não pertencem ao passado ou aos que lá estiveram naqueles
momentos, mas a nós todos, soldados de ontem, de hoje e do amanhã, porque é herança
de honra, de glória e de responsabilidade!
O que está feito não pode ser mudado e pertence a todos
nós. Não há como apagar a história nem há como fugir à responsabilidade
sem deixarmos de ser nós mesmos. Não há ordem ou desconforto, de quem quer que
seja, que nos possa fazer esquecer ou ser menos responsáveis ou
orgulhosos dos feitos e fatos que compõem a nossa história, sob pena de termos
que abdicar do orgulho de sermos nós, os do Exército Brasileiro!
Lava-Jato: Moro veta à senadora Gleisi Hoffmann acesso aos dados da Operação Pixuleco II
Por Ucho.Info
Barrada no baile – O juiz federal Sérgio Fernando Moro, responsável na primeira instância pelos processos decorrentes da Operação Lava-Jato, vetou à defesa da senadora Gleisi Helena Hoffmann acesso a dois processos criminais em que a petista teria sido citada na Operação Pixuleco II, que mira em propinas a partir de contratos de empréstimos consignados no âmbito do Ministério do Planejamento.
Moro autorizou acesso a apenas um processo. “Quanto aos
demais, inviável porque colocaria em risco diligências pendentes”, revelou. O
juiz federal ressaltou que ‘não há nenhuma medida processual decretada contra a
senadora, com o que o exercício do direito de defesa não é no momento
premente’.
O magistrado recomendou ainda que ‘eventuais novos
requerimentos deverão ser dirigidos exclusivamente ao Supremo Tribunal
Federal’, Corte que detém competência para abrir investigação sobre políticos
com foro privilegiado.
Na terça-feira (25), Sérgio Moro enviou ao Supremo
documentos que podem indicar repasses ilícitos para Gleisi Hoffmann,
ex-ministra da Casa Civil do Governo Dilma Rousseff. A senadora paranaense
teria sido beneficiária de parte de valores que transitaram pelo ‘Fundo
Consist’ – empresa envolvida em desvios de empréstimos consignados. O dinheiro
teria sido usado para cobrir também despesas pessoais da petista.
Ao mandar ao STF as informações que citam Gleisi, o juiz
acolheu pedido da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. “Havendo indícios
de que autoridade com foro privilegiado seria beneficiária de pagamentos sem
causa, é o caso de acolher o requerimento da autoridade policial e do
Ministério Público Federal e remeter o feito para o Supremo Tribunal Federal”,
decidiu Moro.
A petista já é alvo de investigação da Procuradoria-Geral da
República pelo suposto recebimento de R$ 1 milhão do esquema Lava Jato na
campanha de 2010.
A suspeita sobre a senadora surgiu a partir da análise de
documentos apreendidos no escritório de advocacia Guilherme Gonçalves,
estabelecido em Curitiba, base de Gleisi, no último dia 13 de agosto. Na
ocasião, foi deflagrada a Operação Pixuleco II. “Na busca e apreensão realizada
no escritório de Guilherme Gonçalves foram colhidos documentos que indicam que
os valores recebidos da Consist Software teriam sido em parte utilizados para
efetuar pagamentos em favor da senadora Gleisi Hoffmann”, apontou o juiz Sérgio
Moro no despacho ao Supremo Tribunal Federal.
São três autos em que a petista teria sido citada. “Há necessidade
de conhecimento do conteúdo desses três autos com celeridade, para que se
garanta, com efetividade, a ampla e plena defesa”, argumenta a advogada da
petista, Verônica Abdalla Sterman.
Superfaturamento Bilionário: TCU culpa GABRIELLI por prejuízo em refinaria do Paraná
Por Diário do Poder
Valor das perdas deve crescer, pois só uma parte
do total
foi analisada. Foto: EBC
|
O Tribunal de Contas da União (TCU) responsabilizou nesta
quarta-feira, 26, o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli e outros
executivos da estatal por irregularidades em obras na Refinaria Presidente
Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, a cargo de empreiteiras investigadas na
Operação Lava Jato. Auditorias da Corte detectaram prejuízo de R$ 1,27 bilhão
em oito contratos para modernizar a refinaria.
O sobrepreço bilionário foi calculado a partir de dados
levantados pelos auditores da Corte e do compartilhamento de informações da
Lava Jato pela Justiça Federal no Paraná. O valor das perdas pode ser bem maior
que o já apurado, pois a área técnica do TCU analisou despesas de R$ 3,8
bilhões, que correspondem a apenas uma parte do valor total aplicado (R$ 10,7
bilhões).
Diante dos dados compartilhados e do esquema de cartel e
corrupção já revelado na operação, o TCU pediu ao Ministério Público de Contas,
que atua junto à Corte, que avalie se é pertinente reabrir outras investigações
sobre a Repar que haviam sido arquivadas sem indicar irregularidades, pois
podem ser detectados novos débitos.
Na sessão desta quarta-feira, o tribunal decidiu abrir
tomadas de contas especiais (TCE) para apurar o valor exato do dano ao erário e
avaliar eventuais punições a dirigentes da estatal. Gabrielli alega que, como
presidente, não tinha funções executivas relativas aos contratos, atuando
apenas em tarefas e coordenação. Além dele, serão alvos desses processos o
ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, um dos presos da Lava Jato, e
o ex-gerente executivo da Diretoria de Abastecimento Pedro Barusco, que
atualmente cumpre prisão domiciliar, após confessar participação nos desvios em
regime e delação premiada. Nas TCEs, o tribunal também avaliará sanções contra
gerentes da estatal à época das obras.
Quase todo o dano ao erário apurado é referente a três
contratos com o chamado "clube" de empreiteiras investigado na Lava
Jato. Nas obras a cargo da Camargo Corrêa e da Promon Engenharia (Consórcio
CCPR), o prejuízo foi de R$ 551 milhões. O contrato executado pela MPE
Montagens com a Mendes Júnior e a SOG Óleo e Gás (Consórcio Interpar) tinha
"gordura" de R$ 460 milhões. Já nos serviços a cargo de Odebrecht,
OAS e UTC (Consórcio Conpar), foi achado sobrepreço de R$ 184 milhões.
Para o TCU, a Diretoria Executiva da Petrobras, presidida
por Gabrielli de 2005 a 2012, restringiu a competição em licitações como
"estratégia corporativa", o que favoreceu as empreiteiras do chamado
"clube". Elas foram contratadas por valores até 19% acima do
inicialmente estimado pela estatal. Depois disso, foram beneficiadas por
aditivos que aumentaram mais ainda o valor a ser pago.
"Considerando que esses procedimentos facilitaram
sobremodo a formação do cartel de empresas revelado pela Lava Jato, com gravíssimas
consequências morais e materiais para a empresa, julga-se pertinente a
atribuição de culpa não apenas ao presidente da companhia da época (Gabrielli),
mas também aos então diretores de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, e de
Serviços, Renato Duque, e ao ex-gerente executivo Pedro Barusco"
justificam os auditores.
Capelão é preso suspeito de desviar dinheiro do dízimo
O capelão reformado da Polícia
Militar de São Paulo, Osvaldo Palópito, foi preso por suspeita de desviar o
dízimo dos fiéis da Paróquia de Santo Expedito.
O SENHOR DOS MARES E DAS MAROLAS
Por Percival Puggina

Nesse jogo, porém, Lula tinha muito a agradecer e pouco a
oferecer. A prosperidade da economia brasileira, que permitiu saltos na
arrecadação, no mercado de trabalho, nas exportações tinha tudo a ver com o
espetacular crescimento do mercado chinês, que elevou o preço das nossas
commodities. E nada a ver com competência administrativa. O governo, sabe-se
agora, era uma versão institucional do Gran Bazaar, lugar de muitos e rentáveis
negócios, cuja alma, como sempre em tais arranjos, era a publicidade. O
presidente não tinha qualquer das virtudes necessárias a um bom gestor. Sempre
foi, isto sim, um político conversador, populista e oportunista. Deveria
agradecer aos que, antes dele, assumiram o sacrifício político de colocar o
país nos trilhos da responsabilidade fiscal. Mas não.
Ah, se Lula tivesse sido um bom gestor! Com os recursos de
que dispôs, com o apoio popular que soube conquistar, com o carisma que Deus
lhe deu, teria preparado as bases necessárias a um desenvolvimento sustentável.
Nenhum outro presidente, em mais de um século de república, navegou em águas
tão favoráveis. Contudo, do alto de sua vaidade, embora fosse apenas um mero e
pouco esclarecido barqueiro, ele acreditou ser o senhor dos mares e das
marolas. "Vaidade! Definitivamente meu pecado favorito", confessa o
personagem representado por Al Pacino em O Advogado do Diabo. E a vaidade de
Lula jogou o Brasil no inferno em que hoje ardemos sob o governo de Dilma.
É bom lembrar. Em 2007, tamanha era a euforia de Lula que ele
importou, assim como Collor faz com carros esportivos, esse luxo extravagante
que foi a Copa de 2014. Consumidor insaciável de manchetes, nesse mesmo ano
começou a negociar a aquisição, para o Rio de Janeiro, da sede dos Jogos
Olímpicos de 2016. A Copa, na hora da bola rolar, se tornara algo tão fora do
contexto, despesa tão despropositada, que ele sequer teve coragem de comparecer
a qualquer dos jogos! E sua herdeira foi hostilizada de modo constrangedor na
solenidade inaugural.
O jornal O Estado de São Paulo de ontem, 23 de agosto,
divulgou um relatório de custos dos Jogos Olímpicos. O mais recente
levantamento disponibilizado pela prefeitura do Rio informa que, faltando
contabilizar algumas despesas de menor monta, os Jogos (que beneficiarão quase
exclusivamente a capital carioca) custarão ao povo brasileiro R$ 38,67 bilhões.
Se somarmos essas duas extravagâncias lulopetistas, chegaremos a R$ 66 bilhões
e a um conjunto de elefantes brancos. Quantas aplicações mais úteis ao país
seriam possíveis com tais recursos! Num ano em que o governo corta quase R$ 12
bilhões da área de Saúde e se agrava o caos do setor, corta R$ 9,42 bilhões da
Educação e universidades fecham as portas por não disporem de recursos para dar
continuidade ao ano letivo, a gestão temerária do lulopetismo continua jogando
dinheiro fora para apresentar outro show ao mundo. Gestão temerária se
caracteriza por conduta impetuosa, imponderada, irresponsável ou afoita. Não é
uma descrição perfeita dos acontecimentos aqui mencionados? O prefeito de um
pequeno município já foi condenado por isso.
_______________
Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense
de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site
www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no
país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e
Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.
Invadir o Brasil! - Evo Morales. “Isso é idiotice, um sopro de nosso Exército basta para o seu virar pó.”

Compreendemos a preocupação de nossos leitores e amigos
civis. Contudo, para qualquer militar profissional, uma declaração desse tipo –
bastante improvável – soaria como idiota, além de desprovida da ética que deve
permear as declarações de um chefe de estado.
O presidente Boliviano disse (veja aqui): “Não vamos permitir golpes de Estado
no Brasil e nem na América Latina. Vamos defender as democracias… Pessoalmente,
nossa conduta será defender Dilma, presidente do Brasil, e o Partido dos
Trabalhadores …"; e,
“A direita imperialista quer desarticular os
processos revolucionários na América Latina. Nós lutaremos e apoiaremos
incondicionalmente os governos de Brasil, Equador, Uruguay, Venezuela,
Cuba … é nossa obrigação defender os processos democráticos e a democracia”.
(tradução livre)
Para nós, o novo showzinho de Evo Morales não soa como
ameaça, na verdade traduz-se em ótima notícia, significa que a esquerda
latino-americana reconhece que o governo de Dilma Rousseff chega ao
ocaso e que é apenas questão de tempo para que a hegemonia esquerdista
também termine na América do Sul.
Quanto a “invadir o Brasil”, uma “ameaça” desse tipo não
merece nem discussões técnicas aprofundadas.
Não podemos aqui adjetivar os militares bolivianos,
haja vista que as declarações partiram de Evo Morales, um político, e não de
soldados profissionais. A despeito das falácias do presidente, que
não mencionou forças armadas ou invasão, seus generais não seriam
irresponsáveis e nunca entrariam numa pendenga com o Brasil. Seria um crime
cometido contra seu próprio país.
Se Dilma Roussef ou qualquer outro político for afastado de
seu cargo como consequência de um processo conduzido de forma legal, as
instituições permanentes aqui existentes estarão prontas para cumprir o seu
papel de garantir os poderes constituídos, caso estes sejam ameaçados.
Atualmente o Brasil tem condições de dizimar quase
completamente o exercito boliviano ainda antes que saísse de dentro
dos quarteis. Somente com o emprego de nossa artilharia terra-terra, o
Brasil pode varrer mais que 50% do território de Evo Morales. Por conta disso
tudo, é tecnicamente impossível que militares bolivianos empreendam
qualquer ação que ameace minimamente nossa soberania.

Se existisse um ranking oficial de poderio militar na
America latina, a Bolívia ficaria próximo do último lugar enquanto o Brasil
ocupa o primeiro. O exército boliviano sempre esteve mais orientado para ações
policiais do que para defesa nacional.
Há apenas dois anos Evo Morales teve que se aquietar quando
o Chile o advertiu que parasse de insistir na tão pretendida saída para o
pacífico. Na época o presidente chileno deixou claro que se fosse necessário
iria defender seu território “com toda a força do mundo“. Evo recuou.
___________
Observação: A Revista
Sociedade Militar Online é em veículo independente, sem vínculos com partidos
políticos ou instit. governamentais, que divulga análises, artigos e
notícias relacionados à politica, segurança pública e defesa. Contamos com
vários militares, oficiais e praças, entre nossos colaboradores.
Falcatruas no financiamento eleitoral e acareação entre Paulinho e Youssef ferram com ofensiva de Dilma

Nem bem Dilma Rousseff lançou sua ofensiva para tentar continuar no
poder, alvejando inimigos próximos e neutralizando o "fogo amigo"
vindo do PT-PMDB, e novos fatos comprovadamente escandalosos põem em risco a
chapa reeleitoral dela e de Michel Temer. Em pesadíssimo relatório de 33
páginas, o supremo ministro Gilmar Mendes, também do Tribunal Superior
Eleitoral, justificou ontem o que chamara, na semana passada, de suspeita de
lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no financiamento da campanha do PT de
2014.
O tempo fechou para Dilma também na CPI da Petrobras, que promoveu a
tão esperada acareação entre a dupla de condenados na Lava Jato, Paulo Roberto
Costa e Alberto Youssef. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras repetiu,
várias vezes, que todas as decisões tomadas na empresa tinham o respaldo do
Conselho de Administração, que foi presidido por Dilma Rousseff e Guido
Mantega, durante os 12 anos de governos petistas. Indo além deste "batom
na calcinha e na cueca", Youssef antecipou que sua nova delação premiada,
na esfera do STF, vai revelar como funcionou a doação à campanha que elegeu
Dilma, em 2010. E repetiu o mantra: Lula e Dilma sabiam de tudo que se passava
na Petrobras...
Enquanto Youssef não fala tudo que sabe sobre 2010, a questão do
financiamento eleitoral de 2014 fica eletrizante. Gilmar Mendes demonstrou as
tais "práticas" que ensejariam abertura de ação penal pública. Se
ficar comprovado que o Partido dos Trabalhadores recebeu, indiretamente,
recursos vindos das falcatruas na Petrobras, investigadas pela Lava Jato e
reveladas nas delações premiadas, o PT corre risco até de sofrer uma punição
mais grave, por violação da Lei dos Partidos Políticos. E nem adianta a
petelândia choramingar perseguição, pelo fato de Gilmar Mendes ter sido indicado
para o STF pelo ex-Presidente FHC - aquele que faz de tudo para poupar o PT...
Gilmar Mendes voltou a pedir à Corregedoria Eleitoral que reexamine se
existe também ilegalidade idêntica na prestação de contas da campanha
presidencial do PT, da qual ele foi o relator. A mesma que o TSE julgou e
aprovou, com ressalvas, em dezembro de 2014. Agora, Gilmar Mendes apresenta
indícios concretos de que uma empresa que recebeu recursos do Petrolão, em
tese, pode ter promovido financiamento indireto de campanha feito por empresa
impedida de doar - no caso, a Petrobras, que é uma companhia de economia mista.
Gilmar Mendes mandou o Ministério Público de São Paulo investigar um
caso concreto. A Secretaria de Fazenda de São Paulo, a pedido do TSE, confirmou
que a empresa Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME, aberta em agosto de 2014,
em apenas um mês, emitiu notas fiscais eletrônicas no valor de R$ 3,7 milhões,
sem o pagamento de impostos. Do total, 1,6 milhão foram diretamente para a
campanha de Dilma. A grana pagou a empresa Embalac Indústria e Comércio Ltda -
fornecedora de material para a campanha petista. A Secretaria de Fazenda de São
Paulo constatou que a empresa era fantasma. Não foi encontrada no endereço
comercial.
A diligência realizada na residência da proprietária, Angela Maria do
Nascimento, confirmou a armação. Angela informou ao fisco paulista que foi
orientada a abrir a empresa para funcionar apenas no período eleitoral. O
contador dela, Carlos Carmelo Antunes, coincidentemente também contador da
Embalac, informou que abriu a nova empresa a pedido dos donos da empresa
fornecedora de material. A intenção era livrar a Embalac de custos com
impostos. Foram emitidas 29 notas para a campanha de Dilma referentes ao fornecimento
de placas e faixas.
A Secretaria de Fazenda paulista investiga outra suspeita, quase evidência, de irregularidade no recebimento indevido de dinheiro para a campanha. O alvo é a empresa Focal Confecção e Comunicação Visual. A informação da Secretaria de Fazenda a Gilmar Mendes ressalva que “conclusões preliminares, pois devido ao grande volume de documentos apresentados faz-se necessário mais tempo para o aprofundamento das investigações e elaboração de relatório final”.
A maioria no TSE tende a reabrir o processo que investiga a chapa
Dilma-Temer por crime eleitoral... O tempo ainda vai esquentar ainda mais em
Brasília... E se Ação de Impugnação de Mandato Eletivo prosperar, a casa cai de
vez para a petelândia...
Agora, independentemente de qualquer resultado de ação judicial, Dilma
não tem mais nenhuma condição de continuar à frente da Presidência,
completamente desmoralizada, impopular e sem credibilidade. Quanto mais ela
insistir em ficar, pior será para ela e o Brasil.
Desmoralização popular

A foto da caverinha presidiária, com a inscrição Lula sobre a jaula,
está exposta em uma loja na Saara, região de comércio popular no centro do Rio
de Janeiro - conforme mostra o blog do Alcelmo Gois, em O Globo.
É dando que se recebe, seu Levy?

Tucanos no muro da lamentação
Muitos eleitores têm motivos de sobra para ficarem pts da vida com o
PSDB, que prefere ficar em cima do muro das lamentações políticas.
Ainda mais depois do comunicado oficial de que a falta de um consenso
interno levou o partido a decidir que não vai liderar um movimento
pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Segunda-feira, o senador Aloysio Nunes Ferreira comunicou a deputados
tucanos em São Paulo, em uma reunião na Assembleia Legislativa, que o PSDB
apoiará qualquer processo que seja aberto no Congresso para afastar Dilma.
No entanto, Aloysio fez a ressalva aos parlamentares tucanos que não
partirá do PSDB o tão citado pedido de impeachment...
Moro palestrando

A palestra certamente será boa para advogado e jurista, mas o preço
dela, sem dúvida, é muito bom pra cachorro...
Minha arma, minha vida
Não é gozação com o programa do governo federal que constrói casas
populares.
"Minha arma, minha vida" será o título de uma campanha
nacional, a ser lançada nas redes sociais, pelo Coronel na reserva Parra Dias e
pelo advogado e agroempresário Marcos Prado, o Marcão, um dos maiores ativistas
pela Intervenção Constitucional.
O objetivo é devolver aos brasileiros o direito a autodefesa, podendo
ter o porte de arma legal - que os bandidos têm de forma inteiramente ilegal...
Mudança assim, não!
Recado, em caixa alta, dado pelo coronel Maciel em seu blog Velha
Águia:
DOU POR BEM RECOMENDADO À DONA DILMA E SEUS ASSECLAS QUE NÃO SE DEVE
“NEM PENSAR”, NEM MESMO POR BRINCADEIRA, EM TROCAR O NOME DE RUAS, PONTES,
VIADUTOS, ESCOLAS, OU SEJA LÁ O QUE FOR, DOS GENERAIS OU DE QUALQUER OUTRO
MILITAR PERTENCENTE AOS ANTIGOS QUADROS DA GLORIOSA CONTRA- REVOLUÇÃO
REDENTORA DE 64, POR NOMES DE BANDIDOS TERRORISTAS AMIGOS DA SENHORA, DONA
DILMA, POIS ISSO É O MESMO QUE “CUTUCAR LEÃO COM VARA CURTA”.
ESTA RECOMENDAÇÃO, CURTA E GROSSA, DEVE IMEDIATAMENTE ENTRAR EM VIGOR,
LIDA, RELIDA E PUBLICADA COM DESTAQUE EM TODA GRANDE MÍDIA FALADA, ESCRITA OU
TELEVISIONADA, VISANDO O “BOM ANDAMENTO DO SERVIÇO”.
ASSINADO: TODOS NÓS, MILITARES E CIVIS, EM CUJAS VEIAS CORRE O SANGUE
GENEROSO DAQUELES GENERAIS DA NOSSA ANTIGA E SAUDOSA “VELHA-GUARDA-BRASILEIRA”.
Dirceu cassado pela OAB

Catanduva protestou
Já que Dilma não assistiu, pessoalmente, ao protesto feito contra
ela na cidade paulista de Catanduva, pelo menos pode rever os lances no
Youtube...
Chuva de vaias

Pelo menos na fotografia o governador Geraldo Alckmin,
simbolicamente, protegeu a sorridente Dilma da chuva de vaias que ela tomou,
mas não pode ouvir, na região central de Catanduva.
Perguntinha do Azambuja
Nosso Kamarada historiador Carlos I. S. Azambuja perguntou ontem, por
e-mail a muitos oficiais das forças armadas e nas redes sociais:
"Dia do Soldado, Dia em que os militares reverenciam a figura de
Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, volto a perguntar: algum
Kamarada sabe quando é que os senhores Comandantes irão anular a concessão e
irão solicitar a devolução das medalhas concedidas a José Dirceu e José
Genoino, condenados pelo STF? Ou melhor, quando é que os senhores
Comandantes irão cumprir a Lei?
Continue perguntando, kamarada Azamba, que um dia a resposta vem...
Imprevisão

7 de setembro negro

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