quinta-feira, 27 de agosto de 2015

A Base do Governo está se esfarelando



Nesta edição de Pronto Falei, o comentarista político Reinaldo Azevedo fala sobre a saída do vice-presidente Michel Temer da coordenação política. Segundo Reinaldo, o PMDB está cada vez mais longe do Governo. "Temer não rompe com o Governo, porque assim como Dilma, ele foi eleito", destaca. Reinaldo avalia ainda que a base do Governo Dilma está se "esfarelando" e que, ao mesmo tempo que possui muitos coordenadores políticos - ele cita Aloizio Mercadante, Nelson Barbosa, Jaques Wagner e Miguel Rossetto - não possui nenhum.

O Exército, legado e sagrado compromisso

Por Eduardo Dias da Costa Villas Bôas
Opinião/O Estado de São Paulo

Servir à Pátria é o sagrado compromisso dos integrantes do Exército Brasileiro. A adequada compreensão e a incondicional dedicação a essa nobre missão é o legado maior que nos deixou Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, cuja sua vida é uma história de renúncia, coragem e patriotismo. 

Chefe militar invicto e cidadão inatacável, tornou-se Patrono do Exército Brasileiro não apenas pela grandeza de suas conquistas na luta pela independência, na manutenção da integridade nacional ou nas campanhas do Prata, mas também pela visão de estadista com que cuidou da reconciliação dos brasileiros nas lutas fratricidas que pacificou, e pelo respeito e dignidade que dedicou àqueles que derrotou nos conflitos externos.

A trajetória deste grande general ensina aos soldados de todos os tempos que a grande e generosa nação que almejamos todos exige a permanente vigilância pela sua integridade e impõe a capacitação de suas Forças Armadas para garantir seus interesses e assegurar sua soberania.

À integridade territorial construída por Caxias seguiu-se a obra ainda por terminar da integração de todas as regiões do País à vida socioeconômica brasileira.

Nessa epopeia, ninguém superou Cândido Mariano da Silva Rondon, o marechal Rondon, militar e sertanista que no início do século passado desbravou os mais inóspitos sertões para unir o Brasil pelas linhas telegráficas, mapeou territórios selvagens e demarcou nossas fronteiras. Seu espírito humanista garantiu que as comunidades indígenas até então desconhecidas tivessem respeitadas suas culturas e sua integridade. Mato-grossense descendente de índios bororós e terenas, cunhou a frase imortal que foi sua divisa no trato com os silvícolas: “Morrer se preciso for, matar nunca”.

A continuidade desse esforço nos nossos dias pode ser vista no entusiasmante trabalho de nossos soldados que, longe de tudo e contra todas as dificuldades, representam o Estado brasileiro nos mais remotos pontos das nossas fronteiras, levando, juntamente com a nossa Bandeira, a mão amiga para socorrer aquelas longínquas populações.

Esse ideal de integração territorial, que outrora motivou portugueses a construírem mais de 60 fortes para rechaçarem as investidas de espanhóis, holandeses, ingleses e franceses, permanece vivo nos projetos estratégicos que hoje impulsionam o Exército para o futuro.

Com esse propósito a Força Terrestre conduz o arrojado Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), para ampliar o controle da nossa extensa faixa de fronteira, aliando recursos de alta tecnologia desenvolvidos por empresas nacionais à concepção que integra as ações das Forças Armadas com todos os órgãos responsáveis pela segurança pública e de fiscalização, nas três esferas do poder.

O Sisfron, apoiado numa extensa e sofisticada rede de sensores, interligados a sistemas de comando e controle, por sua vez conectados às unidades operacionais com capacidade de resposta em tempo real, permitirá um salto de qualidade e eficiência na melhoria da vigilância daqueles limites internacionais para o combate aos delitos transfronteiriços, a par de importantes benefícios sociais, como controle ambiental, informações climáticas, alerta e atuação em desastres naturais, educação, saúde e vigilância sanitária, entre outros.

A tradição vitoriosa herdada de Caxias prossegue inviolada até os nossos dias, honrada pelos pracinhas que há 70 anos cruzaram o Atlântico na gloriosa campanha da Força Expedicionária Brasileira em campos italianos, pelos milhares de soldados que desde 1948 cooperam para a paz mundial nas missões das Nações Unidas ou da Organização dos Estados Americanos e por aqueles que devolvem a cidadania usurpada aos moradores de comunidades antes dominadas por organizações criminosas.

Esse cidadão fardado, o seu Soldado, que representa a força da nossa Força, sustentado por valores culturais, morais e éticos cultuados pelo povo a que serve e protege, pavimenta o sólido percurso que permite à instituição gozar de elevados níveis de confiabilidade perante a sociedade.

Dessa forma, o Exército faz-se presente no cotidiano da nossa gente, com responsabilidade e competência, atuando em resposta às demandas conjunturais que lhe exigem a presença, como na condução da Operação Pipa, na pacificação dos complexos do Alemão e da Maré, no socorro à população diante das calamidades, no combate à dengue e nos eventos de singular importância e de visibilidade internacional, como a visita do papa na Jornada Mundial da Juventude, a Copa do Mundo e, no próximo ano, a Olimpíada.

O Exército de Caxias, fiel ao que preceitua o artigo142 da Constituição federal, é o instrumento capacitado, juntamente com a Marinha de Tamandaré e a Força Aérea de Eduardo Gomes, a garantir a normalidade do ambiente propício ao desenvolvimento, no qual a verdadeira democracia, despojada de adjetivos ou condicionantes, e a visão generosa dos homens e das mulheres de bem em torno da prevalência dos interesses nacionais criem o ambiente de oportunidades que induzirá a prosperidade que tanto perseguimos.

A ação do Exército foi, é e sempre será orientada para a defesa de nossa soberania e da sociedade a que servimos, pela manutenção da integridade territorial e garantia da estabilidade social, na senda da legitimidade que o respeito à legalidade conquista.

Em breve retorno aos feitos de Caxias, constatamos que o Exército Brasileiro mantém a sua missão constitucional como farol, fiel ao sagrado compromisso com a Pátria, sempre ao lado da sociedade e em perfeita harmonia com os valores que caracterizam desde sempre a instituição.




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Eduardo Dias da Costa Villas Bôas é General de Exército, e Comandante do Exército Brasileiro

Nós, do Exército Brasileiro!


Fomos nós, do Exército Brasileiro, que lutamos nos Guararapes contra o invasor holandês, justificados e motivados pelo sentimento de pátria que o amálgama de raças e o amor à terra fazia surgir.

Fomos nós que asseguramos a Independência, que lutamos na Cisplatina e que defendemos a honra, os interesses, a soberania e o patrimônio da Pátria nas guerras e conflitos internos que abalaram, ameaçaram e fixaram nossas fronteiras e asseguraram a unidade nacional.

Fomos nós que, aliados a antigos adversários, fizemos malograr as intenções expansionistas de Solano Lopes.

Somos nós, do Exército Brasileiro, que temos na consciência o peso da participação na derrubada do Império e que conhecemos a responsabilidade que nos cabe na instauração desta República que, até os dias de hoje, envergonha a história política do Brasil.

Fomos nós que lutamos em Canudos, no Contestado e na 1ª Grande Guerra Mundial. Fomos nós que, ao morrermos movidos pelos ideais “tenentistas”, escrevemos a epopeia dos “18 do Forte”
Fomos nós, do Exército Brasileiro, que ajudamos a colocar Getúlio no poder e não o impedimos de implantar o Estado Novo.

Somos os mesmos que, em 35, sofremos na carne a traição e a agressão assassina de comunistas fardados, falsos camaradas, idiotizados pelo internacionalismo vermelho.
Fomos nós que lutamos na Itália e que trouxemos de lá lauréis de bravura e de abnegação que refletem nosso exacerbado amor à  liberdade e à justiça.

Somos os mesmos, os do Exército Brasileiro, que, em MARÇO DE 1964, assumimos a liderança do clamor popular que repudiava a ameaça comunista que, mais uma vez, nos rondava às escâncaras e à sorrelfa, pregando mentiras e preparando o golpe de morte aos valores pelos quais sangráramos em guerras e revoluções.

Fomos nós, do Exército Brasileiro, que lutamos nas matas do Araguaia contra uma guerrilha de lunáticos, preparados por fanáticos da utopia comunista e liderados por falsos profetas que pregavam o ódio e exploravam desigualdades e injustiças que nunca pretenderam ou seriam capazes de corrigir.
Somos os mesmos que,  atônitos, vimos surgir nos grandes centros a ação deletéria, covarde e assassina de terroristas treinados longe da Pátria que, misturados às próprias vítimas, as usavam como escudo e camuflagem. Aprendemos, não sem perdas e sem o sacrifício de pessoas inocentes, a conhecê-los,  a combatê-los e a vencê-los!

Fomos nós que, com o espírito aberto e pacificador de Caxias, assistimos ao retorno dos banidos, dos fugitivos da justiça e dos exilados e que, inocentemente, alimentamos a crença de que, anistiados, voltavam ao convívio e ao aconchego da Pátria para ajudar na construção do Brasil livre, desenvolvido e democrático que o desejo da maioria impunha construir.

Fomos nós, do Exército Brasileiro, que, como Soldados da Paz, arriscamos nossas vidas na África, no Timor Leste e na Bósnia. Fomos nós que, ao levarmos a paz e a solidariedade ao sofrido povo do Haiti, morremos com ele, soterrados no cumprimento do dever.

Fomos nós, do Exército Brasileiro, que conduzimos e executamos as operações que resultaram na retomada de áreas ocupadas por facínoras e traficantes nos complexos de favelas do Rio de Janeiro, devolvendo e assegurando àquelas comunidades os direitos de cidadãos que a covardia, a omissão, os interesses e a conivência de políticos, governantes e até de policiais lhes haviam tirado.

Este rápido, superficial e incompleto passeio pela história de nossos feitos, faz ver que nós, do Exército Brasileiro, desde Guararapes até a “Maré”, carregamos e continuaremos a carregar a herança desses fatos e responsabilidades que não pertencem ao passado ou aos que lá estiveram naqueles momentos, mas a nós todos, soldados de ontem, de hoje e do amanhã, porque é herança de honra, de glória e de responsabilidade!

O que está feito não pode ser mudado e pertence a todos nós.  Não há como apagar a história nem há como fugir à responsabilidade sem deixarmos de ser nós mesmos. Não há ordem ou desconforto, de quem quer que seja, que nos possa fazer esquecer ou ser menos  responsáveis ou orgulhosos dos feitos e fatos que compõem a nossa história, sob pena de termos que abdicar do orgulho de sermos nós, os do Exército Brasileiro!

O estado de direito agradece


Lava-Jato: Moro veta à senadora Gleisi Hoffmann acesso aos dados da Operação Pixuleco II

Por Ucho.Info

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Barrada no baile – O juiz federal Sérgio Fernando Moro, responsável na primeira instância pelos processos decorrentes da Operação Lava-Jato, vetou à defesa da senadora Gleisi Helena Hoffmann acesso a dois processos criminais em que a petista teria sido citada na Operação Pixuleco II, que mira em propinas a partir de contratos de empréstimos consignados no âmbito do Ministério do Planejamento.

Moro autorizou acesso a apenas um processo. “Quanto aos demais, inviável porque colocaria em risco diligências pendentes”, revelou. O juiz federal ressaltou que ‘não há nenhuma medida processual decretada contra a senadora, com o que o exercício do direito de defesa não é no momento premente’.

O magistrado recomendou ainda que ‘eventuais novos requerimentos deverão ser dirigidos exclusivamente ao Supremo Tribunal Federal’, Corte que detém competência para abrir investigação sobre políticos com foro privilegiado.

Na terça-feira (25), Sérgio Moro enviou ao Supremo documentos que podem indicar repasses ilícitos para Gleisi Hoffmann, ex-ministra da Casa Civil do Governo Dilma Rousseff. A senadora paranaense teria sido beneficiária de parte de valores que transitaram pelo ‘Fundo Consist’ – empresa envolvida em desvios de empréstimos consignados. O dinheiro teria sido usado para cobrir também despesas pessoais da petista.

Ao mandar ao STF as informações que citam Gleisi, o juiz acolheu pedido da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. “Havendo indícios de que autoridade com foro privilegiado seria beneficiária de pagamentos sem causa, é o caso de acolher o requerimento da autoridade policial e do Ministério Público Federal e remeter o feito para o Supremo Tribunal Federal”, decidiu Moro.

A petista já é alvo de investigação da Procuradoria-Geral da República pelo suposto recebimento de R$ 1 milhão do esquema Lava Jato na campanha de 2010.

A suspeita sobre a senadora surgiu a partir da análise de documentos apreendidos no escritório de advocacia Guilherme Gonçalves, estabelecido em Curitiba, base de Gleisi, no último dia 13 de agosto. Na ocasião, foi deflagrada a Operação Pixuleco II. “Na busca e apreensão realizada no escritório de Guilherme Gonçalves foram colhidos documentos que indicam que os valores recebidos da Consist Software teriam sido em parte utilizados para efetuar pagamentos em favor da senadora Gleisi Hoffmann”, apontou o juiz Sérgio Moro no despacho ao Supremo Tribunal Federal.

São três autos em que a petista teria sido citada. “Há necessidade de conhecimento do conteúdo desses três autos com celeridade, para que se garanta, com efetividade, a ampla e plena defesa”, argumenta a advogada da petista, Verônica Abdalla Sterman.

Verônica requereu ‘seja franqueado o acesso aos elementos de prova e manifestações da autoridade policial e Ministério Público Federal já documentados nos autos, independente de sua remessa ao Supremo Tribunal Federal’. (Danielle Cabral Távora)

Superfaturamento Bilionário: TCU culpa GABRIELLI por prejuízo em refinaria do Paraná


Valor das perdas deve crescer, pois só uma parte 
do total foi analisada. Foto: EBC
O Tribunal de Contas da União (TCU) responsabilizou nesta quarta-feira, 26, o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli e outros executivos da estatal por irregularidades em obras na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, a cargo de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato. Auditorias da Corte detectaram prejuízo de R$ 1,27 bilhão em oito contratos para modernizar a refinaria.

O sobrepreço bilionário foi calculado a partir de dados levantados pelos auditores da Corte e do compartilhamento de informações da Lava Jato pela Justiça Federal no Paraná. O valor das perdas pode ser bem maior que o já apurado, pois a área técnica do TCU analisou despesas de R$ 3,8 bilhões, que correspondem a apenas uma parte do valor total aplicado (R$ 10,7 bilhões).

Diante dos dados compartilhados e do esquema de cartel e corrupção já revelado na operação, o TCU pediu ao Ministério Público de Contas, que atua junto à Corte, que avalie se é pertinente reabrir outras investigações sobre a Repar que haviam sido arquivadas sem indicar irregularidades, pois podem ser detectados novos débitos.

Na sessão desta quarta-feira, o tribunal decidiu abrir tomadas de contas especiais (TCE) para apurar o valor exato do dano ao erário e avaliar eventuais punições a dirigentes da estatal. Gabrielli alega que, como presidente, não tinha funções executivas relativas aos contratos, atuando apenas em tarefas e coordenação. Além dele, serão alvos desses processos o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, um dos presos da Lava Jato, e o ex-gerente executivo da Diretoria de Abastecimento Pedro Barusco, que atualmente cumpre prisão domiciliar, após confessar participação nos desvios em regime e delação premiada. Nas TCEs, o tribunal também avaliará sanções contra gerentes da estatal à época das obras.

Quase todo o dano ao erário apurado é referente a três contratos com o chamado "clube" de empreiteiras investigado na Lava Jato. Nas obras a cargo da Camargo Corrêa e da Promon Engenharia (Consórcio CCPR), o prejuízo foi de R$ 551 milhões. O contrato executado pela MPE Montagens com a Mendes Júnior e a SOG Óleo e Gás (Consórcio Interpar) tinha "gordura" de R$ 460 milhões. Já nos serviços a cargo de Odebrecht, OAS e UTC (Consórcio Conpar), foi achado sobrepreço de R$ 184 milhões.

Para o TCU, a Diretoria Executiva da Petrobras, presidida por Gabrielli de 2005 a 2012, restringiu a competição em licitações como "estratégia corporativa", o que favoreceu as empreiteiras do chamado "clube". Elas foram contratadas por valores até 19% acima do inicialmente estimado pela estatal. Depois disso, foram beneficiadas por aditivos que aumentaram mais ainda o valor a ser pago.

"Considerando que esses procedimentos facilitaram sobremodo a formação do cartel de empresas revelado pela Lava Jato, com gravíssimas consequências morais e materiais para a empresa, julga-se pertinente a atribuição de culpa não apenas ao presidente da companhia da época (Gabrielli), mas também aos então diretores de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, e de Serviços, Renato Duque, e ao ex-gerente executivo Pedro Barusco" justificam os auditores.

Capelão é preso suspeito de desviar dinheiro do dízimo



O capelão reformado da Polícia Militar de São Paulo, Osvaldo Palópito, foi preso por suspeita de desviar o dízimo dos fiéis da Paróquia de Santo Expedito.

O SENHOR DOS MARES E DAS MAROLAS


No ano de 2007, o sucesso subira à cabeça de Lula. O hoje rejeitado filho de Garanhuns era aclamado nacional e internacionalmente como "o cara". Era o cara que teria acabado com a miséria no Brasil, o cara que projetara o país como o primeiro da fila de espera para ingressar no Primeiro Mundo, o cara que ansiava por uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU, o cara que se julgava capaz de resolver qualquer encrenca internacional, o cara que tornava o Brasil autossuficiente em petróleo, o cara de quem Obama disse, textualmente: "I love this guy! The most popular politician on earth". Te mete! Lula podia tudo. Embora muitos ao seu redor tivessem tombado, saíra incólume do mensalão. Frustrando as expectativas dos que esperavam enfrentá-lo exangue em 2006, colocara no peito a segunda faixa presidencial.

Nesse jogo, porém, Lula tinha muito a agradecer e pouco a oferecer. A prosperidade da economia brasileira, que permitiu saltos na arrecadação, no mercado de trabalho, nas exportações tinha tudo a ver com o espetacular crescimento do mercado chinês, que elevou o preço das nossas commodities. E nada a ver com competência administrativa. O governo, sabe-se agora, era uma versão institucional do Gran Bazaar, lugar de muitos e rentáveis negócios, cuja alma, como sempre em tais arranjos, era a publicidade. O presidente não tinha qualquer das virtudes necessárias a um bom gestor. Sempre foi, isto sim, um político conversador, populista e oportunista. Deveria agradecer aos que, antes dele, assumiram o sacrifício político de colocar o país nos trilhos da responsabilidade fiscal. Mas não.

Ah, se Lula tivesse sido um bom gestor! Com os recursos de que dispôs, com o apoio popular que soube conquistar, com o carisma que Deus lhe deu, teria preparado as bases necessárias a um desenvolvimento sustentável. Nenhum outro presidente, em mais de um século de república, navegou em águas tão favoráveis. Contudo, do alto de sua vaidade, embora fosse apenas um mero e pouco esclarecido barqueiro, ele acreditou ser o senhor dos mares e das marolas. "Vaidade! Definitivamente meu pecado favorito", confessa o personagem representado por Al Pacino em O Advogado do Diabo. E a vaidade de Lula jogou o Brasil no inferno em que hoje ardemos sob o governo de Dilma.

É bom lembrar. Em 2007, tamanha era a euforia de Lula que ele importou, assim como Collor faz com carros esportivos, esse luxo extravagante que foi a Copa de 2014. Consumidor insaciável de manchetes, nesse mesmo ano começou a negociar a aquisição, para o Rio de Janeiro, da sede dos Jogos Olímpicos de 2016. A Copa, na hora da bola rolar, se tornara algo tão fora do contexto, despesa tão despropositada, que ele sequer teve coragem de comparecer a qualquer dos jogos! E sua herdeira foi hostilizada de modo constrangedor na solenidade inaugural.

O jornal O Estado de São Paulo de ontem, 23 de agosto, divulgou um relatório de custos dos Jogos Olímpicos. O mais recente levantamento disponibilizado pela prefeitura do Rio informa que, faltando contabilizar algumas despesas de menor monta, os Jogos (que beneficiarão quase exclusivamente a capital carioca) custarão ao povo brasileiro R$ 38,67 bilhões. Se somarmos essas duas extravagâncias lulopetistas, chegaremos a R$ 66 bilhões e a um conjunto de elefantes brancos. Quantas aplicações mais úteis ao país seriam possíveis com tais recursos! Num ano em que o governo corta quase R$ 12 bilhões da área de Saúde e se agrava o caos do setor, corta R$ 9,42 bilhões da Educação e universidades fecham as portas por não disporem de recursos para dar continuidade ao ano letivo, a gestão temerária do lulopetismo continua jogando dinheiro fora para apresentar outro show ao mundo. Gestão temerária se caracteriza por conduta impetuosa, imponderada, irresponsável ou afoita. Não é uma descrição perfeita dos acontecimentos aqui mencionados? O prefeito de um pequeno município já foi condenado por isso.


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Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.

Invadir o Brasil! - Evo Morales. “Isso é idiotice, um sopro de nosso Exército basta para o seu virar pó.”


Nos últimos dois dias a editoria da Revista Sociedade Militar recebeu algumas centenas de emails informando sobre supostas declarações do presidente Evo Morales, que teria dito que “invadiria” o Brasil, e que não permitiria um “golpe”. Se referindo a uma possível deposição de Dilma Roussef. Alguns sites respeitáveis republicaram, como provenientes de Morales, termos como “vamos invadir“, “se precisar vamos atacar” etc.

Compreendemos a preocupação de nossos leitores e amigos civis. Contudo, para qualquer militar profissional, uma declaração desse tipo – bastante improvável – soaria como idiota, além de desprovida da ética que deve permear as declarações de um chefe de estado.

O presidente Boliviano disse (veja aqui): “Não vamos permitir golpes de Estado no Brasil e nem na América Latina. Vamos defender as democracias… Pessoalmente, nossa conduta será defender Dilma, presidente do Brasil, e o Partido dos Trabalhadores …"; e,

A direita imperialista quer desarticular os processos revolucionários na América Latina. Nós lutaremos e apoiaremos incondicionalmente os governos de Brasil, Equador, Uruguay, Venezuela, Cuba … é nossa obrigação defender os processos democráticos e a democracia”. (tradução livre)

Para nós, o novo showzinho de Evo Morales não soa como ameaça, na verdade traduz-se em ótima notícia, significa que a esquerda latino-americana reconhece que o governo de Dilma Rousseff chega ao ocaso e que é apenas questão de tempo para que a hegemonia esquerdista também termine na América do Sul. 

Quanto a “invadir o Brasil”, uma “ameaça” desse tipo não merece nem discussões técnicas aprofundadas. 

Não podemos aqui adjetivar os militares bolivianos, haja vista que as declarações partiram de Evo Morales, um político, e não de soldados profissionais. A despeito das falácias do presidente, que não mencionou forças armadas ou invasão, seus generais não seriam irresponsáveis e nunca entrariam numa pendenga com o Brasil. Seria um crime cometido contra seu próprio país.

Se Dilma Roussef ou qualquer outro político for afastado de seu cargo como consequência de um processo conduzido de forma legal, as instituições permanentes aqui existentes estarão prontas para cumprir o seu papel de garantir os poderes constituídos, caso estes sejam ameaçados.

Atualmente o Brasil tem condições de dizimar quase completamente o exercito boliviano ainda antes que saísse de dentro dos quarteis. Somente com o emprego de nossa artilharia terra-terra, o Brasil pode varrer mais que 50% do território de Evo Morales. Por conta disso tudo, é tecnicamente impossível que militares bolivianos empreendam qualquer ação que ameace minimamente nossa soberania. 
 
Se existisse um ranking oficial de poderio militar na America latina, a Bolívia ficaria próximo do último lugar enquanto o Brasil ocupa o primeiro. O exército boliviano sempre esteve mais orientado para ações policiais do que para defesa nacional.

Há apenas dois anos Evo Morales teve que se aquietar quando o Chile o advertiu que parasse de insistir na tão pretendida saída para o pacífico. Na época o presidente chileno deixou claro que se fosse necessário iria defender seu território “com toda a força do mundo“. Evo recuou.

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Observação: A Revista Sociedade Militar Online é em veículo independente, sem vínculos com partidos políticos ou instit. governamentais, que divulga análises, artigos e notícias relacionados à politica, segurança pública e defesa. Contamos com vários militares, oficiais e praças, entre nossos colaboradores.

Falcatruas no financiamento eleitoral e acareação entre Paulinho e Youssef ferram com ofensiva de Dilma

 
Nem bem Dilma Rousseff lançou sua ofensiva para tentar continuar no poder, alvejando inimigos próximos e neutralizando o "fogo amigo" vindo do PT-PMDB, e novos fatos comprovadamente escandalosos põem em risco a chapa reeleitoral dela e de Michel Temer. Em pesadíssimo relatório de 33 páginas, o supremo ministro Gilmar Mendes, também do Tribunal Superior Eleitoral, justificou ontem o que chamara, na semana passada, de suspeita de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no financiamento da campanha do PT de 2014.

O tempo fechou para Dilma também na CPI da Petrobras, que promoveu a tão esperada acareação entre a dupla de condenados na Lava Jato, Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras repetiu, várias vezes, que todas as decisões tomadas na empresa tinham o respaldo do Conselho de Administração, que foi presidido por Dilma Rousseff e Guido Mantega, durante os 12 anos de governos petistas. Indo além deste "batom na calcinha e na cueca", Youssef antecipou que sua nova delação premiada, na esfera do STF, vai revelar como funcionou a doação à campanha que elegeu Dilma, em 2010. E repetiu o mantra: Lula e Dilma sabiam de tudo que se passava na Petrobras...

Enquanto Youssef não fala tudo que sabe sobre 2010, a questão do financiamento eleitoral de 2014 fica eletrizante. Gilmar Mendes demonstrou as tais "práticas" que ensejariam abertura de ação penal pública. Se ficar comprovado que o Partido dos Trabalhadores recebeu, indiretamente, recursos vindos das falcatruas na Petrobras, investigadas pela Lava Jato e reveladas nas delações premiadas, o PT corre risco até de sofrer uma punição mais grave, por violação da Lei dos Partidos Políticos. E nem adianta a petelândia choramingar perseguição, pelo fato de Gilmar Mendes ter sido indicado para o STF pelo ex-Presidente FHC - aquele que faz de tudo para poupar o PT...

Gilmar Mendes voltou a pedir à Corregedoria Eleitoral que reexamine se existe também ilegalidade idêntica na prestação de contas da campanha presidencial do PT, da qual ele foi o relator. A mesma que o TSE julgou e aprovou, com ressalvas, em dezembro de 2014. Agora, Gilmar Mendes apresenta indícios concretos de que uma empresa que recebeu recursos do Petrolão, em tese, pode ter promovido financiamento indireto de campanha feito por empresa impedida de doar - no caso, a Petrobras, que é uma companhia de economia mista.

Gilmar Mendes mandou o Ministério Público de São Paulo investigar um caso concreto. A Secretaria de Fazenda de São Paulo, a pedido do TSE, confirmou que a empresa Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME, aberta em agosto de 2014, em apenas um mês, emitiu notas fiscais eletrônicas no valor de R$ 3,7 milhões, sem o pagamento de impostos. Do total, 1,6 milhão foram diretamente para a campanha de Dilma. A grana pagou a empresa Embalac Indústria e Comércio Ltda - fornecedora de material para a campanha petista. A Secretaria de Fazenda de São Paulo constatou que a empresa era fantasma. Não foi encontrada no endereço comercial. 

A diligência realizada na residência da proprietária, Angela Maria do Nascimento, confirmou a armação. Angela informou ao fisco paulista que foi orientada a abrir a empresa para funcionar apenas no período eleitoral. O contador dela, Carlos Carmelo Antunes, coincidentemente também contador da Embalac, informou que abriu a nova empresa a pedido dos donos da empresa fornecedora de material. A intenção era livrar a Embalac de custos com impostos. Foram emitidas 29 notas para a campanha de Dilma referentes ao fornecimento de placas e faixas.   

A Secretaria de Fazenda paulista investiga outra suspeita, quase evidência, de irregularidade no recebimento indevido de dinheiro para a campanha. O alvo é a empresa Focal Confecção e Comunicação Visual. A informação da Secretaria de Fazenda a Gilmar Mendes ressalva que “conclusões preliminares, pois devido ao grande volume de documentos apresentados faz-se necessário mais tempo para o aprofundamento das investigações e elaboração de relatório final”.

A maioria no TSE tende a reabrir o processo que investiga a chapa Dilma-Temer por crime eleitoral... O tempo ainda vai esquentar ainda mais em Brasília... E se Ação de Impugnação de Mandato Eletivo prosperar, a casa cai de vez para a petelândia...

Agora, independentemente de qualquer resultado de ação judicial, Dilma não tem mais nenhuma condição de continuar à frente da Presidência, completamente desmoralizada, impopular e sem credibilidade. Quanto mais ela insistir em ficar, pior será para ela e o Brasil.

Desmoralização popular


A foto da caverinha presidiária, com a inscrição Lula sobre a jaula, está exposta em uma loja na Saara, região de comércio popular no centro do Rio de Janeiro - conforme mostra o blog do Alcelmo Gois, em O Globo.

É dando que se recebe, seu Levy?       


Tucanos no muro da lamentação

Muitos eleitores têm motivos de sobra para ficarem pts da vida com o PSDB, que prefere ficar em cima do muro das lamentações políticas.

Ainda mais depois do comunicado oficial de que a falta de um consenso interno levou o partido a decidir que não vai liderar um movimento pró-impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Segunda-feira, o senador Aloysio Nunes Ferreira comunicou a deputados tucanos em São Paulo, em uma reunião na Assembleia Legislativa, que o PSDB apoiará qualquer processo que seja aberto no Congresso para afastar Dilma.

No entanto, Aloysio fez a ressalva aos parlamentares tucanos que não partirá do PSDB o tão citado pedido de impeachment...

Moro palestrando


A palestra certamente será boa para advogado e jurista, mas o preço dela, sem dúvida, é muito bom pra cachorro...

Minha arma, minha vida

Não é gozação com o programa do governo federal que constrói casas populares.

"Minha arma, minha vida" será o título de uma campanha nacional, a ser lançada nas redes sociais, pelo Coronel na reserva Parra Dias e pelo advogado e agroempresário Marcos Prado, o Marcão, um dos maiores ativistas pela Intervenção Constitucional. 

O objetivo é devolver aos brasileiros o direito a autodefesa, podendo ter o porte de arma legal - que os bandidos têm de forma inteiramente ilegal...

Mudança assim, não!

Recado, em caixa alta, dado pelo coronel Maciel em seu blog Velha Águia:

DOU POR BEM RECOMENDADO À DONA DILMA E SEUS ASSECLAS QUE NÃO SE DEVE “NEM PENSAR”, NEM MESMO POR BRINCADEIRA, EM TROCAR O NOME DE RUAS, PONTES, VIADUTOS, ESCOLAS, OU SEJA LÁ O QUE FOR, DOS GENERAIS OU DE QUALQUER OUTRO MILITAR PERTENCENTE AOS ANTIGOS  QUADROS DA GLORIOSA CONTRA- REVOLUÇÃO REDENTORA DE 64, POR NOMES DE BANDIDOS TERRORISTAS AMIGOS DA SENHORA, DONA DILMA, POIS ISSO É O MESMO QUE “CUTUCAR LEÃO COM VARA CURTA”.

ESTA RECOMENDAÇÃO, CURTA E GROSSA, DEVE IMEDIATAMENTE ENTRAR EM VIGOR, LIDA, RELIDA E PUBLICADA COM DESTAQUE EM TODA GRANDE MÍDIA FALADA, ESCRITA OU TELEVISIONADA, VISANDO O “BOM ANDAMENTO DO SERVIÇO”.

ASSINADO: TODOS NÓS, MILITARES E CIVIS, EM CUJAS VEIAS CORRE O SANGUE GENEROSO DAQUELES GENERAIS DA NOSSA ANTIGA E SAUDOSA “VELHA-GUARDA-BRASILEIRA”. 

Dirceu cassado pela OAB



Catanduva protestou


Já que Dilma não assistiu, pessoalmente, ao protesto feito contra ela na cidade paulista de Catanduva, pelo menos pode rever os lances no Youtube...

Chuva de vaias


Pelo menos na fotografia o governador Geraldo Alckmin, simbolicamente, protegeu a sorridente Dilma da chuva de vaias que ela tomou, mas não pode ouvir, na região central de Catanduva.

Perguntinha do Azambuja

Nosso Kamarada historiador Carlos I. S. Azambuja perguntou ontem, por e-mail a muitos oficiais das forças armadas e nas redes sociais:

"Dia do Soldado, Dia em que os militares reverenciam a figura de Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, volto a perguntar: algum Kamarada sabe quando é que os senhores Comandantes irão anular a concessão e irão solicitar a devolução das medalhas concedidas a José Dirceu e José Genoino,  condenados pelo STF? Ou melhor, quando é que os senhores Comandantes irão cumprir a Lei?

Continue perguntando, kamarada Azamba, que um dia a resposta vem...

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7 de setembro negro