
Compreendemos a preocupação de nossos leitores e amigos
civis. Contudo, para qualquer militar profissional, uma declaração desse tipo –
bastante improvável – soaria como idiota, além de desprovida da ética que deve
permear as declarações de um chefe de estado.
O presidente Boliviano disse (veja aqui): “Não vamos permitir golpes de Estado
no Brasil e nem na América Latina. Vamos defender as democracias… Pessoalmente,
nossa conduta será defender Dilma, presidente do Brasil, e o Partido dos
Trabalhadores …"; e,
“A direita imperialista quer desarticular os
processos revolucionários na América Latina. Nós lutaremos e apoiaremos
incondicionalmente os governos de Brasil, Equador, Uruguay, Venezuela,
Cuba … é nossa obrigação defender os processos democráticos e a democracia”.
(tradução livre)
Para nós, o novo showzinho de Evo Morales não soa como
ameaça, na verdade traduz-se em ótima notícia, significa que a esquerda
latino-americana reconhece que o governo de Dilma Rousseff chega ao
ocaso e que é apenas questão de tempo para que a hegemonia esquerdista
também termine na América do Sul.
Quanto a “invadir o Brasil”, uma “ameaça” desse tipo não
merece nem discussões técnicas aprofundadas.
Não podemos aqui adjetivar os militares bolivianos,
haja vista que as declarações partiram de Evo Morales, um político, e não de
soldados profissionais. A despeito das falácias do presidente, que
não mencionou forças armadas ou invasão, seus generais não seriam
irresponsáveis e nunca entrariam numa pendenga com o Brasil. Seria um crime
cometido contra seu próprio país.
Se Dilma Roussef ou qualquer outro político for afastado de
seu cargo como consequência de um processo conduzido de forma legal, as
instituições permanentes aqui existentes estarão prontas para cumprir o seu
papel de garantir os poderes constituídos, caso estes sejam ameaçados.
Atualmente o Brasil tem condições de dizimar quase
completamente o exercito boliviano ainda antes que saísse de dentro
dos quarteis. Somente com o emprego de nossa artilharia terra-terra, o
Brasil pode varrer mais que 50% do território de Evo Morales. Por conta disso
tudo, é tecnicamente impossível que militares bolivianos empreendam
qualquer ação que ameace minimamente nossa soberania.

Se existisse um ranking oficial de poderio militar na
America latina, a Bolívia ficaria próximo do último lugar enquanto o Brasil
ocupa o primeiro. O exército boliviano sempre esteve mais orientado para ações
policiais do que para defesa nacional.
Há apenas dois anos Evo Morales teve que se aquietar quando
o Chile o advertiu que parasse de insistir na tão pretendida saída para o
pacífico. Na época o presidente chileno deixou claro que se fosse necessário
iria defender seu território “com toda a força do mundo“. Evo recuou.
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Observação: A Revista
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