quarta-feira, 9 de março de 2016
Monopolizadores da mentira

O debate público fica banalizado e medíocre, com os
candidatos, situação e oposição, temendo debater a realidade com medo da
opinião pública. Os marqueteiros vendem o paraíso, iludindo a boa fé da
sociedade, se ancorando em dizer fatos que sabem ser contrário à verdade. No
Brasil, a despolitização da política, aliado ao baixo nível
de informação da sociedade, transformou as eleições em verdadeira geleia geral.
O resultado é imbecilizar o povo votante, fazendo do conformismo alienado
projeto de poder. O marqueteiro oficial do PT, João Santana, com incrível
ousadia, defendia que as campanhas políticas não trabalham com a realidade e a
verdade, mas com símbolos, com a emoção e o imaginário coletivo.
Antevendo premonitoriamente um tempo de eliminação da
consciência crítica dos brasileiros, o saudoso senador Mario Covas, há três
décadas, apresentava ao Congresso Nacional importante projeto de lei,
defendendo que os programas eleitorais, obrigatoriamente, deveriam ser
transmitidos ao vivo. Na sua justificativa fundamentava: “O objetivo é acabar
com a maquiagem eletrônica e restaurar o sentido verdadeiro do horário político
gratuito, que é de igualdade de oportunidades diante do poderio econômico.
Certas companhas eleitorais recebem o mesmo tratamento de que os mais caros
comerciais. Com a trágica diferença de que não se está vendendo um sabonete ou
um automóvel de luxo, mas sim um mandato popular. Para que os eleitores possam,
cotejar propostas, promessas ou o ponto de vista dos candidatos. Basta um
debate franco, olho no olho, diante de todos.”
Infelizmente, hoje, o debate sério foi banido das eleições.
Predomina os bonecos falantes diante das câmaras lendo no “teleprompter” os
textos escritos pelos marqueteiros. A autocrítica de um dos responsáveis pela
pasteurização da política, o marqueteiro Duda Mendonça vem em boa hora. Ele
defende a extinção do horário eletrônico no formato atual. Afirmando: “A
produção de programas eleitorais para a TV, com alta dosagem de sofisticação e
falsificação é responsável pelos milhões de reais, que elevam a cifras extravagantes
e suspeitas, o custo das campanhas políticas. Teríamos duas vantagens. A
primeira é que para ir a um debate o candidato só precisa de um paletó e, se
não tiver, pode pegar emprestado. A segunda é que em debates o candidato teria
de conhecer de fato os temas, já que ninguém transforma uma pessoa que não sabe
nada em expert em três meses.”
Na última eleição presidencial, o estelionato político,
alimentado pelo projeto do poder estatal, vendeu que tudo corria às mil
maravilhas e o povo se sentia feliz e satisfeito. Depois a realidade, inédita
na vida republicana, aflorou na política, na economia com a sociedade prostrada
no vulcão da crise social frequentando o seu cotidiano. Demonstrando
faticamente que as mentiras marqueteira não podem continuar livre, leve e
solta. O CONAR (Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária),
organização da sociedade civil, fundada em 1950, define a ética da publicidade:
“Evitar a veiculação de anúncios e campanhas de conteúdo enganoso.” Tem punido
as propagandas que afrontam o seu o Conselho de Ética.
E na política, não deveria o TSE (Tribunal Superior
Eleitoral) e os TREs estaduais atuarem com rigor e punição dos autores de
estelionatos eleitorais? É o que o Brasil espera dos integrantes dessas cortes
judiciais, que não podem continuar assistindo as fraudes e mentiras
marqueteiras determinando os rumos das eleições nacionais.
___________
Helio Duque é doutor em Ciências, área econômica, pela
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Foi Deputado Federal (1978-1991). É
autor de vários livros sobre a economia brasileira.
Aletheia: PF está perto de desvendar o paradeiro do crucifixo palaciano que Lula levou na mudança
Por UCHO.Info
Durante a Operação Aletheia, 24ª fase da Operação
Lava-Jato, deflagrada na última sexta-feira (4), a Polícia Federal conseguiu
identificar o local que guarda boa parte dos objetos que rechearam a mudança
que Luiz Inácio da Silva despachou de Brasília quando deixou a
Presidência da República. Segundo o lobista-palestrante Lula, a mudança foi
distribuída em onze contêineres, com direito a um trono africano, presente
recebido pelo petista em uma das suas muitas e gazeteiras viagens ao exterior.
Na entrevista coletiva que concedeu após prestar
depoimento à PF, Lula, abusando mais uma vez da sua arrogância, disse que, ao
longo dos dois mandatos, recebeu muito mais presentes do que todos os
presidentes brasileiros juntos, desde Floriano Peixoto. O petista foi além e
afirmou que esse volume de presentes mostra que ele trabalhou muito, como se os
antecessores não tivessem feito isso.
Tão presunçoso quanto insuportável, Lula ainda deve ao
provo brasileiro uma explicação convincente sobre o crucifixo que adornava o
gabinete presidencial do palácio do Planalto, levado pelo ex-metalúrgico sobre
a desculpa de que se tratava de presente recebido de amigo. A esperança é que a
PF consiga localizar o tal crucifixo, que é patrimônio público e cujo surrupio
foi marcado por explicações pífias e desencontradas.
Semanas após Lula ter deixado o governo, o UCHO.INFO cobrou
explicações sobre o fato de o gabinete ocupado por Dilma Rousseff não mais
ostentar um exemplar da Bíblia e o tal crucifixo. Então ministra da Secretaria
de Comunicação Social da Presidência, a jornalista helena Chagas informou, por
meio de postagens na conta que mantém no Twitter, que os dois objetos
continuavam no mesmo local.
Considerando que a nota enviada à época pela assessoria
de Dilma era verdadeira – e a ministra Helena Chagas estava agindo dessa forma
– naquele momento o UCHO.INFO preferiu acreditar que sim –, alguém do
governo precisa explicar o fato de o tal crucifixo estar em foto do então
presidente Itamar Franco no mesmo gabinete presidencial. A mencionada imagem
está disponível na rede mundial de computadores, que serviu de palco para uma
campanha batizada como “Devolve, Lula!”.
Como noticiou este noticioso em matérias anteriores, há
nesse caso três hipóteses. A primeira delas, mencionada acima, é que Dilma
Rousseff, que se viu em apuros com a comunidade cristã por ter defendido a
legalização do aborto, tentou evitar nova rota de colisão com os seguidores do
Cristianismo. E por conta disso usou a desculpa de que Lula teria levado o
crucifixo como forma de justificar o sumiço da peça decorativa de seu gabinete.
A segunda hipótese é que Lula pode ter se apropriado de
um patrimônio público, o que, fosse o Brasil um país sério, já teria rendido um
ruidoso inquérito policial. Se a suposta apropriação indébita de fato ocorreu,
está explicado o tamanho da mudança do outrora primeiro-casal, que despachou de
Brasília para São Bernardo do Campo, no Grande ABC, nada menos do que dez
caminhões com objetos pessoais, presentes recebidos durante os dois mandatos e
outras tantas quinquilharias.
Há quem garanta, inclusive, que presentes e joias
ofertados por estadistas estrangeiros, devida e legalmente incorporados ao
acervo da Presidência da República, agora repousam no duplex que o arrogante
Lula mantém na cidade da Grande São Paulo, berço do sindicalismo nacional.
A terceira hipótese, a mais absurda delas, é que pode
existir no Brasil um santeiro com boas relações palacianas, que presenteia os
presidentes da República sempre com o mesmo crucifixo. E nesse rol de
agraciados com o mimo está o ex-presidente Itamar Franco, o único que deve ser
respeitado por sua conduta, sem direito a reparos.
Sumiço investigado
Em outubro de 2015, autoridades decidiram abrir processo
contra Lula para saber se o agora lobista-palestrante levou para casa,
quando deixou a Presidência da República, algum objeto dos palácios ou que
foram doados ao Estado brasileiro na pessoa do chefe do Executivo federal.
Inicialmente a ação foi aberta apenas contra Lula, mas a tese do “politicamente
correto” levou o Ministério Público Federal estender a investigação aos
ex-presidentes Fernando Collor de Mello, Itamar Franco e Fernando Henrique
Cardoso, sob a alegação de “possível apropriação indevida de bens públicos”.
Os advogados de Lula alegaram que a Lei
nº 8.394, de 1991, estabelece que “documentos que constituem o acervo
presidencial privado” são “de propriedade do Presidente da República, inclusive
para fins de herança, doação ou venda”. Ao final de cada governo, um órgão
oficial especializado cataloga, empacota os objetos e os entrega ao
ex-presidente para que preserve-os em outro local ou dê aos mesmos a destinação
que quiser.
Como não poderia ser diferente, até porque espelhar-se
nos antecessores tornou-se uma especialidade petista, os advogados do
ex-metalúrgico alegaram na defesa que outros ex-presidentes também levaram para
casa – ou para institutos – objetos recebidos ao longo dos mandatos. Com base
nessa tese utópica e rasteira, mas que funciona como desculpa esfarrapada para
os “companheiros”, os defensores de Lula pediram o arquivamento da ação, mas o
MP preferiu estender a investigação a todos os que exerceram seus mandatos
presidenciais depois de 1991, ano em que a chamada “lei dos arquivos” foi
editada.
Acima da Lei e FORA da LEI
Por Percival Puggina
Os fundadores do PT
viam-se como agentes de um processo revolucionário. Frei Betto, em artigo de
2007, assim descreve os anseios dos vitoriosos de 2002: "A lua seria o
nosso troféu. Haveríamos de escalar suas montanhas e, lá em cima, desfraldar as
bandeiras da socialização compulsória". O nome disso é revolução. E
nenhuma causa revolucionária consegue ser compatível com o Estado de Direito. A
revolução por dentro do regime democrático, sem sangue, como sonhou o PT, é uma
lavoura que, entre outros requisitos, precisa ser irrigada com dinheiro.
Dinheiro para as campanhas eleitorais, para a militância e para os movimentos
sociais controlados pelo partido, para manter operante um exército de
jornalistas e formadores de opinião. É preciso ter e manter multidão de agentes
que começam no sanduíche de mortadela, mas miram o topo da cadeia alimentar
revolucionária, onde estão a lagosta ao thermidor e o Romanée-Conti. O
sanduíche é meio e não fim de toda jornada socialista. Não conheço um só
revolucionário que queira o comunismo para continuar batendo cartão e operando
a mesma máquina.
Numa democracia, o
poder é buscado dentro da regra do jogo, dentro da lei. No entanto, se o
objetivo é revolucionário, pertence à própria natureza do processo que seus
agentes se considerem acima da lei. A causa vem antes e lhe é superior. A lei
que não convém à causa é iníqua e não merece respeito. Na primeira etapa,
então, se instala esse sentimento de superioridade em relação à ordem jurídica.
Face bem visível do que descrevo pode ser observada nos assim chamados
"movimentos sociais". Quem se opõe às suas ações é acusado de
criminalizá-los. Por quê? Porque quem está acima da lei não comete crimes.
É aí que se começa a
explicar o incomparável desastre moral que acometeu o PT. A mentira vira
argumento. Calúnia, difamação e injúria ganham utilidade política. Fatos são
substituídos por versões. A verdade perde interesse e utilidade. E por aí vai a
decência para o brejo.
As reações que
surgem nestas horas às ações da PF, do MPF e do juiz Sérgio Moro são motivadas
pelo mesmo fenômeno. Ou seja, o petismo ainda não caiu em si. Na fala do
presidente Rui Falcão, na gritaria dos militantes no aeroporto de Guarulhos, no
posterior discurso de Lula à claque petista, percebe-se a mesma convicção:
todos supõem ser devida a seus líderes e ao partido uma reverência que os
tornaria inatingíveis pela Justiça. E à sombra dessa reverência deveriam ficar
resguardadas as condutas mais suspeitas e a vertiginosa prosperidade pessoal e
familiar de tantos. A infinita sucessão de escândalos não é entendida como
conduta fora da lei, mas situação normal para quem está acima dela.
____________________
Percival Puggina (71), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é
arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista
de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra
o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do
Brasil. integrante do grupo Pensar+.
A PREVIDÊNCIA dos MILITARES

Em 1960, o Governo resolve incorporar ao Tesouro os
fabulosos recursos do Montepio Militar (que era propriedade privada dos
militares) e, a título de compensação, assume o compromisso de pagar a pensão
militar em substituição ao Montepio. Saliente-se aqui que o Governo fez
excelente negócio: incorporou uma fortuna ao Tesouro e comprometeu-se em
desembolsar suaves prestações, ao longo dos anos, no pagamento de pensões.
Esse pagamento era capitalizado pelas contribuições dos
militares que deixavam para suas esposas e filhas os valores de 20 vezes a
contribuição no caso de falecimento normal, 25 vezes no caso de falecimento em
serviço e 30 vezes no caso de morte em campanha (guerra).
Com o advento da constituição de 1988, outro golpe foi
aplicado em cima dos militares. É oferecido pelo governo, assim como para os
funcionários civis, o pagamento da pensão integral na graduação ou posto do
militar no momento de sua morte. Essa proposta resolvia os problemas das
necessidades das famílias enlutadas, mas, em sua estrutura, escondia um ardil
contábil: as contribuições dos militares aumentaram desmesuradamente.
Em 29 de dezembro de 2000, nova alteração, e claro, mais um
golpe. A contribuição aumenta mais (pensão para a esposa 7,5%, pensão para a
filha 1,5% e fundo de saúde 2,7% dos vencimentos totais, perfazendo um total
maior do que o recolhido pelos funcionários civis e a obrigação de continuar
esse recolhimento na inatividade (os militares são os únicos funcionários
federais nessa situação). Esses fatos fazem com que os militares recolham as
contribuições, em média, por mais de cinqüenta (50) anos.
Apesar de tudo, o governo, tendo pleno conhecimento de toda
essa realidade, não a divulga. A população do País ainda enxerga em cada
militar um privilegiado, não raro exposto à execração pública. Onde o
privilégio fica difícil de apontar (sem lembrarmos a penca de vicissitudes
enfrentadas pelos militares ao longo da carreira) e o fato de que a grande
maioria dos países do mundo possui um plano diferenciado de aposentadoria, com
alguns privilégios, para os seus militares (no Brasil, a aposentadoria dos
militares também é diferenciada: é pior do que a dos funcionários federais
civis, que nada mais pagam ao se aposentarem com vencimentos integrais).
Materializando essa situação, hoje, é mais ou menos assim:
um coronel, após mais de 50 anos de contribuição, (isso acontece em todos os
postos ou graduações) contribui com R$ 960,00 mensais e, ao falecer, deixa uma
pensão de R$ 8.000,00 ( valores maiores hoje após reajuste de soldo). Se essa
retribuição fosse feita pelo critério anterior, ou seja, de 20 vezes o valor da
contribuição, esse valor subiria para R$ 19.200,00. Um valor 120% maior. Em um
plano de capitalização particular, durante 50 anos, essa importância seria
consideravelmente maior.
Na nova reforma em gestação, novas perdas, com certeza,
virão. Não temos sindicatos para defender os nossos interesses e não podemos
fazer greves. Somos disciplinados e patriotas. Infelizmente, os bravateiros são
insensíveis e só conhecem os argumentos calcados na força.
Desse rápido estudo fica claro que o Governo, para resolver
seus problemas de caixa, aplica seguidos golpes em cima dos militares. Nessa
seqüência, é plausível prever, num futuro próximo, o seguinte golpe: vamos
matar todos os militares reservistas, reformados e os seus dependentes, pois
esses velhinhos só dão prejuízos!
Agora vamos pensar nas aposentadorias milionárias dos terroristas
e assassinos que agiram sorrateiramente nos tempos da "Ditadura
Militar" (1964-1985), os quais sabiam a quem e por conta de quem lutavam,
seguramente não a favor dos brasileiros, queriam aqui nos impor uma DITADURA
REAL, tal qual a que existiu na antiga União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas e ainda existe em Cuba.
Privilégios e benefícios são almejados por todos, e não
custa lembrar um notório liberal francês e habilidoso por desmascarar as
propostas socialistas surgidas na França na primeira metade do Século XVIII,
que com sua frase foi sábio:
"O Estado é a grande ficção através da qual todo mundo
se esforça para viver à custa de todo mundo." (Frédéric Bastiat)
__________________
Gerhard Erich Boehme não é militar.
MANIFESTAÇÕES do dia 13 DE MARÇO DE 2016
O Clube Militar, solidário às entidades organizadoras da Manifestação programada para o próximo domingo, dia 13 de março, convida os sócios e amigos para marcarem suas presenças nesse ato de propósitos democráticos.
- Dia 13 de março (domingo), às 10 hs
Concentração de sócios e convidados: Esquina da Rua Xavier da Silveira com a Av. Atlântica – Copacabana/RJ.
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