Por Jovem Pan
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
A farsa em frangalhos: o guerreiro do povo brasileiro era só um caçador de pixuleco
Como pôde durar tanto a vigarice protagonizada por um
compulsivo colecionador de fiascos? Já em 1968, quando entrou em cena fantasiado
de líder estudantil, nosso Guevara de galinheiro namorou uma jovem chamada
Heloísa Helena sem saber que convivia dia e noite com “Maçã Dourada”, espiã a
serviço da ditadura militar. Se quisesse prendê-lo, a polícia nem precisaria
arrombar a porta do apartamento onde o casal dormia: a namorada faria questão
de abri-la. No mesmo ano, a usina de ideias de jerico resolveu que o congresso
clandestino da UNE marcado para outubro, com mais de mil participantes, seria
realizado em Ibiúna, com menos de 10.000 moradores.
Intrigado com o tamanho da encomenda ─ 1.200 pães por manhã
─ o padeiro que nunca fora além de 300 por dia procurou o delegado, que ligou
para a Polícia Militar, que prendeu todo mundo. Libertado 11 meses pelos
sequestradores do embaixador americano Charles Elbrick, declarou-se pronto para
recomeçar a guerra contra a ditadura, fez uma escala no México, aprendeu a
empunhar taças de tequila e enfim entendeu que chegara a hora de matricular-se
num cursinho de guerrilha em Cuba que, por falta de verba para balas de
verdade, municiava os futuros revolucionários com balas de festim.
Combatente diplomado, submeteu-se a uma cirurgia para que o
nariz ficasse adunco antes de regressar ao Brasil na primeira metade dos anos
70. Percebeu que a coisa andava feia assim que cruzou a fronteira e, em vez de
mandar chumbo no campo, mandou-se para Cruzeiro do Oeste, interior do Paraná,
armado de documentos que o apresentavam como Carlos Henrique Gouveia de Mello,
comerciante de gado. Logo se engraçou com a dona da melhor butique da cidade,
adiou por tempo indeterminado a derrubada do governo e se entrincheirou na
máquina registradora do Magazine do Homem.
Em 1979, a decretação da anistia animou o forasteiro
conhecido no bar da esquina como “Pedro Caroço” a contar quem era à mãe do
filho de cinco anos e avisar que precisava voltar à cidade grande. Afilou o
nariz com outra cirurgia e reapareceu em São Paulo ansioso por recuperar o
tempo perdido. A gula e a pressa aceleraram a expansão da cinzenta folha
corrida. Deputado estadual e federal pelo PT paulista, rejeitou todas as
propostas de todos os governos. Presidente do partido, instalou Delúbio Soares
na tesouraria. Com o triunfo de Lula em 2002, o pecador trapalhão foi agir na
capital federal.
Capitão do time do presidente, mandou e desmandou até a
erupção do escândalo inaugural: um vídeo provou que Dirceu promovera a Assessor
para Assuntos Parlamentares o extorsionário Waldomiro Diniz, com quem havia
dividido um apartamento em Brasília. Era só mais um no ministério quando, em
2005, o Brasil ficou sabendo que o chefe da Casa Civil também chefiava a
quadrilha do mensalão. Despejado do emprego em junho, prometeu mobilizar deus e
o mundo, além dos “movimentos sociais”, para preservar o mandato em perigo. Em
dezembro, conseguiu ser cassado por uma Câmara que inocenta até a bancada do
PCC.
Sem gabinete no Planalto ou no Congresso, sem rendimentos
regulares e sem profissão definida, escapou do rebaixamento à classe média ao
descobrir o mundo maravilhoso dos consultores de araque. Com a cumplicidade dos
afilhados que espalhara pela administração federal, Dirceu não demorou a
tornar-se um próspero facilitador de negociatas engendradas por capitalistas
selvagens. Em 2012, o julgamento do mensalão ressuscitou o perseguido político:
de novo, jurou que incendiaria o país se o Supremo Tribunal Federal fizesse o
que deveria fazer. Condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha,
entrou no presídio com um sorriso confiante e o punho erguido.
Tropas comandadas por um guerrilheiro de festim só conseguem
matar de riso, repete esta coluna há seis anos. As dúvidas que assaltaram
muitos leitores foram dissolvidas pela implosão do embuste. O guerreiro do povo
brasileiro era apenas um caçador de pixuleco.
Vacina da dengue deve estar pronta até 2018
Por Vinícius Marra
A vacina da dengue deve estar pronta até 2018. Os
pesquisadores pretendem iniciar, nos próximos meses, a 3º etapa do processo de
liberação da vacina. Para isso, procuram voluntários.
Fonte: YouTube/Jornal da Gazeta
Pixuleco II: Polícia Federal fez buscas no escritório do advogado de Gleisi Hofmann, em Curitiba
Por Ucho.Info
De acordo com a PF, a banca ‘é ligada ao PT, presta serviços
ao PT’. O escritório teria ‘relações próximas’ com a senadora Gleisi Helena
Hoffmann (PT-PR) e com o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e
Comunicações) e atuou na campanha de Gleisi.
O novo esquema gira em torno de empréstimos consignados no
Ministério do Planejamento, a partir do acesso de dados relativos a mais de 2
milhões de servidores públicos federais. A organização comandada pelo operador
de propinas Alexandre Romano, preso nesta quinta, ‘auferia remuneração
decorrente desses serviços’.
A Polícia Federal informou que quatro escritórios de
advocacia estão na mira da “Pixuleco II”, décima oitava fase da Operação
Lava-Jato, sendo dois deles em Curitiba, supostamente envolvidos no novo
esquema descoberto pelas investigações – fraudes com valores de empréstimos
consignados no âmbito do Ministério do Planejamento, do qual Paulo Bernardo foi
titular entre março de 2005 e janeiro de 2011 (governo Lula).
A PF não atribui a Gleisi e a Paulo Bernardo qualquer
envolvimento na Pixuleco II. A senadora paranaense é alvo de investigação da
Procuradoria-Geral da República no âmbito da Lava-Jato porque, segundo
delatores, teria recebido R$ 1 milhão na campanha de 2010. O esquema descoberto
pela Pixuleco II teria sido montado em 2010 e predominou até julho de 2015,
segundo rastreamento de pagamentos de propinas, inclusive para a viúva do
ex-secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento.
O esquema beneficiava o ex-secretário de RH do Planejamento,
na gestão de Paulo Bernardo, Duvanier Paiva Ferreira, morto em 2013. O
escritório ‘ligado ao PT’ atua na área administrativa, bancária e financeira,
consumidor e contratos comerciais, além de empresarial penal, fusões
societárias e telecomunicações.
Segundo a PF, recentemente houve desmembramento da sociedade
de advogados, mas os escritórios, mesmo separados, continuaram funcionando no
mesmo prédio. Um dos desmembrados, o escritório de advocacia Gonçalves, Razuk,
Lemos & Gabardo Advogados também teria recebido, entre maio de 2014 a março
de 2015, R$ 957,2 mil da Consist Business Software a título de ‘honorários
advocatícios’.
Sobre os pagamentos efetuados aos escritórios de advocacia,
a PF afirma que, ‘em pesquisa em fontes abertas, não logrou encontrar causas
das empresas’ que os contrataram.
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