Por Ucho.Info
De acordo com a PF, a banca ‘é ligada ao PT, presta serviços
ao PT’. O escritório teria ‘relações próximas’ com a senadora Gleisi Helena
Hoffmann (PT-PR) e com o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e
Comunicações) e atuou na campanha de Gleisi.
O novo esquema gira em torno de empréstimos consignados no
Ministério do Planejamento, a partir do acesso de dados relativos a mais de 2
milhões de servidores públicos federais. A organização comandada pelo operador
de propinas Alexandre Romano, preso nesta quinta, ‘auferia remuneração
decorrente desses serviços’.
A Polícia Federal informou que quatro escritórios de
advocacia estão na mira da “Pixuleco II”, décima oitava fase da Operação
Lava-Jato, sendo dois deles em Curitiba, supostamente envolvidos no novo
esquema descoberto pelas investigações – fraudes com valores de empréstimos
consignados no âmbito do Ministério do Planejamento, do qual Paulo Bernardo foi
titular entre março de 2005 e janeiro de 2011 (governo Lula).
A PF não atribui a Gleisi e a Paulo Bernardo qualquer
envolvimento na Pixuleco II. A senadora paranaense é alvo de investigação da
Procuradoria-Geral da República no âmbito da Lava-Jato porque, segundo
delatores, teria recebido R$ 1 milhão na campanha de 2010. O esquema descoberto
pela Pixuleco II teria sido montado em 2010 e predominou até julho de 2015,
segundo rastreamento de pagamentos de propinas, inclusive para a viúva do
ex-secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento.
O esquema beneficiava o ex-secretário de RH do Planejamento,
na gestão de Paulo Bernardo, Duvanier Paiva Ferreira, morto em 2013. O
escritório ‘ligado ao PT’ atua na área administrativa, bancária e financeira,
consumidor e contratos comerciais, além de empresarial penal, fusões
societárias e telecomunicações.
Segundo a PF, recentemente houve desmembramento da sociedade
de advogados, mas os escritórios, mesmo separados, continuaram funcionando no
mesmo prédio. Um dos desmembrados, o escritório de advocacia Gonçalves, Razuk,
Lemos & Gabardo Advogados também teria recebido, entre maio de 2014 a março
de 2015, R$ 957,2 mil da Consist Business Software a título de ‘honorários
advocatícios’.
Sobre os pagamentos efetuados aos escritórios de advocacia,
a PF afirma que, ‘em pesquisa em fontes abertas, não logrou encontrar causas
das empresas’ que os contrataram.
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