segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Você sabia? Estamos pagando as CONTAS DA CAMPANHA!


Sempre que o sujeito aparece como premido por alguma investigação ou, mas grave ainda, como "premiado" na delação de alguém, a saída é quase sempre a mesma: trata-se de regular contribuição para despesas de campanha. Tudo de acordo com a regra e aprovado, direitinho, pela Justiça Eleitoral.

Estamos tão habituados a isso quanto com a conversa daqueles que jamais estão a par de qualquer irregularidade, ainda que tenham a seu dispor multidão de servidores e instituições regiamente pagos para tarefas de fiscalização e controle. Tais autoridades nunca se surpreendem porque, mesmo depois de informadas, continuam sabendo coisa alguma. Afinal, mais de duas dezenas de ministros e ex-ministros da presidente estão sob investigação.

Aliás, cadê a faxineira? Alguém despediu a faxineira?

Tão verdadeiro quanto o que acabo de afirmar é algo de que poucos se dão conta. Refiro-me ao fato de estarmos, nós, os pagadores de impostos, a sociedade como um todo, pagando caríssimo as contas da vitória eleitoral conquistada pelo governo da União em 2014. O aumento da inflação, a recessão, o desemprego, o déficit nas contas públicas, a decadência da qualidade dos serviços prestados, o descrédito do país no mercado internacional, tudo é parcela da mesma conta.

O governo, para criar um clima de euforia na sociedade, injetou droga pesada no subconsciente coletivo. Estourou todos os caixas do setor público. Queimou centenas de bilhões de reais e de dólares e o país se enterrou fundo na toca do coelho falante onde era encenado o país das maravilhas. E o diabo foi sendo feito.

Soube-se, por fim, que a toca era apenas isso, que o buraco era mais em baixo e que havia centenas de bilhões a serem pagos. Eis por que, ao custo dos serviços que não se tem e aos males de uma economia em crise, somam-se os valores financeiros referentes à elevação da carga tributária. Há um pacote de medidas em gestação. Sempre há um pacote de medidas em gestação quando governos irresponsáveis gastam mais do que arrecadam. Recentemente, depois de deixar claro que não haverá correção da tabela do IR (o que representa elevação iníqua da alíquota de contribuição) o Leão passou a cogitar de uma faixa adicional de 35% para o Imposto de Renda.

Tudo isso e mais o que a criatividade fiscal venha a produzir nos meses vindouros pode ser enquadrado na rubrica geral "contas de campanha". E se assim como eu, diante dessa constatação, você se sente otário, tirado para bobo da corte brasiliense, saiba que tem a minha solidariedade. Afinal, a conta que estamos pagando foi criada para eleger o governo e o Congresso que temos.



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Percival Puggina (71), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil, integrante do grupo Pensar+.

A nova manobra de Maduro pelo poder


O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decretou estado de emergência econômica por sessenta dias por causa da grave crise para tentar ampliar seu poder.

A cínica jogatina da Presidenta golpista

 
Só com muito cinismo e cara de pau de uma pessoa pública incompetente e sem noção da  realidade é que Dilma Rousseff pode falar de "golpe da oposição com o pedido de impeachment". Golpista, legítima, é quem sanciona um orçamento absolutamente falso da União, contando com 30% de recursos vindos de uma estupradora CMPF que sequer foi aprovada pelo Congresso. Só a certeza na impunidade e na capacidade de cooptar parlamentares corruptos viabiliza o golpe de contar com ovo de ouro na "barriga" da galinha. Se tal manobra não é um crime fiscal-orçamentário, tudo deve ser permitido na permissiva Bruzundanga.

O mesma idiotice de Dilma foi manifestada na "convicção" de que aumentar impostos é "solução" para reequilibrar o Brasil. Já temos 92 impostos, taxas ou contribuições, mas ela quer mais... Só pode ser doida ou burra demais... Na verdade, o foco prioritário dela é que o Congresso aprove a DRU (aumentando a taxação dos juros sobre capital próprio e ganhos de capital). Mas, para a galera, Dilma joga a "socializante" CPMF: "Acho que é fundamental para o país sair mais rápido da crise aprovar a CPMF, que é um imposto que se dissolve, se espalha por todos, de baixa intensidade, ao mesmo tempo que permite controle de evasão fiscal e ao mesmo tempo faz outra coisa, que é muito importante: tem um impacto pequeno na inflação, porque ele é dissolvido se você considerar os demais impactos".

Dilma e a petelândia têm planos para conseguir chegar, do jeito que der, até 2018. A aposta deles é em várias frentes, descaradamente previsíveis. Uma delas, por ironia, é o antigo sonho de legalizar a jogatina no Brasil, formando uma parceria entre o Estado ladrão, investidores estrangeiros e seus parceiros locais (claro, laranjas dos esquemas de poder atual). Uma outra é a enxurrada de grana chinesa que vem aqui, cheia de disposição, a comprar tudo que estiver à venda na bacia das almas - desde as estatais de economia mista, suas subsidiárias e até empresas brasileiras que perderam fôlego competitivo. "Laranjas" da politicagem também entrarão de sócios nestes negócios.

Tem uma terceira frente que deve gerar muita "prosperidade" e também vai aproveitar a crise como "oportunidade" para maravilhosos negócios para a oligarquia no poder. Trata-se da maior lavagem e esquentação legalizada de grana, nunca antes vista na História do Brasil, com a aprovação da lei que permite o retorno de dinheiro (a maior parte que fora roubada aqui) depositado no exterior. Uma pequena parte desta grana já voltava para cá, disfarçada nos tais "Investimentos Estrangeiros Diretos". Agora, um grande volume poderá retornar para viabilizar super negócios.

Não é à toa que tantos advogados classe A andam tão ouriçados e frenéticos. Eles sabem que este é o momento de faturar ainda mais alto. Não só dos "bandidos" políticos que defendem a peso de ouro, como também daqueles empresários que são vítimas dos rigores seletivos das variadas "gestapos" brasileiras, além dos que já estão prontos para firmar acordos para trazer para o País milhões que estavam escondidos no exterior. A conjuntura causa tanta euforia que os "causídicos de fino trato" resolveram até declarar uma guerrinha de mentirinha contra alguns segmentos do judiciário e do ministério público. A "batalha de Itararé" não é por convicção, mas por pura e cínica conveniência pragmática.

É neste cenário que Dilma e sua a turma apostam que conseguem aguentar o tranco, empurrando o desgoverno com a barriga até 2018, apesar do violentíssimo desgaste de imagem - nada que, na visão deles, muita grana que vem por aí não possa reverter. Politicamente, Dilminha já tratou de comprar os políticos, em um ano de magras vacas doadoras, seja pelo medo de escândalos ou pela proibição formal para empresas investirem nas caríssimas campanhas. Só isto explica que a grana do Fundo Partidário tenha sido quase triplicada (de R$ 311 para R$ 819 milhões) em tempos de ajuste fiscal, contenção de despesas e suposta queda de arrecadação com os efeitos da crise econômica.

Dilma e sua turma acreditam que conseguem impedir a onda do impeachment. Da mesma forma, também supõem que vão conseguir neutralizar os efeitos negativos da Lava Jato e seus desdobramentos. O grupo de Luiz Inácio Lula da Silva, aparentemente apertadinho, avalia que a blindagem do chefão permanecerá falando mais alto, permitindo até que, por falta de outras opções políticas, ele até consiga viabilizar o complicadíssimo retorno ao Palácio do Planalto em 2018.

É por tudo isso que os segmentos esclarecidos da sociedade não podem baixar a guarda e nem alimentar ilusões de que a salvação cairá do céu ou simplesmente do quartel. A pressão contra o desgoverno do crime organizado não pode parar e precisa aumentar em intensidade e, sobretudo, qualidade. É urgente uma reação focada e cirúrgica contra ações dos diferentes governos para atingir a cidadania e, principalmente, os bolsos dos contribuintes. Da mesma forma, é fundamental pensar, debater exaustivamente e propagar soluções viáveis para velhos problemas brasileiros, até que estejam criadas as pré-condições para a Intervenção Cívica Constitucional que pode mudar o Brasil, de verdade.   

Perseguida


Repúdio


Numerologia da compra política


Senhores da razão


Mobilização intensa

A escalada do desemprego no Brasil


Nove milhões de brasileiros estão sem trabalho na esteira da crise que assola o país.