Por UCHO.INFO
Antes do constrangedor episódio, a organização do evento
previa um pronunciamento de Temer, entretanto, no local onde ocorreria o
discurso, os manifestantes fizeram um ruidoso “buzinaço” pedindo o impeachment
da presidente Dilma Rousseff e também do vice-presidente.
Vale ressaltar que a própria cerimônia de abertura da feira
foi prejudicada pela manifestação, não sendo possível que nenhuma das
autoridades presentes no evento fizesse qualquer tipo de pronunciamento.
Além de Temer, estavam presente os ministros da Agricultura,
Kátia Abreu, e de Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, o governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin, e o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) – estes dois últimos foram
aplaudidos. Apesar dos protestos, não houve qualquer incidente durante a feira.
Em relação ao exigido pedido de impeachment, faz-se
necessário esclarecer que o eventual impedimento de Dilma não se estende a
Michel Temer, que nesse acaso assume o Poder Executivo em substituição à
presidente da República.
A saída de Temer, em concomitância à da presidente da
República, só se dá em duas condições: se o vice também for alvo de pedido de
impeachment, com fato determinado devidamente comprovado, cabendo ao Congresso
Nacional decidir sobre o tema, ou no caso de cassação do registro da
candidatura pelo Tribunal Superior Eleitoral. Do contrário, o vice continua
sendo o primeiro na lisa sucessória do chefe da nação.
O pavor de Dilma em relação aos “buzinaços” tornou-se tão
grande, que a presidente, por orientação de assessores e do próprio Lula,
analisa a possibilidade de não fazer pronunciamento oficial na próxima
sexta-feira, 1º de maio, quando se comemora o Dia do Trabalhador.
Para alguém que integra do PT, essa decisão, se confirmada,
será uma prova de que a crise de credibilidade da petista é muito maior do que
se imaginava. Fosse o Brasil um país que adota o impeachment clássico, Dilma já
teria se tornado alvo de um processo de impedimento por não mais gozar da
confiança da população.
(Danielle Cabral Távora com Ucho Haddad)
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