terça-feira, 1 de setembro de 2015

Operador da Pixuleco II decide fazer delação premiada e deve entregar Gleisi e Paulo Bernardo


gleisi_hoffmann_93Soltando a voz – Acusado de receber dinheiro da Consist Software, responsável pela gestão de crédito consignado a servidores públicos federais, para facilitar a vida da empresa, ex-vereador do PT Alexandre Romano, o Chambinho, preso na décima oitava fase da Operação Lava-Jato, a Pixuleco II, decidiu aderir ao acordo de delação premiada. Sua delação deve comprometer diretamente o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e Comunicações), que autorizou a operação que rendeu mais de R$ 50 milhões para a Consist e pelo menos R$ 7,2 milhões em “pixulecos” para o escritório do advogado da petista Gleisi Helena Hoffmann, Guilherme Gonçalves.

A delação de Chambinho comprometerá ainda mais Gleisi Hoffmann, segundo adianta Lauro Jardim, da revista Veja. “Dois nomes estrelados do PT aparecerão nos depoimentos de Romano, de acordo com o que ele já contou ao seu advogado: o casal Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann”.

Gleisi já está gravemente envolvida na Lava-Jato pela delação de Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, que a denunciaram como receptora de R$ 1 milhão do esquema de corrupção que ficou conhecido como Petrolão.

O caso Consist-Ministério do Planejamento pode ter desdobramentos explosivos. Um dos sócios do escritório curitibano que levou R$ 7,2 milhões em “pixulecos” do esquema, Luís Gustavo Severo, prestou serviços para a campanha presidencial de Dilma Rousseff. Esse desdobramento pode arrastar a Pixuleco II para o centro da campanha de Dilma e se tornar um elemento importante para fundamentar pedido de impeachment.

“Um dos associados do escritório paranaense [de Guilherme Gonçalves, o advogado de Gleisi] é Luís Gustavo Severo”, diz a Veja. “No ano passado, ele foi contratado pelo PT para atuar na campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em que, até meados deste ano, continuava defendendo os interesses da presidente nas ações derivadas da Operação Lava-Jato. Para assumir a tarefa, Luís Gustavo foi incumbido, em 2013, de instalar em Brasília uma filial do escritório de Curitiba”.

A revista informa também que o novo escritório “recebeu do comitê de campanha a quantia de R$ 770 mil pela assessoria dada ao PT, uma ninharia se comparada aos honorários de mais de R$ 7 milhões cobrados à titulo de consultoria da Consist”.


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