Por Ucho.Info
Soltando a voz – Acusado de receber dinheiro da Consist
Software, responsável pela gestão de crédito consignado a servidores públicos
federais, para facilitar a vida da empresa, ex-vereador do PT Alexandre Romano,
o Chambinho, preso na décima oitava fase da Operação Lava-Jato, a Pixuleco II,
decidiu aderir ao acordo de delação premiada. Sua delação deve comprometer
diretamente o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e
Comunicações), que autorizou a operação que rendeu mais de R$ 50 milhões para a
Consist e pelo menos R$ 7,2 milhões em “pixulecos” para o escritório do
advogado da petista Gleisi Helena Hoffmann, Guilherme Gonçalves.
A delação de Chambinho comprometerá ainda mais Gleisi
Hoffmann, segundo adianta Lauro Jardim, da revista Veja. “Dois nomes estrelados
do PT aparecerão nos depoimentos de Romano, de acordo com o que ele já contou
ao seu advogado: o casal Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann”.
Gleisi já está gravemente envolvida na Lava-Jato pela
delação de Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento
da Petrobras, que a denunciaram como receptora de R$ 1 milhão do esquema de
corrupção que ficou conhecido como Petrolão.
O caso Consist-Ministério do Planejamento pode ter
desdobramentos explosivos. Um dos sócios do escritório curitibano que levou R$
7,2 milhões em “pixulecos” do esquema, Luís Gustavo Severo, prestou serviços
para a campanha presidencial de Dilma Rousseff. Esse desdobramento pode
arrastar a Pixuleco II para o centro da campanha de Dilma e se tornar um
elemento importante para fundamentar pedido de impeachment.
“Um dos associados do escritório paranaense [de Guilherme
Gonçalves, o advogado de Gleisi] é Luís Gustavo Severo”, diz a Veja. “No ano
passado, ele foi contratado pelo PT para atuar na campanha de reeleição da
presidente Dilma Rousseff junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em que,
até meados deste ano, continuava defendendo os interesses da presidente nas
ações derivadas da Operação Lava-Jato. Para assumir a tarefa, Luís Gustavo foi
incumbido, em 2013, de instalar em Brasília uma filial do escritório de
Curitiba”.
A revista informa também que o novo escritório “recebeu do
comitê de campanha a quantia de R$ 770 mil pela assessoria dada ao PT, uma
ninharia se comparada aos honorários de mais de R$ 7 milhões cobrados à titulo
de consultoria da Consist”.
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