Por Polibio Braga

As informações são do site de Veja. leia tudo:
Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal
(STF) abriu precedente para o fatiamento da Lava Jato ao desmembrar a
investigação contra a senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, até então
concentrada nas mãos do ministro Teori Zavascki.
A primeira consequência da decisão de espalhar pedaços da
Lava Jato pela Justiça nos estados - como pleiteiam os defensores dos
executivos da Odebrecht -, tirando parte considerável das investigações da
responsabilidade do juiz Moro e da equipe de procuradores do Ministério Público
Federal do Paraná. "A dispersão das ações penais, como pretende parte das
defesas, para vários órgãos espalhados do Judiciário no território nacional não
serve à causa da Justiça, tendo por propósito pulverizar o conjunto probatório
e dificultar o julgamento", avalia o juiz em sua decisão.
"Há um conjunto de fatos conexos e um mesmo conjunto
probatório que demanda apreciação por um único juízo", continua.
"Pode-se discutir onde ocorreu a maior parte dos crimes. Considerando
todas as ações penais que envolvem a Operação Lava Jato, essa é uma questão de
difícil resposta. Inequívoco, porém, que também existem crimes consumados no
estado do Paraná, o que é ilustrado não só pelos exemplos acima, mas pelo fato
de dois dos principais personagens envolvidos, José Janene e Alberto Youssef
aqui residirem e manterem parte de suas operações neste Estado", argumenta
Moro.
A decisão do Supremo também mina o pilar central da Lava
Jato: de que foi uma mesma quadrilha quem operou um contínuo assalto à
República, cujo pano de fundo era um projeto de perpetuação do Partido dos
Trabalhadores e seus aliados no poder. "Como se depreende do conteúdo da
denúncia, os fatos enquadram-se no contexto mais geral daquilo apurado pela
Operação Lava Jato: ajuste de licitações em contratos da Petrobras, corrupção
de dirigentes da Petrobras, lavagem de dinheiro decorrente, não havendo como
não reconhecer a ligação entre os fatos", escreve o magistrado.
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