Por Ucho.info
O evento foi um dos
muitos escárnios do governo do PT, partido que nos tempos de oposição promovia
ruidosas algazarras para condenar infrações cometidas pelos então ocupantes do
poder. Passado o tempo, com o PT instalado no governo central, os
“companheiros” preferiram rasgar o discurso do passado e moldar o palavrório de
acordo com os interesse bandoleiros da legenda, responsável pelo período mais
corrupto da história brasileira.
Para o líder do PPS
na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), autor da denúncia, a decisão da
Comissão de Ética Pública fere de morte o discurso embusteiro da presidente
República e mostra que o governo do PT não tem coragem sequer de advertir
integrantes de sua equipe.
“Em nossa visão, o
ministro não deveria sequer se reunir com os advogados das empreiteiras.
Poderia, ao invés disso, recomendar que eles procurassem os delegados,
procuradores e o juiz responsável pela operação. Qual a intenção dos advogados
em procurar Cardozo? Interferir no andamento da operação? Como os encontros
sequer ficaram registrados na agenda, ficou a dúvida. Trata-se de um caso que
merecia, no mínimo, uma advertência”, avaliou o líder do PPS.
Para Rubens Bueno,
ao longo dos últimos anos, principalmente após o ex-ministro Sepúlveda Pertence
sair da presidência, em 2012, contrariado com Dilma, a Comissão de Ética vem
perdendo a sua função. “Lembro que na época de Sepúlveda o conselho agia.
Chegou a recomendar a demissão do então ministro do Trabalho, Carlos Lupi, por
causa de denúncias de irregularidades em convênios da pasta com ONGs. Também
advertiu o então ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, devido às
consultorias feitas por ele entre 2009 e 2010 para a Federação das Indústrias
do Estado de Minas Gerais. Hoje, lamentavelmente, quase tudo é rejeitado e
arquivado. Para que serve então?”, indaga o deputado.
Ministro da Justiça
apenas porque atuou como um dos “três porquinhos” da primeira campanha de Dilma
Rousseff, o “companheiro” Cardozo não passa de um despachante de luxo do
Palácio do Planalto para questões que atingem o desgoverno petista, cada vez
mais refém de uma crise múltipla e sem previsão de acabar.
Sem estofo acadêmico
para ser ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo continua flanando no
discurso dúbio e dual. Em tempos outros, afirmou que o PT precisava admitir a
existência do escândalo do Mensalão, como forma de o partido selar as pazes com
a parcela indignada da sociedade brasileira. Mais tarde, ainda no âmbito do
Mensalão do PT, semanas antes de o Supremo Tribunal Federa sentenciar os réus
da Ação Penal 470, Cardozo disse que preferia morrer a cumprir pena de prisão
em qualquer estabelecimento penal do País.
Deixando de lado os
discursos de encomenda que dominam a Esplanada dos Ministérios, o titular da
Justiça deveria se imbuir de coragem e falar sobre os bastidores que envolvem
Erenice Guerra, ex-chefe da Casa Civil e pessoa de confiança da presidente da
República.
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