Por Ucho.Info
Em entrevista ao jornal alemão Handelsblatt, publicada nesta
sexta-feira (21), Dilma afirmou que a recessão que chacoalha o País deve durar
de “seis a no máximo doze meses”. A presidente, que insiste em acreditar que os
graves problemas brasileiros podem ser resolvidos com um passe de mágica,
reconhece que o dia seguinte posterior será difícil e que “ninguém vai passar
sem ajustes dolorosos”, mas não abre mão do discurso de que o momento atual é
de “travessia”.
“Em nove meses desde a eleição, nós não conseguimos
implementar o que prometemos para o segundo mandato. Eu digo: nos dê mais tempo
e então nós poderemos alcançar as expectativas”, disse Dilma ao Handelsblatt.
Diante de um cenário econômico que só piora, na mesma proporção
que crescem as mentiras oficiais, Dilma admite que a redução da pobreza no
Brasil terá ritmo mais lento. “Nós não vamos progredir tão rápido como na
década passada.”
Perguntada sobre eventual preocupação do governo em relação
à iminente elevação das taxas de juro nos Estados Unidos, a petista afirmou que
o Federal Reserve (Banco Central americano) fará o movimento “com cautela e no
ritmo certo, de modo a não incentivar a instabilidade”.
Dilma pode dizer o que quiser, até porque o Brasil ainda é
uma democracia, que garante a livre manifestação do pensamento, mas falar em
redução da pobreza e pedir mais tempo para o cumprimento de promessas de
campanha é sandice em dose dupla. Durante a corrida eleitoral do ano passado,
Dilma, ciente do risco de uma derrota nas urnas, vendeu à parcela incauta do
eleitorado a ideia de que o Brasil é uma versão moderna e tropical do País de
Alice, aquele das maravilhas. Contudo, a realidade patrocinada pelos governos
do PT é de um cenário luciferiano.
Enquanto fala em “travessia” e retomada do crescimento, a
presidente da República foge da verdade e não assume que errou durante os
quatro anos do primeiro mandato. De nada adianta filosofar sobre a crise que
derrete o Brasil e tira o sono dos brasileiros, se Dilma não assumir o erro.
Algo que dificilmente acontecerá, pois a vaidade truculenta da presidente
impede gestos de grandeza como esse.
No que se refere a prazo maior para entregar as promessas
feitas na campanha, Dilma sabe que prometeu o que é impossível de ser cumprido.
Até porque, a petista disse, em alto e bom som, durante a disputa eleitoral,
que a inflação estava próxima de zero. Esse patamar do mais temido fantasma da
economia não será alcançado nem mesmo se Deus provar que é brasileiro e
realizar um milagre fora do script. Dilma mente de maneira incorrigível, ao
mesmo tempo em que a população ignora seu comportamento esquizofrênico e
mitômano. Enfim, como disse certa feita um conhecido e bravateiro comunista de
boteco, “nunca antes na história deste país”.
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