Por João Batista Natali
Hoje é um dia triste para a humanidade. Há 70 anos, os
Estados Unidos lançaram uma primeira bomba atômica. Foi na cidade japonesa de
Hiroshima. Era uma novidade dolorosa na tecnologia de guerra. Morreram entre
140 mil e 250 mil civis. Uma segunda bomba seria lançada três dias depois,
sobre Nagasaki. Terminava a guerra no Pacífico, e com ela a Segunda Guerra
Mundial. A bomba de Hiroshima foi uma demonstração de força do governo
americano, que poderia ser evitada. Historiadores afirmam que os japoneses já
estavam negociando a rendição.
Mas prevaleceu a versão do Pentágono, de que a bomba impediu
a invasão da principal ilha do Japão, o que provocaria combates com armas
convencionais, e mais de um milhão de mortos. A bomba foi lançada por um
quadrimotor Boeing B-29, às 8h10 da manhã. Era um dia quente e ensolarado no
Japão. Mas os Estados Unidos tinham uma segunda intenção. Queriam dar um recado
à Rússia, que se tornaria a potência rival durante a Guerra Fria. Diziam
naqueles tempos que, se a Terceira Guerra Mundial fosse nuclear, a Quarta
Guerra seria disputada com estilingues e tacapes. A humanidade seria destruída
e renasceria na Idade da Pedra.
Existem hoje 192 países. E só um punhado possui a bomba
atômica. São apenas nove. Existem as cinco potências tradicionais, que são a
China, a França, a Rússia, o Reino Unido e os Estados Unidos. A Índia, o
Paquistão e a Coreia do Norte também têm a bomba. Israel também, mas nunca
confessou isso publicamente. Uma das grandes conquistas da diplomacia mundial
foi o Tratado de Não-Proliferação, de 1970. Ele serviu de cartilha para que
outros países não entrassem no clube.
E vejam vocês que o Brasil e a Argentina também já pensaram
em construir a bomba. Ainda bem que desistiram, há coisa de 30 anos. Era só o
que faltava termos uma corrida nuclear na América Latina. A bomba teria sugado
o dinheiro da saúde, da educação e do combate à pobreza. É assim que o mundo
gira.
Fonte: YouTube/Jornal da Gazeta
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