A vaca tossiu, o boi espirrou, ambos foram para o brejo e
tantas outras coisas estranhas aconteceram que você já não entende nem controla
mais nada.
Logo você, Zé, tão confiante, tão irônico, tão arrogante,
presunçoso e vaidoso, novamente em cana e, pior, sem o benefício de ser réu
primário.
Vai penar, camarada “Caroço”!
Logo você, homem de tantas caras e estranho caráter, que sempre
se considerou acima da mediocridade e melhor do que os outros. Logo você, o
esperto, o safo, o maior dos hipócritas, o todo poderoso, agora humilhado,
envelhecido, com aspecto de doente, triste, derrotado e abandonado!
O que lhe resta, Zé? Você não tem mais poder, não tem mais
amigos, seu advogado é um pândego, todos riem de você e da sua “má sorte”.
Todos querem a sua caveira. Desde inimigos e desafetos até os antigos aliados e
“camaradas de armas” o tratam como se tratava um leproso!
É difícil dizer-lhe o que fazer porque, na sua situação, a
saída demanda o que você, parece, nunca teve ou sabe o que é: humildade,
franqueza, honestidade e coragem. No entanto, tudo o que você não quer contar e
confessar será dito pelos outros, os seus comparsas, que, premiados pela
delação e vencidos pelo medo, contarão a verdade sobre você, seus camaradas e
seu partido.
Há fantasmas que, a cada dia mais, o devem estar apavorando,
todos sabem disso, porque, ao vê-lo recluso ao lugar onde a Justiça o colocou,
eles, literalmente, ululam de prazer!
Já o Lula, tanto quanto você, está insone, mas com a
possibilidade de que você ceda à pressão do mínimo de dignidade que, se
imagina, ainda lhe reste e, abraçado a ele, salte para dentro do círculo da
verdade.
Quando você, Zé, vencido pelas evidências e pela perspectiva
de décadas na clausura, abrir o bico e o jogo, será decretado o fim melancólico
da novela macabra:
“O PT e a tomada criminosa do poder”.
Um epílogo esperado por toda a Nação e que fará de você o
maior de todos os seus protagonistas. Pense nisso, Zé!
Você menosprezou a inteligência e a paciência do Brasil e
dos brasileiros e, agora, só lhe resta contar tudo, cumprir uma peninha de
delator e voltar, para sempre,
“pra Cuba que te pariu”!
Faça isto, Zé, pelo menos isto, pelo seu bem e pelo bem do
Brasil!
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