domingo, 9 de agosto de 2015

E agora, Zé?


A vaca tossiu, o boi espirrou, ambos foram para o brejo e tantas outras coisas estranhas aconteceram que você já não entende nem controla mais nada.

Logo você, Zé, tão confiante, tão irônico, tão arrogante, presunçoso e vaidoso, novamente em cana e, pior, sem o benefício de ser réu primário.

Vai penar, camarada “Caroço”!

Logo você, homem de tantas caras e estranho caráter, que sempre se considerou acima da mediocridade e melhor do que os outros. Logo você, o esperto, o safo, o maior dos hipócritas, o todo poderoso, agora humilhado, envelhecido, com aspecto de doente, triste, derrotado e abandonado!

O que lhe resta, Zé? Você não tem mais poder, não tem mais amigos, seu advogado é um pândego, todos riem de você e da sua “má sorte”. Todos querem a sua caveira. Desde inimigos e desafetos até os antigos aliados e “camaradas de armas” o tratam como se tratava um leproso!

É difícil dizer-lhe o que fazer porque, na sua situação, a saída demanda o que você, parece, nunca teve ou sabe o que é: humildade, franqueza, honestidade e coragem. No entanto, tudo o que você não quer contar e confessar será dito pelos outros, os seus comparsas, que, premiados pela delação e vencidos pelo medo, contarão a verdade sobre você, seus camaradas e seu partido.

Há fantasmas que, a cada dia mais, o devem estar apavorando, todos sabem disso, porque, ao vê-lo recluso ao lugar onde a Justiça o colocou, eles, literalmente, ululam de prazer!

Já o Lula, tanto quanto você, está insone, mas com a possibilidade de que você ceda à pressão do mínimo de dignidade que, se imagina, ainda lhe reste e, abraçado a ele, salte para dentro do círculo da verdade.

Quando você, Zé, vencido pelas evidências e pela perspectiva de décadas na clausura, abrir o bico e o jogo, será decretado o fim melancólico da novela macabra:

“O PT e a tomada criminosa do poder”.

Um epílogo esperado por toda a Nação e que fará de você o maior de todos os seus protagonistas. Pense nisso, Zé!

Você menosprezou a inteligência e a paciência do Brasil e dos brasileiros e, agora, só lhe resta contar tudo, cumprir uma peninha de delator e voltar, para sempre,

“pra Cuba que te pariu”!


Faça isto, Zé, pelo menos isto, pelo seu bem e pelo bem do Brasil!

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