Por Rodrigo Constantino
Ao menos não para quem acompanha o PT nos últimos anos e já
escutou falar, por exemplo, do Foro de São Paulo. O PT é um partido que
oficialmente defende ditaduras, ou seja, não acredita na democracia
representativa de fato e, portanto, cospe no conceito de República e divisão de
poderes. Para os petistas, o governo fazer uso do estado para beneficiar o
partido é a coisa mais natural do mundo, quase uma obrigação dos “companheiros”
pela “causa” (perpetuar-se no poder). É como o PT funciona.
Logo, ninguém que conhecesse essa reportagem da Veja.com, por
exemplo, pode ficar espantado com a ação de Cardozo agora. Ele estava lá, na
reunião do Foro, enaltecendo o regime cubano, tecendo loas a um ditador
assassino, ao lado de terroristas e sequestradores narcotraficantes da
Colômbia. Cardozo atacava os Estados Unidos, uma República como poucas, com
ampla liberdade individual e sólido império das leis, enquanto babava o ovo do
decrépito “El Coma Andante”, que transformou Cuba em um feudo particular, em
uma fazenda que, em vez de gado, tem escravos humanos. Vejam:
Pergunto: um defensor de Cuba, sócio das Farc no Foro de SP,
teria escrúpulos “pequeno-burgueses” democráticos para não usar o estado em
prol do partido e passar por cima das nossas leis, mesmo sendo o representante
da Justiça? Pergunto, ainda: o que diz desse país o simples fato de alguém com
tais credenciais, com tal passado recente, com tal discurso, ter se tornado o
ministro da Justiça?
Sim, Cardozo deve ser demitido, imediatamente. Afinal,
democratas legítimos não podem tolerar essa simbiose nefasta entre estado e
partido, como se a “coisa pública” fosse uma “cosa nostra”, típica da máfia.
Mas isso é muito pouco. Cardozo deveria mesmo é ir para Cuba (e levar o PT
junto), pois pessoas assim não são bem-vindas em regimes republicanos, muito
menos como ministro da Justiça.
E pensar que ele ainda é cotado para assumir a vaga de
Barbosa no Supremo! No que o PT transformou o Brasil?
Publicado originalmente na Coluna do Rodrigo Constantino - VEJA
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