Temos que aprender a conduzir os nossos destinos e,
principalmente, aprender a definir o que de fato é bom, se não para todos, pelo
menos para a maioria, e fazer acontecer sem depender de decisões sobre as quais
não temos ingerência.
Temos que entender e aprender que os políticos não se
constituem em uma classe profissional autônoma que trabalha para si própria.
Pelo contrário, são representantes compromissados com a vontade dos que os
colocaram lá e a eles devem respeito e prestação de contas.
Já os militares são o que são porque escolheram esta
profissão e, com esforço pessoal, individualmente, representando unicamente a
sua vocação e mais ninguém, passaram a integrar um organismo armado com missão
definida.
Uma iniciativa ou uma decisão de um político representa, em
princípio, a vontade de seus eleitores. Uma iniciativa ou decisão de um
Comandante Militar pode ser aplaudida ou vaiada pela sociedade como um todo,
mas não depende da vontade ou da pressão popular. A sua função não é eletiva, é
uma conquista de esforço, de dedicação, de mérito e de demonstrações de coragem
e de responsabilidade consequente.
Portanto, a decisão por uma intervenção militar, ao arrepio
da Constituição, como em 64, é exclusiva dos militares, não carece de pedidos,
pressões, aplausos, vaias, choros ou ranger de dentes!
O mesmo já não é válido para o impeachment, porquanto os
políticos podem e devem ser pressionados para que façam, no nosso ritmo, o que
nós achamos que deve ser feito!
Assim, é mais lógico que nós, cidadãos, não fiquemos
esperando ou tentando induzir os soldados a fazer o que NÓSachamos que eles
devem fazer, mas, antes de mais nada, fazer o que NOS cabe como eleitores dos
outros cidadãos que representam a nossa vontade no Poder Legislativo.
Os militares, como tal, não com cidadãos e eleitores, farão
a parte deles, se assim julgarem necessário, com ou sem a nossa demanda ou
aquiescência, merecendo o nosso aplauso ou as nossas vaias. Eles não dependem
disso, mas, apenas, da própria consciência cívica, patriótica e profissional!
Pensem nisso…
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