Por Ucho.Info
Ontem, pela
manhã, a presidente recebeu a lista tríplice dos mais votados da categoria das
mãos do presidente da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República),
José Robalinho Cavalcanti, na qual o procurador-geral obteve 799 votos, seguido
de Mário Bonsaglia, com 462 votos. Raquel Dodge, em terceiro, recebeu 402
votos. Ao todo votaram 983 procuradores, sendo que cada um pode escolher três
nomes.
O resultado
folgado da eleição mostrou que a categoria apoia o trabalho de Janot à frente
da Procuradoria. Ele tem sido criticado e alvo de ameaças de retaliações de
congressistas devidos às investigações que atingem políticos na esteira da
Operação Lava-Jato.
Janot ainda
terá de passar por uma sabatina e votação na Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ) do Senado e, caso seu nome seja aprovado, sua indicação seguirá para
análise do plenário da Casa, onde precisará de pelo menos 41 votos dos 81
votos. Dos 27 titulares da comissão, oito são investigados por suposta
participação no esquema de corrupção da Petrobras.
Renan
Calheiros, presidente do Senado, que também é alvo de inquérito no Supremo
Tribunal Federal a pedido de Janot, nega disposição para dificultar a escolha
do procurador. Renan chegou a acusar Janot de agir politicamente na definição
dos investigados. Porém, nas últimas semanas, o senador diminuiu o tom dos
ataques publicamente, em clara estratégia para sair do foco do escândalo de
corrupção.
O atual
mandato de Rodrigo Janot termina no dia 17 de setembro. No Senado, alguns estão
apostando em manobras para atrapalhar a recondução do procurador como, por
exemplo, adiar a sabatina.
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