Por Gen Ex Maynard Marques de Santa Rosa
Em 1961, um ensaio científico da psicoterapeuta alemã Marie
Louise Von Franz, compilado no livro O Homem e Seus Símbolos, afirmava que:
“Quando se manipula a opinião pública com apelos antinaturais, provoca-se uma
repressão dos instintos, que causa dissociação neurótica e enfermidade mental.
Os manipuladores podem alcançar sucesso temporário no início, mas acabam por
fracassar a longo prazo”.
Marie Louise era pesquisadora máster da equipe do Dr. Carl
Gustav Jung, criador da teoria dos arquétipos. Ele próprio já havia demonstrado
que os grupos humanos adquirem personalidade coletiva e agem à semelhança do
ser individual.
Evidentemente, Antonio Gramsci ignorava essa verdade, quando
redigiu os seus Cadernos do Cárcere, assim como, também, os intelectuais do
Foro de São Paulo, ao trocarem o modelo leninista pela Revolução Passiva.
Os ideólogos de esquerda, fazendo uso massivo da arma
psicológica, em três décadas, demoliram os referenciais morais e desfiguraram
os traços culturais da identidade nacional, mas não conseguiram alcançar a meta
primordial: “substituir os fundamentos da sociedade burguesa pelos da sociedade
marxista”. Portanto, é uma constatação alvissareira o fracasso da doutrina de
Gramsci no Brasil, não obstante o legado da profecia de Marie Louise:
“dissociação neurótica crônica”, com prejuízo da harmonia social.
Ironicamente, parece que a maior afetação se deu no
estamento político, como indicado pelos atuais sintomas de alienação e perda do
discernimento. O partido governante busca no marketing a solução da crise. Os
da oposição lançam-se à disputa dos despojos do poder, sem aparentar
preocupação com os destinos do país. O clima político é dominado por uma
espécie de morbidez cataléptica, que mantém viva a percepção dos sentidos, mas
paralisa a capacidade de agir.
Evocando a dimensão psicológica em cujo âmbito atua a malfadada
doutrina, cabe o alerta de Jung: “Grupos, comunidades e até mesmo povos
inteiros podem ser tomados por epidemias psíquicas”. Sob pressão de uma crise,
podem aflorar à consciência coletiva os arquétipos mais recônditos do
inconsciente, inclusive os da barbárie, para semear devastação e tirania.
Fonte: Brasil Acima de Tudo
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