Por Nivaldo Cordeiro
A notícia de hoje é que sua equipe de ministros prepara a
ressurreição da famigerada CPMF, na tentativa de enfrentar o déficit fiscal que
parece superar 7% do PIB. Essa estimativa garante que o Brasil poderá perder o
grau de investimento em breve, o que levaria a uma imediata fuga de capitais e
à impossibilidade de financiar a necessidade de investimentos e o balanço de
pagamentos. A taxa de câmbio, em razão disso, explodiria a níveis
desconhecidos, agravando a crise econômica a patamares capazes de inviabilizar
a sobrevivência de muitos brasileiros, para não dizer que da sua maioria.
É bom lembrar que nem Lula, no auge de sua popularidade e
dispondo do mensalão e, depois, do petrolão, conseguiu dobrar o Congresso
Nacional, que negou inapelavelmente a pretensão do PT de renovar a contribuição
criada pelo defunto Adib Jatene. Não será a Dilma Rousseff, no auge de sua
impopularidade e depois da detonação, pela via judicial, de seus mecanismos
escusos de financiamento de sua base alugada, que poderá conseguir tal feito.
Dilma Rousseff optou por transferir a conta do ajuste da
crise orçamentária do Estado para os 93% que repudiam seu governo, precisamente
aqueles que trabalham, estudam e fazem a coisa acontecer no nosso país, àqueles
que não são sócios das maracutaias típicas do PT e que não mamaram no mensalão
e no petrolão. Governa para os 7% corruptos, apaniguados e assalariados do PT,
os interesseiros que vivem à custa do Tesouro e não sabem mais viver de outra
forma. Nesse rol inclusos os que têm aposentadorias indecentes do setor
público, os credores da dívida pública, os salários supervalorizados do setor
público e os contratantes de fornecimento ao governo, assíduos pagadores de
propinas para os poderosos.
Evidentemente que esse disparate não pode prosperar. É como
se o cadáver de Adib Jatene viesse agora, descarnado de suas supostas boas
intenções de consertar a Saúde, assombrar os pagadores de impostos. O cinismo
da propositura não tem limites. Essa monstruosidade tributária que é a CPMF,
além de ser altamente regressiva, é impeditiva de propiciar as condições
competitivas para o comércio exterior. Se Plutão viesse dos infernos não seria
um ministro da Fazenda tão “bom” como está sendo Joaquim Levy.
A propósito, eu disse no meu hangout de domingo passado
(https://www.youtube.com/watch?v=HfOQYfnyh4k), no qual foram discutidas as
ideias liberais, que o ministro Joaquim Levy não apenas traiu os ideais
próprios da causa ensinados pela Escola de Chicago, mas que também revelou uma
indelével falha de caráter. Fazer o malfeito plenamente consciente de que é
malfeito torna o crime doloso. Joaquim Levy é como um criminoso doloso, que
opera maldades contra o povo brasileiro de forma ímpia. Não merece respeito
algum, menos ainda do que alguém do PT mereceria, pois deste partido afinal as
más intenções são sobejamente conhecidas e esperadas. São programáticas. São
pornográficas.
Ao abraçar a agenda tributarista do PT, o ministro Joaquim
Levy confessou que é apenas um lacaio carreirista, um alpinista político que
aproveitou a circunstância para “chegar lá”. Sabemos que tem o patrocínio do
seu patrão banqueiro e que essa gente gosta de elevar impostos para garantir
seus rendimentos, credores que são da dívida pública. No entanto, há limites
para tudo, até para se vender a alma ao PT e aos seus sócios banqueiros.
Joaquim Levy é uma monstruosidade econômica, que perdeu a hora de pedir
demissão. Um monstro moral, praticando o mal com plena convicção.
E não vale argumentar que é preciso combater o déficit
fiscal. Isso é acaciano. Toda gente sabe disso. O certo é dizer: é preciso
combater o déficit fiscal do lado da despesa, cortando gastos. Um liberal faria
isso sem piedade e sem contemplação, convictamente de estar praticando o bem,
mas Joaquim Levy está prisioneiro do dilema entre a ética da consciência e a
ética da lealdade aos poderosos. É uma aberração moral, um covarde no sentido
exato do termo.
Os brasileiros estão sendo devorados por monstros do naipe
de Dilma Rousseff, Joaquim Levy, mensaleiros e “petroleiros” em boa hora
castigados pelo juiz Sergio Moro. E por banqueiros que aderiram à causa
petista. Essa gente não tem escrúpulos para elevar impostos. O filho maldito
desses monstros, da cruza entre Dilma Rousseff e Joaquim Levy, é o monstrinho
da CPMF. Será abortado. Não passará no Congresso Nacional. O governo do PT e de
Dilma Rousseff cairá antes desse anunciado apocalipse.
Depois veem dizer que a tal sociedade é que tem que
escolher. Uma pinoia. A sociedade já escolheu tirar o PT do poder e chutar
Joaquim Levy de volta ao seu patrão. Eles é que estão escolhendo o caminho do
desastre, não a tal sociedade.
Vimos que o tarifaço de Joaquim Levy, essa facada nas costas
do povo brasileiro, transformou-se em leite de pato, pois mergulhou a economia
em tal recessão, uma depressão mesmo, que a arrecadação se contraiu fortemente.
O que se perdeu em impostos foi mais do que se ganhou com a elevação de
tarifas. O mesmo se dará se conseguirem aprovar a CPMF, pois outro efeito não
teria que não de aprofundar a recessão, com a respectiva queda de arrecadação
global. E a destruição do setor exportador. O parasita não pode ser maior e
mais forte do que o hospedeiro.
Quem viver verá.
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