sábado, 2 de maio de 2015

Por que Renan bateu tão forte em Dilma/Temer?

 
"O PMDB não pode substituir o PT no que ele tem de pior, que é o aparelhamento do Estado brasileiro. Não se trata de saber quem é o dono do aparelhamento, trata-se de acabar com o aparelhamento . Não se pode transformar a coordenação política em coordenador de RH, da boquinha. Não precisamos apenas mudar o dono do aparelhamento do Estado. O PMDB tem que dar qualidade e fundamento à coalizão".

Não tem preço para a dupla PT/PMDB ouvir uma crítica pesada como essa saída da boca de um "aliado", o presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros. Até porque, em política, nenhuma bronca vem de graça ou por obra do mero acaso. Renan resolveu falar grosso com o governo em retaliação. O Ministério das Minas e Energia vai mexer no bolso do grupo econômico dele. Quer desligar as termoelétricas a diesel que encarecem absurdamente o custo da energia no Brasil, substituindo-as pelo gás natural, abundante e mais barato.

A bronca de Renan, que acertou, ao mesmo tempo, o fígado da desgastadíssima Presidenta Dilma Rousseff e de seu vice Michel Temer (a quem ela terceirizou a articulação política), foi digna de um eficiente opositor ao desgoverno: "Não há nada pior do que a paralisia, a falta de iniciativa e o vazio. Nós conquistamos a democracia no Brasil para deixar que as panelas se manifestassem. Precisamos ouvir o que as panelas dizem. Certamente a presidente Dilma não vai falar porque não tem o que dizer aos trabalhadores. Por isso estou propondo esse pacto em defesa do emprego. Assim como temos meta de inflação, de superávit fiscal, temos que ter também uma meta de emprego".

Dando uma de Presidente da República, já que Dilma não consegue cumprir seu papel, Renan Calheiros anunciou uma reunião para discutir medidas para estimular empresas que geram vagas de emprego. Prometeu que, depois desta sessão no dia 5 de maio, com economistas e empresários, no plenário do Senado, sob coordenação do tucano e economista José Serra, fará um pronunciamento e depois levará a ideia à Presidenta Dilma: "Espero que ela compre a ideia. Vai ajudá-la a sair do imobilismo e preencher esse vazio e paralisia. Não ter o que dizer na TV no dia 1º de maio é uma coisa ridícula, um retrocesso. Tudo que o governo quiser propor nesse sentido será bem vindo. Esse é um pacto dos dois poderes — Executivo e Legislativo — para dar uma diretriz ao governo que está sem agenda, iniciativa. O vazio é que fragiliza o governo".

A manobra de Renan, que faz um joquinho de faz de conta, fingindo independência e ora se digladiando com o Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ora concordando inteiramente com o colega de partido, é uma prova da fragilidade e da mediocridade política de Dilma Rousseff. Se depender da cúpula do PMDB, ela ficará mais acuada a cada dia, até ser forçada a "pedir para sair". O grito de Renan, na véspera do Dia do Trabalho, foi apenas um dos muitos "abalos sísmicos" (ou seriam tremores cínicos) previstos contra Dilma, até que ela tome a decisão, desesperada, de renunciar.

O Brasil vive uma crise ética e um impasse institucional sem precedentes. Novos terremotos abalarão o desgoverno. É só esperar e não pagar para ver...

Quem tem aliados assim...

 
Passou recibo

Sem citar o nada santo nome de Renan Calheiros, o vice-presidente Michel Temer reagiu às críticas a sua atuação na articulação política do governo.

O maçom inglês Michel Temer Lulia soltou uma nota para se defender:

"Não usarei meu cargo para agredir autoridades de outros Poderes. Respeito institucional é a essência da atividade política, assim como a ética, a moral e a lisura. Não estimularei um debate que só pode desarmonizar as instituições e os setores sociais. O País precisa, neste momento histórico, de políticos à altura dos desafios que hão de ser enfrentados. Trabalho hoje com o objetivo de construir a estabilidade política e a harmonia ensejadoras da retomada do crescimento econômico em benefício do povo brasileiro. Se outros querem sair desta trilha, aviso que dela não sairei".

Cuidado com o título de eleitor

O Tribunal Superior Eleitoral calcula que cerca de 1,7 milhão de títulos podem ser cancelados.

Por isso, os eleitores faltosos ou que não justificaram ausência nas três últimas eleições têm até a próxima segunda-feira para regularizar a situação com a Justiça Eleitoral.

Para regularizar, é preciso comparecer ao cartório eleitoral mais próximo da residência. Os documentos necessários são o título eleitoral, documento oficial com foto e comprovantes de votação, de justificativa e de recolhimento ou, se houver, dispensa de recolhimento de multa.

Programado

O cancelamento automático dos títulos irregulares será feito entre 19 a 21 de maio.

O título cancelado impede o cidadão de tirar passaporte e carteira de identidade, receber salários ou funções em cargos públicos, conseguir alguns tipos de empréstimo, além de dificuldades em etapas de concursos públicos.

O eleitores podem conferir se seus títulos estão sujeitos ao cancelamento no site do TSE, na coluna “Serviços ao eleitor” e no link “Situação eleitoral”.

Ei, Ei, Eymael no Direito e Justiça em foco...


O desembargador Laércio Laurelli recebe no domingo, às 22 horas, na rede Gospel, o empresário e advogado José Maria Eymael, um democrata cristão, que tem sido candidato à Presidência da República nas últimas eleições.

Perigo na moto

Se você pensa que os brasileiros são muito mal educados sob duas rodas, é porque você ainda não viu os russos: barbárie total na motocicleta...


Propaganda enfartada

A Justiça de São Paulo determinou que o PT retire de toda sua propaganda — física ou virtual — a imagem-ícone da campanha da presidente Dilma Rousseff, conhecida como “Coração Valente”.

Numa ação movida contra o partido, o ilustrador mineiro Sattu Rodrigues afirma que o trabalho é de sua autoria e que foi utilizado sem seu consentimento, sem qualquer crédito e sem o devido pagamento de direitos autorais.

Segundo a decisão do desembargador Alcides Leopoldo e Silva Júnior, o PT está sujeito a uma multa diária de R$ 10 mil se descumprir a ordem.

Fomos Poupados

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