Seja qual for o caminho escolhido, o que Pinheiro já disse
(e detalhou em copiosas anotações manuscritas) basta para incorporar ao elenco
do Petrolão o protagonista que faltava. No mais cruel dos dias para quem tem
culpa no cartório, as relações promíscuas entre o manda-chuva da OAS e o
reizinho do Brasil serão escancaradas nas oito páginas da reportagem de capa.
Entre tantas histórias muito mal contadas, a dupla esbanja afinação
especialmente em três, valorizadas pela participação de coadjuvantes que
valorizam qualquer peça político-policial.
Num episódio, o ex-presidente induz Pinheiro a presenteá-lo
com a reforma do sítio que, embora Lula o chame de seu, pertence oficialmente a
um sócio do filho Lulinha. Noutro, um emissário do pedinte vocacional incumbe o
empreiteiro de arranjar serviço e dinheiro para o marido de Rosemary Noronha, a
ex-segunda-dama que ameaçava vingar-se do abandono com a abertura de uma
assustadora caixa-preta. Mais além, o comandante da OAS cuida de desmatar o
atalho que levou Lula a virar dono de um triplex no Guarujá.
A participação do ex-presidente no naufrágio da Petrobras
ainda não entrou na mira da Polícia Federal. O inventor do Brasil Maravilha
está a um passo do pântano sem que tenha começado a devassa das catacumbas
malcheirosas que escondem a farra das refinarias inúteis e a montagem da
diretoria infestada de ineptos e corruptos, fora o resto. Pode estar aí a
explicação para o estranho vídeo em que celebra as vantagens de um bom preparo
físico. Vai precisar disso quando tiver de sair em desabalada carreira.
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