Os petistas estão perdendo a medida. Já afirmei aqui que
suas lideranças nacionais estão fazendo pronunciamentos absolutamente
irresponsáveis sobre as manifestações de protesto contra o governo Dilma, que
se inserem na mais pura e rotineira normalidade democrática. Até o ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo, foi obrigado a reconhecê-lo.
Ora, à medida que os petistas classificam de “golpe” o que
faz parte da cultura democrática — ou o PT não se construiu também nas ruas, de
protesto em protesto? —, estimulam comportamentos e ameaças como o deste
cidadão. Assistam ao vídeo. Volto em seguida.
Ele pode ser apenas um bravateiro, um faroleiro, um tolo? Pode,
sim. Mas também pode ser mais do que isso. Imaginem se fosse o contrário:
imaginem se um manifestante anti-Dilma e anti-PT se referisse nesses termos a
seus adversários, àqueles que vão às ruas defender o governo e o partido. Não
só a imprensa faria um escarcéu como o Ministério da Justiça logo se
manifestaria.
A ameaça está feita. É claro que os defensores do governo
Dilma deram um passo perigoso quando compareceram a uma manifestação de
protesto, com um arma branca, para atacar o boneco Pixuleko. Isso aconteceu na
sexta. No domingo, mais uma vez, um grupo resolveu interromper a manifestação,
provocando um confronto físico com os defensores do impeachment. É evidente que
esse é um mau caminho.
Não será difícil à Polícia identificar quem é esse sujeito.
Ele tem explicações a dar. Diz publicar habitualmente vídeos na rede.
Obviamente, ele tem o direito de pensar o que quiser — inclusive afirmar que o
Brasil não está em crise. Mas não tem o direito de ameaçar ninguém.
Notem que ele recorre aos termos propostos pelo presidente
da CUT, Vagner Freitas, em solenidade no Palácio do Planalto, quando este líder
sindical pregou a luta armada, e a presidente Dilma silenciou a respeito, o que
a tornou cúmplice da incitação à violência.
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