Por Carlos I. S. Azambuja

Prezado Kamarada:
Tento responder. Allende só foi confirmado presidente pelo
Congresso após assinar um documento prometendo respeitar a Constituição. Tomou
posse em 1971 e governou por 2 anos, ignorando aquilo que havia prometido ao
Congresso. Então, a Câmara dos /Deputados informou aos ministros, em 23 de
agosto de 1973, que Allende estava na ilegalidade. Dia 11 de setembro as tropas
amanheceram nas ruas de Santiago. Allende foi, por várias vezes, instado, pelos
ministros militares, a renunciar, conforme se pode ouvir no CD vendido anexo ao
livro “Interferência Indevida”, de Patricia Verdugo (o CD narra, ao vivo, as
conversas entre os comandantes militares desde as primeiras horas de 11 de
setembro).
Allende negou-se a renunciar, dizendo que era “muy macho”.
Foi avisado que o Palácio La Moneda, onde se encontrava, seria bombardeado. Fez
pouco caso e parece que não acreditou. Vendo que não era brincadeira, pois o
Palácio começou a arder, cometeu o suicídio com uma arma que lhe havia sido
regalada pelo kamarada Fidel Castro.
O MIR, o PCCh e os famosos “cordones industriales”, que por
várias vezes anunciaram que dariam respaldo a Allende, chegando a pichar
paredes com a consigna “Este governo é uma merda, mas é o meu governo”, não
apareceram para defender a merda.
E o presidente petista Rui Falcão ainda roubou a frase
original dos chilenos...
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Carlos I. S. Azambuja é Historiador.
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