Por Veja
Segundo a chancelaria venezuelana, objetivo da visita era
'desestabilizar a democracia'. Oposição a Maduro fez marcha neste sábado
Apesar de o governo brasileiro haver condenado a agressão
contra o grupo de senadores que esteve na Venezuela na quinta-feira, 18, a
chancelaria venezuelana sustenta que o objetivo da visita era "causar
confusão".
Segundo a chancelaria, seria uma "grande mentira"
afirmar "que a segurança e a integridade física dos senadores da direita
brasileira esteve comprometida". A nota afirma ainda que o grupo
"chegou ao país com o único propósito de desestabilizar a democracia e
gerar confusão e conflito entre países irmãos".
O governo brasileiro pediu esclarecimentos a Caracas pelos
"inaceitáveis atos hostis" contra os senadores, entre eles o
ex-candidato à presidência Aécio Neves (PSDB), que viajou à Venezuela para
interceder por políticos opositores detidos. Eles foram agredidos por
manifestantes chavistas e não conseguiram visitar os presos políticos, uma vez
que as vias de acesso entre o aeroporto e a capital haviam sido fechadas.
Hoje, o líder opositor da Mesa de Unidade Democrática (MUD),
Jesús Torrealba exigiu que a presidente Dilma Roussef se promuncie sobre o
incidente e disse que há uma "notória diferença" entre o tratamento
que os senadores receberam na Venezuela e o que foi dado no país ao presidente
da Odebrecht, investigado por corrupção e um dos maiores investidores
brasileiros no país.
A maioria dos cidadãos venezuelanos, assim como os
opositores, rejeitou o comportamento dos chavistas. "Estamos com vergonha
dos atropelos do governo e da falta de respeito aos senadores brasileiros. Por
esse incidente pode-se entender a necessidade de visitar nossos presos
políticos", disse a VEJA de Caracas a ex-juíza da Suprema Corte de Justiça
Branca Rosa Mármol de Leon. A oposição realizou mais uma manifestação pacífica
esta tarde.
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