Por Ucho.Info
O senador goiano rejeitou o argumento do governo federal de
que esse incremento no volume de crédito com equalização de juros pelo Tesouro
auxilia o banco na “demanda pelo aumento da competitividade da indústria
brasileira”. Caiado lembrou o atual momento de recessão e a fraca demanda por
investimentos.
“A economia está parada e a indústria não está buscando
investimentos que justifiquem essa MP. Esse aumento só serve para tentar abater
o calote ao qual o Tesouro vem impondo ao banco. Somente em 2014 o BNDES já
declarava um crédito de R$ 26,16 bilhões junto ao Tesouro”, lembrou o senador.
O democrata se refere ao volume de crédito que o BNDES
contabiliza desde 2010, quando o governo federal deixou de pagar as despesas
com equalização de juros, ou seja, a diferença entre o juro real cobrado no
mercado para o cobrado pelo BNDES. Para o democrata, no momento em que o
governo impõe à população aumento de impostos, cortes em benefícios
trabalhistas e arrocho fiscal, a MP que permite um maior endividamento do
Tesouro aparece na contramão de qualquer política de austeridade.
“Dilma está deixando 178 mil jovens de fora do Fies para não
arcar com um custo de R$ 7,2 bilhões a mais no programa. A Pátria Educadora
prefere economizar em educação a deixar o suspeitíssimo BNDES sem recursos para
financiar aliados internos e externos que sustentam o PT no poder”, protestou.
MP 664 e MP 665
Ronaldo Caiado também criticou as duas MPs que cortam
benefícios trabalhistas e direitos adquiridos da população e que devem ir ao
plenário do Senado Federal já nas próximas sessões. Ele lembrou o caráter
inconstitucional das medidas já ressaltado pelo presidente da Casa, Renan
Calheiros, e o atual cenário de aumento de desemprego e recessão.
“No momento de maior fragilidade de nossa classe
trabalhadora, quanto todos estão pagando por erros na economia do governo,
essas medidas são de grande insensibilidade. Estamos tirando a proteção àqueles
que vão sofrer com desemprego e inflação diante das medidas já anunciadas pelo
governo”, completou.
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