Por Olavo de Carvalho
Os fatos são patentes e inegáveis:
1. O PT é filiado a uma organização estrangeira, o Foro de
São Paulo, que ele reconhece como “coordenação estratégica da esquerda na
América Latina” (sic) e cujas resoluções, unanimemente assinadas nas suas
assembleias anuais, ele acata e cumpre. Consultem-se, a respeito, o vídeo do
III Congresso do partido (veja aqui), as atas das assembleias do Foro de São
Paulo (leia aqui) e o discurso comemorativo pronunciado pelo sr. Luís Inácio
Lula da Silva, então presidente da República, no décimo-quinto aniversário da
entidade – discurso publicado na própria página oficial da Presidência, depois
comentado e linkado no meu artigo (leia aqui). As provas não poderiam ser mais
abundantes nem mais inquestionáveis.
A Lei dos Partidos Políticos (Lei número 9.096 de 19 de
setembro de 1995) determina que o STF casse o registro desse partido, por
violação do artigo 28, alínea II: “estar subordinado a entidade ou governo estrangeiros.”
A violação independe de o partido ter ou não recebido fundos
dessa entidade, o que é crime suplementar a ser investigado.
2. O PT tem sob o seu comando e alimenta com vultosas verbas
públicas uma entidade paramilitar, armada, clandestina e sem registro legal,
treinada por técnicos estrangeiros para atividades de guerrilha, especializada
em invadir e queimar propriedades rurais e em bloquear pela força o direito do
cidadão brasileiro de circular livremente pelo território nacional, e não hesita
em convocar essa entidade, chamando-a mui apropriadamente de “exército”, a
mostrar o seu poder e interferir na política nacional como instrumento de
pressão e intimidação.
Isso viola a alínea IV da Lei dos Partidos Políticos
(“manter organização paramilitar”), obrigando o STF a cancelar o registro do
partido, mediante “denúncia de qualquer eleitor, de representante de partido,
ou de representação do Procurador-Geral Eleitoral”.
O PT é portanto um partido ilegal, cuja possibilidade de
existência continuada só é garantida por um conluio criminoso, regado a
dinheiro público, do qual participam políticos, juízes e altos funcionários das
estatais, tudo sob a proteção da “grande mídia”.
3. O governo Dilma Rousseff concedeu empréstimos ilegais a
várias nações comunistas, violando o artigo 49 da Constituição Federal, segundo
o qual assinar tratados e compromissos internacionais que impliquem despesas
para os cofres públicos “é de competência exclusiva do Congresso
Nacional”. Reconhecendo cinicamente que
esses empréstimos são inconstitucionais e ilegais, o governo Rousseff ainda os
tornou secretos, roubando ao Congresso e à nação a mera possibilidade de
investigá-los.
Não poderia haver prova mais patente de crime de improbidade
administrativa, tornando o impeachment da Sra. Rousseff não apenas legal, mas
obrigatório, mesmo sem Mensalão, Petrolão e demais crimes coadjuvantes que esse
governo jamais se eximiu de praticar.
Para maiores informações, veja aqui.
4. A sra. Rousseff deve o seu segundo mandato à fraude
eleitoral maciça e ostensiva da apuração secreta dos votos, que nega o mais
elementar princípio de transparência sem o qual nenhuma eleição é válida ou
legítima à luz da razão e do Direito. Para dar viabilidade ao truque sujo,
colocou na presidência do Tribunal Eleitoral, após tê-lo feito passar pelo STF,
um advogado do seu partido e homem notoriamente desprovido das qualificações
para cargos superiores da magistratura.
Nessas condições, proclamar, como o faz praticamente a
totalidade da classe política e da mídia, que a sra. Rousseff governa o país
com base num mandato legítimo e democraticamente instituído é atitude de uma
mendacidade e de um cinismo que raiam a amoralidade psicopática pura e simples.
Cansados de esperar e implorar que o Congresso e as
autoridades judiciárias fizessem cumprir a lei, dois ou três milhões de
cidadãos saíram às ruas, no maior protesto político de toda a nossa História,
apenas para ver, no dia seguinte, o governo, auxiliado pelos políticos ditos
“de oposição” e pela mídia, tentar tirar proveito do seu próprio descrédito e
da sua própria torpeza, utilizando-se da ira popular como pretexto para vender,
de novo, a fraudulenta proposta da “reforma política” bolivariana.
Com toda a evidência, a elite política e midiática deste
país entrou num pacto calculado para impor a autoridade do PT acima da
Constituição e das leis, incondicionalmente e sem possibilidade de discussão.
No tempo de Collor e FHC, qualquer passeata de umas dezenas
de milhares de manifestantes, convocados e dirigidos por organizações
políticas, era glorificada como “clamor popular” e alegada como razão iminente
para um impeachment.
Dois milhões de pessoas clamando espontaneamente nas ruas
pelo simples cumprimento das leis não bastam para demover essa elite da sua
firme e inabalável decisão de vender como “democracia” um ritual grotesco de
legitimação do crime e da iniquidade.
A ruptura entre o povo e a elite mandante é hoje profunda,
radical e insanável. Não há diálogo nem conciliação possível. A vida política
nacional tornou-se uma queda de braço entre os happy few e a massa indignada,
entre a palhaçada de cima e a realidade de baixo.
Mais dia, menos dia, a realidade vencerá, mas quanto
sofrimento isso ainda vai custar aos brasileiros?
Publicado originalmente no Diário do Comércio
Publicado originalmente no Diário do Comércio
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