Por Jorge Geisel

Em homenagem à filósofa, filosofo também com a paródia:
Chauí, Chauí, Chuá
Deixa a cidade feiosa morena
Feia e pequena, volte ao petezão
Beber a pinga da fonte que manda
Se tu nasceste da bosta cheirosa
Cheirando a estrela que não é da terra
Volta pra vida serena da aula
Da velha crença debaixo da
terra.
E a fonte a cantar, chauí, chuá
E o esgoto a correr, Petê, Petê
Parece que alguém tão cheio de mágoa
Deixasse quem há de dizer maldade
No meio do esgoto rolando também.
A lua mingante de cor rosada
Faz a jornada do discurso ao léu
Como se sombra da bebedeira
Fosse da cachoeira o escarcéu
Quando essa sombra lá distante
Com palavra rouquenha cair
Dá-nos essa prova que desenterra
Que eu volto pra terra donde não quero partir
E a fonte a cantar, chauí, chuá
E o esgoto a correr, Petê, Petê
Parece que alguém tão cheio de mágoa
Deixasse quem há de dizer maldade
No meio do esgoto rolando também.
Publicado originalmente no site Alerta Total
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Jorge Geisel é Advogado especialista em Direito Marítimo com passagem
em diversos cursos e seminários no exterior. Poeta, articulista, membro
trintenário do Lions Clube do Brasil. É um dos mais expressivos defensores do
federalismo e da idéia de maior independência das unidades da federação.
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