Por General Marco Antonio Felicio da Silva
A História mostra e a Ciência Política comprova que não
existe vácuo de poder. Tão logo este apareça será ocupado, de imediato, por
novas lideranças.
Fatos como os do “Petrolão” e as últimas pesquisas,
influenciadas por desastrosa campanha eleitoral, permeada por notícias de
corrupção, por mentiras e vãs promessas, maquiadas por um marketing criminoso a
esconder os descalabros de seu governo, demonstram que Dilma Roussef, eleita
por uma minoria (38%) em relação à massa de votantes, tornou-se ilegítima como
Presidente da República. Embora empossada legalmente, perdeu o necessário apoio
político da maioria da população e é contestada mesmo em seu próprio partido.
Três meses após a posse de Dilma, a última pesquisa
Datafolha (8/2/2015) mostra sua deterioração política. De 42% de ótimo/bom e
24% de ruim/péssimo, em dezembro de 2014, a avaliação do seu governo é, agora, de,
respectivamente, 23% e 44%. É considerada por 47% como desonesta, por 54% como
falsa e por 50% como indecisa.
Parecer do jurísta Ives Granda aponta real possibilidade de
Dilma ser submetida a processo de impeachment. “Há, na verdade, um crime
continuado da mesma gestora da coisa pública, quer como Presidente do Conselho
da Petrobras, representando a União, principal acionista da maior sociedade de
economia mista do Brasil, quer como Presidente da República, ao quedar-se
inerte e manter os mesmos administradores da Empresa”.
O escândalo da Petrobras comprova o aparelhamento da Empresa
pelo PT, o mesmo que ocorre nos três poderes da República e em empresas
estatais, e o envolvimento de elementos da cúpula do referido partido, e de
componentes de sua base, em corrupção desenfreada, traduzindo o desvio de
bilhões de reais, “transformados” em doações de campanha, desde a primeira
eleição de Dilma, e em fortunas pessoais. Um furto de 88 bilhões, até agora,
informado em balanço da própria Petrobras.
Sem dúvida, politicamente, temos um vácuo de poder aberto
pela rejeição popular da Presidente e do PT, sinônimo de corrupção, e que está
sendo ocupado rapidamente pelo eleito Presidente da Câmara, Eduardo Cunha. O PT
ficou alijado da Mesa Diretora da Câmara
e das principais relatorias e comissões temáticas. Cunha conduziu, contrariando
o governo, a instalação da CPI da Petrobras e mantém o apoio da maioria dos
deputados, tornando a Presidente fortemente pressionada por suas decisões.
Na área econômica, o vácuo de poder que se abriu, está sendo
ocupado pelos ministros da Fazenda, do Planejamento e pelo Presidente do BC,
executando políticas contrárias as que Dilma e o PT praticavam e defendiam na
campanha eleitoral. O diálogo necessário com o Congresso e empresários, interna
e externamente, tendo em vista amenizar a grave crise que o País enfrenta, está
sendo conduzido por eles.
Na área Militar, com a rejeição popular da Presidente e com
o afastamento dos antigos comandantes das Forças, incapazes de qualquer
oposição a afrontas e achincalhes às FFAA e às perseguições aos militares da
Reserva, que combateram a subversão armada marxista em 64, apesar da plena
vigência da Lei de Anistia, abre-se, também, um vácuo de poder. Assim, há
oportunidade para surgir, de imediato, com atitudes e ações afirmativas de
influência, antes que se estabeleça outra estrutura de poder, uma nova liderança
militar. A que se afigura mais provável é a do Comandante do Exército,
principalmente pelo papel que a Força desempenha e a confiabilidade que tem da
população.
Tal oportunidade torna-se maior, pois, o novo Ministro da
Defesa, sem grande expressão política, acusado publicamente de corrupção e
ligado a envolvidos no ¨Petrolão¨, já demonstrou o seu caráter, eivado de viés
ideológico, contribuindo para uma nova estória mentirosa, ao aprovar a
substituição do nome do Presidente Médice, de uma escola, para homenagear um
comunista, o terrorista Marighela, apresentando-o como defensor da
¨Democracia¨. Em seu discurso de posse, no MD, mostrou-se favorável ao trabalho
pleno de ilegalidades e que mancha a memória de respeitáveis chefes militares,
portanto, inaceitável, como o são as respectivas propostas, da famigerada
“Comissão da Verdade”,
A agravar, está claro que, militante do PT, aliado fiel de
Lula e de Dilma, seus valores não se coadunam com aqueles cultuados na caserna.
Publicado originalmente no site A Verdade Sufocada
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