Por Ucho.info
A atitude de José Eduardo Cardozo suscitou críticas de todos
os lados, inclusive do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STP) Joaquim
Barbosa, que disse ser necessária a imediata demissão do ministro da Justiça,
que ultrapassou os limites do bom senso e foi protagonista de clara ameaça ao
povo brasileiro, que se vê diante da construção de um golpe esquerdista que
pode perpetuar no poder uma organização criminosa atuante na política.
De acordo com a “Folha”, um advogado que participou de um dos encontros afirmou que o ministro garantiu que o governo usaria seu poder para ajudar as empresas no STF, no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e na Procuradoria Geral da República (PGR) para soltar os 11 executivos que estão presos há meses.
Já a revista Veja informa que um dos encontros do ministro
foi com o advogado da UTC Sergio Renault e ocorreu no dia seguinte à decisão do
STF de negar nova prisão do petista Renato Duque, o ex-diretor de Serviços da
Petrobras acusado de ser um dos operadores do petrolão. O ministério confirmou
as reuniões, mas negou que foram tratados assuntos referentes a Lava Jato.
“Se esses relatos forem verdadeiros, se essas reuniões
aconteceram mesmo e se o ministro prometeu interferir nas ações dos tribunais e
da Procuradoria da República, esses órgãos devem reagir para reafirmar sua
independência diante do Executivo. Nós, da oposição, estaremos atentos para
qualquer tentativa de manipulação na investigação e no julgamento dos
envolvidos nesse escândalo”, afirmou o líder do PPS.
Cardozo disse aos advogados das empreiteiras que o governo
ajudaria as empresas no STF, no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e na
Procuradoria-Geral da República (PGR) para soltar os onze executivos que estão
presos há meses.
Coincidência ou não, na última quinta-feira (12) o
criminalista Antônio Claudio Mariz de Oliveira estava no aeroporto de Brasília
à procura do voo que o levaria de volta à capital paulista. Mariz é responsável
pela defesa de Eduardo Hermelino Leite, conhecido como “Leitoso”, que de forma
rápida afundou na lama do Petrolão, como se no Brasil inexistissem pessoas
sérias e dispostas a passar o País a limpo. Há mais de três meses na carceragem
da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, “Leitoso” pode não sair tão
cedo da prisão, pois o juiz federal Sérgio Fernando Moro, responsável pelos
processos da Lava-Jato, pode condená-los em breve.
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