Por Ucho.info
Identificar a ligação de Paulo Bernardo com Youssef não é
tarefa das mais difíceis, pois em tempos outros o ex-ministro, por intermédio
do deputado cassado André Vargas, usou o esquema criminoso do doleiro para
lavar dinheiro de campanha. O assunto acabou na alça de mira das autoridades,
que à época abriram investigação.
A grande questão que tira o sono da equipe que investiga os
crimes cometidos no âmbito da Lava-Jato é a rota do dinheiro desviado da obra
do anel viário de Maringá, orçada inicialmente em R$ 142 milhões, mas que com o
passar do tempo saltou para R$ 179 milhões. Executada sob o guarda-chuva do
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, o polêmico DNIT, o anel
viário da importante cidade paranaense teve sobrepreço de R$ 10 milhões, de
acordo com análise do Tribunal de Contas da União (TCU).
Responsável pela execução da obra, a construtora Sanches
Tripoloni rebateu a análise do TCU, mas agora pode estar na mira da
força-tarefa da Lava-Jato, o que não é bom sinal para todos os envolvidos no
suposto esquema de corrupção.
Com o avanço das investigações, novos personagens foram
arrastados para o olho do furacão, além do doleiro Youssef, Paulo Bernardo e
Gleisi Hoffmann. No rol dos investigados estão deputados federais do Paraná,
além de conhecidos políticos do estado sulista. A situação de Gleisi e Paulo
Bernardo, que já não era boa, pode piorar sobremaneira depois do período de
ócio carnavalesco. Fora isso, Gleisi e Bernardo foram passageiros constantes no
avião King Air, matrícula PR-AJT, de propriedade do empresário Francisco
Tripoloni, dono da construtora Sanches Tripoloni, que, como mencionado acima,
foi responsável pela construção do anel viário de Maringá.
As autoridades da Operação Lava-Jato querem identificar qual
esquema criminoso operado por Alberto Youssef que foi usado para lavar o
dinheiro de mais um escândalo envolvendo o Partido dos Trabalhadores, que
agoniza sem que os “companheiros” aceitem a dura realidade. Tanto é assim, que
os petistas têm se agarrado cada vez a teorias esdrúxulas para manter a legenda
na UTI da política nacional.
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