
A educação das crianças na escola, não somente pública mas
também privada e confessional, era a última barreira a ser vencida pela
revolução sexual e de costumes que o governo do PT dissemina.
Crianças de escolas públicas e privadas que estudarem com os
livros didáticos de 2016 do MEC para a primeira fase do Ensino Fundamental
serão informadas sobre arranjos familiares de gays e lésbicas, com adoção de
filhos. Elas tomarão conhecimento também de bigamia, poligamia, bissexualismo e
transsexualismo. Aprenderão a observar melhor os próprios corpos e os corpos
dos outros através de exercícios em sala de aula, orientadas pelo livro
didático. Os livros também lhes dirão das doenças sexualmente transmissíveis e
dos mais diferentes métodos anticonceptivos. A ministração desses conteúdos se
inicia já no 1º ano, com alunos de 6 anos de idade e, numa gradação de
complexidade, estende-se ao 5º ano, quando os alunos têm 10 anos.
Para a produção deste artigo, foram verificados livros de
apenas onze editoras, das dezenove que tiveram suas obras recomendadas pelo
Programa Nacional do Livro Didático/2016, do Ministério da Educação.
Constatou-se que as onze editoras observadas trazem em alguns de seus livros o
tema da Orientação Sexual e Familiar, de acordo com a ideologia de gênero.
A estratégia pedagógica para o ensino desse conteúdo durante
essa fase de estudos obedece ao princípio da repetição exaustiva do conteúdo.
Durante o mesmo ano letivo o aluno ouvirá, lerá e fará exercícios seguidas
vezes sobre o referido tema com professores e disciplinas diferentes:
Geografia, Ciências, História, Ciências Humanas e da Natureza, etc. O discurso
único na diversidade de disciplinas e professores confere maior credibilidade
ao conteúdo. Além das aulas expositivas, os próprios livros encaminharão os
alunos para atividades complementares sob a orientação dos professores como:
leitura de livros, filmes, músicas, debates e produção de cartazes.
Trata-se da aplicação do princípio segundo o qual uma
história, mesmo que fantasiosa, quando repetida várias vezes, adquire valor de
verdade. Neste caso, o esforço do MEC é para atender os objetivos de
desconstrução da heteronormatividade e do conceito de família tradicional
previstos no Plano Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH3), assinado pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 21 de dezembro de 2009.
O artigo 226 da Constituição é ignorado completamente pelo
material didático produzido pelo próprio governo quando se refere à formação de
família. Enquanto a Constituição elege como base da sociedade a família que é
formada pelo casamento entre "um homem e uma mulher", os livros ensinam
às crianças que não há um modelo padrão de família e que o casamento é a união
de "duas pessoas", independente do sexo.
Mas o MEC também desconsidera a vontade majoritária do povo
expressa por meio de seus representantes nos três níveis parlamentares, quando
das votações dos Planos Nacional, Estaduais e Municipais de Educação. Nessas
ocasiões, a inserção da ideologia de gênero nos planos de educação foi
severamente combatida e rejeitada pela maioria dos parlamentares. Como se não
bastasse, esse tema para o ensino da moral sexual das crianças na escola é
amplamente reprovado pela maioria esmagadora da população, como demonstram
pesquisas universais de opinião.
Levando-se em
consideração que os conteúdos em referência sejam puramente ideológicos, visto
que eles carecem de experimentação e consenso científico, qual a justificativa
e o respaldo legal do governo para jogar por terra a vontade do legislativo e
da maioria do povo para adotar uma ideologia como política pública para todos? De acordo com documentos do MEC esta política
de orientação sexual e familiar para as crianças constitui-se em tema
transversal da educação e visa criar no futuro uma sociedade idealizada que
aceite com normalidade as diferenças de gênero e de arranjos familiares.
Ao afastar compulsoriamente a família dessa responsabilidade
educadora para assumir o seu lugar, o governo do PT alinha-se ao pensamento
fundante da ideologia de gênero: a família não está devidamente preparada para
a orientação sexual e familiar dos filhos. Isto porque não acompanha as
mudanças sociais, é portadora de tabus e preconceitos arraigados em função da
influência que recebe da tradição familiar e da religião.
A educação das crianças na escola, não somente pública mas
também privada e confessional, era a última barreira a ser vencida pela
revolução sexual e de costumes que o governo do PT dissemina. Pelo visto ela
foi vencida agora com a chegada desses livros, a menos que haja uma reação
incisiva e qualificada da sociedade civil, declaradamente contrária à esse
projeto, que busque proteger à integridade física, moral, emocional e
psicológica das crianças em idade escolar.
Deixando a formalidade textual para encerrar o artigo, a
palavra se abre para os pais de crianças em idade escolar, de cada cidade do
país. Têm direito também a ela os parlamentares que na Câmara dos Deputados, no
Senado, nas Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores debateram e
votaram contra a inserção da Ideologia de Gênero nos planos de educação. Ao
Ministério Público cabe o direito natural desse tipo de defesa pública. Que
essas vozes se levantem contra a intenção de fazer das crianças da atual
geração, cobaias para um projeto ideológico.
Orley José da Silva, professor em Goiânia, é mestre em
letras e linguística (UFG) e mestrando em Estudos Teológicos (SPRBC). Edita o
blog 'De Olho no Livro Didático'.
Imagens de alguns desses livros:




Seguem mais imagens retiradas dos próprios livros:

Qual o interesse dos autores do livro didático de escolherem apresentar às crianças uma família polígama? Não seria um trabalho de "normalização" para as crianças desse tipo complexo de união que os "progressistas" insistem em legalizar no país? É de notar a maneira positiva que essa família é mostrada na fotografia.

As diferentes famílias mostradas no mesmo espaço passam a
impressão de naturalidade às crianças.

Uma família brasileira do século XXI, ou seja, avançada.
Alguém consegue defini-la?
Este exercício refere-se ao contexto da fotografia acima.
Observem que fala sobre direitos relacionados a temas abstratos, alguns de
difícil alcance ainda para as crianças. Toca em crença religiosa, sexualidade e
depois fazem a seguinte pergunta: Voces defendem a liberdade de as pessoas
pensarem e agirem como quiserem? Certamente a questão tenta justificar o
"avançado" modelo de família da foto com o argumento de que as
pessoas têm liberdade para agirem como quiserem. Mas e as crianças? Elas têm
essa mesma liberdade? O texto pretende instigar esse desejo de liberdade nelas,
ou seja, de agirem como quiserem na vida sem a interferência de terceiros? O
direito de agir como quiser é um direito pelo qual as crianças devem lutar?
Vocês também não acham que tanto a foto (se é que ela representa uma união
amorosa de 3 pessoas) quanto as perguntas do questionários sejam inadequadas
para o nível de maturidade física e psicológica das crianças?

O MEC considera que alunos com 10 anos de idade já estão em
atividade sexual para apresentar-lhes métodos anticonceptivos? Ele acha que
alunos com 10 anos de idade já frequentam baladas e se relacionam sexualmente
com qualquer pessoa? Essa criança pode dirigir-se à unidade de saúde e
requisitar uma camisinha? Os funcionários da unidade de saúde também concordam
em fornecer esse tipo de material para crianças de 10 anos? Esses infantis
precisam fazer testes de aids, sífilis e hepatites virais, provavelmente
adquiridos em relações sexuais? Mas este cartaz é direcionado justamente para as
crianças dessa idade!

Todo discurso é ideológico porque suas partes constitutivas
são escolhidas dentre as diversas possibilidades pelos sujeitos. E as escolhas
são seletivas, intencionais e passíveis de questionamento. Pois bem. Os autores
dos livros, ao apresentarem os pares gays e lésbicos, em todas as fotos,
procuraram gente de boa aparência, bem vestidas e demonstrando felicidade. As
crianças, em situação de segurança, passeando, brincando e alegres. Já com as
famílias tradicionais, o mesmo cuidado não é percebido em todas as fotos. Tudo
isto conta para formar a opinião da criança.


Esta é uma forma de conhecer e perceber o corpo de si e do
outro. Para mapear o corpo, é necessária a ajuda do outro. É preciso passar o
marcador rente ao corpo. Esta é uma técnica que ajuda a desinibir e perder o
receio de aproximar-se e tocar no outro. Uma maneira também de naturalizar a
atenção e o afeto mútuo. Meninos mapeiam meninas, e vice-versa, meninas mapeiam
meninas e meninos, outros meninos.





























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