Por Jornal da Gazeta
Centenas de imigrantes bloqueiam a passagem dos trens do
Eurotúnel e o serviço é interrompido por várias horas. O corpo de uma criança
na praia acrescenta horror à pior crise de refugiados no continente desde a
segunda guerra mundial.
Ninguém assiste a imagens como essa do menino morto sem se
chocar. Imagens são fortes justamente por isso. Qualquer imagem, mais que o
discurso racional, tem o poder de mexer conosco, nos emocionar, chamar a nossa
atenção. Justamente por isso, analisamos as imagens na redação e decidimos
publicá-las. Não para chocar, mas para chamar a atenção para o drama de
milhares de emigrantes africanos e sírios que fogem de qualquer jeito de seus
países em busca de uma vida minimamente melhor na Europa. Quando humanizamos o
drama desses milhares de fugitivos na figura do menino morto, damos a
verdadeira dimensão do que essas pessoas estão enfrentando. A frase famosa
sempre atribuída a Stalin, "uma morte é uma tragédia, um milhão de mortes
é uma estatística", não pode ser tomada sempre como verdadeira.
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