Por Luiz Tito - O Tempo
O Marechal Lott,
cuja postura nacionalista, corajosa e independente emoldurava sua
personalidade, não era um homem de votos. Onde ia Lott, Jânio se transformava
em favorito.
Essa realidade é
mais ou menos o que tem sucedido com o ativismo da presidente Dilma Roussef, em
especial, quando faz seus desastrados pronunciamentos. Meu Deus! A oposição não
tem projeto, não tem mensagem, não tem nomes, líderes e, em resumo, não tem
trabalho. Tal como o governo, politicamente, sua construção é um jogo de
setenta erros, suas iniciativas estão sempre em descompasso com a realidade,
suas prioridades são equivocadas e, pior, suas ações emergem de onde nunca
poderiam acontecer. Ambos pecam com vontade e determinação.
UNANIMIDADE CONTRA
No governo, em seu
ministério, por exemplo, falemos da figura de Aloizio Mercadante. Raras vezes
nesses últimos tempos se ouviu aprovação tão unânime como a que se deu na semana
passada, quando a “Folha de São Paulo” noticiou a decisão de Dilma de
substituí-lo.
Vivas em todo país,
show de fogos, a Bolsa subiu, o Dólar quis baixar até o momento em que Dilma,
com o seu melhor penteado, magrinha e esbelta, veio à TV para dizer que nunca
pensara em substituir o infeliz Aloizio. Ninguém quer Mercadante. Na sua anunciada
saída, somente o Estado de SP se irritara com a possibilidade de tê-lo de
volta, mas Dilma não. Amarrou-o na cadeira onde Mercadante está sentado.
EVA CHIAVON
Outro fato da mesma
safra, apenas para ficarmos nas debilidades mais recentes foi a iniciativa da
secretária do Ministério da Defesa, Eva Chiavon, de retirar da gaveta onde
estava há três anos dormindo, junto com sua lixa de unhas, o Decreto 8515, uma
piração que retirava dos ministros militares faculdades meramente formais e
funcionais, deixando-as como prerrogativas únicas do ministro Jacques Wagner,
titular da pasta.
O país não mudaria
em nada com essas mudanças, mas Chiavon queria meter sua colher, deixar sua
marca. E que marca. O ministro baiano estava numa chatice na China,
naturalmente vendo equipamentos e armamentos da indústria local, assunto com o
qual não tem qualquer relação. Jacques Wagner é ministro da Defesa, não do
ataque e quer a paz dos terreiros da Bahia ao meio-dia.
Se houvesse espaço,
ficaríamos aqui, o dia e a noite, relatando o quanto muitas vezes o fazer nesse
governo tem sido desastroso. Se Dilma tivesse menos ministérios, menos
assessores, se talvez trabalhasse apenas das 9h às 17h, o orçamento seria
enxugado, a folha ficaria mais barata e o país, quem sabe, sofreria menos. Fica
a sugestão.
Fonte: Tribuna da Internet
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