Foi em 2010, estando em Portugal, que tomei conhecimento das
aparições marianas em San Sebastian de Garabandal (Espanha), sucedidas na
década de sessenta. Como em Fátima, Maria havia escolhido aparecer a crianças
de um simples povoado: Conchita González, Mari Loli, Mari Cruz e Jacinta
González. O catolicismo atravessava, então, um momento fora do comum: João
XXIII havia convocado o concílio que receberia o nome de Vaticano II. Os temas
conciliares pareciam indicar aos católicos tempos de renovação e otimismo. Mas
em San Sebastian de Garabandal, a mensagem da Santíssima Virgem servia como um
contraponto preocupante ao otimismo dos teólogos.
Há que fazer muitos sacrifícios; muita penitência;
visitar o Santíssimo; mas antes, temos de ser muito bons. E se não o fizermos
virá um castigo. Já se está enchendo a taça, e, se não mudarmos, vir-nos-á um
castigo muito grande, disse Maria às videntes de Garabandal.
Os avisos de Nossa Senhora estavam intrinsecamente
conectados às aparições anteriores ocorridas em La Salette, Lourdes e Fátima. A
humanidade trilhava um caminho demasiado perigoso, e o futuro encontrava-se
ameaçado. Nas manifestações de La Salette, a Mãe do Salvador demonstrou-se
especialmente preocupada com o destino da Igreja, e utilizando-se de termos bastante
acusatórios, chamou os sacerdotes de “cloacas de impurezas”. Desde La Salette,
um século praticamente transcorreu até as aparições marianas na Espanha, e, a
despeito dos avisos, eis que Nossa Senhora alertava novamente os católicos:
Muito Cardeais, muitos bispos e muitos padres estão no
caminho da perdição e levam com eles muitas almas. À Eucaristia é dada cada vez
menos e menos importância. Nós devemos evitar a ira de Deus através dos nossos
esforços. Se pedirdes perdão com sinceridade de alma, Deus perdoar-lhes-á. Sou
eu, a vossa Mãe, que por intercessão de S. Miguel, quer vos dizer para vos
emendardes, que já são os últimos avisos e que Eu vos amo muito e não quero a
vossa condenação. Pedi-nos com sinceridade e nós vos daremos. Devem sacrificar-se
mais. Pensem na Paixão de Jesus.
Pela televisão, ainda em Portugal, ocorreu-me a oportunidade
de testemunhar o Papa Bento XVI em sua visita oficial à Inglaterra.
Criticavam-se, na ocasião, os altos gastos realizados pelo governo britânico
com a recepção do Sumo Pontífice: teólogo muito talentoso, Joseph Ratzinger era
considerado excessivamente tradicional pela imprensa e também pela ala
modernista do catolicismo. Sob sua responsabilidade estava uma Igreja abalada
pelos escândalos de pedofilia. Todos causados por sacerdotes. Muitos o acusavam
levianamente de ter silenciado diante dos casos vergonhosos quando ocupava o
cargo de cardeal responsável pela Congregação para a Doutrina da Fé durante o
pontificado de João Paulo II. Poucos, no entanto, recordaram que, durante o
tempo de seu próprio pontificado, Bento XVI afastou quase 400 sacerdotes devido
aos escândalos, empreendendo uma limpeza sem precedentes históricos.
Outro fato terminou no esquecimento: o estado deplorável do
clero católico tinha sido motivo de inúmeros avisos nas manifestações de Nossa
Senhora durante os séculos recentes.
Os brasileiros, em 2010, testemunhavam os capítulos da
eleição presidencial. Dilma Rousseff, a ministra da casa civil e candidata
escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos
Trabalhadores, buscava o seu primeiro mandato, enfrentando o ex-ministro José
Serra do PSDB, em uma corrida eleitoral na qual as posições pró-aborto de Dilma
Rousseff esquentaram os debates entre militantes através da internet. Os
noticiários nacional e internacional definiam as eleições brasileiras como um
verdadeiro sucesso democrático. Tomando uma posição contrária, o filósofo e
articulista Olavo de Carvalho questionava o caráter democrático de um pleito
dominado majoritariamente pela agenda ideológica dos partidos de esquerda.
Numa entrevista concedida ao Jornal de Brasília (em 31 de
Janeiro de 2010), Olavo de Carvalho disse:
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Olavo de Carvalho |
Qual é o problema de ser de direita? É proibido? Não
tem sentido você proibir a direita e ao mesmo tempo falar em pluralismo
democrático. Em todos os países, há esquerdas e direitas… O Brasil
não tem uma direita há muito tempo. Nas últimas eleições presidenciais, os
discursos de todos os candidatos eram semelhantes.
O filósofo tratava também de apresentar ao público as
relações criminosas entre o PT e terroristas do MIR e das Farc’s. Segundo
Carvalho, o presidente Lula e inúmeros comparsas – incluindo Fidel Castro,
ditador de Cuba – dedicavam-se a espalhar o socialismo em países da América
Latina sob o comando de uma organização internacional conhecida como Foro de
São Paulo. O objetivo dos integrantes do Foro consistia simplesmente em
reconquistar, no continente sul-americano, aquilo que o socialismo tinha
perdido na Europa depois da queda o Muro de Berlim e da União Soviética.
Realmente, em tempo recorde, partidos filiados ao Foro de São Paulo assumiram a
presidência de Brasil, Argentina, Paraguai, Venezuela, Bolívia, Uruguai e
Equador. O socialismo tornava-se a bandeira de regimes cujas características
autoritárias ficavam, cada dia, mais flagrantes.
Mesmo com a exposição de sua atitude pró-aborto, Dilma
Rousseff elegeu-se em 2010. O debate acerca do tema, no entanto, acabou
escancarando uma candente disputa religiosa no Brasil. Bispos e sacerdotes
católicos em comunhão temporária com vários pastores evangélicos denunciaram a
agenda anticristã dos petistas, enquanto adeptos de teologias marxistas tentaram
defender a candidatura de Rousseff. Surpreendida pela participação de
religiosos durante toda a eleição, a imprensa criticou aquilo que lhe parecia
um atentado à laicidade do estado, e diversos membros da hierarquia católica
foram perseguidos. Tendo retornado de sua viagem à Inglaterra, e então
recebendo uma delegação de prelados brasileiros, o Papa Bento XVI recordou aos
católicos que o clero tinha não somente o direito, mas também o dever de
esclarecer politicamente os leigos em caso de necessidade. Isto não acabou
tornando-se um fator determinante, contudo, marcou claramente uma posição do
sumo pontífice do catolicismo, a despeito da vitória de Dilma Rousseff.
Todos esses acontecimentos evocaram naturalmente as
aparições marianas. Porque era inegável que estávamos assistindo à plena
realização da mensagem que Nossa Senhora deixara à humanidade durante suas
aparições de Fátima:
... virei pedir a Consagração da Rússia ao Meu
Imaculado Coração, e a Comunhão Reparadora nos Primeiros Sábados. Se atenderem a Meus pedidos, a Rússia se converterá e
terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo promovendo guerras e
perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados; o Santo Padre terá muito que
sofrer; várias nações serão aniquiladas.
Um dos passeios que empreendi em Portugal foi a visita ao
santuário dedicado a Nossa Senhora de Fátima. Lá, no ano de 1917, Maria
Santíssima viera cumprir outro capítulo de sua missão. Referira-se à Rússia
que, meses depois, atravessaria a terrível turbulência de uma revolução
comunista. Disse-nos então, claramente, o inimigo contra o qual deveríamos
lutar: o comunismo. Porém, a solicitação da Virgem Maria não foi imediatamente
atendida, e assim a ideologia comunista difundiu-se sob o comando da Rússia
que, dominando em parte o continente europeu, e tendo também conquistado
terreno na Ásia e inclusive na América, perpetrou uma sangrenta perseguição ao
cristianismo. Calcula-se que, ao todo, os regimes de esquerda assassinaram mais
de 100 milhões de indivíduos no mundo inteiro. Portanto, as mensagens de Nossa
Senhora em Fátima continham a verdade. Na transição dos anos oitenta para os
noventa, com o desmoronamento do bloco soviético, acreditou-se que, enfim, o
comunismo acabara. Muitos supostos especialistas afirmavam temerariamente que o
Ocidente capitalista vencera em definitivo, com exceção, é claro, de raras
mentes lúcidas que, analisando a questão cuidadosamente, afirmaram que o
comunismo não estava morto, e decerto acabaria retornando com força absoluta
quando menos se aguardasse.
O filósofo Olavo de Carvalho era exatamente um desses raros.
Gastei noites inteiras em Portugal lendo as memórias de Irmã
Lúcia, vidente de Fátima, e investigando, através da internet, as demais
aparições de Maria Santíssima, em outros lugares do planeta, como aquele que
procura as pistas necessárias para desvendar o mistério. Cheguei, desse modo,
aos acontecimentos de Garabandal, e foram precisamente essas aparições que me
auxiliaram a compreender o momento histórico que estava vivenciando como homem
católico e brasileiro.
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Videntes de Garabandal |
Por que Nossa Senhora havia aparecido às quatro meninas em
San Sebastian de Garabandal?
Sem dúvida, viera com o intuito de alertar o mundo a
respeito dos descaminhos da humanidade. Mas, além disso, a Mãe de Deus
mencionara um Aviso, um Milagre e um Castigo. O primeiro acontecimento servirá
para acordar os seres humanos e fazê-los compreender a gravidade do pecado. O
segundo acontecimento tencionará conduzir muitos pessoas à conversão. Caso os
bons frutos esperados não ocorram, e os homens continuem trilhando a rota da
perdição, certamente então sobrevirá o referido Castigo. Conchita González, uma
das videntes espanholas, conserva em segredo a data precisa do Milagre que se
dará em Garabandal, e comprometeu-se a anunciá-lo oito dias antes. Temos tempo
suficiente? Eis a questão! Quando esses fatos começarão a desenrolar-se?
Numa entrevista a Albrecht Weber, disse Conchita González:
- Quando o comunismo regressar, então tudo acontecerá.
- O que tu queres dizer com vier de novo?
- Sim, quando ele vier de novo.
- Queres dizer que o comunismo desaparecerá primeiro
antes disso acontecer? Nota: é preciso ter em conta que na altura em que o
livro (de Albrecht Weber sobre as aparições) foi publicado, o comunismo ainda
estava bem vivo em muitos países da Europa.
- Eu não sei. Nossa Senhora disse simplesmente “quando
o comunismo voltar de novo." (Fonte www.mensagemdegarabandal.com)
Aquilo que parecia impossível era testemunhado exatamente
naquele instante: o ressurgimento do comunismo em uma zona continental (a
América Latina). Um evento histórico que, sem dúvida alguma, fora antecipado
pelas mensagens de Nossa Senhora, e que acarretaria consequências naturais e
sobrenaturais.
Passados três anos, em 2013, morando novamente no Brasil,
via consternado a forma como o socialismo intensificava seu poder de
aparelhamento no país, sem encontrar qualquer resistência das autoridades. Sob
o pontificado de Bento XVI, naquele momento, o catolicismo sofria outro
escândalo: o Vatileaks. Vários documentos oficiais do Papa eram roubados e
dados ao público, e como numa tradicional história de mistério, a
responsabilidade recaía sobre o mordomo. Outra vez a Igreja achava-se diante de
uma situação constrangedora. No dia 11 de Fevereiro daquele mesmo ano, surpreendendo a todos, Bento XVI anunciou em latim que,
dentro de dezessete dias, renunciaria ao trono de São Pedro. Sua motivação
declarada era retirar-se para uma vida de oração, frutuosa para um intelectual
que decidira oferecer os últimos anos de sua existência ao estudo e à escrita.
Muitos desconfiaram da autenticidade daquela renúncia, supondo que Bento XVI
havia cedido à pressão de grupos liberais do Vaticano que desejavam um cardeal
menos conservador dirigindo a Cúria Romana. Porém, carecendo de maiores
indícios comprobatórios dessa desconfiança, restava-nos apenas acreditar nas
palavras do Papa:
... bem consciente da seriedade desse ato, com
total liberdade declaro que renuncio ao ministério como Bispo de Roma,
sucessor de São Pedro.
Poucas circunstâncias na história do cristianismo eram tão
singulares quanto o ato de renúncia de um Sumo Pontífice. Somente Ponciano,
Celestino e Gregório XII tinham abdicado antes de Bento XVI. Surpreendido
também com a decisão de Joseph Ratzinger, evoquei novamente as aparições de
Nossa Senhora. Poderia essa ocorrência histórica ter sido antecipada pelas
mensagens de Maria Santíssima? Quase automaticamente, recordei-me da entrevista
concedida por Conchita González em 07 de Fevereiro de 1974:
Pergunta: Falaste que o dia do Milagre coincidirá com
um grande acontecimento da Igreja? Nossa Senhora disse-te em que consistia e
podes acrescentar algo a tudo aquilo já que falastes sobre isso?
Resposta: Sim, eu sei em que consiste esse
acontecimento. É um acontecimento singular da Igreja que aconteceu em algumas
ocasiões e que nunca sucedeu durante a minha vida presente. Não é nada de novo,
nem extraordinário, no entanto é algo raro, por exemplo, como a definição de um
dogma, algo que afetará toda a Igreja. Ocorrerá no mesmo dia do Milagre, mas
não será consequência desse sinal, será apenas mera coincidência.
Teria a renúncia de Bento XVI aberto o caminho para a
realização daqueles eventos prenunciados pela Mãe de Deus em Garabandal?
Certamente o fato em si acarretava uma série de circunstâncias bem singulares:
a coexistência de dois indivíduos carregando, ao mesmo tempo, o título papal
(um deles em atividade e o outro afastado das funções); a participação de ambos
em cerimônias oficiais da Cúria Vaticana; e até mesmo a possibilidade de um
enterro papal oficiado excepcionalmente por um Sumo Pontífice. Situações raras,
de fato singulares, mas não extraordinárias. Somente incomuns. Pouco
testemunhadas na história da Igreja Católica, e que se encaixavam,
indubitavelmente, na declaração dada por Conchita González em entrevista.
Senti que estávamos ingressando em um período de
turbulências. Os fatos desenvolviam-se com rapidez, e acredito que poucas
pessoas, naquele momento, associavam a crise da Igreja, a ascensão do comunismo
na América Latina e as aparições de Nossa Senhora em Garabandal. Um dia após o
anúncio da renúncia de Ratzinger, encontrava-me em meu ambiente de trabalho, e
tive então uma experiência pessoal bastante invulgar. Pela janela, discerni no
firmamento uma formação de nuvem muito estranha. Gosto de contemplar o céu,
como é natural, e observo formações ocasionais, porém, aquela específica
pareceu desenhar-se como um semblante humano. Sua expressão denotava o terror,
e seus olhos estavam direcionados para o alto. Isto me despertou a atenção, no
entanto, a característica peculiar daquela nuvem não se explicava a si mesma. Foram necessários dois ou três dias
para que eu entendesse completamente o significado. Naquela mesma semana em que
o Papa Bento XVI espantou o mundo todo com sua decisão de abdicar, assistimos,
com semelhante estupor, um meteoro atingindo a Rússia e deixando centenas de
feridos.
Eis que os protagonistas dessa trama ao mesmo tempo natural
e sobrenatural eram alçados à superfície dos acontecimentos.
Outro detalhe relativo às mensagens de Maria Santíssima
colocava a Rússia sob os holofotes. Segundo as videntes de Garabandal, certa
situação determinante marcaria o princípio daqueles acontecimentos (Aviso,
Milagre e Castigo), e essa situação consistia exatamente no seguinte: o Sumo
Pontífice realizaria uma visita oficial aos russos. Passada essa visita, quando
o Papa retornasse à Europa, surgiriam revoluções comunistas em várias nações,
assustadoras violências no território europeu e igualmente uma fortíssima
perseguição ao cristianismo. De fato, tendo sido eleito Papa Francisco (o
cardeal argentino Bergoglio), cogitou-se quase de imediato uma visita
diplomática à Rússia, em resposta a um possível convite do patriarca russo ou
de Vladimir Putin. Mas antes mesmo dessa tão aguardada viagem, em 2014, os
primeiros sinais de violência tornaram-se finalmente visíveis. No Oriente
Médio, grupos islâmicos como a Irmandade Muçulmana, a Al Qaeda e o ISIS deram
início a um inesgotável extermínio de cristãos no Egito, no Iraque, na Síria,
no Afeganistão, etc. Conforme Maria anunciara, a Grande Tribulação assumia
proporções assustadoras, e assim ameaçava disseminar-se rapidamente pelos
demais continentes.
Havia, portanto, sinais claríssimos no céu e na terra.
Por aqueles meses, decidi ingressar na vida monástica. Há
tempos meditava essa possibilidade e, aos trinta e seis anos, entendi ser o
momento. Resolvi-me, então, por uma comunidade existente em Itapecerica da
Serra, e o início da experiência ficou marcada para Setembro de 2014. Poucas
semanas antes da partida, ainda em casa, sucedeu-me um sonho: estando dentro do
mosteiro, em uma ala específica, fui atacado por um invasor. Ele me acertou a
cabeça, e imediatamente eu desabei. No mesmo instante, enquanto o invasor
continuava acertando-me a cabeça com violência, comecei a rezar
ininterruptamente a oração de Nossa Senhora: ave Maria, cheia de graças…
Senti-me receoso devido ao sonho, mas não desisti do meu objetivo: fui ao
mosteiro. Cristo nos disse “não tenhais medo”, e eu aceitei o conselho. Logo
que cheguei à comunidade religiosa, tratei de conversar com o sacerdote
responsável pelas vocações. Contei-lhe o sonho, admitindo que talvez estivesse
influenciado por aquelas perseguições religiosas ocorridas no Oriente Médio.
Ele também concordou.
Pouco a pouco, tentava adaptar-me à rotina monástica sem
ainda pertencer à comunidade. Pois durante três meses, os candidatos conviviam
com os monges sem utilizar o hábito nem tampouco comprometer-se com os votos.
No dia 07 de Outubro, estávamos hospedados na abadia que os monges beneditinos
têm no bairro do Morumbi (São Paulo). Ocorria, naquela ocasião, os primeiros
movimentos do Sínodo da Família, convocado pelo Papa Francisco. Falava-se de um
esforço realizado por certo círculo de cardeais modernista no intuito de
introduzir no debate a possibilidade de comunhão a casais de segunda união e um
posicionamento algo abrandado a respeito do união entre pessoas do mesmo sexo.
Naturalmente, os jornais tratavam o assunto como uma tentativa de modernização
da Igreja Católica. Um aggiornamentotardio, mas oportuno. Naquele
07 de Outubro, durante a manhã, postulantes e candidatos reuniram-se para os
estudos. Lia-se, então, um texto de Ratzinger enquanto Papa Bento XVI. Decerto
influenciados pelo noticiário do momento, entre os presentes houve uma apologia
das posições tomadas pelo grupo liberal de cardeais. Em suma, foi asseverado
que a Igreja não poderia conservar-se alheia a fenômenos sociais da época
contemporânea. Se novos modelos familiares se tornavam corriqueiros, a eles
parecia adequado que a Cúria Romana buscasse alguma adaptação pastoral.
Percebi-me na obrigação de discordar. Pois o sentido da mensagem de Cristo não
era adaptar a verdade divina aos sabores do tempo. Não era Cristo que deveria
assemelhar-se aos homens: os homens é que deveriam buscar a semelhança de
Cristo. Caso aceitássemos o contrário, estaríamos invertendo o significado do
Evangelho. O debate foi acalorado, e desagradou-me notar como a retórica
modernista estava ali bastante arraigada.
No mesmo dia, retirando-me para a cela 118 (ao lado, ficara
hospedado o Papa João Paulo II em uma de suas visitas ao Brasil, na década de
oitenta), aconteceu-me ter outro sonho. Como no sonho anterior, testemunhei
violências contra cristãos, especificamente um ataque à comunidade beneditina
de Jundiaí, cujos integrantes bem conheço. Um dos monges acabava, então,
baleado na cabeça. Pouco antes, no mesmo sonho, assisti à imagem de uma família
morta, e interpretei isto, em seguida, como um sinal de que o Sínodo não
caminhava realmente por vias corretas. Os relatos oníricos parecerão estranhos
a muita gente, e a primeira conclusão a que os leitores costumam chegar é a de
serem consequências naturais de uma imaginação fértil ou somente a reprodução,
em estado dormente, de circunstâncias relacionadas ao dia a dia do indivíduo.
Um sonho verdadeiramente pode ter esse fundamento. Mas também temos que admitir
a possibilidade de receber informações privilegiadas através deles. Isto é absolutamente
bíblico, e aconteceu inclusive com personagens que não gozavam sequer da
promessa de Deus. Por exemplo, no caso do Faraó, cujos sonhos premonitórios
foram interpretados por José. Pois bem, ainda naquele mesmo sonho, testemunhei
a Igreja Católica caracterizada como uma mulher de comportamento leviano. Sobre
ela recaía uma desgraça, e esse acontecimento aparentemente a deixava como
morta. Pessoas que também haviam testemunhado essa situação dirigiram-se à Mãe,
insistindo que esta reconhecesse a morte daquela filha. Porém, ela ignorou a
solicitação. Quando me acerquei, tive a visão da Igreja aparentemente morta e,
não obstante, como em um grande milagre, ressuscitando no momento seguinte.
Caminhava com dificuldades, destroçada, e neste instante, dirigindo-se a mim,
disse: “Vão quebrar tudo”, ao que eu interroguei “Mas isso
quando?”, e ela então me respondeu: “No dia 13 de Novembro”.
No dia 07 de Outubro, ocasião do sonho acima mencionado, a
Igreja Católica comemora a festa dedicada a Nossa Senhora do Rosário. Em todas
as suas aparições pelo mundo, a Virgem Santíssima, a Mãe de Deus, a Mãe da
Igreja, tem insistido a todas as pessoas que nos dediquemos à santa oração do
Rosário. Com essa forma de oração, podemos combater o pecado, o avanço do
comunismo e também os ataques ao cristianismo.
Retornamos a Itapecerica da Serra, e eu carregava comigo uma
verdadeira angústia. Seria mesmo conveniente dar crédito àquelas manifestações?
Se eu me abrisse à comunidade, o que pensariam os monges? Se eu me calasse, o que
Deus pensaria? No jardim do monastério, há uma imagem de Nossa Senhora do
Rosário. Diante daquela imagem, eu costumava rezar, pedindo a ela que
intercedesse constantemente pela minha salvação. Dirigi-me, então, àquele
local, e solicitei a ela que me indicasse um sinal, algo que me mostrasse
claramente se deveria expor a mensagem que parecia ter recebido em sonho.
Tendo-me retirado ao quarto que ocupava na hospedaria, ouvi intimamente uma voz
a dizer-me: “Ela está chorando”. Seria uma locução? Talvez. O certo é que me senti impelido a procurar de novo aquela
imagem, e no momento preciso em que isso aconteceu, o sol incidia diretamente
sobre ela. Pude discernir assim que, na face da estátua, algumas marcas
conduziam a acreditar que houvera suor e lágrimas. Os vestígios de suor na
testa pareciam mais escuros, e os resíduos das lágrimas mais claros.
Provavelmente a imagem já se encontrava assim antes, mas eu não havia percebido
porque a luminosidade não era exatamente propícia. Tirei imediatamente
fotografias, e tomei aquilo como um sinal de que deveria dar conhecimento aos
outros membros da comunidade. Foi essa minha decisão.
Mostrei os retratos ao responsável pela comunidade de
Itapecerica da Serra, e então me referi ao dia 13 de Novembro: a data revelada
a mim naquele sonho. Teríamos novas eleições presidenciais em Outubro, e associei
tudo a um avanço do movimento revolucionário no Brasil. Conforme Maria
Santíssima avisara em Garabandal, o comunismo retornaria com força absoluta, e
aquele aviso estava provavelmente vinculado ao estopim de uma revolta
comunista. Admito que, no momento, acreditei que toda a violência sucederia no
dia 13 de Novembro, conquanto posteriormente tenha afirmado que o mais provável
seria supor que aquela data significasse o princípio dos acontecimentos.
Decerto muitas situações estavam condensadas nos sonhos, e não era realmente
provável que tudo ocorresse em um dia apenas. Observando os retratos que tirei
daquela imagem de Nossa Senhora do Rosário, o dirigente da comunidade local
descartou, de imediato, a possibilidade do milagre. Garantiu que as marcas eram
somente sujeira, e que iria cobri-la de tinta brevemente. Isto me decepcionou.
Talvez não fosse mesmo prudente o superior dar crédito imediato a tudo aquilo,
não obstante, a rapidez com que ele tratou de enterrar o assunto, sem ao menos
investigar o caso, deixou-me uma péssima impressão.
Se estivesse no caminho correto, portava certas informações
que atribuíam a mim grande responsabilidade. Senti que necessitava propagar, o
mais urgentemente possível, o caráter iminente dos acontecimentos. Sucedeu ainda
outro debate acalorado em sala de estudos, e conclui que as divergências
doutrinárias aflorariam constantemente. Solicitei, dessa maneira, que me
liberassem durante certo tempo, com a perspectiva de retorno futuro para
continuação daquele trabalho vocacional. De retorno a casa, divulguei a
história através do blog, do Facebook e de outros canais de comunicação,
oferecendo ao público a chance de ver as fotografias tiradas no monastério. A
divulgação dos fatos desagradou os membros da congregação monástica, e poucas
semanas depois recebi deles uma solicitação para que eu retirasse daqueles
canais as menções que os identificassem.
Cedi às solicitações, mas mantive o restante. Na época, o
texto que publiquei no blog chamava-se: Três Sonhos Sobre Ataques à Igreja
e Violência Social em 13 de Novembro. Dilma Rousseff reelegeu-se, vencendo
Aécio Neves em segundo turno em uma disputa bastante acirrada. Eu havia deixado
o mosteiro em finais de Outubro, e tinha algumas semanas até que o dia 13 de
Novembro enfim chegasse. Pela internet, divulguei o quanto consegui as
experiências vivenciadas, bancando que naquela data aconteceria o estopim de
uma revolução socialista no Brasil. Poucos deram realmente atenção. Mas no dia
referido em sonho, uma circunstância confirmou as suspeitas. Em resposta a
manifestações conservadoras ocorridas em São Paulo no começo de Novembro (após
a eleição), o Movimento dos Sem-Teto convocou uma passeata exatamente para o
dia 13 de Novembro. Centenas de militantes compareceram ao evento, e nessa data
foi distribuído o seguinte documento:
Fazer do Brasil Uma Grande Cuba, eis a promessa do movimento
revolucionário em 13 de Novembro. No documento, lemos ainda o seguinte:
“Todas as reformas só serão possíveis com uma
verdadeira Revolução Socialista…” e lemos também: “Uma revolução no Brasil
colocaria imediatamente o imenso proletariado brasileiro na vanguarda da
revolução continental...”
No decorrer desses acontecimentos todos, sentia sinceramente
que a devoção por Maria Santíssima recrudescia em mim. Porém, isso não
respondia, de forma suficiente, outra questão que se revelava tão incômoda: Por
que Deus se dignava a mostrar a mim, uma pessoa simples, desprovida de meios,
aquilo que seria mais conveniente apresentar a outro indivíduo com maiores virtudes
ou possibilidades imediatas de ação? De novo o coração preencheu-se de aflição.
Não estaria sendo leviano ou até mesmo orgulhoso? Não estaria eu sendo vítima
de algum engano diabólico? Mergulhei em um estado de preocupação profunda, e em
dado momento tratei inclusive de me censurar por dar crédito a tantos
fenômenos. Nas aparições de Garabandal, também as videntes chegaram a negar a
realidade do sucedido em determinada circunstância, recuperando a confiança
posteriormente. Comigo aconteceu algo semelhante. Perdi minha tranquilidade
espiritual na medida em que colocava em dúvida os fenômenos, e somente quando a
chama da fé reacendeu-se, tive tranquilidade novamente.
Os sonhos então continuaram. Um deles mostrou-me a dimensão
tenebrosa da violência social que se abateria sobre nossa nação. A revolução
era simbolizada por uma serpente de dimensões míticas. Pessoas escondiam-se em
suas residências com receio, e por conta do desespero muitas delas decidiam-se
pelo suicídio. Na Igreja Católica, tornava-se ainda mais e mais difícil a
situação de indivíduos tradicionalistas, e alguns eram expulsos de seus
recintos. Parecia verdadeiramente o mergulho em um estado de caos social sem
precedentes. Tive conhecimento, por aqueles dias, que na década de trinta, Maria
Santíssima também se dignou a realizar aparições extraordinárias no Brasil.
Primeiro em 06 de agosto de 1936, em Pernambuco, para duas meninas chamadas
Maria da Luz e Maria da Conceição.
Nossa Senhora deu o aviso:
Minhas filhas, virão tempos calamitosos para o Brasil!
Dizei a todo o povo que se aproximam três grandes castigos, se não fizer muita
penitência e oração.
Um sacerdote católico, a pedido de um bispo diocesano,
formulou questões que deveriam ser apresentadas a Nossa Senhora.
Dizei quem sois e que quereis? – “Sou a Mãe da Graça e
venho avisar ao povo que se aproximam três grandes castigos”.
Que significa o sangue das vossas mãos? – “Representa
o sangue que será derramado no Brasil”.
Que é necessário fazer para desviar os castigos? –
“Penitência e oração”.
Qual a invocação desta aparição? – “Das Graças”.
Que significa o sangue que corre das vossas mãos? – “O
sangue que inundará o Brasil”.
Virá o comunismo a penetrar no Brasil? – “Sim”.
Em todo o País? – “Sim”.
Os padres e os bispos sofrerão muito? – “Sim”.
Será como na Espanha? – “Quase”.
Quais as devoções que se devem praticar para afastar
esses males? - “Ao coração de Jesus e a mim”.
Esta aparição é a repetição de La Salette? – “Sim”.
Tudo evidente. Nossa nação e nosso povo lamentavelmente se
encaminham no sentido de uma revolução comunista, conforme anunciado por Maria
em 1936 e conforme reafirmado por ela em Garabandal.
Outro sonho ocorrido neste período causou-me inquietação.
Perto das fronteiras brasileiras, um exército estrangeiro (norte-americano
provavelmente) assistia ao recrudescimento da violência no Brasil, e hesitava
entre intervir de forma direta ou não. Em outro sonho, vi aeronaves militares
modernas sobrevoando o território brasileiro, e conclui, tristemente, que a
revolução decerto se transformara em uma guerra civil, com a necessidade de uma
interferência estrangeira. Portanto, tratava-se de uma guerra! Teria isso algum
fundamento? Novamente: não estaria eu sendo uma vítima de minha própria
imaginação?
Dos dias 11 a 13 de Junho de 2015, o Partido dos
Trabalhadores organizará o seu 5º Congresso Nacional. Nas últimas semanas, seus
correlegionários emitiram um Caderno de Teses cujo título mais
do que sugestivo não é outro senão precisamente aquele que ora segue: Um
Partido Para Tempos de Guerra. Eis, portanto, as teses que
serão defendidas nesse congresso:
[…] a cassação do deputado Jair Bolsonaro só terá
chance de êxito se houver intensa pressão social (pg 30).
Anulação das Privatizações! Não Pagamento da Dívida!
Fora os capitalistas do governo! (pg 158)
Exigir publicamente e combater pelo impeachment dos
ministros do STF que votaram na farsa da AP 470 [mensalão], a liberdade
imediata e anulação da sentença dos dirigentes do PT. (pg 160)
Estatizar a Rede Globo, que é concessão pública e
abri-la para os movimentos sociais! […] Estatizar todas as redes, TVs e rádios RELIGIOSAS,
DE QUALQUER CONFISSÃO. (pg 160)
Taxação de grandes fortunas e criação de uma nova
constituição.
Todas as teses defendidas representam o avanço do movimento
revolucionário no Brasil, e têm sido colocadas na prática em outros governos
socialistas da América Latina. Por exemplo, na Venezuela de Chávez e Maduro.
Hoje testemunhamos o surgimento de uma firme oposição direitista tomando as
ruas em número maior do que as manifestações esquerdistas. Em 15 de Março de
2015, dois milhões pediram o impeachment de Dilma Rousseff, e a solicitação tem
conquistado simpatizantes políticos como é caso do senador Ronaldo Caiado
(Dem-GO). Neste cenário de uma oposição crescente, é admissível supor que os
socialistas escolham o caminho das ações violentas. Para isso, Lula já convocou
o “exército de Stédile”, e conhecemos informações acerca da entrada de
militares cubanos e venezuelanos no Brasil de modo camuflado. Um dos ministros
da Venezuela, Elías Jaua Milano, assinou um acordo de cooperação e treinamento
entre seu governo socialista e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
(MST). Podemos discernir então claramente as cartas dispostas sobre o
tabuleiro: os avisos de Nossa Senhora estão perto de se tornar realidade no
Brasil.
SOBRE O AVISO DE GARABANDAL
Seria demasiado leviano cogitar a data do aviso de
Garabandal. Nós sabemos, no entanto, certas informações a respeito dele.
Primeiro, conforme disse anteriormente, será precedido pela visita do Papa
(Francisco) à Rússia, e na sequência disso, existirão revoluções comunistas em
diversas nações, violências sociais na Europa e perseguições à Igreja. Mas e a
natureza do aviso? Temos alguma informação?
Eis o que dizem as videntes sobre o Aviso:
Quanto ao Aviso, as
referências iniciais datam de 1º de janeiro de 1965. Neste dia, Conchita
encontrava-se sozinha nos pinheiros, quando a Virgem comunicou-lhe que daria
uma última mensagem ao mundo, a qual iria encerrar o ciclo de Garabandal. A
seguir, transmitiu uma mensagem particular, que ela prontamente comunicou ao
padre Laffineur. Diz o seguinte:
"O
Aviso que a Virgem vai nos enviar é à maneira de castigo, para aproximar os
bons mais de Deus e para advertir os demais. Em que consiste o Aviso, não posso
revelar. A Virgem pediu-me para manter em segredo. Queira Deus que, graças a
esse Aviso, nos emendemos e cometamos menos pecados contra ele."
"Causará
mortes?" - perguntou-lhe por escrito Laffineur.
"Se
morremos" - foi a resposta , "não será pelo facto do Aviso em si, mas
pela emoção que teremos ao vê-lo e senti-lo".
"Palavras
simples, precisas e muito claras" - comenta Laffineur ." Deviam
bastar, como deveriam ter bastado as da Irmã Lúcia, de Fátima, quando, em 1938,
escrevia ao seu bispo: "Creio que aquilo a que chamam de aurora boreal é
justamente o sinal que a Virgem me deu de que os acontecimentos profetizados
estão próximos". Tais acontecimentos fizeram mais de 26 milhões de
mortos".
Sobre a
natureza do Aviso, temos ainda esta explicação de Conchita à tia Maximina, que
ela depois consignou por escrito: "Disse-me que um dia iríamos sofrer um
desastre horrível. Em todas as partes do mundo. Ninguém escapará. Os bons, para
se aproximarem mais de Deus; os outros, para se emendarem. Seria preferível
morrer a suportar, por cinco minutos que fosse, o que nos espera."
"Já a
sua realização será um novo motivo de credibilidade, anunciá-lo e reafirmá-lo a
todos é a solicitude mais fraterna que podemos ter para com o mundo",
aconselha o padre Laffineur.
"Se eu
não conhecesse o Castigo que está por vir "- continua Conchita, explicando
à jovem Angelita -, "diria que não há castigo maior do que o Aviso. Mas
ele durará bem pouco tempo".
"Será
horrível em grau máximo" - explica ainda. "Ah, se eu pudesse
contá-lo a todos vós como a Virgem me contou a mim! Ele é um fruto dos nossos
pecados. Pode produzir-se de um momento para outro; eu espero-o todos os dias.
Se soubessem o que é, ficariam horrorizados!".
"Por
que não o torna público, para que o saibam todos os que vêm aqui?" -
pergunta-lhe alguém.
"Estou
cansada de dizer, ninguém faz caso."
Dias mais
tarde, voltam ao assunto:
"Conchita,
desde que me fez estas confidências, penso muitas vezes no céu."
"Eu
também" - responde a vidente. "De modo especial quando vou para a
cama. Tenho muito medo de que aconteça durante a noite. Não nos damos conta da
medida com que ofendemos ao Senhor. A Virgem disse-me que todos sabem da
existência do inferno e do céu. Mas pensam nisto apenas por medo e não por amor
a Deus. Por culpa dos nossos pecados, seremos nós mesmos a causa da natureza do
Aviso."
Outros
esclarecimentos encontramos nas respostas a um questionário de 14 de Setembro
de 1965:
"O
Aviso é uma coisa que vem directamente de Deus. Será visível no mundo inteiro,
qualquer que seja o lugar onde alguém se encontre. Será como que a revelação
(interior a cada um) dos nossos pecados. Vê-lo-ão e sentirão tanto os crentes
quanto os não crentes de todos os países". E mais: "É como uma
purificação para o Milagre. É como uma catástrofe. Fará com que pensemos nos
mortos, ou seja, que prefiramos estar mortos a sofrer o Aviso".
Quando aos
efeitos sobre o íntimo de cada um, Conchita explica: "O Aviso será uma
correção de consciência do mundo... O Senhor o enviará para nos purificar, a
fim de podermos apreciar melhor o Milagre, pelo qual prova-nos claramente o seu
amor".
Uma
senhora, depois de ouvir as explicações de Conchita observou:
"Sabe-se
que está a aproximar-se da Terra um cometa. Não será isto o Aviso? "
"Não
sei o que é um cometa. Mas se é alguma coisa que depende da vontade dos homens,
não. Se, porém, depende de Deus, é possível."
"Saímos
em direcção à igreja" - prossegue aquela senhora - e Conchita
pegou-me pelo braço." Eu disse-lhe:"
"Conchita,
reze por mim, tenho medo, muito medo. "
"Sim,
o Aviso é terrível! Mil vezes pior que terramotos".
A senhora
empalidece.
"Qual
é a natureza do Aviso?" - pergunta.
"Será
como fogo. Não queimará a nossa carne, mas o sentiremos no corpo e no espírito.
Todas as nações e todas as pessoas o sentirão da mesma forma. Ninguém escapará.
E mesmo os não crentes conhecerão o temor de Deus. Mesmo que te metas em casa e
feches a porta e os postigos, não escaparás; sentirás e verás, apesar de tudo.
Sim, é verdade que a Virgem disse-me o nome do fenómeno. Este nome existe
no dicionário. Começa com A. Mas pediu-me para não revelar. "
Conchita,
estou com tanto medo!
Sorrindo,
ela pegou a amiga pelo braço:
"Sim,
mas depois do Aviso, você amará muito mais a Deus."
Um aspecto
complementar das declarações de Conchita é nos fornecido por Jacinta, em
Fevereiro de 1976: "O Aviso será de muito curta duração, alguns minutos;
mas esse pouco tempo tornará-se-á tremendamente longo, pela dor que nos
causará... Virá sobre nós como um fogo do céu, que repercutirá profundamente no
interior de cada um. À sua luz veremos com toda a clareza o estado da nossa
consciência, veremos o que significa perder a Deus, sentiremos a acção
purificante de uma chama abrasadora. Em resumo, será como passar pelo juízo
particular ainda em vida, na intimidade de cada um" (Fonte:
http://www.mensagemdegarabandal.com/ ).
Confesso que tive
também alguns sonhos repetidos sobre a queda horrível de um asteróide. Nesses
sonhos, não vislumbro os efeitos espirituais relatados pelas videntes de
Garabandal. Somente o que testemunho é a expectativa de todos os indivíduos, a
rota daquele asteróide indo na direção do oceano e uma data específica que se
manifesta simbolicamente em todas as experiências oníricas: 18 de
Dezembro. Nessa data comemoramos Nossa Senhora do Ó e a expectação de
Nosso Senhor Jesus Cristo. Estamos próximos da natividade do Filho de Deus!
Talvez esses sonhos estejam ligados ao Aviso. Não o afirmaria peremptoriamente
neste momento. Quanto ao ano, acredito não ser algo tão incorreto assim
atribuir maiores probabilidades ao ano de 2018.
Se estiver
equivocado com relação a todas essas previsões referidas acima, que Deus tenha
piedade, e que Maria Imaculada interceda continuamente por todos nós.