Em novembro de 2009, em entrevista ao programa de Kennedy
Alencar na RedeTV, Lula caprichou na pose de supersherloque e prometeu decifrar
o falso enigma do mensalão. “Eu já te disse uma vez e vô te dizê”, avisa aos 10
segundos do vídeo de 52. “Eu vô… depois que deixá a Presidência eu vô querê me
interá um pouco mais disso, que como presidente eu não posso ficá futucando…
mas eu quero sabê porque eu acho que foi a maior armação já feita contra um
governo”.
O assassinato do idioma e da verdade prossegue com mentiras
sobre o diálogo em que o deputado Roberto Jefferson lhe relatou em detalhes a
roubalheira em curso no Congresso, tema do post reproduzido na seção Vale Reprise. E termina com outra
bazófia: “Um dia nós vamo conversá sobre isso. Falta só um ano pra eu deixá a
Presidência…” Quatro meses depois da tapeação resumida no vídeo, a confissão feita por Lula ao presidente uruguaio desmontou
a farsa de vez. Lula sempre soube de tudo. É ele o pai do aleijão fora da lei.
“Neste mundo tive que lidar com muitas coisas imorais,
chantagens”, alegou no encontro com Mujica. “Era a única forma de governar o
Brasil”. Conversa de 171, retruca aos berros o país que presta. Entre as tantas
“coisas imorais” mencionadas por Lula, os brasileiros decentes entendem que a
mais repulsiva é o capo do lulopetismo. Os mensaleiros só fizeram o que o
chefão ordenou que fizessem.
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