Por Ricardo Puentes Melo
Cochabamba, Bolívia - 18 de março de 2015.
Quem somos?
Somos uma equipe de liberais clássicos de vários países
latino-americanos, Espanha e EUA. Muito variada também na sua composição: entre
nós há políticos ativos, estudantes, técnicos e profissionais, empresários,
economistas e investidores, intelectuais e artistas, militares e policiais,
juízes e advogados, esportistas, professores e mestres, médicos e enfermeiras,
padres, rabinos e sacerdotes, e também donas de casa, agricultores, empregados
e trabalhadores.
Qual é nosso COMPROMISSO?
Nós, liberais clássicos, partidários de um governo limitado,
do livre-mercado e da propriedade privada, nos comprometemos firmemente a
terminar com a hegemonia cultural e política do Foro de São Paulo na região. E
para esse propósito, também nos comprometemos:
1. A fazer uso inteligente e eficiente dos recursos políticos,
os quais nós liberais até o momento não fizemos bem, lamentavelmente, e em
parte por essa razão dominam as esquerdas. Os recursos políticos mais
importantes são as propostas políticas. Os socialista têm as suas: reforma
agrária, educação “grátis”, leis trabalhistas, banco central, “saúde pública”,
etc. São enganosas, destrutivas, mas aí estão, e todo mundo as conhece. E qual
são as propostas
liberais? Até agora não há equivalentes porque nós liberais
não apresentamos para a população propostas claras, concretas, inteligíveis,
atrativas e de vocação ganhadora. “Os liberais não chegam à população com sua
mensagem”, dizem. Qual “mensagem”, se não há? Nos comprometemos a preencher
esse vazio.
2. “A Grande Devolução” é nossa oferta. Consiste em revogar as
más leis, a fim de possibilitar Cinco Reformas necessárias em cada uma das
seguintes esferas da vida social: política, economia, educação, assistência
médica e previdência social. A n°1, política, para pôr o Estado em seu lugar,
em suas funções próprias. A n°2, para liberar e expandir os mercados e a
economia a fim de criar riqueza, ganhos maiores e vida melhor para todos. E
três reformas “sociais”: a n°3, para retirar a educação das mãos dos Governos,
e passar as mãos dos docentes, estudantes e pais. A n°4, para pôr a atenção
médica nas mãos de profissionais da saúde; e n°5, de modo igual com a
Previdência Social. Incluindo nas três últimas, três séries de bônus, para
educação, saúde e benefícios sociais para os mais pobres em transição, até que
todos deixemos de ser pobres. Este programa é nosso primeiro recurso político e
nossa primeira mensagem. Nosso compromisso básico é difundi-lo amplamente e
concretizar as reformas tão rápido seja possível, para o bem da imensa maioria
da população.
3. Nos comprometemos a introduzir cada vez mais congressistas
liberais clássicos ao Parlamento em cada país, para debater as más leis, e
compor um bloqueio parlamentar para revoga-las e impulsionar as reformas. Esse
é nosso Plano Político. Por isso o Congresso ou Assembleia Nacional é o foco e
o alvo principal de nossa ação política. Neste momento, a participação no
Poder Executivo e nos Governos regionais e municipais são
objetivos secundários, condicionados ao principal.
4. A política, a democracia e os partidos são recursos
políticos importantes. Não os idolatramos, mas nem por isso caímos nos erros
comuns e perniciosos da antipolítica, da partidofobia, e da tentação
antidemocrática. Como parte importante de nosso trabalho nos comprometemos a
reabilitar a política e os políticos, e a democracia republicana representativa
e suas instituições, agora manipuladas, subvertidas e degradadas pelo
socialismo, estatismo e populismo.
5. Até agora o liberalismo esteve aprisionado em alguns
“reservatórios de pensamento”, dos quais há muitos, mas não há partidos
políticos inspirados em nossos princípios. É um erro grave, que em parte
explica a hegemonia esquerdista. Os “reservatórios” criticam o socialismo, e
defendem o sistema oposto, mas não descrevem nem explicam como chegar a ele.
Por isso a população com razão faz a pergunta “e os liberais não se postulam
nas eleições, nem partido têm?” Suspeita que “algo de ruim deve haver com suas
idéias”. Por isso nos comprometemos a criar e desenvolver partidos políticos
para difundir a mensagem e fazer campanha para chegar ao capitalismo liberal:
as Cinco Reformas.
6. Há na equipe cristãos de diversas denominações, e também não
cristãos. Mas todos admitimos certos feitos desagradáveis: os principais
veículos esquerdistas formaram um falso “socialismo cristão”, e as Igrejas,
católicas e não católicas, que o propagam; por isso que a maioria dos votos das
esquerdas procede de cristãos enganados. Nos comprometemos a reverter essa tendência.
7. O Foro de São Paulo une ao marxismo econômico o marxismo
cultural, cujos temas gozam da máxima prioridade em sua agenda, pois sabe que o
capitalismo de livre mercado está muito ligado à moral e aos valores
tradicionais, à educação “convencional” e à linguagem com sentido, ao
matrimônio e à família. Nos comprometemos a defender essas instituições tanto
quanto o capitalismo, para combater o marxismo cultural tanto quanto o marxismo
econômico.
8. Recursos básicos são as palavras e a comunicação. Aí que
falhamos também nós liberais. Os socialistas usam todas suas palavras
diariamente e em todo parte, mas nós autocensuramos as nossas, tais como
capitalismo,“privatização”, livre-mercado, liberalismo e “direita”, porque
assumimos que vão ser rejeitadas ou mal interpretadas. Nos comprometemos a
explicá-las em termos simples à “maioria silenciosa”, para que nos entenda bem,
nos aceite e nos acompanhe a caminho do êxito.
9. Em todos os países dizem que nós liberais estamos
“desunidos”. É verdade?
Existem muitas posições diferentes das do liberalismo
clássico, que nos EUA e na Europa se chama “conservadorismo”. Podemos contar
quatro: (A) Os Liberais “Sociais”, identificados com políticas
sociais-democratas. (B) Os “Neo” Liberais, identificados com o Consenso de
Washington. (C) Anarco “Libertários”, que não admitem nenhuma classe do
Governo, nem sequer limitado. (D) “Libertários” Neo Ateístas, muito
beligerantes contra a religião. A todos dizemos que podemos trabalhar juntos,
mas conforme os términos e o espírito de luta contra as más leis e a favor das
Cinco Reformas, e do compromisso pela ação política inteligente e eficaz, com
partidos aderidos à democracia. Se isso não é possível, nós seguiremos nosso
caminho; e se é possível, sejam todos bem-vindos!
E agora, o que vem adiante?
Nos comprometemos a difundir nossa proposta, cada um em seu
próprio país, e entre todos nas redes sociais e internet. E a ter nos dias 10 e
12 de Novembro do presente ano de 2015 o Iº FORO DE COCHABAMBA, nesta cidade da
Bolívia, na qual estaremos presentes para confirmar este compromisso, e o de
ter daqui em diante um Foro a cada ano em uma cidade de nossa América.
Cochabamba, 11 de março de 2015.
Claudio Zolla, Peru
Gustavo Romero, Peru
Andrés Ortega, Bolívia
Hugo Balderrama, Bolívia
Marcio Santana Sobrinho, Brasil
Diego Muguet, Brasil
Manuel Valverde, Guatemala
Guillermo W. Méndez, Guatemala
Vanessa Victoria Novoa, Venezuela
Yvonne Caldera Lollett, Venezuela
Marcela De Vanna Parra, Venezuela
Ynes Cecilia Rivero, Venezuela
Raúl Marval, Venezuela
Humberto José Rivero Meléndez, Venezuela
Christian Leonardo Blanc, Argentina
Humberto Luis Recabarren, Argentina
Ricardo Puentes Melo, Colômbia
Félix Eduardo Salcedo, Colômbia
Oswaldo Toscano, Equador
Verónica Abad, Equador
Pilar Alonso Noriega, México
Ernesto Urquijo Gea, México
Artemio Estrella México
Youseff Derikha, Chile
Anthony Machado, Uruguai
Alejandro Mancuello, Paraguai
Oswald Chamagua, El Salvador
Alberto Mansueti, Centro de Liberalismo Clássico
Tradução: Romário Ricken
Fonte: Mídia Sem Máscara
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