Por Jacornélio M. Gonzaga (*)
Brasília, 11 de fevereiro de 2015.
Consultando o
“pai dos petralhas”, tem-se que Exonerado, do latim exonerare, é aquele que foi
dispensado de um trabalho; que foi demitido ou destituído. É um adjetivo ou
flexão do verbo exonerar, sendo que este é um:
- verbo
transitivo direto.
1.
Destituir de emprego; demitir:
A presidanta, num rompante de estupidez, exonerou o garçom do Gabinete
Presidencial.
Quem assistiu à cena exonerou o garçom de qualquer culpa.
- verbo
transitivo direto e indireto.
Na qualidade de presidanta, exonerei-o da incumbência de servir-me.
Diante da imbecilidade presidencial, exonero-me de qualquer erro que
venha a acontecer,
Portanto,
exonerado é aquele ganhador do “bilhete azul” ou o que “pediu as contas”; e, a
ação ou efeito de exonerar chama-se exoneração, que além do sentido de ser
dispensado de um trabalho, tem o de não faltar a um compromisso e/ou obrigação.
São sinônimos de exoneração: demissão, deposição, desobrigação, destituição e
isenção.
A vida nos
mostra que a exoneração tem a mesma idade da Bíblia. Pelo que se sabe, pode-se
considerar que o primeiro a seu atingido por um ato de demissão foi Adão, o
Administrador do Paraíso, dispensado ex-ofício de suas funções por não saber
conduzir seus subordinados, segundo as Normas Gerais de Ação que regiam o
Jardim do Éden.
Esse tipo de
afastamento também se tornou algo corriqueiro nas Forças Armadas.
Um fato não explorado pela história é a exoneração, por incompetência,
do Capitão James Hook, Comandante do navio "Jolly Roger", que além de
não conseguir restabelecer a ordem na Terra do Nunca, infestada de delinqüentes
juvenis, verdadeiros “trombadinhas”, ainda acabou perdendo a mão esquerda, substituída
por uma prótese superfaturada.
No Brasil, o
primeiro político a ser exonerado, logicamente foi o primeiro a ser nomeado e,
a primeira nomeação foi a de Governador-Geral. Interessante que alguns aspectos
de sua designação ficaram escondidos sob as brumas do esquecimento histórico.
D João III, o
Piedoso (1502-1557) estava muito preocupado com o Brasil, as Capitanias
Hereditárias não tinham dado certo (os donatários só queriam a grana da coroa,
prestação de contas com notas fiscais falsas, desvio das verbas de saúde e
educação para aporte em campanhas políticas, edis e alcaides corruptos,
etc...). Mas o Rei estava determinado, tinha que consolidar o domínio português
no litoral da nova terra, sob um governo central em Pindorama, mas começar por
onde?
Carlos V, rei
da Espanha e imperador da Alemanha, seu cunhado, durante um papo informal,
depois de derrubar quase um barril de vinho, deu-lhe a dica: “consulte um tal
de Nostradamus (1503-1566), vidente que atualmente está dando consultas em
Saint-Rémy-de-Provence, no sul da França”.
Com a
concordância de João III, um emissário foi enviado atrás do Jucelino Nóbrega da
Luz, da época, tendo voltado com o seguinte conselho, pago a peso de ouro:
Na terra dos grandes políticos
Construa a cidade na grande baía
Que também abrigará medíocres
Da Águia ao Jacu
Cuidado com a hora que divide o dia
Não haverá vontade de trabalhar
Lá crescerá o PT
E vocês poderão tomar
Após a
consulta aos inúmeros sábios portugueses existentes, chegou-se à brilhante
conclusão que o local indicado era a Capitania da Baía de Todos os Santos. E lá
se foi Tomé de Souza, nomeado em 7 de Janeiro de 1549, como primeiro
governador-geral do Brasil, recebendo Regimento para fundar, povoar e
fortificar a cidade de Salvador.
Durante a
viagem ao Brasil, Tomé de Souza tomou conhecimento da previsão de Nostradamus.
Não entendeu nada, ainda mais sobre o tal PT, mas, assim que chegou, mandou que
o ouvidor-geral Pero Borges e o provedor-mor da Fazenda, António Cardoso de
Barros, fizessem uma viagem de inspeção às capitanias de Ilhéus, Porto Seguro,
Espírito Santo e São Vicente.
Pero Borges,
em fevereiro de 1550, escreveu de Porto Seguro ao governador uma carta,
horrorizado com o que vira: “bem parecia terra desamparada da vossa justiça”.
Solicitou que houvesse mudança dos ouvidores, tendo em vista que os que lá
estavam eram ineficientes e não apareciam no local de trabalho.
Quanto aos tabeliães de Ilhéus e Porto
Seguro, Pedro Borges os achara sem cartas de ofícios, nenhum tinha livros de
querelas, nenhum tinha regimento, alguns serviam sem juramento. Escreveu: “e
porque isto é uma pública ladroíce e grande malícia, porque cuidavam que lhe
não haviam de tomar nunca conta, viviam sem lei nem conheciam superior, procedo
contra eles porque me pareceu pecado no Espírito Santo passar por isto”.
Reclama ainda
o ouvidor: “Há nesta terra muitos homens casados lá no Reino os quais há muitos
dias que andam cá e não granjeiam muitos deles ou os mais fazendas, senão estão
amancebados com um par ao menos de gentias, fazem pior vida que os mesmos
gentios, a estes é por bem por serviço de Nosso Senhor e por na terra que se agora
começa a povoar não haver tanto gênero de pecados públicos que os manda ir para
suas mulheres, não sendo deles degredados ou que mandam eles por elas. V. A.
mande prover”.
Em função da
situação existente na colônia, o Rei de Portugal, D. João III, mandara perdoar
“todos os crimes cometidos antes da chegada do governador-geral, não havendo
parte que acuse e residindo o criminoso algum tempo nas povoações”. A primeira
anistia no Brasil não abrangia cinco situações: heresia, sodomia, traição, moeda
falsa e morte de homem cristão.
Tomé de
Souza, homem inteligente, baseado nos informes transmitidos por Pero Borges,
conseguiu entender quase por completo a vidência de Nostradamus: associou
corretamente incomPeTência, ladroice, desmandos e outras coisas ruins ao PT;
que os petistas não trabalham nem antes, nem depois do meio-dia. Só não
entendeu o trecho dos grandes e medíocres políticos, da Águia ao Jacu, mas
seguramente entendeu aonde que iam tomar sob o jugo do PT.
Tomé de Souza
respeitou a ANISTIA, colocou a cambada para trabalhar e explorou a nova terra.
No entanto, queria mesmo era voltar à Corte. Seu desejo foi atendido e, quatro
anos após sua chegada foi exonerado (1553). Retornou a Portugal onde ocupou
outros importantes cargos públicos.
Continuando
nas exonerações, confesso aos amigos que, dentre as minhas saudáveis manias,
encontra-se a de ler o Diário Oficial da União, do qual sou assinante há vários
anos e, no do dia seis de fevereiro de 2015, fui surpreendido por uma portaria
do comandante do Exército:
PORTARIA Nº 50, DE 2 DE FEVEREIRO DE 2015
EXONERAR, ex officio, o General de Brigada R/1 (015495371-5) PAULO CHAGAS de
Prestador de Tarefa por Tempo Certo como Gerente do Projeto "Força da
Nossa Força" do Departamento-Geral do Pessoal.
Gen Ex ENZO MARTINS PERI
Perguntei-me:
o que esse General fez de tão grave para ser exonerado, com poucos meses de
nomeação (Portaria nº 1314, de 27 de outubro de 2014). Fui ao oráculo Google e
lá encontrei algumas pistas:
- O General desagradou ao ministro petista Jaques Wagner cobrando sua esdrúxula e provocante posição de trocar o nome de uma escola – de um General para o de um terrorista mundialmente famoso;
- O General desagradou ao ministro petista ao cobrar o porquê de sua posição antagônica aos militares, já que havia se voluntariado ao exercício de sua atual petralha função;
Devido à
minha incapacidade de raciocínio, fiquei com algumas dúvidas:
- Se o JW não é elo na cadeia hierárquica, Como é que ele pode mandar exonerar o Gen Chagas?
- Se o JW não mandou (pediu, insinuou, ficaria contente se tal acontecesse, etc), será que houve frouxidão ou concordância, por parte do Gen Pery, de que o General estava errado em questionar o político petista?
- Se a exoneração foi uma interpretação do Ex Comandante do EB, terá sido o último ato de um “acomodador”, pensando talvez no conselho de Administração da Petrobrás?
Um encômio a
Tomé de Souza que, mesmo não imaginando a grandeza de Rui, a Águia de Haia, nem
a mediocridade de Jaques, o Jacu da Babilônia, soube muito bem adivinhar a rima
contida no alerta de Nostradamus.
Limpe a politica deste País, denunciando a corrupção de um petralha. O Brasil agradece.
Fonte: A Verdade Sufocada
___________
(*) Jacornélio foi exonerado do comando do V Exército de
Campanha, do 101º BI Ref e do 84º BI, por falta de tato. Jacornélio não teme
que o JW o demita da presidência do FUNPAPOL (Fundo Nacional dos Anistiados
Políticos) porque já foi destituído pelo Vacareza.
FUNPAPOL (Fundo Nacional dos Anistiados Políticos) é um dos
maiores fundos de investimento da era lulopetralha.
Revisão: Paul Essence e Paul Word Spin (in memoriam).
e-mail: jacornelio@bol.com.br e jacorneliomg@gmail.com
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