domingo, 1 de fevereiro de 2015

CNV enfrenta ação judicial por danos morais

General Floriano Aguilar Chagas
De acordo com o publicado em "O Globo", os cinco filhos do General Floriano Aguilar Chagas, que foi adido do Exército na Embaixada brasileira em Buenos Aires entre 1973 e 1975, ajuizaram a primeira ação por danos morais contra a Comissão Nacional da Verdade (CNV). 

Na ação, que foi interposta na Vara Federal de Porto Alegre, os herdeiros de Chagas falecido em 2012, pedem, reparação financeira, e que o nome do pai seja excluído da lista de responsáveis por violações aos direitos humanos que foi publicada em dezembro, no relatório final da CNV. 

Conforme constou do relatório da CNV, Chagas teria feito parte da Operação Condor, que interligou as forças repressivas das ditaduras militares do Cone Sul, e na época "mantinha contato frequente com agentes argentinos e chilenos da área de informações" , e que "teve participação no sequestro de Joaquim Pires Cerveira e João Batista Rita, ocorrido em Buenos Aires em 5 de dezembro de 1973".

A família argumenta na ação que não existem provas que desabonem a conduta profissional do pai. O processo menciona os 18 do Forte de Copacabana, a Intentona Comunista e a Revolução Constitucionalista de São Paulo para comparar o heroísmo de Chagas ao dos protagonistas dessas passagens históricas. 

Eles ainda questionam na ação a recomendação feita pelo documento de revisão da Lei da Anistia. 

José Carlos Dias, um dos membro da CNV, disse que ainda não foi notificado da ação, mas, falando em tese, afirmou:

- É natural que as pessoas esperneiem, que queriam ser excluídas da lista. Mas tudo o que nós fizemos foi estritamente baseado em fatos, portanto, a ação não tem o menor cabimento.

O Advogado Amadeu Weinmann que representa os herdeiros do General Chagas,  afirmou que a família não pretende receber somas vultosas porque não quer se igualar àqueles que “recebem milhões por mês porque participaram da CONTRA-REVOLUÇÃO”, em referência aos militantes de esquerda que combateram a ditadura e hoje recebem indenização.

O site "A Verdade Sufocada" em matéria relacionada ao tema em questão tece as seguintes considerações:

A Comissão da Verdade nas suas acusações, bem como as denuncias feitas pelo Ministério Público em ações cíveis e criminais contra agentes do Estado que combateram a luta armada  apresentam, como testemunhas, militantes da luta armada, alguns assassinos confessos, terroristas, sequestradores ou parentes de militantes que são  interessados nestas ações. A maioria são pessoas que continuam, até os dias de hoje, com o mesmo desejo das décadas de 60 e 70 quando tentaram, pelas força das armas, a tomada do poder para implantação de uma república marxista-leninista em nosso país.
No caso acima, o general Floriano Aguillar Chagas, que exercia a função de Adido Militar junto à Embaixada do Brasil em Buenos Aires,  na data do alegado sequestro de Joaquim Pires Cerveira, foi um dos atingidos por estas acusações.
O mesmo tem acontecido com vários agentes do Estado  que, também,  constam na lista de torturadores da CNV.
Ainda nos referindo ao mesmo caso de Joaquim Cerveira, que segundo a Comissão da Verdade, teria sido sequestrado em dezembro de 1973 e sido levado para o Rio de Janeiro e posterirmente para o DOI de São Paulo, segundo fomos informados a filha do senhor Cerveira teria dito em depoimento à CNV  que um militante vira o coronel Ustra, em janeiro de 1974, no DOI em uma ambulância chutando o seu pai que estava em estado deplorável e dizendo: “este não fala mais”.
A bem da verdade, o  coronel Ustra declara, com a maior veemência, que o então Major Cerveira nunca esteve sob sua guarda e responsabilidade; que durante o seu comando nunca esteve no DOI/CODI/II Exército; e que, também, ele não  poderia ter sido visto na citada ambulância porque, segundo consta ns suas Folhas de Alterações  do Exército Brasileiro, nesta época já estava em férias e em trânsito para Brasília, para onde fora transferido para exercer a função de Instrutor na ESNI.

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