Por: Claudio Humberto
Senador Ronaldo Caiado (Foto: Valter Campanato / ABr)
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Intenção de Caiado é apurar empréstimos bilionários para
empresas
O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), coleta
assinaturas para instalação de CPI e de CPI mista para investigar empréstimos
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A intenção é
investigar os financiamentos com inícios de ilegalidades a exemplo dos
concedidos a JBS Friboi, a Sete Brasil, além dos executados em favor de
projetos em Cuba, Equador e Venezuela. Para ser instalada, a CPI precisa da
assinatura de 27 senadores; no caso da mista são 27 senadores e 171 deputados.
“O BNDES deixou de ser um banco de desenvolvimento econômico
e social para se transformar em financiador dos amigos do rei. Não há
transparência quanto ao termos e garantias dos empréstimos e vários indícios de
ilicitudes. Um exemplo é o financiamento bilionário ao JBS Friboi,
coincidentemente, o maior doador da campanha à reeleição da presidente Dilma”,
argumentou o líder.
Caiado classifica como emblemático o caso do empréstimo de
R$ 8 bilhões ao grupo JBS Friboi. Em 2014, o BNDES negou acesso aos documentos
do financiamento ao Tribunal de Contas
da União sob alegação de que haveria sigilo bancário de suas transações. O
argumento não foi aceito pelo TCU e o BNDES ingressou com um mandato de
segurança para manter as informações secretas.
Já para a Sete Brasil Participações foi concedido apoio
financeiro de R$ 10 bilhões para a construção de nove sondas de perfuração,
algumas delas contratadas pela Petrobras. Apesar da falta de garantias e alto
endividamento da empresa, o valor foi liberado pelo BNDES. Outros casos
suspeitos referem-se aos empréstimos de R$ 4,6 bilhões para países, como Cuba.
Angola, Equador e Venezuela. As operações chamaram a atenção do Ministério
Público pelas enormes quantias liberadas classificadas como operações sigilosas
ou a fundo perdido. O investimento mais notório foi a construção do porto de
Mariel, em Cuba, com repasses de R$ 1 bilhão do banco a construtora Odebrecht.
“É absurdo o volume de recursos que a União tem colocado no
caixa do BNDES para esse tipo de financiamento. De 2006 a 2014, o endividamento
do banco junto o Tesouro Nacional aumentou 4.802%”, completou Caiado.
Publicado originalmente no site do Diário do Poder
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